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RESENHA CRÍTICA
BELÉM
2023
LURYELI ANDREIA COELHO REATEGUI SANTOS
RESENHA CRÍTICA
BELÉM
2023
WALLERSTEIN, Immanuel. Mudando a geopolítica do sistema-mundo: 1945-2025.
p. 53-79 in SADER, E.; SANTOS, T. A AMÉRICA LATINA E OS DESAFIOS DA
GLOBALIZAÇÃO, Editora PUC-Rio.
Autor de muitas obras, este trabalho dará foco a uma delas: “A América
Latina e os desafios da globalização”. O intuito é expor os argumentos presentes nas
páginas 53 a 79, o qual está localizado o seguinte título: “Mudando a geopolítica do
sistema-mundo: 1945-2025” (2009). Dividido em duas partes: Parte I, O homem e a
obra: política e revolução; e a Parte II, Globalização e dependência. O conteúdo
dessas páginas tem por objetivo explicar a retomada do declínio dos Estados Unidos
entre 2001-2025 e como as estratégias por ele usada freou e minimizou os efeitos
deste declínio durante o período de 1945 a 1970.
O segundo período 1970 a 2000, consistia, segundo Wallerstein (p. 59), foi
modelado por duas novas realidades: as transformações político-culturais trazidas
pela revolução de 1968 e as transformações econômicas realizadas pelo fim da
expansão da economia mundo, as quais ficaram estagnadas durante trinta anos. A
revolução mundial de 1968 foi uma agressiva rebelião dos estudantes universitários
contra todo tipo de autoridade.
Mesmo que essa política externa tenha tido, em partes, sucesso, o governo
norte-americano teve que dificuldades quando houve o colapso da União Soviética,
uma vez que esse evento foi negativo para os Estados Unidos. Dentre as principais
consequências geopolíticas têm-se a perda dos EUA da última coerção indireta que
tinham sobre as políticas dos países de Terceiro Mundo. Logo, esse programa
geopolítico que eles haviam adotado parecia estar paralisado.
O terceiro – e último período – apontado pelo autor (2001-2025) foi
marcado pela presidência de George Bush e, junto dele, uma nova camada surgira
nesse governo: os neoconservadores. Eles fizeram várias declarações públicas a
respeito das suas visões geopolíticas entre 1997-2000, de caráter extremamente
crítico da política externa de Clinton, acreditavam que o declínio era muito real.
Desejam recusar qualquer participação dos Estados Unidos em novos tratados que
de alguma forma limitassem a atuação do seu país. Contudo, havia uma parcela de
pessoas que viam as propostos como muito arriscadas. Anos depois, ocorre o ataque
de 11 de setembro de Osama Bin Laden às Torres Gêmeas e ao Pentágono.
Fomentou-se, então, a fala dos neoconservadores e, desta vez, eles queriam derrubar
Saddam Hussein pela força, de preferência unilateral, argumentando que, assim,
restauraria a honra dos EUA.
Por fim, a América do Sul tem potencial para surgir como um ator autônomo
importante, assim que consiga essa independência dos valores, da economia e
principalmente do sentimento de submissão aos Estados Unidos (principalmente o
Brasil). O autor ainda acrescenta, que caso esse continente consiga atrair o México
para seu lado, conseguirá dar gigantescos passos econômicos.