Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Curso de Especialização em Política Internacional

Disciplina: 61538-03 – Introdução ao Direito Internacional – 2011

Professor: Elias Grossman

Las Naciones Unidas a Los Cinquenta Años

Compilador: Modesto Seara Vázquez

As Nações Unidas no Caminho para o Próximo Século

A ONU vive um momento de transição: de uma conjuntura bipolar para uma

estrutura multipolar.

Novos problemas tais como: aumento da população mundial e crescimento das

desigualdades globais e nacionais. Porém, os velhos problemas ainda
persistem.

A nova agenda das Nações Unidas, nesse novo século, é evitar grandes
crises, choques e explosões estimulando trocas entre os Estados membros.

Nessa época de transição, o grande desafio da ONU é tentar achar

procedimentos eficazes, visto que não há um plano geral em função das
modificações do sistema internacional no pós-Guerra Fria. Para o autor, essa
nova época representa uma configuração bastante complexa de problemas e
estruturas. Além disso, há um desenvolvimento novo e positivo contrabalançado
com o surgimento de novos Estados com potenciais fatores de riscos.

Questões importantes para os próximos decênios

a) Desenvolvimento das relações Norte-Sul;

b) Integração dos Estados sucessores da extinta União Soviética e da
Europa central;

Interessante:

Ao contrário dos períodos posteriores às grandes guerras (1ª GM e 2ª GM), o

período posterior à Guerra Fria não está dividido entre vencidos e vencedores.

Questões em pauta: problemas e tensões étnicas.

A cooperação multilateral e a nova estrutura de poder

Principal característica: multipolaridade – conseqüente complexidade das

relações entre as potências globais e econômicas.

a) A mutável estrutura de poder é apenas um aspecto, porém muito

importante;
b) A maioria dos Estados seguirá sendo os ganhadores de prêmios da
política e da economia global;
c) Desenvolvimento de potências com funções regionais com capacidade de
resolver problemas internos. (Brasil, Argentina (AL), Nigéria (África) e
Indonésia, Paquistão e Coréia potencialmente unida (Ásia).
d) A estrutura global de poder será hierárquica, sendo os EUA a principal
potência militar e econômica.

Um dos problemas na conjuntura multipolar: reduzidos mercados nacionais

como no caso dos países pequenos em desenvolvimento que dificultam o
processo de modernização baseado nas indústrias manufatureiras e no moderno
setor de serviços.

Reformas, Reestruturação, Reorientação.

Os países industrializados contribuirão para o funcionamento estável da

economia mundial.

O relógio da história está avançando na política global a um ritmo diferente da

economia mundial, e também tem havido variações importantes na profundidade
e no caráter das trocas políticas.

A macropolítica e o processo de democratização

Ausência de potência global em pleno confronto e de blocos de alianças

militares (situação que estimula trocas entre Estados).

A relação entre ONU e a sociedade civil destaca o papel das organizações não
governamentais (ONG’s). Além disso, há o fortalecimento da sociedade civil e
das ONG’s, aspecto importante no processo de redemocratização.
O fator humano na ONU

Primeira geração de trabalhadores: funcionários com antecedentes culturais

similares e fieis às instituições em que trabalhavam.

Segunda geração de trabalhadores: acadêmicos, burocratas e diplomatas.

Terceira geração de trabalhadores: servidores civis internacionais com

capacidade profissional superior que a anterior.

Quarta geração de trabalhadores: ingresso durante dos anos 90. Eles são um
produto de um sistema educacional global, amparados pela revolução da
informação, a difusão de métodos modernos de processamento, análise e
administração de dados.

Ausência da Guerra Fria tende a desenvolver uma mentalidade menos

ideológica, porém voltada para interesses globais e humanos.