Campos sente nostalgia da infância, representando um momento feliz antes da dúvida e angústia existencial. Ele questiona o sentido da vida e sente-se inadaptado à sociedade materialista, rejeitando seus valores e comportamentos estereotipados. A visão de Campos da sociedade industrial é negativa, como no poema Ode Triunfal de Pessoa.
Campos sente nostalgia da infância, representando um momento feliz antes da dúvida e angústia existencial. Ele questiona o sentido da vida e sente-se inadaptado à sociedade materialista, rejeitando seus valores e comportamentos estereotipados. A visão de Campos da sociedade industrial é negativa, como no poema Ode Triunfal de Pessoa.
Campos sente nostalgia da infância, representando um momento feliz antes da dúvida e angústia existencial. Ele questiona o sentido da vida e sente-se inadaptado à sociedade materialista, rejeitando seus valores e comportamentos estereotipados. A visão de Campos da sociedade industrial é negativa, como no poema Ode Triunfal de Pessoa.
A NOSTALGIA DA INFÂNCIA: Presente na fase abúlico e intimista, a nostalgia da infância, é
uma das características de Campos que mais o aproxima ao ortónimo. É um tema associado à memória e à evocação, sendo a infância o bem irremediavelmente perdido, é o contraponto do presente infeliz, representando um momento em que o poeta ainda não conhecia a dúvida nem a angústia existencial.
ANGÚSTIA EXISTENCIAL: O poeta põe em causa as verdades que lhe são transmitidas e, confrontado com a distância entre os projetos e a realidade presente, questiona o sentido da vida.
INADAPTAÇÃO: O poeta sente-se um «doido», vivendo à margem da sociedade. Rejeita as
conceções e as teorias partilhadas pelos «outros». Sente-se incompreendido, apesar de afirmar que detém um conhecimento profundo da natureza humana. Renuncia à sociedade materialista, marcada por comportamentos estereotipados, cujos valores caducos o poeta contesta, numa revolta veemente.
Aspetos onde se pode verificar a influência de Pessoa-ortónimo (Ode-Triunfal):
→ Na visão irónica da outra face da sociedade industrial (visão negativa). Ao longo do
poema, há um desfilar irónico dos escândalos da época: a desumanização, a hipocrisia, a corrupção, a miséria, a pilhagem, os falhanços da técnica (desastres, naufrágios), a hipócrita harmonia entre marido e mulher, etc. Nesta enumeração pode entrever-se o substrato cético da inteligência torturada de Pessoa;
→ Na evocação da nostálgica da infância (“Na nora do quintal da minha casa...
/(...)/Pinheirais onde a minha infância era outra coisa/ Do que eu sou...”);
→ No facto de haver uma tendência para a ficção. Se se reparar bem, o entusiasmo da
civilização industrial assume, em Campos, aspetos de um certo masoquismo sádico (“Atirem-me para dentro das fornalhas!”, que se orienta mais para a criação de sensações novas e violentas (Sensacionismo), do que para a exaltação das máquinas. Relativamente a este aspeto convém não esquecer que Pessoa subordinava tudo à criação literária.