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REALIDADE DO INTERCÂMBIO E DA MOBILIDADE ACADÊMICA NA


UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

Thiago Luiz De Oliveira Cabral


Júlio Eduardo Ornelas Silva
Catarina Erika Saito

RESUMO

O mundo atual apresenta um cenário mutável e sem fronteiras, ocasionando a globalização da


economia, do comércio, dos processos de produção e das telecomunicações: o mundo tornou-
se interconectado. Nesse cenário, as universidades têm a missão de preparar cidadãos para
atuarem em um ambiente globalizado, proporcionando aos mesmos uma experiência
educacional internacionalizada. É nesse contexto que o presente artigo se insere, tendo por
objetivo analisar a realidade do intercâmbio e mobilidade acadêmica na Universidade Federal
de Santa Catarina. Como método, analisou-se documentos institucionais que indicam essa
realidade, além de legislações e endereços eletrônicos. Os resultados apontaram que o
intercâmbio acadêmico proporcionou experiências estrangeiras a 794 estudantes, enquanto
que a mobilidade acadêmica ainda apresenta resultados modestos, não ultrapassando 50
alunos. Conclui-se que a realidade do intercâmbio e da mobilidade acadêmica é existente,
ativo, incentivativo e em crescimento, com tendência a expansão de programas, convênios e
acordos com diversas instituições.

Palavras-chave: Intercâmbio. Mobilidade. Acadêmico. Universidade. Globalização.


1 INTRODUÇÃO

Universidades são locais de criação e transmissão do saber, do conhecimento e da


inovação, sendo as propulsoras do desenvolvimento social, econômico e cultural de uma
sociedade. São as Universidades que proporcionam a emancipação do ser humano, formando
cidadãos críticos para atuarem na sociedade.
A criação e transmissão do saber, do conhecimento e da inovação não devem ficar
restritas como se estivessem em uma caixa de pandora, estando consolidado na Teoria de
Contingência que quando se trata de organizações, não existem sistemas fechados, mas
somente abertos. Sendo a Universidade uma organização complexa, esta é um sistema aberto,
passível de influências externas e sendo influenciadora no meio em que atua.
A era contemporânea é singular, em que uma de suas características é a globalização
dos mercados, com a extinção de fronteiras entre as nações. As organizações, pessoas ou
Estados que não aderem a essa característica, tendem a ficar absoletos, à margem do mundo.
Conciliando esse cenário com as Universidades, estas devem ter papel ativo na contribuição
da internacionalização da sociedade em que se insere, incentivando o intercâmbio do saber, do
conhecimento e da inovação entre as nações. Esse intercâmbio apenas ocorre por meio de
pessoas, devendo estas ter condições de mobilidade para a concretização dessas realidades.
É nesse contexto que o presente artigo se insere, tendo por objetivo analisar, por meio
de um estudo de caso, a realidade do intercâmbio e da mobilidade acadêmica na Universidade
Federal de Santa Catarina. Para tanto, foram coletas informações em documentos da
instituição que indicam os programas e convênios existentes nessa modalidade.
Preliminarmente, o artigo apresenta ao leitor alguns conceitos teóricos e realidades do
intercâmbio e mobilidade acadêmica, para então apresentar o método de pesquisa abordado,
os resultados e por fim, as conclusões.

2 FUNDAMENTAÇÃO

2.1 Conceitualização de intercâmbio e mobilidade acadêmica

Diante do atual contexto de um mundo mutável e sem fronteiras, surge a necessidade


das organizações e das pessoas se adaptarem a essa nova realidade. De acordo com Stallivieri
(2002, p. 36) “a globalização da economia, do comércio, dos processos de produção e das
telecomunicações criou um cenário interconectado”. Neste cenário, é preciso que os
estudantes ampliem sua formação nos aspectos acadêmico, profissional e pessoal, e neste
sentido, a universidade possui papel fundamental (PEREIRA et al., 2005).
Perante a missão das universidades de preparar cidadãos para um mundo interligado e
interdependente, surge a necessidade de uma experiência educacional internacionalizada, a
qual permita o conhecimento e respeito pela diversidade cultural (STALLIVIERI, 2002).
Segundo Zicman (1997), propiciar mecanismos de apoio à internacionalização do ensino de
graduação torna-se cada vez mais importante. A autora trata o intercâmbio internacional como
uma “formação diferenciada”. Para Van Damme, conforme apresentado por Souza (2010), a
mobilidade acadêmica constitui um dos aspectos mais visíveis daquilo que ele considera
como uma das formas de internacionalização educacional.
Houaiss e Villar (2009) definem a palavra acadêmico ou acadêmica como algo
“relativo a estabelecimento de ensino superior ou a seus alunos” (p. 21). Já a palavra
mobilidade, refere-se a “possibilidade de ser movido” (p. 1302). No que tange ao conceito de
intercâmbio, este pode ser conceituado como “reciprocidade de relações [...] entre nações”.
Dessa forma, pode-se entender que a mobilidade acadêmica, constitui-se da possibilidade de
alunos de uma instituição de ensino superior realizarem seus estudos fora da instituição a qual
pertencem, enquanto o intercâmbio acadêmico traz consigo a ideia de um relacionamento
internacionalizado, sendo um caso particular de mobilidade acadêmica.
A mobilidade acadêmica não é algo recente. Segundo Teichler (2004), desde o século
XVII, na Europa, estudantes realizavam intercâmbios de estudo. O autor ainda ressalta que o
nível de mobilidade de estudantes dentro da Europa, agora de aproximadamente 3%, foi
aproximadamente 10% no século XVII.
No entanto, segundo dados da OCDE (2009) - Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico, desde a década de 1970 o número de estudantes matriculados
em instituições fora do seu país de origem aumentou mais do que quatro vezes, sendo de
aproximadamente 2,7 milhões. Este fenômeno é bem aceito pelas instituições de ensino por
três motivos preponderantes:

em primeiro lugar, oferecer vagas a estudantes estrangeiros pode ajudar na


promoção da compreensão mútua internacional, tanto entre países como no
seio das actuais sociedades cada vez mais multiculturais. Em segundo lugar,
os estudantes estrangeiros representam grandes negócios. E em terceiro
lugar, estudar no estrangeiro pode ser apenas o primeiro passo para uma
estadia mais longa no país de acolhimento, que poderá ter um papel, a mais
longo prazo, no preenchimento da necessidade de imigrantes qualificados
(OCDE, 2009, p. 5).

Em relação aos destinos dos acadêmicos, a experiência educacional varia em função


dos países de destino e de origem do intercambista. Sabe-se que em torno de 60% dos
estudantes em intercâmbio são provenientes de países em desenvolvimento que se deslocam
para países desenvolvidos, enquanto 30% realizam mobilidade acadêmica entre países ditos
desenvolvidos. Cerca de 10%, apenas, realizam intercâmbio entre países em desenvolvimento
(ENNAFAA, apud NOGUEIRA; AGUIAR; RAMOS, 2008).
Para o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, “o estreitamento dos laços
políticos e econômicos entre povos que compartilham herança histórica e vizinhança
geográfica permite enfrentar melhor os desafios do mundo globalizado” (BRASIL, 2008). A
seguir, será abordado o modelo europeu de integração dos sistemas universitários e o contexto
latino-americano.

2.2 A realidade internacional do intercâmbio acadêmico

A formação de blocos regionais e a globalização exigem do ensino superior mudanças


e adaptações cada vez mais rápidas, direcionando a necessidade da uniformidade de
parâmetros de desempenho, avaliação da qualidade, currículos, credenciamento e mobilidade
de estudantes e professores (LUZ; MELO; ANGELO, 2005). No contexto internacional cabe
destacar o Processo de Bolonha, iniciado em 1998 por meio da declaração de Sorbonne e
oficializado mais tarde por meio da Declaração de Bolonha de 1999 (DGES – DIRECÇÃO
GERAL DO ENSINO SUPERIOR, 2011).
A Declaração de Bolonha fixa etapas e passos a serem realizados pelos sistemas de
ensino superior da Europa com o intuito de construir um espaço europeu de ensino superior
harmonizado, aumentar a competitividade do sistema europeu de ensino superior (DGES,
2011), bem como facilitar a mobilidade e a empregabilidade dos estudantes na Europa
(UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, 2011).
A experiência européia de integração dos sistemas nacionais universitários é a mais
desenvolvida. Com a criação do Sistema Europeu de Transferência de Créditos (ECTS –
European Credit Transfer and Accumulation System) a mobilidade dos estudantes tem sido
facilitada (BELLO; MUNDET, 2001).
No que tange ao contexto latino-americano, o que se pode notar é uma característica
de isolamento. Sua extensão, a tradição de menor integração existente, bem como o menor
desenvolvimento econômico e das comunicações, influenciam nos sistemas de ensino
universitário. Segundo Bello e Mundet (2001, p.4)

El sistema universitario latinoamericano se ha ido complejizando


paulatinamente hasta llegar a límites alarmantes. Existe una diversidad
inmensa de tipos de instituciones de educación superior, con organizaciones
institucionales distintas, rangos académicos diferentes, mecanismos de
titulación particulares.

Para os autores, o sistema universitário latino americano apresenta cinco


características preponderantes, as quais são resumidamente apresentadas a seguir:

• compatibilidade dos sistemas nacionais nula ou limitada – os sistemas encontram-se


distantes um dos outros, ainda que dentro de suas fronteiras;
• inflexibilidade curricular, falta de interdisciplinaridade, proliferação de títulos e longa
duração dos cursos de graduação. Estima-se que a duração para obtenção de um título
de licenciado seja de cinco a seis anos;
• marcos regulatórios – a autonomia universitária é limitada, uma vez que as regulações
estatais interferem na validade nacional de títulos, e até mesmo de currículo;
• limitados sistemas de garantia da qualidade de ensino – as universidades são relutantes
e reativas no que se refere às iniciativas de avaliação externa da qualidade; e
• reserva de mercado para profissionais universitários nacionais – o Estado, com
políticas protecionistas, restringe a atuação de profissionais graduados de outros
países.

Bello e Mundet (2001) propõem algumas medidas que facilitariam a mobilidade


acadêmica. São elas: flexibilização dos currículos acadêmicos; compatibilização dos sistemas
universitários; submissão das instituições a sistemas de acreditação; adoção do sistema de
transferência de créditos; adoção de mecanismos de tabela de equivalências; e a adoção de um
documento complementar do diploma (suplemento de diploma). Contudo, os autores
concluem em seu documento de trabalho que o instrumento de política latino americano mais
poderoso, no que se refere ao alcance de uma mobilidade acadêmica mais eficaz, seria a
acreditação da qualidade, uma vez que ao garantir a qualidade da instituição de ensino,
assegura-se também uma formação de qualidade.
O Brasil tem feito tentativas a fim de internacionalizar a educação superior, tentativas
estas que podem ser percebidas por meio de projetos do Ministério da Educação, os quais
promovem o intercâmbio de estudantes e pesquisadores (LUCCHESI, 2010).
Cabe aqui ressaltar também, a criação da Universidade Federal da Integração Latino-
Americana – UNILA, a qual foi criada pela Lei nº 12.189, de 12 de janeiro de 2010, na qual

Art. 2º A UNILA terá como objetivo ministrar ensino superior, desenvolver


pesquisa nas diversas áreas de conhecimento e promover a extensão
universitária, tendo como missão institucional específica formar recursos
humanos aptos a contribuir com a integração latino-americana, com o
desenvolvimento regional e com o intercâmbio cultural, científico e
educacional da América Latina, especialmente no Mercado Comum do Sul –
MERCOSUL (BRASIL, 2010).
O Brasil tem se utilizado da experiência européia para desenvolver seus modelos
internacionais de educação, podendo este fato ser considerado um avanço. Contudo, ainda não
atingiu o mesmo patamar do sistema europeu, uma vez que não possui tradição no ensino
superior, uma experiência de aproximadamente cem anos, comparada aos quase mil anos de
universidades européias (LUCCHESI, 2010).

3 METODOLOGIA

A presente pesquisa se enquadra como análise de conteúdo, que para Vergara (2008, p.
15) “[...] é considerada uma técnica para tratamento de dados que visa identificar o que está
sendo dito a respeito de determinado tema”. A partir do objetivo delineado, buscou-se
identificar nos relatórios de atividades da Universidade Federal de Santa Catarina o que estava
sendo dito a respeito do intercâmbio e mobilidade acadêmica na UFSC.
A pesquisa utilizou como fonte de dados prioritariamente o relatório de gestão 2010,
por ser um documento oficial de prestação de contas à comunidade universitária e à sociedade
e, dessa forma, por ser um documento público, possui credibilidade institucional. Os dados
mais recentes disponibilizados são do ano de 2010, ou seja, não há defasagem de dados se for
considerado que o ano de 2011 ainda não findou.
O levantamento de dados ocorreu no segundo semestre de 2011, em que foram
observadas as informações sem a manipulação das mesmas, caracterizando a pesquisa como
descritiva. Dessa forma, buscou-se apenas apresentar os dados como eram na sua origem, sem
modificá-los. O relatório apontava que o principal órgão interno da UFSC responsável pelo
intercâmbio era a SINTER – Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais.
O universo considerado na pesquisa foi a UFSC, enquanto que o objeto de pesquisa
são todos os estudantes participantes de intercâmbio ou mobilidade acadêmica, sejam eles
estrangeiros em passagem pela UFSC ou alunos da UFSC que vão para o exterior passar um
período de aprendizagem.
A análise e interpretação dos dados correlacionaram as informações obtidas no
relatório de atividades. Após a coleta de dados, esses elementos foram descritos e analisados
com base nas argumentações teóricas expostas.
Quanto a limitações, considera-se a fonte de dados, pois não há na UFSC um local
centralizador de informações de todos os intercambistas, estando descentralizados, como na
SINTER e no Departamento de Administração Escolar – DAE. Dessa forma, não foi possível
quantificar a mobilidade e intercâmbio de estudantes de pós-graduação, apesar de o relatório
apontar sua existência.
Outra limitação verificada é o questionamento da aferição das informações colhidas
nos documentos, que apesar de serem elaboradas por uma instituição pública, pode haver o
risco de terem sido manipuladas. Esse é um risco comum que se apresenta em realizar
pesquisas em documentos de qualquer órgão público.

4 RESULTADOS

4.1 Apresentação da UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina foi criada em dezembro de 1960 sob o


nome de Universidade de Santa Catarina, tendo sido originada a partir de oito faculdades
isoladas, sendo as faculdades de Direito, Ciências Econômicas, Farmácia, Odontologia,
Filosofia, Serviço Social, Medicina e Engenharia Industrial (UFSC, 2010).
As discussões que levaram à criação do Curso de Direito em 1932 já se mencionava o
interesse em criar uma universidade no Estado de Santa Catarina, buscando acompanhar um
movimento que ocorria no País, período que se criaram a Universidade de São Paulo e a
Universidade de Porto Alegre, hoje Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e
consolidou-se a Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFSC,
2010).
Uma onda de criação de universidades públicas também ocorreu em 1960, em cidades
médias. Em dezembro daquele ano, ao final do governo de Juscelino Kubitschek, foram
criadas as atuais universidades federais do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Goiás, de Juiz
de Fora, Fluminense, de Santa Catarina e de Santa Maria, além de faculdades e institutos
isolados que foram federalizados (UFSC, 2010).
A Universidade de Santa Catarina recebeu a denominação de universidade federal pela
Lei n.° 4.759, de 20/08/65. Com a reforma universitária de 1969 (Decreto n.° 64.824, de
15/07/1969), as faculdades deram lugar às unidades universitárias, com a denominação de
centros, os quais agregam os departamentos. Atualmente, a UFSC tem onze centros, sendo:

• Centro de Ciências Agrárias – CCA;


• Centro de Ciências Biológicas – CCB
• Centro de Ciências da Educação – CED;
• Centro de Ciências da Saúde – CCS;
• Centro de Ciências Físicas e Matemáticas – CFM;
• Centro de Ciências Jurídicas – CCJ;
• Centro de Comunicação e Expressão – CCE;
• Centro de Desportos – CDS;
• Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFH;
• Centro Sócio-Econômico – CSE, e
• Centro Tecnológico – CTC.

Na modalidade de ensino presencial, a participação da UFSC no Programa de Apoio a


Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais Brasileiras (REUNI), em
2008, permitiu de forma significativa a oferta de novos cursos e vagas. Com base nos recursos
desse programa, a UFSC também criou e instalou, em 2009, os novos campi de Araranguá,
Curitibanos e Joinville (UFSC, 2010).
A gestão central da UFSC é feita via órgãos deliberativos e órgãos executivos. Os
órgãos deliberativos são o Conselho Universitário, para deliberação no nível mais alto na
própria Universidade e as câmaras, com função deliberativa nas áreas acadêmicas. A função
fiscalizadora é exercida pelo Conselho de Curadores, pela Auditoria Interna e pela Ouvidoria
(UFSC, 2010).
Os órgãos executivos da UFSC, como parte essencial da gestão central da
Universidade, são compostos de seis pró-reitorias e três secretarias especiais, além do
Gabinete do Reitor. A ilustração a seguir apresenta um organograma com as pró-reitorias,
secretarias especiais e unidades universitárias (UFSC, 2010).
Ilustração 1 – Organograma geral da UFSC
Fonte: UFSC, 2010.

4.2 A UFSC internacionalizada

Para responder ao objetivo proposto, dos benefícios do intercâmbio, busca-se a missão


da UFSC, definida no artigo terceiro de seu Estatuto,

produzir, sistematizar e socializar o saber filosófico, científico, artístico e


tecnológico, ampliando e aprofundando a formação do ser humano para o
exercício profissional, a reflexão crítica, a solidariedade nacional e
internacional, na perspectiva da construção de uma sociedade justa e
democrática e na defesa da qualidade da vida.

Verifica-se pela missão apresentada, que a UFSC busca a solidariedade nacional e


internacional, que só poderá ocorrer com a movimentação de seus membros dentro e fora do
país, proporcionando aos agentes participantes a socialização do saber filosófico, científico,
artístico e tecnológico, além da formação do próprio cidadão.
Além da missão, a UFSC pretende se afirmar, cada vez mais como um centro de
excelência acadêmica, no cenário regional, nacional e internacional, tendo como uma das
bases o valor internacionalizada. Nesse sentido, existe a Secretaria de Relações Institucionais
e Internacionais – SINTER, órgão apresentado na estrutura da ilustração 1 e que contribui
para a concretização da visão da UFSC em ser uma instituição de excelência.
A SINTER possui como missão

estimular a participação dos diversos setores da UFSC nas atividades de


natureza acadêmica, técnico-científica, cultural e administrativa, no sentido
de estabelecer parceria em intercâmbios com universidades e outros
organismos nacionais e internacionais visando contribuir para a valorização
da ciência e do pensamento crítico e para o desenvolvimento científico e
tecnológico (SINTER, 2011).
Dessa forma, a UFSC, por meio da SINTER, estimula a realização de intercâmbios,
seja nacionalmente ou internacionalmente, sempre pensando no desenvolvimento da ciência,
da sociedade e do próprio indivíduo participante.
A SINTER possui, dentre as suas atividades, atender a uma intensa demanda por
informações relacionadas a intercâmbio internacional, recebendo os visitantes e
encaminhando-os aos órgãos competentes da UFSC. Soma-se a isso o papel de contatar outras
instituições e encaminhar as soluções necessárias para contribuir com a internacionalização
crescente da instituição. Também propõe e coordena a execução das políticas de cooperação
institucional e internacional, por meio de ações como (UFSC, 2010):

• estimular a mobilidade estudantil mediante a disponibilização de informações sobre


oportunidades aos alunos da UFSC;
• promover o intercâmbio científico, tecnológico, cultural, artístico e filosófico com
outras instituições nacionais e internacionais;
• propor e implementar o desenvolvimento de projetos de interesse nacional e
internacional;
• orientar os interessados sobre a formalização de parcerias, programas de intercâmbio e
outras oportunidades;
• receber, orientar e acompanhar docentes e discentes estrangeiros inseridos nos
convênios da UFSC com outras instituições.
• criar um banco de dados, atualizando-o com informações sobre mobilidade discente;
• informar e orientar a comunidade acadêmica sobre as oportunidades de intercâmbio no
País e exterior;
• auxiliar professores e pesquisadores na elaboração de Acordos de Cooperação
bilaterais com instituições estrangeiras e nacionais;
• incentivar professores, alunos e pesquisadores a participarem de atividades
internacionais, tais como desenvolvimento de projetos conjuntos com instituições
estrangeiras e nacionais;
• incrementar a inserção da UFSC no cenário internacional, para que se fortaleçam a
cooperação e a interação com instituições de ensino superior no exterior;
• articular contatos com instituições internacionais, incentivando seus professores,
pesquisadores e alunos a mobilizarem-se academicamente, mediante intercâmbios com
universidades conveniadas;
• coordenar e administrar atividades de Cooperação Internacional e Interinstitucional,
incentivando o ensino e a pesquisa.

Legalmente, o Conselho Universitário da UFSC, instituiu por meio da Resolução


007/CUn/99 o Programa de Intercâmbio Acadêmico, que permite a participação de alunos de
graduação em atividades acadêmicas de outras instituições, podendo creditá-las em seus
currículos escolares. Os estudantes participantes de programas de mobilidade acadêmica, de
acordo com os artigos 3º e 4º, podem cursar até dois semestres letivos consecutivos, efetuando
matrícula especial, na disciplina “Programa de Intercâmbio” (UFSC, 1999).

4.3 Programas de intercâmbio e mobilidade

A Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais classifica os participantes de


programas de intercâmbio acadêmico em outgoing, ou seja, aqueles que são alunos da UFSC
e realizam intercâmbio em outra instituição, e incoming, estudantes estrangeiros que estão
realizando intercâmbio nesta universidade. Alguns programas têm sido realizados pela UFSC,
estando resumidamente apresentados a seguir (UFSC, 2011):

• Programa Santander Universidades Luso-Brasileiro: este programa promove a


mobilidade acadêmica à Universidades portuguesas. Os estudantes contemplados com
a bolsa recebem um auxílio de € 3.300,00, auxílio este que tem por finalidade cobrir
custos com passagem, hospedagem, alimentação e vistos;
• Programa de Formação Científica de Estudantes de Angola e Moçambique
(PROFOR): promovido pela CAPES em parceria com o Ministério de Relações
Exteriores, este programa possibilita que estudantes de países africanos que possuem o
português como idioma oficial permaneçam dois meses no Brasil para conhecer o
sistema de ensino, pesquisa e extensão das universidades nacionais;
• Programa Erasmus Mundus – Janelas de Cooperação Externa da União Européia: a
UFSC participa de dois projetos do programa em questão. O Projeto EBW2 (Euro-
Brazilian Windows), coordenado pela Universidade do Porto, envolve 10
universidades européias e 10 universidades brasileiras. O Projeto Start Up (Student
Teaching and Research Training), é coordenado pelo Instituto Politécnico de Turim,
abrange onze instituições brasileiras e oito européias. Estes projetos financiam a
mobilidade de estudantes e de professores brasileiros para a Europa, bem como de
universitários europeus para o Brasil.
• Programa Língua Portuguesa e Cultura Brasileira: trata-se de um programa de
mobilidade financiado por universidades interessadas, no qual alunos da pós-
graduação da Universidade Federal de Santa Catarina ministram aulas de língua
portuguesa a estrangeiros. O programa também oferece atividades extracurriculares
para integração dos estudantes, bem como oferece a vivência dos mesmos em casas de
famílias cadastradas, auxiliando com as despesas de hospedagem e alimentação.
• Programa de Mobilidade Acadêmica Regional em Cursos Acreditados (Marca):
programa desenvolvido pelo Setor Educacional do MERCOSUL em parceria com o
Ministério da Educação. Tem como objetivo a melhoria da qualidade acadêmica por
meio de sistemas de avaliação e credenciamento dos cursos. A mobilidade se torna
possível mediante a acreditação dos cursos pelo Sistema de Acreditação Regional de
Cursos Universitários do MERCOSUL (ARCU-SUL) pertencentes à instituição dos
quatro países membros (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e dos países associados
Bolívia e Chile. Este programa contempla o intercâmbio de estudantes, docentes e
pesquisadores.
• Programa Escala Estudantil da Associação de Universidades Grupo Montevidéu
(AUGM): programa de intercâmbio entre alunos de graduação pertencentes a
universidades membros da Associação de Universidades Grupo Montevidéu.
Atualmente conta com a participação de 28 universidades pertencentes a seis países
sulamericanos: Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Brasil e Bolívia. Os alunos
participantes realizam intercâmbio durante um período de seis meses, no qual a
universidade de destino dos mesmos fica responsável pela alimentação e moradia do
intercambista.
• Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G): visa possibilitar aos
cidadãos de países em desenvolvimento, os quais o Brasil possui acordos educacionais
e culturais, uma experiência educacional, em nível de graduação, nas Instituições de
Ensino Superior brasileiras participantes do programa. O PEC-G seleciona
estrangeiros, com idade entre 18 e 25 anos, com ensino médio completo, para realizar
estudos de graduação no Brasil. O aluno estrangeiro selecionado cursa de forma
gratuita a graduação. Porém, precisa atender alguns critérios como, provar que é capaz
de custear suas despesas no Brasil, ter certificado de conclusão do ensino médio ou
curso equivalente e proficiência em língua portuguesa, no caso dos alunos de nações
fora da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
• Projeto Milton Santos de Acesso ao Ensino Superior (PROMISAES): tem por objetivo
fornecer auxílio financeiro aos alunos estrangeiros participantes do programa
supracitado (PEC-G) em Instituições Federais. O processo seletivo ocorre
semestralmente e o aluno contemplado receberá um salário mínimo durante doze
meses.
• Bolsa Mérito: visa conceder auxílio de R$ 500,00 por um semestre a alunos
estrangeiros participantes do Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-
G) que demonstrem um desempenho acadêmico acima do normal.

Ainda de acordo com a UFSC (2011), a instituição também participa de algumas


associações, tais como:

• Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP);


• Association Columbus;
• International Association of University Presidents (IAUP);
• Organização Universitária Interamericana (OUI); e
• Unión de Universidade de América Latina (UDUAL).

A tabela a seguir evidencia o total de acadêmicos que vivenciaram experiências


estrangeiras em virtude dos programas elencados.

Tabela 1
Programas de intercâmbios internacionais por números de alunos
participantes em 2010
Programas de Intercâmbio Número de alunos
Total incoming 411
Intercâmbio Institucional 300
AUGM (Escala Estudantil) 18
Português para estrangeiros 82
EBW 2 6
PFC-CAPES 1
Start Up 4
Total outgoing 383
Intercâmbio institucional 314
AUGM (Escala estudantil) 20
AUGM (Escala docente) 6
Santander Luso-Brasileiro 4
Santander Nacional/Andifes 6
EBW 2 24
Start Up 9
Fonte: UFSC, 2011.

Verifica-se pela tabela 1 que no ano de 2010, 383 estudantes realizaram intercâmbio
em outra instituição, enquanto que 411 conheceram a UFSC, totalizando 794 envolvidos com
esses programas. Estudo realizado pela SINTER mostra que a maioria dos estudantes são
originários de países europeus, em especial Portugal, com 149 alunos, seguido da Espanha,
com 34, França, com 32, Alemanha, com 20, Itália, com 13, Grã-Bretanha, com 11,
Colômbia, com 7, Canadá, com 6, Holanda, Peru e Chile, com 3 e Noruega, com 2 estudantes.
A tabela 1 também demonstra que o programa de Intercâmbio institucional é o que
mais contribui, em termos quantitativos, para a ida e vinda de estudantes à UFSC.
Na ilustração a seguir é possível observar os acordos e convênios válidos em 2010, por
região no globo.

Ilustração 2 Acordos e convênios válidos firmados pela UFSC em 2010 para intercâmbio.
Fonte: UFSC, 2011.

Observa-se pela ilustração 2 que o continente europeu possui o maior quantitativo de


acordos e convênios firmados entre a UFSC e outra instituição de ensino superior, com 168,
seguido da América do Sul, com 67, da América do Norte, com 41, da África, com 8, da
América Central, com 6, da Ásia, com 3 e da Oceania, com 2 acordos e convênios firmados.
Ainda em relação ao intercâmbio em outros países a UFSC (2011) destaca a
receptividade a 49 estudantes Haitianos em cursos na instituição, demonstrando participar do
enorme esforço internacional para receber os estudantes do Haiti, que em decorrência do
terremoto, ficaram sem espaço nas universidades desse país.
Os termos “mobilidade acadêmica” e “intercâmbio acadêmico” são tratados de forma
diferente pela UFSC, sendo que a SINTER responde pelo intercâmbio, este sendo considerado
uma relação internacional estrangeira, enquanto o Departamento de Administração Escolar -
DAE, responde pela mobilidade acadêmica, tratando esta como uma movimentação em
território nacional.
Em relação à mobilidade acadêmica, que envolve a mobilidade intra e
interinstitucional, tem esta o objetivo de estimular o aproveitamento de créditos e a circulação
de estudantes entre cursos e programas de educação superior visando aumentar o número de
estudantes da UFSC nos intercâmbios, elevando assim a presença no programa de Mobilidade
Acadêmica da ANDIFES (Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de
Ensino Superior). A meta da UFSC é alcançar 10% do alunado que tenha participado de uma
experiência de vivência fora do município sede da UFSC.
Contribuindo para a realização desse tipo de mobilidade, existe o Programa Santander
Universidades Mobilidade, que é constituído por dois programas financiados pelo Santander
Universidades. Um deles, o mais antigo, chama-se Santander Mobilidade Nacional o qual
financia a mobilidade entre várias instituições públicas e privadas, enquanto o mais recente,
Programa Santander Universidades Mobilidade ANDIFES, financia a mobilidade entre as
instituições pertencentes à Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de
Ensino Superior.
A tabela a seguir quantifica os estudantes que participaram da mobilidade acadêmica
no ano de 2010, na UFSC.

Tabela 2
Dados da Mobilidade Acadêmica na UFSC em 2010
Alunos UFSC Alunos de outra IFES
Unidade Acadêmica
em outra IFES na UFSC
CCA 1 -
CCB 2 3
CCE 7 2
CCJ 3 1
CCS 1 2
CDS - 1
CED - -
CFH 8 1
CFM 1 -
CSE 3 -
CTC 5 6
TOTAL UFSC 31 16
Fonte: UFSC, 2011.

Analisando a tabela 2 verifica-se que o Centro de Filosofia e Ciências Humanas –


CFH e o Centro de Comunicação e Expressão – CCE são as unidades acadêmicas cujos
alunos mais participam da mobilidade acadêmica.
De acordo com a UFSC (2011), as instituições que apresentaram maiores parcerias
pelo programa de mobilidade foram a Universidade de Brasília e a Universidade Federal de
Minas Gerais. Apesar de modesta participação discente, acredita-se que há um grande
potencial de crescimento à medida que as experiências dos participantes são divulgadas como
uma boa oportunidade de mobilidade.
Além da SINTER e do DAE, a Pró-Reitoria de Pós-Graduação – PRPG manteve em
2010 apoio à ações que visam incrementar projetos de cooperação internacional,
denominando como internacionalização da Pós-Graduação, trazendo não apenas estudantes,
mas também professores para lecionarem na UFSC.
Fica evidenciado, com os dados apresentados anteriormente, a situação da
internacionalização da UFSC, que possui programas, acordos e convênios para expedir e
receber estudantes dos mais variados lugares do globo, seja em nível nacional ou
internacional, alcançando quase todos os continentes.

5 CONCLUSÃO

A Universidade Federal de Santa Catarina possui 40 anos de história, sendo integrante


da história do estado de Santa Catarina e em especial, da capital do Estado, Florianópolis. No
decorrer dessas décadas muitas situações foram vivenciadas e, a estrutura da instituição se
tornou complexa e hierarquizada, apresentando 11 centros de ensinos além das pró-reitorias e
secretarias, com seus órgãos suplementares.
Esse contexto proporcionou destaque à UFSC no cenário nacional e internacional,
tornando-a atrativa para muitos estudantes que ingressam regularmente, ou por meio de
intercâmbio. É justamente o intercâmbio e a mobilidade acadêmica o foco da presente
pesquisa, que teve por objetivo evidenciar o cenário da instituição nessas dimensões.
A pesquisa apontou que a UFSC cresceu no decorrer dos anos, possuindo na
atualidade um órgão exclusivo para o trato do intercâmbio de estudantes, sendo a Secretaria
de Relações Institucionais e Internacionais – SINTER.
A SINTER trata o intercâmbio de duas formas: denomina incoming a vinda de
estudantes estrangeiros para a UFSC, e de outgoing a ida de estudantes da UFSC para
instituições de outros países. Verificou-se que a instituição analisada trata intercâmbio
acadêmico diferentemente da mobilidade acadêmica, sendo esta última a movimentação de
estudantes em Instituições de Ensino Superior no país, principalmente pelo programa
proposto pela ANDIFES. O órgão na UFSC responsável pelo trato da mobilidade é o
Departamento de Administração Escolar – DAE.
A mobilidade acadêmica apresenta resultados modestos, não ultrapassando 50 alunos
envolvidos pelo programa ANDIFES no ano de 2010. O intercâmbio, no entanto, é mais
expressivo em comparação com a mobilidade, envolvendo 794 estudantes que vivenciam
experiências no exterior ou estrangeiros que passam pela UFSC. Para dar suporte a esse
quantitativo, a UFSC firmou aproximadamente 300 acordos e convênios com instituições
estrangeiras espalhadas pelos continentes, sendo que os países europeus são maioria. Há
também diversos programas que incentivam tanto o intercâmbio quanto a mobilidade.
Nesse sentido, é possível concluir que o cenário da UFSC para o intercâmbio e
mobilidade acadêmica é existente, ativo, incentivativo e em crescimento, evidenciando que a
UFSC caminha para a expansão dos programas, reforçando sua presença nos diversos cantos
do globo terrestre, necessitando apenas aperfeiçoar a mobilidade acadêmica para esta deixar
de ser modesta.
Corroborando a conclusão acima, há de se ressaltar a participação da UFSC no esforço
internacional em abrigar os estudantes de instituições de ensino superior do Haiti, que ficaram
sem local de estudo após o terremoto que devastou o país.
Sugere-se como pesquisas futuras, os benefícios que o intercâmbio e mobilidade
acadêmica trazem para os seus participantes, em suas vidas profissionais e pessoais.

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