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*A ASSEMBLÉIA DE DEUS INDENIZARÁ FIEL QUE FOI CRITICADA POR FOTOS POSTADAS*

A Igreja Evangélica Assembleia de Deus e um pastor foram condenados a


indenizar em R$ 10.000,00 (dez mil reais) vítima após a acusarem de profanar o sagrado por
conta de fotos ditas como sensuais postadas nas redes sociais e música secular em entrada do
noivo em seu casamento.

A vítima ingressou com ação de indenização por danos morais no ano de 2020
contra a Igreja e o pastor, alegando ter nascido em uma família evangélica e sempre
frequentando cultos.

Em busca de “novos ares” a Autora da ação passou a se ausentar de alguns cultos,


momento em que passou a ser moralmente assediada pelo pastor da Igreja, que tentava
convencê-la de permanecer da Igreja.

Posteriormente, ao não conseguir convencer a vítima, o pastor passou a criticar


suas fotos, afirmando que a mesma estaria usando roupas sensuais na praia, embora a Autora
estivesse de shorts.

Não suficiente, em um culto ocorrido em 30/08/2020 o pastor atacou a família da


vítima perante o público da igreja, dizendo, entre diversas ofensas: “A filha com fotos sensuais
no facebook, tocar hino do Corinthians na entrada do noivo pode! Eu só fiz aquele casamento
porque sou um homem de caráter, mas a minha vontade foi virar as costas e ir embora. Estou
de saco cheio dessa família, pode nem ser chamada de família...”

Em inicial, a Autora pediu R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) à título de danos


morais.

Em contestação, a Igreja alegou a inviolabilidade da liberdade de crença,


assegurado o livre exercício dos cultos religiosos, sendo estes, protegidos. Já o pastor, ao
contestar as alegações da Autora, afirmou que o noivo havia profanado o que seria
considerado sagrado ao ter entrado no casamento com o hino do Corinthians, bem como disse
não ter mencionado o nome da Autora ao relatar a sua história no púlpito da Igreja.

Após manifestação da Autora sobreveio sentença, condenando os réus ao


pagamento de danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais).
A Autora interpôs embargos de declaração em 22/09/2021 em face da sentença
requerendo que fosse tratado sobre o pedido da inicial, onde a mesma pugnou que o pastor se
retrata-se e esclarecesse aos fiéis da Igreja que as afirmações feitas anteriormente seriam
inverídicas.

Até o presente momento não houve atualizações no processo.

Fonte: TJSP (Processo: 1010470-18.2020.8.26.0020)

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