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PALLASMAA, Juhani. Habitar. São Paulo: Gustavo Gili, 2017. Edição do Kindle.

Não
paginado.

Prólogo - Habitar no espaço e no tempo:


“De modo geral, concordo com meu colega chinês. A casa é um cenário concreto, íntimo e único da vida de
cada um, enquanto uma noção mais ampla de arquitetura implica necessariamente generalização,
distanciamento e abstração” (PALLASMAA, 2017, n.p.).

”Somos incapazes de viver no caos espacial, mas também não conseguimos viver fora do tempo e da
duração. Ambas as dimensões necessitam ser articuladas e dotadas de significados específicos. O tempo
também deve ser reduzido para a escala humana e concretizado como uma duração contínua” (PALLASMAA,
2017, n.p.).

“A modernidade se comprometeu prioritariamente com o espaço e a forma, enquanto o tempo, uma


qualidade essencial de nossa experiência, foi negligenciado” (PALLASMAA, 2017, n.p.).

Habitar no tempo (2015):


“No entanto, além de vivermos no espaço, também habitamos o tempo. A arquitetura também faz uma
mediação de nossa relação com o curso do tempo e confere ao tempo infinito uma medida humana. Na sua
realidade física, há escalas radicalmente diferentes que excedem nossas capacidades de percepção e
compreensão, desde o tempo cósmico e geológico até as escalas temporais dos processos evolutivo,
orgânico e atômico. A arquitetura ajuda a conferir escala a essa assustadora amplitude de tempo. Uma das
tarefas mentais essenciais das construções, estruturas e artefatos é criar uma escala temporal. ‘A
arquitetura não consiste apenas do ato de domesticar o espaço’ argumenta o filósofo Karsten Harries,
‘constituindo também uma profunda defesa contra o terror do tempo. A linguagem da beleza é
essencialmente a linguagem da realidade atemporal’. Espaço e tempo não são dimensões independentes e
objetivas exteriores à nossa consciência; estamos interligados ao mundo, como em uma fita de Moebius,
que apresenta dois lados e apenas uma superfície” (PALLASMAA, 2017, n.p.).

“Hoje podemos falar de espacialização do tempo e de temporalização do espaço” (PALLASMAA, 2017, n.p.).

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