Michel de montaigne Francis bacon

Montaigne foi um humanista dos mais
importantes de sua época. No contexto histórico a
França vivia um processo de guerras religiosas, com
a perseguição de católicos aos huguenotes
(calvinistas), os protestantes franceses, que
cuminando em 1598 com parte da resolução dos
conflitos com o Egito de Nantes, pelo rei Henrique IV,
que reafirmou o catolicismo com religião oficial
permitindo liberdade ao culto para os protestantes.
Em sua principal obra Ensaios, Montaigne se
opôs a qualquer forma de doutrinação do passado
medieval, com a imposição de algo religioso sobre a
vida das pessoas, por isso, se enquadra como um
filósofo humanista, definindo que toda ideia é
perigosa. Sua base está no resgate de conceitos
advindos da filosofia helenística, propondo a
busca por uma verdade, mas que fuja dos juízos,
como o Epicurismo, que defendia viver através
apenas dos desejos naturais e necessários, e o
estoicismo, quando precisamos nos preocupar
apenas com que podemos mudar.
• Seguindo a sua ideia de crítica à imposição, o
pensamento de Montaigne também se torna
crítico com as condutas tomadas pelos
colonizadores da América, que utilizavam a
justificativa de superioridade e civilização sobre
os povos nativos, exterminando povos
considerados bárbaros, mas e assim os faziam
também praticantes da barbárie.
• Em relação à educação, Montaigne defendia a
prática como forma de conhecimento, contra a
tradição escolar medieval e busca por uma
reprodução, que não desenvolvia o
pensamento analítico. Para ele, era preciso
respeitar a personalidade de cada criança.
Foi um filosofo do século XVI que propôs o
Empirismo Indutivo, que tinha como objetivo
experimentações através da observação.
SEU METÓDO É DIVIDIDO EM QUATRO ETAPAS:
1) Observação rigorosa dos fenômenos naturais.
2) Organização racional do que foi observado.
3) Formulação de hipóteses.
4) Comprovação por meio da experimentação e da
repetição.
O método empírico indutivo se baseia na
experimentação de exemplos específicos para se
chegar à verdade maiores. Ele dizia que os ídolos
são fatores que podem influenciar negativamente o
método empírico indutivo:
Precisamos tomar cuidado com o
nosso próprio pensamento, que pode distorcer o
caminho para verdade.
Precisamos tomar cuidado com
os nossos gostos pessoais, que podem nos
prejudicar, nos tornamos parciais durante a pesquisa.
Precisamos utilizar uma linguagem
científica específica para não nos confundimos.
Precisamos tomar cuidado com
pensamentos filosóficos do passado, onde muitos não
se comprometem com a busca pela verdade.

• Em relação ao comportamento humano,

Montaigne acreditava em estamos em
constante movimento, e tudo pode depender
das diversas situações do dia a dia, podendo
mudar de opinião de acordo com as
circunstâncias e pelo contato com outra
pessoa.
 David hume
David Hume foi um filósofo empirista
pertencente a corrente do Iluminismo do século
XVIII. A sua obra foi muito importante para
estabelecer métodos para a ciência moderna.
Para Hume, o empirismo é a base para o
conhecimento. Só podemos conhecer através dos
sentidos presentes.
• O fundamento da vida não está na razão, e sim
nos hábitos, costumes e experiências.
More conceitua uma ilha
chamada “Utopia”, onde o dinheiro era
desnecessário, a propriedade privada era
inexistente, o acesso aos serviços públicos era uma
realidade e a única exigência era a crença em deus
Thomas hobbes
Foi um filósofo contratualistas, que criou um
livro chamado “O Leviatã”, importante por estabelecer
explicações sobre um rei e sua monarquia.

• Hume se opõe as ideias racionalistas de René

Descartes, que acreditava no conceito ideias
inatas (nascemos com elas)

• “O hábito é o grande guia da vida humana.”

• Pelo seu método lógico, Hume se põe também as

ideias de Francis Bacon, que acreditava no
empirismo indutivo, que consistia em induzir um
experimento específico para se chegar a
conclusões gerais.

Adquirimos na vivência, experiência.

Representação das impressões, lembranças
de nossas experiências.
Representa a monarquia, e faz alusão ao
COMO: O nascer Sol de todos os dias é uma ideia
líder político deste sistema, o Rei ou Monarca.
adquirida através da indução, mas não temos
garantias de que ele nascerá amanhã.
Simboliza a formação do absolutismo, a
segurança. Em “O Leviatã”, Hobbes diz que “O Povo
renuncia tudo em troca do grande dom da
THOMAS MORE segurança”.
A filosofia moderna tenta se afastar da tradição
medieval que era exclusivamente ligada a ideia de Simboliza o poder soberano do monarca,
deus. O renascimento, o humanismo e a diversidade esse que exercia um forte controle social.
de temas são características dos filósofos que
surgiram no período. Thomas More no século XVI foi Perceberemos que o mesmo é formado
um filósofo que trabalhou na corte do Rei Henrique
por pessoas. Neste caso, a imagem é uma perfeita
VIII na Inglaterra, mas por suas duras críticas a
ilustração da origem do poder real, pois segundo
sociedade e por se negar a converter ao
Hobbes: “O governo absoluto havia sido
anglicanismo, foi preso na torre de Londres e
estabelecido pelo próprio povo”;
condenado a morte.
Destinada à figura do rei, deve ser atribuída
Ele usa o pseudônimo de Rafael
ao poder real. Fica a sensação de que a autoridade
Hitlodeu e faz duras críticas a sociedade inglesa de
monárquica alcança facilmente todo o território
sua época, afirmando que Londres mantinha as
nacional, ou seja, nos é passado a ideia de um
desigualdades sociais e que o parlamento estava
controle estabelecido que podemos chamar de
sujeito as normas do rei.
governo.
 Contrato social
É um tratado feito entre governantes e governados
O estado de natureza dos
homens é quando não existia leis.
Assim, os homens nasciam maus
provocando desordem e um
verdadeiro estado selvagem de
constantes guerras
• Os homens abdicam de sua
liberdade plena entregando-a a
um rei absolutista para governá-
los através da imposição de leis,
garantindo a ordem acima de
tudo.
• A prioridade pertence ao estado
absolutista
• Os súditos tem o direito de se
rebelar quando a ordem não é
garantida pelo soberano.
O estado de natureza para ele é
que os seres humanos não são
bons nem maus, mas com direitos
inalienáveis, como a vida, a liberdade
e à propriedade.
• Se opõe ao absolutismo e
defende a democracia
representativa, onde os
proprietários seriam a base
política.
• Os representantes através do
estado devem garantir os
direitos inalienáveis da
sociedade. Caso isso não
aconteça deve ser substituído
No estado de natureza os seres
humanos nascem bons e se
corrompem com as suas relações
sociais.
• Defensor do modelo de
democracia participativa, onde
através de praças públicas o povo
deve atuar diretamente na
política.
• Para Rousseau a propriedade
privada é a causa das
desigualdades sociais.
NICOLAU Maquiavel
Sua obra é estudada devido a sua importância
para o entendimento das monarquias absolutistas
e até a atualidade. “O Príncipe”, sua obra, foi
dedicada a Lorenzo Médici, e se baseava na forma
como um governante poderia fazer para
conquistar e manter o poder.
Para Maquiavel a política está acima de
qualquer moral, não importa os meios, e sim a
conquista do poder. ‘’ O FIM JUSTIFICA OS MEIOS’’.
Os homens são imprevisíveis e dissimulados. O
governante nunca deve confiar em seus súditos.
• Maquiavel não confiava em homens pois pensava
que em algum momento até seu braço direito iria
o trair.
• O governante, precisa ser completo tendo a força
de um leão, para ser violento quando preciso;
e a astúcia de uma raposa, para utilizar a sua
inteligência.
O governante precisava obter:
Virtudes e qualidades
Oportunidades
OBS: Como o governante não pode ser temido e
amado ao mesmo tempo, é melhor que seja temido
para manter o respeito, porém esse temor não deve
se transformar em ódio, pois aí começam as
revoltas.
ERASMO DE ROTERDÃ
Erasmo De Roterdã nasceu na Holanda e foi um
homem renascentista e humanista do Século XVI. Foi
um cristão crítico a igreja católica, pregando um
cristianismo puro, como nos tempos de Jesus.
Erasmo cria uma obra escrita em
como se a loucura fosse uma divindade presente na
vida das pessoas em sua totalidade. Assim, todas as
ações da época, como as indulgências, a guerra,
entre outras, não são obras humanas, e sim da
loucura em seu domínio.
 espinoza
É um filósofo monista, ou seja, acreditava em
uma única substância, sendo Deus e a natureza
(universo) a sua manifestação, por isso, também era
um filósofo panteísta, pois acreditava que Deus
estava em tudo. Para ele, não há como uma
substância ser produzida por outra substância,
nem mesmo ser dividida. Por isso, ela é infinita. Deus,
para o filósofo, se diferencia do deus Judaico-Cristão,
pois é substância e não um ser criador racional.
Espinoza define essa substancia em dois aspectos:
Diz respeito a criatividade da
natureza, a sua movimentação e formação.
É a forma passiva da natureza,
já pronta, como os rios, montanhas e tudo que já
existe em forma no universo.
Como tudo vem de Deus, nós seres humanos,
também somos parte dessa totalidade, por isso, tudo
que fazemos é determinado por Deus. A nossa
liberdade é a capacidade de compreendermos o
porquê agimos de tal maneira. Assim, vivemos não
só pela razão, mas pelas paixões, desejos e
necessidades também.
Assim, nossa razão vem da compreensão
desse determinismo. Nossa razão esbarra nos
nossos sentimentos, que as vezes acabam sendo
maiores que nossa razão. Não vivemos só pela razão.
Os corpos são formados por partes duras e
moles, e assim, por muitas vezes, não temos a
capacidade de controla-los por inteiro. As afecções
são alterações que acontecem através do
movimento das partes complexas de nossos
corpos, e o contato com outros corpos. A partir daí, a
afecção que eleva a potência de agir e de pensar,
é denominada afeto de alegria, e a afecção que
diminui a potência de agir e de pensar, é
denominada afeto de tristeza.
Exemplos de afeto de alegria: Abraço de um amigo
Exemplos de afeto de tristeza: Ficar doente
Para Espinoza o direito natural é a ordem que dirige
a natureza, que vem de Deus, logo, quem respeita
esse direito, compreende enquanto substancia, e
assim, pode seguir a sua razão. Quando há
formação de um Estado, que define a sua regra
baseada na razão das pessoas, lhes garantindo a
livre capacidade de pensar, há respeito em Deus.
A faculdade de pensar é um direito natural.
• Espinoza era um defensor da separação entre
estado e religião, pois para ele, os Estados
eclesiásticos limitam a capacidade de
pensamento das pessoas. Por isso, se opunha as
teorias do Direito Divino, muito utilizadas na
época pelo Antigo Regime.
René descartes
É um filosofo racionalista que contribuiu com a
ciência através de seu método de estudos. Para ele,
as verdades matemáticas são exatas e seguras, já
as verdades da filosofia e da ciencia são inseguras
• Desconfie de tudo, menos das próprias duvidas
As ideias inatas são aquelas que antecedem
a nossa existência, ou seja, que nascemos com elas.
Por exemplo: Deus e a matemática. As ideias
adventícias são aquelas que adquirimos através
das nossas experiencias / sensações
Se estivermos sob domínio de algo maior,
que nos esconde a verdade, devemos partir do
princípio de que existimos, pois a nossa consciência
está ativa, “penso, logo existo”.
É uma dualidade entre o
corpo e a mente, que são diferentes, o corpo
naturalmente físico e a mente não. Por isso, o corpo
não tendo consciência, não pode agir sozinho. A
ideia de Descartes encontrou resistência com o
fisicalismo que, em linhas gerais, defende que a
mente é resultado do funcionamento do cérebro, e é
constituída pela mesma substância do corpo
Para defender a sua tese, ele a dividiu em argumentos
Se baseia na concepção “Cogito
ergo sum”, ou penso logo existo, pois devemos
duvidar de tudo, menos da nossa própria
existência, pois a nossa mente nos mostra isso, e
como ela é diferente do corpo, continua a existir
independe dele.
Defesa cartesiana de
que corpo e mente são diferentes. Para ele, o corpo
é divisível, se uma parte do seu corpo é amputada,
não cresce novamente, já a mente não pode ser
divisível, ela permanece.
Em relação ao corpo, ele observa que alguns robôs
(autômatos) ou maquinas de seu tempo, se
movimentam com estímulos externos e assim,
percebeu que o corpo humano se difere dessa
concepção, pois é mais complexo, podendo se
movimentar também através de reflexos, o que é
independente de sua vontade. Essa teoria ficou
conhecida como “undulatio reflexa”, ou Teoria do Ato
de Reflexo.
BLAISE PASCAL
A sua obra filosófica é crítica ao racionalismo
e atrelada a sua religião católica. Pascal havia se
convertido ao Jansenismo, uma doutrina religiosa,
moral e política fundada pelo bispo holandês
Cornellius Jansenius. Partindo de princípios cristãos,
o Jansenismo fazia uma releitura crítica da obra de
Agostinho de Hipona (século V d.C), principalmente
na defesa da predestinação dos seres humanos, se
opondo ao livre-arbítrio.
• Considera que a razão é finita. Nem todas as
respostas podem ser encontradas através da
razão. Em sua obra “O Pensamento”, Pascal
coloca em dúvida a razão humana. Para ele, a
razão está sempre nos enganando, e por isso,
o coração em seu sentido metafórico deve ser
ouvido. Assim como em sua frase “O coração
tem razões que a própria razão desconhece”.
Assim, não é possível provar a existência de Deus
através de métodos racionais. O homem precisa
se reconhecer como um nada em relação ao
infinito, e tudo, em relação ao nada. Por isso,
somos incapazes de definir o justo ou o injusto,
de estarmos sempre felizes, ou sempre tristes.
Ou Argumento da Aposta para
Pascal, temos mais a ganhar crendo em Deus do
que pelas vias do ateísmo. Mesmo que não
consigamos provamos a sua existência através da
razão. Se acreditarmos em Deus e estivermos certos,
teremos um ganho infinito, mas se estivermos
errados, teremos uma perda finita. Se não
acreditarmos em Deus e estivermos certos, teremos
um ganho finito, se estivermos errados, teremos uma
perda infinita.
John locke
Considerado um dos pais do Liberalismo e do
Iluminismo, participando ativamente da Revolução
Gloriosa (1688) que colocou o holandês Guilherme de
Orange como rei da Inglaterra, iniciando a Monarquia
Parlamentarista no país.
John Locke se opunha à monarquia
absolutista, defendendo um sistema
parlamentarista. Em oposição ao filosofo
absolutismo Thomas Hobbes, que acreditava que em
um estado de natureza, os seres humanos eram
maus. Locke acreditava que poderiam viver de
forma pacifica.
Ou Direito Natural, para Locke, todos
os seres humanos possuem direitos naturais
inalienáveis, sendo eles: Direito da vida, da
Liberdade e a Propriedade.
Através da democracia
representativa, o povo deve escolher os
governantes, e o Estado tem o principal objetivo de
garantir os direitos naturais.
Locke era um defensor da tolerância
religiosa, alegando que ninguém, nem juízes, nem
governantes e nem governados podem definir uma
única e verdadeira religião através do uso da
violência. Essa tolerância não é praticada por
povos nativos da América, que não utilizam
dinheiro, tendo atitudes como selvagens, nem pela
igreja católica, que atua como uma serpente para
conseguir seus objetivos.
Locke defendia que o trabalho infantil
deveria ser utilizado por famílias que não tinham
condições de se sustentar, além da escravidão,
através de um contrato, como em um caso de um
estado de guerra, quando o derrotado aceita ser
escravizado para evitar a morte. Essa teoria
justificando a escravidão foi utilizada na guerra entre
os ingleses e os nativos americanos durante o
processo colonizador.
John Locke acreditava que a mais
segura a forma de se obter conhecimento era através
do empirismo (experiência). Ou seja, o método
indutivo. Para isso, Locke utilizou a metáfora da
tábula rasa, afirmando que o ser humano nasce
como uma folha em branco, e é moldado pelas suas
experiências.
Locke afirmava que todos os
átomos são únicos em sua essência, mesmo
compondo uma massa. Logo, os seres humanos
são únicos, assim como todos os organismos vivos.
Para ele, há uma distinção entre o homem e a pessoa,
sendo o primeiro um corpo vivo, e a pessoa um
corpo pensante, que pode conhecer a si mesmo
como ser racional em diferentes lugares. Por isso, a
consciência pode passar de alma para alma.
voltaire
Na questão política, Voltaire condenava o
Antigo Regime, onde os reis exerciam o poder de
forma absoluta. Para ele, um monarca deveria
governar segundo as leis, sendo aconselhado por
filósofos, e sendo ele mesmo um filósofo. Esse
pensamento vai ao encontro dos déspotas
esclarecidos, que passaram a governar influenciados
pela razão iluminista.
Na questão religiosa, Voltaire acreditava que a
razão poderia comprovar a existência de um Deus.
As suas ideias procuravam combater a intolerância
religiosa, fazendo a separação entre religiões e a fé,
visto que ter fé, para ele, é necessário, desde que seja
praticado de forma racional.
Voltaire procurou problematizar o dualismo
da alma. Para ele, se a alma se desprendia do corpo,
como manteria os seus sentidos, como olfato,
audição, visão, tato e paladar já que são funções do
corpo humano? Logo, a alma e o corpo para
sobreviverem, necessitam ser saudáveis. Afinal, um
corpo que adoece por falta de alimento, também
adoece a alma.
Considerações finais: Voltaire foi um filósofo que se
preocupou em buscar explicações racionais para
a vida, defendendo a liberdade de pensamentos e
escolhas, fazendo duras críticas as imposições
políticas, morais e religiosas.
Jean bodin
Para Bodin, a anarquia seria a pior forma
encontrada para a desordem da sociedade e por outro
lado, a ordem somente seria conquistada por um
Estado forte e soberano. Nesse caso, esse
soberano (rei ou príncipe) representaria a imagem
de Deus. Em resumo, na teoria que ficou conhecida
como o “Direito Divino dos Reis”, Jean Bodin
acreditava que a soberania absoluta deveria se
concentrar numa só figura.
Montesquieu
Um dos mais importantes filósofos iluministas,
defendeu a razão como guia de descobertas,
fazendo duas críticas a monarquia absolutista
vigente em seu país. Montesquieu estudou e definiu
três principais formas de governo: a República, a
Monarquia e o Despotismo.
Pode variar em República Democrática
(indireta), na qual a cidadania é exercida de forma
mais ampla, baseada na igualdade, e a República
Aristocrática quando a cidadania é reduzida, e a
política é feita principalmente por membros da
aristocracia. A democracia é regida pelos princípios
de virtude, ou seja, aqueles que de alguma forma são
considerados aptos a exercerem o governo.
É o governo de apenas uma pessoa, o
monarca. Porem, deve-se respeitar as leis,
restringindo a sua ação. A monarquia é regida pelo
princípio da honra do governante e seus
descendentes.
É a forma de governo em que o
governante se coloca acima das leis, governando
de forma absoluta. Por isso, o seu principio é baseado
no medo.
As formas de governo podem fracassar se
estiverem submetidas a corrupção, quando os
governantes, principalmente de governos
democráticos e monárquicos, não exercerem os seus
poderes como é previsto nas suas respectivas leis,
ultrapassando seus limites.
Para Montesquieu, é preciso combater o governo
despótico, que mantem o poder absoluto em mãos,
delegando a poderes específicos. Assim, haverá a
separação dos poderes em três. Separações
harmônicas, porém, independentes entre si:
Sob responsabilidade do
governante com objetivo de administrar o estado
Sob responsabilidade do
parlamento, responsável por elaborar as leis
Sob responsabilidade de
magistrados, responsável pela fiscalização do
cumprimento das leis.
Em sua obra “O Espirito das Leis”,
Montesquieu defini que as leis representam o
contexto da realidade de cada lugar. Por isso, não
existem leis justas ou injustas, e sim leis mais ou
menos adequadas a um povo, época ou região.
Assim, a liberdade só é garantida se todos
respeitarem e compreenderem a importância das leis.
ROUSSEAU
O estado de natureza, para Rousseau, se opõe
ao estado hobbesiano, que dizia que o homem era
mau, Rousseau acreditava que o homem é
desprovido de seus sentidos, tendo os seus
desejos satisfeitos apenas com a natureza (comer,
dormir, beber água…), e por isso, não pode ser
hostil, ao ponto de prejudicar os outros (bom
selvagem).
A falta de razão nos faz viver em nossa fase
natural, e quando adquirimos essa razão, passamos
a reconhecer os outros como o nosso alter-ego,
constituindo a sociedade.
O contrato social, que seria a
Constituição de uma sociedade civil, deve garantir
a liberdade de todos, diferente da teoria de John
Locke, que acreditava que o fim se resumiria nas leis
que garantiriam os direitos individuais, para
Rousseau, deveria se valer a vontade geral, onde a
constituição do estado deve respeitar a soberania
do povo. Por isso, Rousseau criticava a
propriedade privada, pois para ele, é preciso acabar
com as desigualdades sociais.
• A vontade geral deve estar acima de qualquer
vontade individual.
Em relação as formas de governo:
Cidades pequenas: Democracia direta e participativa
Cidades médias: Aristocracia, com magistrados
Cidades grandes: Monarquia
OBS: Todas essas formas deveriam respeitar a
soberania do Povo.
DENIS DIDEROT
Foi um defensor da razão como guia de
descobertas, pois atraves da ciencia, se questiona
as verdades morais e absolutas, derrubando-as
Diderot fazia duras críticas as religiões,
dizendo que elas tentam extinguir as paixões atraves
da fé. Tentam acabar com os desejos, o amor e
demais sentimentos. Um ser humano equilibrado é
um ser que tem suas paixões em equilíbrio. Essas
paixões que nos movem, que nos fazem produzir
grandes coisas. Além disso, ele questionava os
milagres de Cristo e a sacracidade da bíblia.
• Para ele não acreditar em Deus causa menos
terror do que acreditar em um deus punitivo
• Na questão política, Diderot fazia críticas a
centralização do poder dos reis absolutistas.
Para ele, a política deveria servir para eliminar as
desigualdades sociais, e não para propagá-la e
mantê-las.
• Na questão da arte e estética, ele acreditava
que a beleza era uma necessidade natural dos
seres humanos. Independente de qualquer ordem
divina, o belo aparece atraves da simetria dos
homens, e assim passa a se desenvolver em
outras áreas, como a relação com os objetos, a
música, a literatura, as artes visuais e outros
JEREMY BENTHAM
Se propôs a estudar um sistema de filosofia
moral, mas que tivesse atuação direta na
sociedade. Foi um difusor do Utilitarismo, que se
define por dirigir ações boas quando visam a
felicidade, e más quando visam o oposto da
felicidade. Assim, é preciso considerar o bem de
todos e não apenas o individual.
Ele percebeu que de alguma forma todas as
ações buscam a felicidade, então preferiu estabelecer
que o Princípio da Utilidade fosse denominado como
o Princípio da Maior Felicidade. Definindo que o
comportamento humano é governado pela dor e
pelo prazer, e que cada um segue buscando a
felicidade individual, e que a ideia moral é que essa
felicidade se torne para todos.
• A legislação deve fornecer essa felicidade através
de um sistema cujo objetivo é criar a fábrica da
felicidade pelas mãos da razão e da lei. O
legislador deve avaliar os valores relativos a
prazeres e dores, e impor sanções de acordo com
o Princípio Produtor da Conjunção dos
Deveres e Interesses.
• A punição deve ser aplicada apenas quando
for minimizar a dor e maximizar o prazer
Existem 7 prioridades para calcular a quantidade
de dor e prazer:
- Intensidade
- Duração
- Certeza
- Proximidade
- Fecundidade
- Pureza
- Extensão
Bentham foi criticado por seus contemporâneos
por não se dirigir as religiões, e sim por identificar
que quando em uma sociedade há mais dor do que
prazer, trata-se de um erro de cálculo.
ALEXIS DE TOCQUEVILLE
Tocqueville teve uma importante viagem para os
EUA em 1831, para estudar o sistema prisional, onde
conheceu a Democracia Liberal, da recém nação
emancipação, sem a presença de uma nobreza, para
ele, os EUA têm terras suficientes para todos, o que
inibe a centralização de uma nobreza, sendo um
campo fértil para seu desenvolvimento.
Para ele, a Democracia deve ser institucional,
para garantir o combate às desigualdades sociais.
Ou seja, através do estabelecimento de instituições
sólidas, representativa, deve-se garantir direitos as
pessoas e a igualdade para ocupar cargos
institucionais. Assim, as pessoas serão livres
atraves das leis democráticas, garantindo a todos
as mesmas oportunidades.
É importante ressaltar que Tocqueville aponta as
distinções entre o egoísmo e o individualismo:
Ganancia, faz com que os indivíduos se
afastem do bem comum, é um sentimento antigo,
que existe desde os primórdios da humanidade
Se representa pelas liberdades
individuais, e para isso, as instituições democráticas
consolidadas, devem garantir que essa cidadania seja
exercida. O individualismo é inerente a democracia
consolidada.
Ainda sobre democracia, ele aponta as
dificuldades de uma democracia, se todos os
cidadãos presentes nela não compreenderem o seu
espirito, essa democracia pode se tornar um regime
autoritário e centralizado, quando não há igualdade de
condições e quando as vozes divergentes não são
respeitadas
Immanuel kant
Filósofo do século XVIII que teve contato com
obras importantes de filósofos empiristas e
racionalistas. Kant procurou encontrar um caminho
entre as duas correntes de pensamento.
Para Kant, devemos aprofundar apenas nas
temáticas que se apresentam, deixando de lado o
que não merece ser estudado, que não contribuem
com a ciência.
Para Kant, juízos são formas de conhecimento:
Forma de conhecimento segura,
onde o predicado não altera o sujeito. (exemplo:
todo triângulo tem três lados).
Forma de conhecimento insegura,
onde o predicado altera o sujeito (exemplo: aquela
garrafa é verde). Obs: apenas aquela garrafa é verde,
as outras existentes, podem não ser.
Junção entre as duas
primeiras formas de conhecimento (exemplo: todo
corpo é pesado). Observação: De fato todo o corpo
tem massa, por isso, pesa. Porém, o peso pode variar.
A ética kantiana é dividida em: Também chamada de pura,
entendimento independente da intuição.
Ações que são justificadas em
um determinado fim ou paixão, mas que não
necessariamente tem uma racionalidade ética • Estética transcendental é a priori, a ciência de
envolvida. todos os princípios.

Ações movidas pela

racionalidade.
Julgamento moral que não
necessariamente é baseado em um
aprofundamento da experiência.
Conjunto de regras, costumes ou dogmas
colocados por uma sociedade.
Através da razão conseguimos
definir os preceitos éticos, baseados na ação
individual, no respeito e na universalidade do
conceito.
OBS: A ética deve estar acima da moral, pois os
preceitos éticos devem se universalizar para o
convívio em sociedade
Segundo a Crítica da Razão Pura, o
conhecimento parte da exigência e da razão. A
razão tem função de organizar as ações humanas, e
como o conhecimento parte dela, é pura.
Apenas através da sensibilidade nos é
fornecida intuições. Toda intuição que se relaciona
com o objeto através da sensação é empírica. Aquilo
que não passa por uma intuição empírica se
chama fenômeno, que é composto de matéria e
forma
• O espaço continua a existir independente de se
preenchido. Sendo ele “uno”, ou seja, que existe
apenas um, o que vemos e presenciamos são
diversos lugares de um mesmo espaço
• O tempo também é a priori e uno, existindo
independe da existência (como o espaço). O
tempo permanente e os objetos se transformam
de acordo com as instruções internas
• É preciso passar da Lógica geral para a
transcendental

Forma de conhecer
dependente da razão. Ele pode se dividir em: puro
(não necessita do empirismo) e impuro (necessita da
experiência passada)

Forma de conhecer
dependente da experiência.

Os juízos dão a formação do conhecimento:

Analíticos, Sintéticos e Juízos sintéticos a priori

Capacidade de ter
conhecimento de acordo com a sensibilidade

Forma de descrever de
acordo com o entendimento