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Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Especialização em Diplomacia e Relações Internacionais

Nome: Luis Felipe Aramayo Rossi

Análise de Conjuntura:

Esta análise tem o objetivo de rever as características, no que diz respeito a


relação entre as empresas privadas, como a SpaceX e a Boing, e o governo dos Estados
Unidos da América, no que tanje a recentemente iniciada nova Corrida Espacial. O
objetivo desta análise será a de ver a conjuntura da situação atual, analisando as relações
entre as duas partes, e quais os papéis que cada uma das duas tem nesta situação que as
encontramos.
Para que esta análise seja concluída, será analiada a atual relação entre as
empresas privadas, que incluem porém não limitadas à, SpaceX; Boing e Amazon,
juntamente com o governo dos EUA, através de seu orgão estatal para a exploração do
espaço sideral, a NASA, e qual o papel que esta relação tem na atual conjuntura de
eventos que iniciaram alguns anos atrás, fazendo dessa uma análise do impacto que a
indústria tem para com o Sistema Internacional, principalmente como ela pode
influência-lo ou altera-lo.

Atores:
A participação de entidades privadas para esta empreitada específica torna-se
mais crucial para a conclusão de objetivos geopolíticos americanos após o presidente
Barrack Obama assinar a Lei do Espaço, que permite que cidadãos civis possam engajar
em comércio e exploração de recursos espaciais. Com isso temos os contratos do
governo americano com empresas como a SpaceX, fundada em 2002 que visa auxiliar a
exploração espacial, com o objetivo final de colonizar Marte.
Mesmo assim, agora que a porta foi aberta, o governo americano agora permitiu
a entrada para novos parceiros para ganhar esta disputa geopolítica para a conquista do
espaço sideral. Algumas delas são a já mencionada Amazon, através da subsidiária Blue
Origin, que visa cortar o custo de viagens espaciais e do turismo, utilizando foguetes
reaproveitáveis hipereficientes, e compete diretamente com a empresa de Elon Musk, ao
planejar uma colônia em Marte. Outro nome de peso nesta parceria público-privada, é a
Virgin Galactic, cirada por Richard Branson em 2004, canaliza seus recursos para
aproveitar o mercado de turismo espacial em um future próximo.
Todos estes nomes e participantes, demostram o quanto o setor comercial está
embrenhado no Sistema Internacional, mesmo em disputas geopolíticas históricas como
esta nova Corrida Espacial, com novos horizontes comerciais a explorar,
específicamente o rico mercado de mineração de asteróides, ricos em minérios raros
podendo ser uma nova base de comércio internacional a medida que novas fronteiras
são abertas para fora do planeta.

Fatos:
Desde o fim do programa do ônibus especial terminou em 2011, a NASA
confiava na Rússia para trasnportar os seus astronautas para a Estação Espacial
Internacional, um acordo de cooperação para um esforço de cooperação. Porém isso
mudou em 2020, quando o bilhonário Elon Musk criou a SpaceX, e logrou os primeiros
voôs privados tripulados, movidos por impulsionadores reutilizavéis que reduziam em
grandes quantidades os custos dos lançamentos. Uma empresa privada, pela primeira
vez na história, operou uma nave espacial que transpotaria astronautas para a Estação
Espacial Internacional.
Enquanto isso acontecia, a Boeing Co., conhecida empresa de aeronáutica,
construiui a Starliner, uma nova cápsula para astronautas, projetada para voar no já
existente foguete Atlas, e passa por testes orbitais atualmente, com a possibilidade de
ser usada em 2021. A última corrida espacial, entre a União Soviética e os Estados
Unidos da América, foi uma disputa entre orgãos estatáis com ambos os países
possuíndo orgãos fundados e financiados pelos governos para atingir os objetivos do
país. Porém nos tempos atuais de globalização e cada vez privatização no comércio, o
setor privado está reduzindo o custo de ir ao espaço, uma empreitada geopolítica estatal,
agora com o auxílio de entidades privadas.
Com esta nova corrida entre os EUA; a China e; a Rússia, em principal plano, na
verdade gira em torno da militarização e comercialização do cosmos. E, para a surpresa
de ningúem, os EUA não querem parar com a sua missão espacial, e deixar seus rivais
como os vencedores desta disputa. Por isso a última administração prometeu que,em
cinco anos, não só haveria o retorno à Lua, nosso satélite, como também seriam os
primeiros a colonizar Marte.
E não é de se espantar que tantas empresas se ofereceram para participarem, o
potencial de tirar o fôlego que a exploração comercial da última fronteira se tornando
cada vez mais forte com os dias que passam (alguns analistas afirmam que o mercado
pode valer até 1 trilhão de dólares). Juntamente com a crescente mão privada em
questões que afetam o Sistema Internacional, especialmente em questões que afetam o
equilíbrio entre as nações, não é de impressionar que o setor privado esteja com um
olhar no futuro da comercialização espacial.
A relação entre estes grandes parceiros, específicamente o governo americano e
as empresas privadas, que tomam cada vez mais os holofotes internacionais, é uma de
auxílio e necessidade. O porque disso se percebe com o descaso de anos que a NASA
sofreu após o fim da Guerra Fria, quando os EUA ganharam a primeira Corrida Espacial
contra seus antigos rivais, a URSS. Este descaso e falta de prepare se reflete na queda o
orçamento da organização em nome de procuras geopolíticas mais imediatas, como a
Guerra ao Terror, porém o setor privado, vendo uma oportunidade de lucro, agora se
ofereçe como auxiliador do governo, em troca de participar das procuras e riquezas que
tais empreendimentos possam oferecer.
No papel é uma relação simples, uma vez que, ao invés de investir bilhões de
dólares em reestruturar e desenvolver um orgão estatal que à muito não se utilizava
apropriadamente, o governo americano começa a tercerizar o desenvolvimento
tecnológcio e prático que será necessário para empresas privadas, que muito tem à
lucrar com as novas descobertas, e potenciais investimentos comercias que virão após
esta fase de competição para decidir quem terá a supremacia internacional sob a
fronteira final.
Além disso, tanto na geopolítica quanto nos negócios, o soft power é a chave do
sucesso; As relações públicas determinam, em grande medida, como os consumidores
tomam decisões, e nada capta a imaginação coletiva, projetando competência e
competitividade, quanto a conquista do espaço. Por isso a parceria com entidades com
tamanha visualidade midiática, e por isso a grande visualização que esta disputa gera,
pois é uma que o ganhador será o que ditará como os negócios fluirão neste novo
território
Em uma era em que o setor privado pode decidir quais países uma nação pode
entrar em guerra, como o caso de 2003 com o Iraque, dezesete anos depois não é de
impressionar que agora os mesmo atores se proponham a auxiliar os esforços
geopolíticos da nação em si. Emboa desde sempre haja uma parceria entre o setor
privado e estatal, quanto a questões geopolíticas, atualmente esta relação tem se
desenvolvido para uma de quase dependência no setor privado, devido ao aumento do
comércio, específicamente na dependência por recursos que o comércio globalizado
gera.

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