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COIMBRA
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Introdução
Este ensaio centra-se no “O orçamento das Forças espaciais como ramos das
forças armada dos EUA”, anunciado pelo congresso de Washington em março de 2022,
objetivando discutir e analisar o impacto dessa temática nas tomadas de decisões políticas
frente a comunidade internacionais, na qual Washington justifica-se ser “impulsionado pela
ameaça”, como objetiva evidenciar as emergentes concorrências políticas espaciais nas
políticas internacionais, mediante a indagação de que “O espaço é vital para a segurança
nacional dos Estados Unidos e essencial para a guerra moderna”.
Neste contexto, nos conduz a antigas disputas aeroespaciais dos anos 1957, nos
levando a discutir e analisar, não só a atuação predominante dos EUA, como um agente
formulador de políticas internacionais, como analisar a explicação dessa temática, sob as
premissas da escola de Copenhague. Por tanto será utilizado como base, o discurso
orçamentário em questão, assim como artigos e obras de outros autores para a
argumentação aqui proposta.
Neste contexto, em que os Estados Unidos dizem “sentir-se ameaçado”, porém não
se identifica ameaça armada, mas ameaça ao seu status de soberania por parte de outro
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estado, (China e Rússia), certo de que o fato de um estado busca a sua auto independência
seja ela económica, tecnológica, ou militar, pode ser entendida neste contexto como uma
ameaçar o outro Estado, partindo dessa premissa, Waever diz que:
Desenvolvimento
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Harry Truman em 1947 no seu discurso, solicita verba justificando ser para
“combater as influências comunistas, dando início no plano Marshal”, sendo tal fato o
estopim para colocar os soviéticos em estado de defensiva. O que tudo indica, é que os
soviéticos até este fatídico discurso, do presidente Truman, apenas viabilizavam de garantir
o controlo das suas zonas de influência, onde consequentemente são alterados.
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E o que tudo indica, esta nova concorrência delimitará os novos rumos não só das
futuras potências mais poderosas da terra, mas as novas potências mais poderosas do
espaço sideral, e o que tudo indica, esta nova concorrência está acirrada entre os Estados
Unidos, Rússia e China. Em 2022 completou mais de 60 anos em que o homem foi a lua,
simbolizando um gigantesco passo para a humanidade desde então.
Neste contexto podemos considerar que as ameaças mencionadas pelo Secretário
Kendal não são de Óvnis, ou uma ameaça armada direta, mas o que tudo indica, trata-se
da ameaça a “soberania” (status) dos EUA, frente a comunidade internacional, (a minha
interpretação).
Nesta concorrência frenética, a China foi o terceiro país a se destacar nas
explorações espaciais, certo de que anteriormente, tal feito só foi possível pelo Estados
Unidos e Rússia, herdeira da antiga União Soviética, no período da Guerra Fria,
anteriormente foi uma disputa hegemónica, não muito diferente dos dias atuais, que no
meu ponto de vista, vai para além da ameaça hegemónica, como ameaça territorial, e as
vantagens, de novos recursos (minério), novas tecnológica e novos equipamentos militares
a nível espacial, sobre as outras potências.
Esclarecimentos a crítica
Após a primeira estação espacial lançada em orbita há mais de três anos, diversas
potências juntarão -se em cooperação para lançamentos de novas estações espaciais,
satélites, sondas, entre outras tecnologias espaciais de olho no futuro da humanidade. Não
imaginávamos anos atrás uma disputa tão acirrada como estamos vendo hoje, e que esta
mesma corrida ganharia outros contornos, e outros destinos, que anteriormente soava
como ficção científica assim como foi na década de 1960, na assinatura do primeiro tratado
do espaço sideral, assinado por 111 potência. (Guimón Paulo, 2019)
É inegável que já estamos numa nova concorrência, sim, concorrência, pois essa
nova era é uma competitividade/rivalidade existente entre potências, Países emergentes e
empresas, com objetivos semelhantes, a colonização de outros planetas, muito mais feroz
que em 1960, apos a primeira viagem a Lua, e posteriormente os primeiros lançamentos
de sondas para Marte. Hoje os países almejam a conquista do espaço inteiro, juntando-se
a esta nova concorrência está as empresas privadas, NASA, Virgin Galactic, e Spacex. Um
fator ponderam-te dessa concorrência, e que com a atuação das empresas privadas
arcando com a maioria dos custos, de viagens espaciais pode ajudar a diminuir os gastos
dos governos.
O mundo evoluiu muito desde os últimos lançamentos nos anos de 1969 e 1972
com a “missão Apolo” e neste contexto novos objetivos foram traçados, com essa nova
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concorrência com diferentes atores no cenário internacional, consequentemente poderá
surgir tensões a nível global, diante de tantos atores, essa nova concorrência vem a
desencadear interesses diversos, tornando-se difícil de chegar a um consenso mediante a
esta nova era na busca avassaladora de novos recursos, que promete redefinir o futuro
das novas potências não só no espaço terrestre mais espacial.
Buzan (2008) defende que o crescimento chinês sempre será visto por
Washington como uma ameaça, independente desta ascensão ser pacífica ou
não, apesar de toda a tentativa da China em manter esta política ao longo dos
anos. Todavia, este sentimento de ameaça sentido pelos Estados Unidos,
resquício do temor da ascensão japonesa algumas décadas atrás, segundo
Brzezinski, pode não ser compartilhado pelos demais países”.
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Em sequência segue a cooperação entre europeus e canadenses, objetivando a
criação de “um veículo robotizado a exploração do satélite da terra, como falado anterior
mente, a China e a Spacex são grandes nomes dessa nova concorrência espacial, na qual
esta deixando os Estados Unidos em estado de tensão. Certo que o crescimento
económico, tecnológico e militar, assim como a sua influência no mundo, de países
emergentes como a China, veio a causar um descontentamento em alguns países do
ocidente, como os EUA.
Partindo desses pressupostos, não seria também os EUA uma ameaça para outras
nações que não partilha dos mesmos ideais americanos! No que tange as relações entre
os Estados Unidos e China, esteve acirrada durante o governo Trump, e com a acessão
da China, consequentemente enfraquecendo a liderança dos EUA no cenário internacional,
evidenciando uma possível “transição de poder” por parte da China no cenário
internacional”, (minha interpretação a partir da teoria da transição de poder entre EUA e
China).
Evidente que a aproximação da China para com a Rússia vem a lhe favorecer
acesso a região da Asia central, e europeu, neste sentido nos leva a compreender a
ameaça na qual tange os EUA, no que diz respeita a sua posição perante a sociedade
internacional”. E o que tudo indica é que a nova administração do atual presidente Biden
venha a reaproximar as parecerias transatlânticas que outrora ficou abalada durante o
governo Trump.
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Conclusões
Diante desta análise percebe-se assim que os Estados Unidos mediante a esta
nova era da concorrência espacial a nível global, no que tange os esforços espaciais
americanos, busca defender seus interesses a nível interstelar. Percebemos que diante
das tomadas de decisões dos EUA, sendo um ator capaz de Moldar (remodelar) o cenário
internacional, não só está impulsionado como impulsionará outros Estados nesta nova
concorrência espacial.
Por tanto essa nova corrida espacial, nos leva a analisar sobre o futuro da ordem
mundial, onde outrora está disputa foi entre os EUA e a antiga união soviética, e nos dias
atuais, esta nova corrida é protagonizada entre a China e Estados Unidos, certo que a
Rússia não fica de fora, mas em segundo plano, devido está envolvida em um conflito
armado com a Ucrânia não sendo menos importante.
E neste contexto a China pode ser vista como um modelo alternativo a ordem
mundial. Certo de que como protagonista ameaça a liderança dos EUA frente a
comunidade internacional, conforme analise na possibilidade de “uma transição de poder
pacifico”. E com isso é evidente a necessidade do novo governo de Biden em reestabelecer
as relações dos EUA como protagonista frente ao cenário internacional, como as relações
comerciais transatlânticas com a Europa, e é evidente que está nova era espacial veio a
abrir novas possibilidades para a exploração de novos recursos, objetivando fornecer a
humanidade meios alternativos para a destruição gravativa na qual a própria humanidade
e responsável, mas também novas tecnologias.
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Referências Bibliográficas
Barrinha André, Freire Maria Raquel (2015) Segurança Liberdade Política Escola
Copenhaga.pdf
Barry Buzan, Ole Waver - Regions and Powers_ The Structure of International Security
(2004).pdf copy.pdf
BUZAN, Barry. A Leader without followers? The Unites States in World Politics after
Bush. International Politics, nº 45, p 554 - 570, Junho, 2008.
Barry Buzan. Hansen, Lene. A evolução dos estudos de segurança internacional. São Paulo.
Editora Unesp. 2012.
Erwin Sandra, 2022. Biden’s 2023 defense budget adds billions for U.S. Space Force
Consultado em 21 de Novembro de 2022. disponível em:
https://spacenews.com/bidens-2023-defense-budget-adds-billions-for-u-s-space-force/
Guimón Paulo (2019). A nova era da corrida espacial: Os milionários querem conquistar a
lua. Consultado em 21 de novembro de 2022. Disponível em:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/07/16/eps/1563292655_948592.html
Staff Reuters (2021). Biden decides to stick with Space Force as branch of U.S. military.
Consultado em 2022. Disponível em:
https://www.reuters.com/article/us-usa-biden-spaceforce-idUSKBN2A32Z6