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A História Dos Quilombos
A História Dos Quilombos
Data:
Bimestre: III Série: 8 º
Disciplina: História
A HISTÓRIA DOS QUILOMBOS
O território Quilombo Kalunga foi reconhecido por um programa ambiental da ONU como o primeiro Território e Área
Conservada por Comunidades Indígenas e Locais (Ticca) do Brasil. O título internacional é concedido a regiões que mantêm a
conservação da natureza e asseguram o bem -estar de seu povo.
Ao G1, o presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK), Jorge Moreira de Oliveira, de 53 anos, diz que o
reconhecimento é motivo de orgulho para a comunidade.
“Sentimos orgulho de mostrar para o mundo que vivemos há 300 anos nesse território e continua preservado. Eu me sinto
honrado de viver nesse território preservado. É um orgulho muito grande”, afirma.
Kalunga, maior território quilombola do pa ís, abrange três municípios goianos: Cavalcante, Monte Alegre de
Goiás e Teresina de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros. Para obter o Ticca, é necessário que o território seja uma área
preservada, respeitando os costumes da população, o cultivo da t erra e o trabalho exercido, garantindo uma conexão entre o povo
e a conservação da natureza.
O título global, formalizado no último dia 3 de fevereiro, já consta no site do programa ambiental Protected Planet. De
acordo com o presidente da associação, o processo para obter o Ticca durou cerca de um ano.
“Realizamos 17 reuniões para formalizar o regimento interno do território. Conversamos com a comunidade sobre o fato de
o território ser coletivo e ser preservado pelo cuidado e trabalho de todos. É um bem de todos os kalungas”, diz.
REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Para Jorge Moreira, que vive no Quilombo Kalunga desde seu nascimento, o reconhecimento poderá ajudar a comunidade a
conseguir a regularização fundiária do restante da terra.
“O Quilombo Kalunga tem 262 mil hectares, só que, dessa área, apenas de 48% a 49% do território está regularizado. É
imenso, mas o território aproveitável para agricultura, plantação e colheita é pouco. Algumas das áreas
também têm suas dificuldades, a região de Monte Alegre, por exemplo, é muito carente de água”, afirma. “A gente espera
que o Ticca nos ajude a conseguir a regularização do restante do território, que é a maior dificuldade que a associação tem”,
conclui o presidente da associação.
Em nota, o Incra informou, às 15h09 desta quinta -feira (11), que, dos 261.999 hectares do território Kalunga,
aproximadamente 75,2 mil hectares estão sob gestão, para fins de regularização fundiária, do governo do Estado de Goiás, por
se tratar de áreas públicas estaduais. Informou, ainda, que já foram titulados pelo Incra, aproximadamente 9% do território, o
que corresponde a 22,5 mil hectares em imóveis rurais desapropriados. Considerando a extensão do território e o quantitativo de
imóveis rurais inseridos, bem como a disponibilidade orçamentária necessária para indenizar todos estes imóveis, não possível
é estabelecer prazo para concluir o processo de regularização fundiária do território quilombola Kalunga", disse o Incra.
Por sua vez, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) informou, às 18h12 de quinta -feira,
que atua, por meio da Gerência de Política de Regularização Fundiária, "no sentido de garantir a proteção das terras devoluta s,
por consequente, de seu domínio. A medida visa assegurar direitos e também a melhor composição com o governo federal quanto
à regulação das terras devolutas estaduais estipuladas no decreto"
10. Com base no texto lido descreva com suas palavras como é a situação dessa população considerando a questão da inserção so cial
do negro após a abolição da escravidão no Brasil.