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Identidade de gênero, sexo e orientação sexual: qual é a

diferença?
Não faz muito tempo que esses conceitos começaram a ganhar maior visibilidade. É
comum que ainda haja muita confusão entre os termos. Esta ilustração ajuda a
entender a diferença entre eles:

Sexo biológico: diz respeito às características biológicas, órgãos internos e


genitais. É determinado assim que nascemos (ou até antes, no ultrassom): menino
ou menina. Embora seja mais raro, pode acontecer ainda o desenvolvimento de
órgãos dos dois sexos. Nesse caso, temos as crianças intersexo.
Apesar de serem parte importante do corpo, não são os genitais que definem
nossas capacidades individuais, formas de expressão e afetos. Aí, chegamos em
outros conceitos:
Gênero ou identidade de gênero: é como a pessoa se sente, independente da
anatomia, e como prefere ser representada na sociedade. A pessoa é cisgênero
quando se identifica psicologicamente e socialmente com o sexo biológico.

Quando não se identifica com as categorias tradicionais, pode ser uma pessoa
transgênero (quem não se reconhece no gênero que recebeu ao nascer), gênero
não binário (quando a identidade não é representada apenas pelo duo
homem/mulher), agênero (quem não se identifica com gênero algum), etc.
Essa identidade ou forma de expressão de gênero pode aparecer já na primeira
infância, mas não necessariamente, como veremos adiante.
Expressão de gênero: é a forma como a pessoa se apresenta socialmente, a partir
de roupas e penteados, por exemplo, em relação à expectativa da sociedade. Aqui
pode-se identificar padrões mais associados socialmente às representações
femininas, masculinas ou andróginas, que não necessariamente têm a ver com
sexualidade.

Orientação afetivo-sexual: diz respeito a para quem a pessoa vai direcionar seus
afetos e desejos. E normalmente os indivíduos só vão reconhecer qual é sua
orientação próximo à puberdade.

LGBTQIA+: o que significa cada letra? A sigla abrange diferentes manifestações


de identidade e sexualidade na luta por direitos, reconhecimento e respeito. Olha só:

● L = Lésbicas (mulheres que sentem atração afetiva e/ou sexual por


mulheres);
● G = Gays (homens que sentem atração afetiva e/ou sexual por homens);
● B = Bissexuais (pessoas que sentem atração por pessoas de ambos os
gêneros);
● T = Transgêneros, transexuais e travestis (pessoas que não se identificam
com o gênero designado ao nascer ou se identificam com mais de um
gênero);
● Q = Queer (pessoas que transitam entre as noções de gênero, como as drag
queens);
● I = pessoas Intersexo (pessoas que estão biologicamente entre o feminino e
o masculino);
● A = Assexuais (não sentem atração sexual por nenhuma pessoa);
● O + é utilizado para incluir outros grupos e variações de sexualidade e
gênero.

Existem crianças LGBTQIA+? Quando isso começa a se


manifestar?
Algumas crianças podem fazer parte da população LGBTQIA+, sendo
representadas no T ou no I (transsexualidade ou interessexualidade).É importante
reconhecer e dar voz a isso, especialmente quando apresentam sofrimento em
relação ao corpo e às expectativas sociais. Já as outras categorias costumam se
manifestar a partir do início da puberdade.

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