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Ao desenvolver projetos em estruturas aeroespaciais é preciso considerar os

materiais a ser usados em cada parte da estrutura. Por causa das condições extremas
do espaço procuramos materiais que possuam as propriedades adequadas para cada
parte.
Para os materiais existem quatro principais classificações que nos podem
ajudar a restringir as opções de escolha para uma determinada parte, existindo
também os materiais avançados cujas aplicações de elevada tecnologia fornecem
novas possibilidades para o setor aeroespacial.
Depois da escolha de um material específico deve adaptar-se o modelo da
parte caso este não cumpra especificações que sejam pedidas pelo material ou
considerar outro material.
Esta otimização da estrutura através de várias modelações e simulações, é
facilitada por vários recursos digitais que permitem analisar a estrutura que será
fabricada.
Depois da otimização testa-se o material para analisar o seu comportamento
nas condições reais, qual será a sua esperança de vida no ambiente a que está
exposto, que fatores influenciam a sua falibilidade, etc.

Considerando o telescópio James Webb, cujo objetivo é orbitar longe da Terra a


recolher informações sobre o universo e a sua história, podemos analisar a estrutura
desenvolvida para este. Sabemos que esta estrutura terá de ser autónoma, resistente
e durável para recolher o maior número de dados possível.
A preocupação imediata é escolher materiais exteriores que protejam os
componentes interiores da estrutura da radiação ao seu redor. Para isto temos de
considerar materiais que consigam refletir a luz solar a que este estará exposto. Foram
utilizados no telescópio 5 camadas de Kapton revestidas de alumínio e silicone
dopado.
O Kapton é um polímero com alta resistência ao calor, assim será difícil para o
calor atravessar cada camada, já o alumínio e o silicone dopado revestem estas
camadas porque permitem refletir o calor que atravessa cada camada e prolongam a
longevidade da estrutura no ambiente espacial.
Para testar a reação de alguns componentes às temperaturas extremas no espaço
estes foram examinados numa câmara criogénica, realizando-se vários ensaios para
ver os efeitos da mudança de temperatura ambiente para -240 oC.

Remendo especial
Problema- buraco propaga-se
Solução- áreas onde as camadas são fundidas e reforços colados à membrana principal

Efeito da temperatura no escudo – minimizado pelo Kaplon

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