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Análise de Riscos

Higiene e Segurança Industrial


Semestre de Verão– 2023/2024

Professor: Ana Maria Brunhoso Pinto

Realizado por
49591 – Pedro Mesquita Seixas Lopes
49595 – Leandro Vicente Melro das Neves
49990 - Ana De Jesus Coelho Belchior
Índice
Índice de imagens.......................................................................................................................2
Introdução.....................................................................................................................................2
Enquadramento histórico...........................................................................................................3
Nomenclatura...............................................................................................................................4
Especificação de produto...........................................................................................................4
1. Âmbito..............................................................................................................................5
2. Documentação aplicável...............................................................................................5
3. Exigências........................................................................................................................5
4. Verificação.......................................................................................................................5
5. Embalagem......................................................................................................................6
6. Fim em vista....................................................................................................................6
Características dos materiais e perfil da viga.........................................................................6
Perfil de viga.............................................................................................................................7
Diagrama de corpo livre.............................................................................................................7
Cálculo de Reações....................................................................................................................9
Através de Solidworks..........................................................................................................10
Comparação Cálculo teórico vs Solidworks......................................................................11
Bibliografia..................................................................................................................................12

Índice de imagens
Figura 1- Perfil tubular [9]...........................................................................................................7
Figura 2- Referencial...................................................................................................................8
Figura 3 – DCL total....................................................................................................................8
Figura 4 – DCL simplificado.......................................................................................................9
Figura 5 – Forças na simulação para o caso exemplo........................................................10
Figura 6 - Forças na simulação para o caso máximo..........................................................10

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Introdução

Este trabalho visa contemplar a fase inicial do desenvolvimento do projeto final, que
tem como objetivo englobar todos os conhecimentos adquiridos ao longo da
licenciatura em Engenharia Mecânica, tais como, seleção de matérias, modulação 3D,
cálculos de esforços, planeamento de projetos, condições de segurança, etc.

Nesta introdução ao projeto os objetivos requeridos são a escolha da estrutura de


estudo para todo o projeto (desenvolvido na sua totalidade no semestre subsequente),
a especificação de produto do mesmo, o seu diagrama de corpo livre global, bem
como o cálculo das suas reações e simulação de forças em Solidworks.

A seleção desta estrutura em específico para o estudo teve como ponto de partida um
fascínio pessoal de criança pelo funcionamento de estruturas de feiras e parques,
como carrosséis, carrinhos, rodas gigantes, entre outros. Desta forma quando o
professor sugeriu que existisse um projeto focado neste tema, não existiram dúvidas
que seria a melhor escolha, no entanto por uma questão de falta de informação a nível
de sistemas e normas decidi reduzir para uma menor escala e aplicar todos os meus
conhecimentos no desenvolvimento de um brinquedo de parque infantil que adorava
na infância.

Sendo estas estruturas utilizadas por crianças existem severos requisitos a cumprir a
nível de materiais e os seus revestimentos (exposição ao ar livre), bem como de
resistência, durabilidade e principalmente segurança, normas estas mencionadas na
especificação de produto.[1]

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Enquadramento histórico

Os parques infantis surgiram no final do século XIX na Europa e América, tornando-se


comuns nas cidades a partir do início do século XX. No entanto o conceito era
bastante diferente dos existentes na atualidade; inicialmente estes espaços tinham
como objetivo proporcionar às crianças residentes nas cidades experiências
semelhantes às vividas por crianças em ambientes rurais, fortalecendo o contato com
a natureza, uma vez que começaram a ser apresentados estudos sobre a importância
desta interação criança-natureza para o seu desenvolvimento.

As mudanças para parques como conhecemos hoje ocorreram no período pós-guerra,


de maneira a incluir as crianças na vida urbana durante o processo de reconstrução
das cidades, durante este período desenvolve-se também uma consciência sobre a
importância da criatividade e do aspeto lúdico infantil. O primeiro parque a surgir na
área de Lisboa com este conceito de área de jogo, foi inaugurado em 1983 no Jardim
da Estrela. Atualmente, este espaço continua a ser uma área de recreio infantil muito
importante e apreciada por público de todas as idades.[2]

Nomenclatura
DCL-Diagrama de corpo livre;

ASTM - American Society for Testing and Materials (sociedade americana de testes e
materiais;

EN – European standard (normas europeias);

ISO – International organization for standards (organização internacional de normas);

ρ-Densidade;

E-Módulo de elasticidade;

G-Módulo de cisalhamento;

ν-Coeficiente de Poisson;

α-Coeficiente de expansão térmica;

g-aceleração gravitacional;

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Especificação de produto

1. Âmbito
Esta especificação apresenta as exigências para o fabrico do "Baloiço de girar –
Parque infantil “de uso comum e exterior, para crianças a partir de 24 meses. Utilizado
em parques infantis públicos.

2. Documentação aplicável

o ISO 128-1:2020 – Elaboração de desenhos técnicos; [3]


o ISO 657/M – Perfis secção oca;
o ASTM F1487-21 – Materiais e revestimentos, manutenção, acessibilidade,
instalação, integridade estrutural e segurança de brinquedos destinados a
parques infantis; [4]
o EN 1176 – Segurança e teste a realizar: gerais e específicos para a maioria
dos componentes que normalmente constituem um parque infantil, como
escorregas, carrosséis, baloiços, etc;[5]
o AGARD – AG-278 – Corrosão, causas e revestimentos adequados.[6]

3. Exigências

Revestimentos: Os revestimentos usados devem ser pintura por um processo de


lacagem a 230ºC, revestimento em zinco com polímeros de poliéster anticorrosivos
e/ou proteção catódica segundo a norma ASTM F1487-21.

Espessura: A menos que especificado de outra forma, a espessura mínima do


o revestimento de deve ser de 3mm.

Segurança: Deve ser verificado se não há cedência de qualquer dos seus membros,
para não haver risco de fratura da estrutura. Bem como nas ligações entre as várias
partes que constituem a estrutura (cedência dos elementos de ligação). Segundo a
norma ASTM F1487-21.

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4. Verificação

Amostragem: Cada fração do lote de material (tendo em conta as medidas rígidas de


segurança a fração é muito elevada), deve ser submetido para verificação de
qualidade do produto de acordo com a norma ASTM F1487-21 (tendo em atenção as
tolerâncias);

Após instalação no local final: Devem ser realizados todos os testes segundo a norma
EN 1176;

Acabamento superficial e revestimentos: Os componentes em madeira, devem ter uma


verificação apertada de revestimento e rugosidade, bem como o revestimento das
superfícies metálicas em zinco conforme a norma ASTM F1487-21.

5. Embalagem

O Embalamento e o transporte podem ser realizados da maneira mais conveniente


para o fabricante e econômica contando que preserve todos os componentes e tenha
em conta a corrosão do material.

6. Fim em vista
Este produto destina-se a ser usado num parque infantil externo, suportando peso de 3 pessoas
com um total de 300kg.

Características dos materiais e perfil da viga

Para o projeto foi selecionado o aço estrutural S235, uma vez que possui uma elevada
resistência mecânica.

Características do aço carbono [7]:

Densidade (ρ): 7800 kg/m3;

Módulo de elasticidade (E): 210 GPa;

Módulo de cisalhamento (G): 81 GPa;

Coeficiente de Poisson (ν): 0,28;

Coeficiente de expansão térmica (α): 12x10-6 por ºC.

6
Características da madeira(pinho) [8]:

Densidade (ρ): 655 kg/m3;

Módulo de elasticidade (E): 12,28 GPa;

Coeficiente de Poisson (ν): 0,29;

Perfil de viga
O perfil de viga utilizado trata-se de um perfil tubular, como se pode observar na figura:

Figura 1- Perfil tubular [9]

Diagrama de corpo livre

O primeiro passo para a análise de qualquer problema, é o DCl. Neste caso para
começar foi elaborado o diagrama de corpo livre da estrutura total. Analisando um
caso específico de funcionamento e para a carga máxima. Para o caso específico
encontram-se no baloiço 3 pessoas, 2 adultos e 1 criança, tendo cada uma massa de
100kg, 75kg e 30kg, respetivamente, correspondendo a um total de 205kg de carga.
No caso de carga máxima esta é como referido anteriormente 300kg (100kg por
pessoa).

Para o caso exemplo: F=m× g ↔ F=205 × 9 ,81=2011, 05 N

T= 900N/m (considerando que cada pessoa realiza no volante metade do seu peso em
força).

Para carga máxima: F=m× g ↔ F=300 × 9 ,81=2943

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T= 1500N/m m (considerando que cada pessoa realiza no volante metade do seu peso
em força).

Referencial que será usado ao longo do projeto:

y M

Figura 2- Referencial

Figura 3 – DCL total

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Cálculo de Reações
Figura 4 – DCL simplificado

Caso exemplo:

Σ F x =0 , não existem forças em x ;Σ F y =0↔−F 1−F 2−F 3+ R=0 ↔


↔ R=100 × 9 ,81+75 × 9 , 81+ 30× 9 , 81↔ R ≈ 2011, 05 N
Σ M =0 ↔+ F 2 ×1,45076−F 3 ×1.45076−F 1× 0−T + R=0 ↔
↔ 75× 1,45076−30 × 1,45076−100 × 0−900 + R=0 ↔↔ R ≈ 458 , 55 N /m

Caso máximo:

Σ F x =0 , não existem forças em x ;Σ F y =0↔−F 1−F 2−F 3+ R=0 ↔


↔ R=100 × 9 ,81+100 × 9 , 81+ 100× 9 , 81↔ R ≈ 2943 N
Σ M =0 ↔+ F 2 ×1,45076−F 3 ×1.45076−F 1× 0−T + R=0 ↔
↔ 100× 1,45076−100 × 1,45076−100 × 0−1500+ R=0 ↔↔ R ≈1500 N /m

Através de Solidworks

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Figura 5 – Forças na simulação para o caso exemplo

Figura 6 - Forças na simulação para o caso máximo

Comparação Cálculo teórico vs Solidworks

Os resultados obtidos para a resultante das forças no eixo y são iguais, logo podemos
concluir que, em princípio, estas se encontram bem calculados para ambos os casos
(caso exemplo e caso máximo).

Os valores obtidos para as forças nos eixos x e z em solidworks podem ser


desprezados, uma vez que são muito inferiores aos das forças em y. No entanto é
possível supor que estes valores se encontram relacionados com as simplificações
realizados no DCL apresentado para o cálculo das reações na figura 4,uma vez que,
são consideradas vigas retas apesar destas terem uma curvatura (como se pode
observar na figura 3)no encontro com a viga central do baloiço, bem como o momento
aplicado no volante devido à torção que este sofre, quando é sucessivamente
empurrado, para causar o movimento do brinquedo.

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Bibliografia

[1] –Bricantel, <https://bricantel.pt/ft/?


wpdmdl=80060&refresh=65c01eb25f5731707089586>

[2] – N. V. Carreira, A Criança e Cidade,2016, <


https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/12089/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o
%20N%C3%A9lia%20Carreira.pdf>

[3] – International organization of standardization,2020.


<https://www.iso.org/home.html>

[4] – American Society for Testing and Materials ,2021. <https://www.astm.org/>

[5] – European standard,2017 < https://eurocodeapplied.com/>

[6]- North Atlantic Treaty Organization, 1985


<https://www.sto.nato.int/publications/AGARD/Forms/AllItems.aspx?RootFolder=
%2Fpublications%2FAGARD%2FAGARD%2DAG%2D278%2DVOL
%2D1&FolderCTID=0x0120D5200078F9E87043356C409A0D30823AFA16F60B00B8
BCE98BB37EB24A8258823D6B11F157&View=%7B7E9C814C-056A-4D31-8392-
7C6752B2AF2B%7D>

[7] – European standard. <https://eurocodeapplied.com/design/en1993/steel-design-


properties>

[8] – Cameroon, timberexport, 2021. <https://cameroontimberexport.com/teak-wood-


properties-characteristics-uses/> /Solidworks properties.

[9] – Livro (A.Correia dos Reis, M.Brazão Farinha e J.P.Brazão Farinha, Tabelas
técnicas, 2005)

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