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resistência
Resistência e ductilidade
Apesar do avanço da impressão 3D e da
chamada manufatura aditiva, imperava na
indústria um grande ceticismo quanto à
possibilidade de se chegar à fabricação de peças
metálicas realmente fortes e não quebradiças
por esse processo.
Esse ceticismo agora caiu por terra, graças ao trabalho de uma equipe de engenheiros
da China, Reino Unido e Suécia. "A técnica de impressão em 3D é conhecida por
produzir objetos com formas anteriormente inalcançáveis, e nosso trabalho mostra
que ela também oferece a possibilidade de produzir a próxima geração de ligas
estruturais com melhorias significativas na resistência e na ductilidade," disse o
professor Leifeng Liu, coordenador da equipe. Em metalurgia, resistência e
ductilidade são propriedades vistas como antagônicas, por isso a otimização das duas
ao mesmo tempo dá uma ideia da significância da inovação.
E a equipe demonstrou sua técnica usando um material nobre, uma liga de aço
inoxidável largamente utilizada na indústria.
Impressão 3D faz peças de aço inoxidável sem perder
resistência
Resfriamento ultrarrápido
O avanço foi possível graças à incorporação à impressora 3D de um sistema de
resfriamento ultrarrápido, que baixa a temperatura do material a uma taxa teórica de
100 milhões de graus Celsius por segundo - até agora só se havia alcançado algo em
torno de 1.000 ºC por segundo.
O aço é arrefecido de forma tão rápida que ele atinge um estado de não-equilíbrio,
permitindo a cristalização de microestruturas - a chamada rede de deslocamento -
com dimensões nanométricas. São essas nanoestruturas as responsáveis pela
melhoria das propriedades mecânicas das peças resultantes.
"Este trabalho dá aos pesquisadores uma nova ferramenta para projetar novas ligas
com propriedades ultramecânicas. Também ajudará a impressão 3D em metal a ter
acesso a um campo onde são necessárias elevadas propriedades mecânicas, como
peças estruturais na indústria aeroespacial e automotiva," disse Liu.
Impressão 3D faz peças de aço inoxidável sem perder
resistência
• Impressão 3D volumétrica
• Embora a manufatura aditiva, mais conhecida
como impressão 3D, esteja permitindo criar peças
com designs nunca antes possíveis, o impacto da
tecnologia tem sido limitado pela característica
impressão em camadas, que pode levar horas ou
dias para produzir peças tridimensionais,
dependendo da complexidade.
Essa limitação agora começou a ser derrubada graças a uma técnica de impressão 3D
que usa imagens projetadas a laser como se fossem hologramas.
A resina que será usada para fazer a peça fica em estado líquido dentro de um vidro
transparente. Então, três feixes de laser cruzam-se no interior da resina, definindo a
geometria do objeto a ser fabricado. Onde os lasers se cruzam a luz atinge uma
intensidade suficiente para que a resina se cure, o que leva cerca de 10 segundos.
A seguir, basta esgotar o restante da resina líquida, e a peça pronta pode ser retirada
do interior do recipiente de vidro. Está finalizado o processo, que Maxim Shusteff, do
Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos EUA, chama de "impressão 3D
volumétrica".
Impressão 4D cria objeto que muda de formato depois
de pronto
Objetos que mudam de forma
A impressão 4D baseia-se na mesma tecnologia, mas com uma grande diferença: São
utilizados materiais especiais e projetos mais sofisticados para imprimir objetos que
mudam de forma em resposta a alterações nas condições do ambiente onde o objeto
impresso ficará - como a temperatura ou a luminosidade.
Impressão 4D cria objeto que muda de formato depois
de pronto
• O resultado são materiais inteligentes que podem mudar sua estrutura - passando
de duros como madeira a macios como uma esponja - ou mudar de forma - como asas
de avião que se alteram para garantir sustentação durante pousos e decolagens e
menos arrasto durante o voo de cruzeiro.
• "Acreditamos que essa interação sem precedentes entre ciência dos materiais,
mecânica e impressão 3D criará um novo caminho para uma ampla gama de
aplicativos interessantes que melhorarão a tecnologia, a saúde, a segurança e a
qualidade de vida," disse o professor Howon Lee, da Universidade Rutgers.
• A equipe de Lee demonstrou o potencial da impressão 4D otimizando outra área já
plena de novidades tecnológicas: Os metamateriais, materiais artificiais projetados
para apresentarem propriedades não encontradas na natureza.
• Apesar das demonstrações impressionantes, a forma e as propriedades dos
metamateriais fabricados até agora eram irreversíveis - uma vez fabricado, estava
selado o destino do metamaterial, que só funciona de uma determinada forma.
• Com a tecnologia morfológica, Lee e seus alunos demonstraram como ajustar os
metamateriais depois de prontos, usando gatilhos simples, como o calor.
Materiais reconfiguráveis se viram para cumprir sua
função
• Metamateriais versáteis
• Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos EUA,
desenvolveram um sistema genérico para projetar
metamateriais reconfiguráveis.
• A estratégia de projeto é independente da escala, o
que significa que o sistema pode ser aplicado a tudo,
desde arquiteturas em grande escala - para proteger
contra terremotos e tsunamis, por exemplo - até a
nanoescala, para projetar cristais fotônicos, guias de
ondas e metamateriais para guiar o calor.
• Os metamateriais, cuja função é determinada pela
estrutura, e não pela composição química, têm sido
projetados para manipular a luz, o som e qualquer
outro tipo de onda, sejam as ondas do mar ou as
ondas sísmicas.
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=materiais-
reconfiguraveis-se-viram-cumprir-funcao&id=010160170222#.XOf2rIhKhPY
Calor move-se como onda e esfria objeto
instantaneamente
• Imagine uma lanterna de calor: Você a "acende" e, em
vez de lançar um facho de luz, ela lança um facho de
calor.
• Ou uma panela quente que, em vez de esfriar
lentamente trocando calor com o ambiente por
condução, emita uma onda de calor de uma vez só e
fique fria na hora.
O calor não se comporta dessa maneira em escala humana, mas os cientistas
pesquisam há muito tempo a transferência do calor por radiação, permitindo que
o calor seja controlado como controlamos a luz - de fato, já sabemos que
o magnetismo pode controlar tanto o calor como o som.
A uma temperatura de -153º C, Huberman observou sinais claros de que o calor pode viajar
através do grafite na forma de uma onda. Pontos originalmente quentes ficam
instantaneamente frios, enquanto o calor se move pelo material próximo da velocidade do
som. O comportamento do calor fica tão parecido com o modo ondulatório pelo qual o som
viaja através do ar que os pesquisadores apelidaram esse modo exótico de transporte de calor
de "segundo som".
Calor move-se como onda e esfria objeto
instantaneamente
• "Há boas razões para se acreditar que o segundo som pode ser mais pronunciado
no grafeno, mesmo a temperatura ambiente. Se acontecer que o grafeno possa
eficientemente remover o calor como ondas, isso certamente seria maravilhoso,"
disse o professor Keith Nelson, coordenador da equipe.
Bomba de luz faz líquidos fluírem sem peças móveis
• A equipe alemã substituiu o fio redondo por um fio plano retangular que pode ser
enrolado mais apertado em volta do estator. Isso cria mais espaço para o canal de
refrigeração.
• "Neste design otimizado, as perdas de calor podem ser dissipadas através do canal
de resfriamento dentro do estator, eliminando a necessidade de transportar o
calor através do invólucro metálico para uma manga de resfriamento externa. Na
verdade, você não precisa mais de uma luva de resfriamento neste conceito. Ele
também oferece outros benefícios, incluindo menor inércia térmica e maior saída
contínua do motor," disse Maertens.
• Além disso, o novo design incorpora uma solução de resfriamento do rotor que
também permite que a perda de calor do rotor seja dissipada diretamente dentro
do motor.
Motores de plástico aumentarão autonomia dos carros
elétricos
• Motor elétrico de plástico
• Ao dissipar o calor perto de onde ele é gerado, a equipe conseguiu construir todo
o motor, incluindo sua carcaça, usando materiais poliméricos. O metal atualmente
necessário como condutor de calor também pode ser substituído por materiais
poliméricos, que têm uma condutividade térmica mais baixa do que os metais.
• "As carcaças de polímero são mais leves e mais fáceis de produzir do que as caixas
de alumínio. Elas também se prestam a geometrias complexas sem exigir pós-
processamento, por isso fizemos algumas economias reais no peso e no custo
geral," disse Maertens.
• A equipe optou por usar plásticos termofixos reforçados com fibra, que oferecem
resistência a altas temperaturas e alta resistência a refrigerantes agressivos. Ao
contrário dos termoplásticos, os termofixos não incham quando entram em
contato com produtos químicos.
Replicador: Impressora 3D fabrica objetos inteiros
usando luz
• Exame invertido
• Na impressão 3D tradicional, materiais líquidos ou
em pó são depositados juntos camada por
camada. Essa abordagem camada por camada, no
entanto, por mais útil que já tenha se mostrado,
cria limitações: Imprimir uma peça em torno de
outra, por exemplo, é muito difícil.
• Kelly desenvolveu um método diferente que
envolve girar um material fotossensível em um
campo de luz controlado dinamicamente.
• Funciona como uma tomografia computadorizada
em sentido inverso. Nas máquinas de tomografia
computadorizada, um tubo de raios X gira em
torno do paciente, tirando várias imagens do
interior do corpo. Então, um programa de
computador usa as projeções 2D para reconstruir
uma imagem 3D.
Replicador: Impressora 3D fabrica objetos inteiros
usando luz
A equipe percebeu que esse processo pode ser invertido: dado um modelo
computacional de um objeto 3D, um programa calcula como ele seria visto de
muitos ângulos diferentes e, em seguida, insere as imagens 2D resultantes em um
projetor de slides comum, que projeta as imagens em um recipiente cilíndrico
contendo um acrilato, um tipo de resina sintética fotossensível.
• A ponte inteira foi impressa por dois braços robóticos em 450 horas e custou
apenas dois terços do orçamento para a mesma ponte ser construída pelas
técnicas convencionais graças à eliminação de formas, barras de reforço e
materiais de sustentação.
Maior ponte impressa em 3D do mundo é inaugurada
na China
Mas uma série de equipes ao redor do mundo está se dedicando a superar essa
limitação.
• Eliminação do atrito
• Físicos italianos e alemães descobriram como
suprimir totalmente a fricção estática entre duas
superfícies.
• Isto significa que mesmo uma força minúscula
torna-se suficiente para colocar objetos em
movimento.
• Resistência do alumínio
• Depois de alcançar os extremos em termos de
densidade - um alumínio superdenso e outro alumínio
tão leve que flutua na água - agora os metalurgistas
obtiveram uma liga de alumínio tão forte que rivaliza
com a resistência do aço inoxidável.
• "Ligas de alumínio leves e de alta resistência, com força
comparável aos aços inoxidáveis, vão revolucionar as
indústrias automobilística e aeroespacial," disse o
professor Xinghang Zhang, da Universidade Purdue, nos
EUA.
Normalmente as ligas de alumínio são leves e macias - em termos metálicos - e
apresentam uma resistência mecânica baixa. Mas a equipe de Zhang descobriu duas
técnicas capazes de alterar a microestrutura do alumínio para conferir-lhe maior
resistência e ductilidade.
Novo sensor de profundidade torna carros autônomos
mais seguros
• Um dos grandes desafios técnicos para os carros sem motorista é o cálculo de
profundidade, que permite que suas câmeras calculem com precisão a distância de
cada objeto em particular, separando, por exemplo, uma "tartaruga" reflexiva de
sinalização no meio do asfalto de uma guia no próximo cruzamento.
• Achuta Kadambi e Ramesh Raskar, do MIT, nos EUA, acabam de revolucionar essa
técnica de processamento de profundidade, aumentando sua resolução em nada
menos do que 1.000 vezes.
• Além disso, a nova abordagem promete medições de distância precisas através da
neblina, o que tem-se mostrado um grande obstáculo para os carros autônomos
em testes em condições reais de tráfego.
• Em um alcance de 2 metros, os sistemas existentes têm uma resolução de
profundidade de cerca de um centímetro, o que é bom o suficiente para os
sistemas de estacionamento assistido e de detecção de colisão dos carros de hoje.
• O novo sistema apresenta uma resolução de profundidade de 3 micrômetros à
mesma distância de 2 metros. Em um teste de demonstração com uma chave de
ignição, até os números em relevo na chave foram detectados.
Novo sensor de profundidade torna carros autônomos
mais seguros
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/05/18/consultoria-lista-7-tendencias-para-o-mundo-pos-
coronavirus.htm
https://forbes.com.br/negocios/2020/07/empreendedorismo-na-pandemia-13-negocios-que-surgiram-durante-a-crise-
de-covid-19/
https://forbes.com.br/negocios/2020/06/criatividade-e-inovacao-22-solucoes-brasileiras-criadas-durante-a-pandemia-
para-o-combate-a-covid-19/