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Relatório
Módulo:
Sensores e dispositivos
Turma: P1
Data: 28/11/2022
Docente: Rute Ferreira, Teresa Monteiro, Cátia Leitão, Marta Ferreira
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Resumo
Trabalho 1- Aula 2
Este trabalho teve como objetivo determinar a constante de Planck (ℎ), o comprimento de onda de
um díodo emissor de luz de semicondutor (𝜆) e a energia de gap dos semicondutores que o constituem
(𝐸𝑔). Para isto usámos LEDs de diferentes cores que montámos num circuito no qual era possível variar a
tenção e registámos os valores desta a partir dos quais há condução de corrente elétrica para cada LED.
Analisámos estes valores através de um gráfico de V 0 ( λ) e a partir da sua equação foi possível obter o
valor de ℎ. Assim as grandezas determinadas foram os vários comprimentos de onda ( λ ± 0,5 ) nm, as
tensões a partir das quais a intensidade da corrente elétrica não é nula (V 0 ± 0,001)V , e a constante de
Trabalho 4- Aula 3
Este trabalho teve como objetivos determinar a distância focal de várias lentes convergentes (
f ± 0,5 ) cm , montar telescópios refratores com várias configurações e determinar a ampliação de um
telescópio astronómico(M ± ∆ M ). Para isto, através de uma montagem específica de lentes, registámos as
distâncias da lente ao objeto ( s ± 0,5) cm e da lente à imagem ( s ' ± 0,5) cm para as quais o objeto estava
focado. Analisámos estes dados num gráfico de s’(s) de modo a obter os valores da distância focal das
várias lentes e com o auxílio destes valores obtivemos depois a ampliação dos telescópios montados.
Introdução
Trabalho 1- Aula 2
Os semicondutores possuem propriedades físicas que permitem estabelecer várias arquiteturas de
dispositivos para ambientes de operação extremos como os do espaço, por isso com o objetivo de explorar
as características destes materiais analisámos um díodo emissor de luz (usualmente designados em inglês
por light emitting diode, LED). Num LED a condução de corrente elétrica está dependente da tensão
aplicada no circuito, portanto apenas a partir de um certo valor de tensão, V 0 , o LED emite luz. Esta
emissão é descrita pela seguinte equação: e V 0=hf +W , com base nesta relação vamos obter a relação de
V 0 (λ) , sendo possível então calcular a constante de Planck, h . Através das curvas I-V calculadas vamos
obter então o melhor valor para V g.
Trabalho 4- Aula 3
Os telescópios são ferramentas essenciais para a observação espacial, portanto, de modo a melhor
compreender o seu funcionamento e características montámos vários telescópios, determinámos a sua
ampliação e as distâncias focais das lentes que os constituem. Estas lentes podem ser convergentes ou
divergentes consoante a sua distância focal f , mas independentemente da sua natureza a relação entre a
distância focal da lente e as distâncias do objeto e da imagem à lente, s e s' respetivamente, é dada pela
3
1 1 1
equação das lentes finas: = + . A ampliação de um telescópio, M , pode ser dada pela seguinte
f s s'
f obj
equação M = , onde f obj, é a distância focal da lente mais próxima do objeto e f oc, a lente mais próxima
f oc
do olho do observador.
Detalhes experimentais relevantes
Trabalho 1- Aula 2
Material: LEDs de várias cores (azul, verde, amarelo/laranja, vermelho e infravermelho); Variador de
tensão;
Voltímetro e amperímetro; Cabos de ligação. Instrumento Incerteza
Voltímetro 0,001 V
Amperímetro 0,1 µA
certezas de leitura associadas a
itivo de
Procedimento experimental:
Foi necessário em primeiro lugar determinar o comprimento de onda de cada um dos LEDs a ser
utilizados na experiência. Para tal recorremos ao espectro abaixo e com o auxílio da escala adequada
obtiveram-se os valores da tabela 2 para os comprimentos de onda representados que representam os que
foram utilizados na experiência.
Cor do LED (𝜆 ± 5) nm
Azul 454
Verde 518
Amarelo/Laranja 594
Vermelho 678
Infravermelho 860
De seguida deduziu-se a relação V 0 (λ) , tensão aplicada em função do comprimento de onda da luz
W
ordenada na origem, b= . A determinação da constante de Planck será feita através do declive da
e
hc me me
seguinte forma: m= h= , como |e|=1, 602176 ×10−19 C e c=3 × 108 m s−1 : h= =
e c c
√
1
m1 , 602176× 10−19 −28 ( −1)
8
=m× 5,34 ×10 e r
2 , pois e e c são constantes sem um erro
3,0 ×10 Δh=|h|
N −2
associado, sendo r o coeficiente de correlação linear e N o número de pontos. Para a recolha dos dados
montou-se o circuito segundo o seguinte esquema:
Ligou-se o LED mais à direita (infravermelho)
começando a variar a tensão até o amperímetro
marcar o valor mínimo de intensidade de corrente
elétrica ( I =¿0,1 µA), o valor para V 0 a partir do
qual à passagem de corrente elétrica no circuito.
Efetuaram-se 3 ensaios para a obtenção desta
Figura 1- esquema do circuito para a atividade à medida e registaram-se na tabela 3, e repetindo-
esquerda e circuito montado à direita
se depois o processo para cada um dos outros
LEDs.
Para o desenho da curva característica I‐V de cada LED utilizou-se o mesmo circuito. Ligou-se o LED
vermelho e registou-se na tabela 4, para vários valores de tensão aplicada, a corrente elétrica
correspondente. Repetiu-se o procedimento para os restantes LEDs.
Trabalho 4- Aula 3
Material: Calhas; Fonte de luz; Lentes A, B, E e H; Cabos de ligação; Fita‐métrica; Alvo; Suportes;
Objetos: seta e carrinho. Instrumento Incerteza
Fita métrica 0,05 cm
Procedimento experimental:
Para a determinação da distância focal de várias lentes convergentes montou-se o seguinte
esquema:
Mediu-se a distância entre o objeto (Seta) e a
lente, s, e aproximou-se o alvo à lente até se obter uma
imagem focada, medindo-se esta distância, s’, e
registando-se as duas na tabela 5. Para todos estes
ensaios verificou-se que a imagem se manteve real,
invertida e reduzida em relação ao objeto original.
Colocou-se depois a fonte luminosa a uma distância de 3,63 m da montagem sendo que desta vez não se
Figura 2- esquema da montagem das colocou um objeto entre esta e a lente. Montou-se a lente A
lentes para a atividade
5
entre a fonte luminosa e o alvo na calha e aproximou-se o alvo à lente até que fosse possível observar um
ponto focado. Mediu-se a distância entre a lente e o alvo, repetindo-se o procedimento 3 vezes para as
lentes A, B, H e E registando-se os valores na tabela 6. Para a lente E não foi possível encontrar uma
imagem, pois tem ponto focal virtual, logo é uma lente divergente, a sua imagem é não é possível observar
com esta montagem.
Para a montagem
alvo até se observar uma imagem focada sendo
esta real, invertida e reduzida. Colocou-se a
lente B e deslocou-se a mesma em direção ao
alvo até que a imagem ficasse focada, sendo
esta agora virtual, invertida e ampliada e
Figura 3- esquema da montagem para a atividade mediu-se a distância entre as duas lentes, 35,5 cm.
Colocou-se depois a lente B a 50 cm da lente H e adicionou-se uma segunda lente B a 20 cm da primeira.
Deslocou-se esta última lente até se conseguir observar uma imagem focada, observando-se que desta vez
esta era direita virtual e ampliada, e, portanto, a função desta segunda lente B é repor o sentido original do
objeto observado. Mediu-se e registou-se a distância entre as duas lentes B que foi de 27,8 cm .
Desligou-se depois a fonte luminosa e substitui-se as duas lentes B por uma lente E. Aproximou-se
esta última da lente H até se obter uma imagem focada e observou-se que esta era direita virtual e
ampliada. Mediu-se e registou-se ainda a distância entre as duas lentes, 20,2 cm.
Para a última parte desta atividade utilizou-se uma montagem que seguisse o seguinte esquema:
Começámos por colocar as lentes H e B como mostra a figura
e ajustando a focagem observámos que a imagem era
ampliada. Substituindo depois a lente B pela lente A e
focando novamente obteve-se uma imagem reduzida.
Substituindo por fim a lente H pela lente B obteve-se uma
Figura 4- esquema da montagem para a
atividade imagem ampliada.
Análise e discussão
Trabalho 1- Aula 2
Para obter a constante de Planck é necessário primeiro que tudo calcular o valor mais provável da tensão
limiar para cada LED.
Cálculos Auxiliares:
2,200+2,210+2,220
V 0 azul = =2,210 V ∆ V 0 azul=0,010 V
3
∆ V 0 verde=0,007 V
1,948+1,938+1,948
V 0 verde = =1,945 V ∆ V
3 0 amarelo =0,006 V
1,465+1,459+1,453 ∆V =0,003 V
V 0 amarelo= =1,459 V 0 vermelho
3 ∆V =0,007 V
0infravermelho
1,310+1,307+1,305
V 0 vermel h o= =1,307 V
3
6
Com estes dados é agora possível construir o gráfico de V 0 (λ) , da forma descrita anteriormente.
hc 1 W −8 1
× + V 0= ( 1,00× 10 ± 6,55× 10 ) +(−0,7214 ±0,1134)
−6
V 0=
e λ e λ
Tensão aplicada, 𝑉 0 / V
Cálculos Auxiliares:
Como o erro relativo não ultrapassa os 10% este resultado pode considerar-se preciso, e como
| |
−8
6,55 ×10
|hErro relativo do m=
obtido −hteórico| 1,00
×100=6,55 %
×10−6 que este valor é exato.
=3,66>3 , concluímos
∆h
Precisão do m=100−6,55=93,45 %
hc
Considerando agora que V 0=V gap, podemos considerar que E gap =Efotão =hf = , e obtemos
λ
então valores aproximados da energia de gap de cada LED:
Intensidade da currente
vermelho amarelo
elétrica, I / µA
elétrica, I / µA
120 150
100
80 100
60
40 50
20
0 0
0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Tensão aplicada, 𝑉 0 / V Tensão aplicada, 𝑉0 / V
Intensidade da currente
Intensidade da currente
curva característica I-V do LED verde curva característica I-V do LED azul
elétrica, I / µA
elétrica, I / µA
400 150
300
100
200
100 50
0 0
0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4
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Como seria de esperar quanto maior é o comprimento de onda da luz emitida por um determinado
LED de semicondutor maior será a sua energia de gap.
Trabalho 2- Aula 3 Para a análise da distância focal de várias lentes convergentes foi possível verificar
que ao afastar-se a lente do objeto a sua imagem mantém-se real e invertida, mas vai ficando cada vez mais
reduzida, enquanto que ao aproximar a lente do objeto a sua imagem também se mantém real e invertida,
mas vai ficando cada vez mais ampliada. Foi possível obter o gráfico esperado de 𝑠’(𝑠):
, a partir do qual se pode estimar a distância focal f ,
Distância entre a lente
𝑠’(𝑠)
e o alvo, 1/𝑠’/ cm-1
1 1 1 1 1 1
0.2 da lente A. = + = − b=
0.15 f s s' s' f s
f(x) = − 0.980430073042441 x + 0.195886850367767
R² 0.1
= 0.956823866451771 1
=0,1959 f =5,1 cm este valor não difere muito
0.05 f
0
0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.09 0.1 0.11 do registado na atividade, 5,2 cm.
Como para as
Distância entre o objeto e a lente,
1/𝑠 /cm-1 tratam de lentes convergentes, enquanto que para a
lente E como não se obteve nenhum valor para a sua distância focal com esta montagem podemos concluir
que esta é uma lente divergente.
A primeira configuração com duas lentes convergentes (B e H) permitiu obter uma imagem
ampliada real e invertida, a segunda (B, B e H) dá-nos uma imagem invertida da primeira configuração não
influenciando de forma relevante a sua ampliação. Já a terceira configuração é das 3 a que permite obter
maior ampliação sendo a sua imagem também real e invertida. As principais dificuldades encontradas pelos
alunos foram encontrar o ponto de foco, alinhar as lentes com o objeto e trabalhar com as duas calhas.
Como a ampliação varia de forma diretamente proporcional com a distância focal da objetiva, e de
forma inversamente proporcional com a distância focal da ocular, quanto maior f obj, e menor f oc, maior
será a ampliação.
fB
√
2 2
0,1 ∂f B −f B × ∂ f A
M BA = = =1,92 ∆ M BA = ( ) +( ) =0,006
f A 0,052 fA fA
2
f H 0,312
√
2 2
∂f −f ×∂ f
M HB = = =3,12 ∆ M HB= ( H ) +( H 2 B ) =0,002
fB 0,1 fB fB
Conclusões
Trabalho 1- Aula 2
A realização desta atividade permitiu aos alunos compreender melhor o comportamento de LEDs
de várias cores e as propriedades dos semicondutores que os constituem. Foi possível calcular todas as
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grandezas propostas e apesar dos cuidados tomados na realização da atividade os valores obtidos não se
puderam considerar precisos.
Trabalho 2- Aula 3
Esta atividade deu a conhecer aos alunos os vários tipos de telescópios existentes, os seus métodos
de construção e a maneira correta de os manusear. Todos os valores pretendidos foram calculados e uma
vez que estes se encontram dentro dos seus intervalos de medição podem considerar-se precisos e exatos.
Bibliografia consultada
-guião IEA DFIS;
Contribuição individual
Trabalho 1- Aula 2
Tomás Martins desempenhou o cargo de aluno coordenador e fez a elaboração do relatório
durante a aula, os alunos Cláudia Jamal e Pedro Araújo trataram da recolha dos dados e do procedimento
experimental. Todos os alunos participaram na preparação da atividade.
Trabalho 4- Aula 3
Tomás Martins desempenhou o cargo de aluno coordenador e fez a elaboração do relatório
durante a aula e registo dos dados, os alunos Cláudia Jamal e Pedro Araújo trataram da montagem dos
telescópios, da recolha dos dados e do procedimento experimental. Todos os alunos participaram na
preparação da atividade.
Anexos
Trabalho 1- Aula 2
Comprimento de Intensidade da
Valor mais provável
onda Tensão limiar corrente elétrica
Cor do LED da tensão limiar
(𝜆 ± 5) nm (V 0 ± 0,001)V ( I ± 0,1 ) µA
(V 0 ± ∆ V 0 )V
2,200
2,210
Azul 454 2,210
2,220
1,948
1,938
Verde 518 1,945
1,948
1,465
1,459
Amarelo 594 1,459
1,453
1,310
0,1
1,307
Vermelho 678 1,307
1,305
9
0,838
0,823
Infravermelho 860 0,829
0,827
Tabela 3: Tensão para a qual a intensidade da corrente elétrica não é nula, para cada LED
Trabalho 4- Aula 3
Distância entre a lente e Distância entre a lente e
o objeto o alvo
(s ± 0,05)cm (s ’± 0,05)cm
10 9,6
11 9,4
12 9
13 8,5
14 8,2
15 7,7
10
16 7,5
17 7,4
18 7
19 6,8
20 6,6
Tabela 5: Distância entre a lente e o objeto, s, e distância entre a lente e o alvo, s’
5,2
5,2
A 5,2
5,2
9,9
10
B 10
10,1
31,2
31,2
H 31,2
3,63
31,2
-
E -
-