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(Módulo 1)

3 PONTOS.

1 – DISCERNIMENTO DE CAMPO

2 – ACESSIBILIDADE COMUNICATIVA

3 – CONTEXTUALIZAÇÂO OPORTUNA

(CONTEXTUALIZAÇÂO OPORTUNA)

ATOS 17

E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens


atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos;
Porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei
também um altar em que estava escrito: AO DEUS
DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo,
é o que eu vos anuncio.
◉ Paulo associa a contextualização através dos próprios poetas
consumidos pelos filósofos de atenas em seu tempo, ciclo e
cultura.

No ano 600 a.c atenas viveu um período de pragas aonde a


população monoteísta perdeu as esperanças em seus deuses
após não encontrar nenhum tipo de resposta dos próprios.

É exatamente nesse tempo em que o poeta e filosofo citado no


discurso de Paulo aparece! EPIMÊNIDES citado por Paulo sem o
pleno conhecimento entrega sacrifícios há somente um Deus em
um cerco monoteísta, indiretamente ligado ao Deus
desconhecido. O Deus desconhecido ao qual seguiram seus
sacrifícios foi o ponto referencia em que Paulo usou para
transicionar a pregação do evangelho.

◉ O altar de divindades foi a base para a contextualização da


pregação de Paulo. Paulo evita a pratica de alguns de seus
predecessores judeus e alguns sucessores cristão do século
segundo de acusar filósofos pagãos de plagiarem suas boas
ideias de Moises. Paulo enraizado na palavra, contextualiza
pontos de contato compartilhados com o estoicismo.
◉ Atenas era a capital intelectual do mundo, a maior parte
deles eram politeísta! Eram cerca de 30 mil estatuas
dedicadas aos deuses. O mais impressionante é o versículo 17,
pois diz que todos os dias Paulo ia todos os dias a praça
principal! Paulo estava aonde as pessoas estavam já que ali
era o ponto cume de pessoas. A praça não era como nos dias
atuais, a praça era o cenário politico mais importante do
gregos, aonde os pensadores, filósofos e estudiosos se
reuniam. O lugar aonde nos dias atuais muitos diriam que
Jesus não estaria, muito menos seria um lugar para que um
“cristão exemplar” deveria estar, foi o lugar em que o apostolo
Paulo frequentava todos os dias sem exceção. Um dos pontos
mais interessante a se enxergar é o que Paulo enxerga além
dos monumentos e da cultura raiz da cidade. Os monumentos
e a cultura de atenas apontavam para a idolatria. Só após
enxergar além dos monumentos e das culturas podemos saber
a estratégia necessária para comunicarmos o evangelho.

◉ A ESTRATEGIA POR TRAS DO DISCURSO DE PAULO


No Versiculo 22 Paulo diz no areópago
“Senhores atenienses, vejo que em todos os aspectos vocês
são muito religiosos”
Na teoria dos dias atuais, alguns diriam que Paulo estaria
ficando louco ao dizer que os atenienses são muitos religiosos.
A pregação “exemplar” dos dias atuais seria “Atenienses,
sábios, porem, idolatras! Derrubem seus deuses e sirva a
Jesus, se não todos vocês irão para o inferno!
Essa pregação diz alguma mentira? Não, essa é a verdade
bíblica. Porem, a pregação sem estratégia é como um alto-
falante aos surdos! As vezes a falta de estratégia é o principal
empecilho para que não escutem a verdade.
O termo “temos que falar a verdade” é inútil quando não
ganhamos os ouvidos dos que precisam escutar a verdade!
Qual o sentido de falarmos a verdade sem que nos escutem?
Para qual proposito falamos? Por qual motivação pregamos?
Por que queremos tanto falar a verdade? Nos pregamos a
verdade para que eles se libertem das mentiras? Ou somente
para que cumpramos uma ordem litúrgica? Nos pregamos a
verdade para que eles sejam salvos? Ou pregamos porque nos
disseram que deveríamos pregar? nos pregamos a verdade
para que eles não sejam condenados? Ou pregamos porque
queremos encher nossos cultos semanais? O escândalo que
muitos não entendem é que a obediência do ide sem o amor
pelo próximo revela que não queremos salva-los da
condenação e sim nos livrarmos da condenação. A obediência
do ide sem amor pelos perdidos aponta para nossos esforços,
não para cruz de cristo. A obediência a ordem [ide] de Deus
revela seu amor por Deus, a falta de amor pelos perdidos
revela que você é um mentiroso. Pois como posso amar a Deus
a ponto de obedece-lo e não amar o meu próximo ao ponto de
enxerga-lo no inferno e não sentir angustia? Logo, se obedeço
a ordem de Deus mas não amo meu próximo, na verdade eu
não amo a Deus e só lhe obedeço para não ir para o inferno.

Logo, ate mesmo o tempo que você gasta com suas estratégias
para alcançar os perdidos revela o seu amor pelo próximo.
Quando limito as estratégias para evangelizar, na verdade
digo para meu próximo “você será condenado, mas não irei
largar meu egocentrismo”.
A falta de estratégia te permite falar a verdade, a estratégia
permite que eles escutem a verdade!
Se escandalize, mas quando Paulo se fez de tudo para com
todos não foi para pregar o evangelho! Quando Paulo se fez de
tudo para com todos foi para que eles escutassem o
evangelho.

Falar a verdade revela seu amor por Deus, Comunicar a


verdade revela seu amor pelo próximo, porem, quando essas
2 ordens são ignoradas, se torna invalida.
◉ ESTOICISMO
◉ Os estoicos eram pandeístas [ acreditavam que tudo era
Deus]
◉ Zenão de Cítio [fundador] 300 a.c
◉ Imperador Marco Aurelio seguiu o estoicismo.
◉ Estoicismo e a grande taxa de suicídio [grande influencia]
◉ O ideal do estoicismo é atingir a ataraxia ou apatia, a
indiferença em relação a todas as emoções,
imperturbabilidade [falta de emoções preocupantes] perante
os problemas
◉ ”O destino de Deus entrelaça cada acontecimento, só
podemos aceita-lo.
◉ PONTOS DE CONEXÃO [ PREGAÇÃO X ESTOICISMO]
1- “Obedecer a natureza é obedecer a Deus” versículo 24
[Deus Criador]
2- “Deus não é Jesus porque o nosso Deus não cria o
mundo, vai embora e volta para julga-lo, mas cria o
tempo todo! Ele é a natureza criadora contínua”.
Versículo 24 [Criador]
3- “Podemos nos mover dentro de Deus [natureza]”.
Versículo 28.

◉ AO DEUS DESCONHECIDO

Versículo 22
“Então Paulo levantou-se na reunião do areópago e
disse; “Atenienses! Vejo que em todos os aspectos vocês
são muitos religiosos “.
Paulo estava dizendo; “Voces conhecem muitos Deuses,
eu vejo vocês como um povo muito religioso”

O que faltava em atenas não era religião!


O que faltava em atenas era o conhecimento do
verdadeiro Deus. Hoje, o que falta no brasil não é
religião, é o conhecimento verdadeiro de Deus.

◉ O DEUS CRIADOR

Os estoicos e epicureus acreditavam em teorias sobre a


criação do universo [ por isso Paulo inicia falando sobre
o Deus criador.

Paulo diz que o “O Deus desconhecido” é o Deus da


salvação, Jesus!

Paulo pregava Jesus e a Ressurreição!


Os gregos não acreditavam na ressurreição. Para eles
quando alguém morria, era como libertar a alma da
prisão do corpo! A ressurreição era retroceder, pois a
alma voltaria para a prisão.

MODULO H

◉ JESSE LYMAN HURLBUT aponta o único defeito da


igreja do período pentecostal. De modo geral, a igreja
dos primeiros dias não tinha faltas. Era poderosa na fe e
no testemunho, pura em seu caráter e abundante no
amor. Entretanto, o seu defeito era a falta de zelo
missionário. Permaneceu em seu território, quando
deveria ter saído para outras terras e outros povos. Foi
necessário o surgimento de uma grande e severa
perseguição para que se decidissem ir a outras nações e
desempenhar, desse modo, sua missão mundial. Foi o
que aconteceu mais tarde.

MAEWYN SUCCAT [SÃO PATRICIO]


MISSIONARIO IRLANDES.

São Patrício nasceu em uma Grã-Bretanha sob o domínio


romano, no final do século 4, não se sabe exatamente que data
foi, entre 373 e 390 DC. Também não é certo o local de seu
nascimento. Alguns dizem Escócia, mas outros acreditam ser
no País de Gales.

Seu nome também nada tinha a ver com Patrício (ou melhor,
Patrick). Historiadores acreditam que ele se chamava Maewyn
Succat, filho de Calpornius, um oficial do exército romano-
britânico e diácono. Aos 16 anos, Maewyn Succat foi
sequestrado por piratas irlandeses e vendido como escravo na
Irlanda. Ele ficou preso no norte da ilha, trabalhando como
pastor de ovelhas e cuidando de porcos no Monte Slemish,
dentro do condado de Antrim, na Irlanda do Norte.

Nesse período, o garoto foi se tornando cada vez mais


religioso. Sua fé foi tanta que ele considerou o sequestro uma
forma de mudança de vida, de encontro com Deus.

E foi orando que ele teve uma visão que o levou a encontrar
um barco que partia com destino à Grã-Bretanha. Ele fugiu e
conseguiu voltar para casa, junto à sua família. A história de
todo santo dá muitas voltas e não foi diferente com São
Patrício. Mesmo tendo sofrido os horrores da escravidão em
terras irlandesas, ele teve um sonho onde era chamado à
voltar para a Ilha e falar sobre a existência de Deus para os
povos que lá viviam. Mas ele não se sentia seguro para pregar
a palavra de fé.

Foram anos de estudo em um mosteiro na França para que se


tornasse padre e missionário. Lá, ele ficou por 12 anos antes
de retornar à costa irlandesa como bispo e com a bênção do
Papa. Sua missão: catequizar o povo celta.

Desembarcando em Strangford Loch, condado de Down, São


Patrício começou sua busca na catequização da Irlanda. Ao
contrário do que acontecia no resto da Europa, onde a fé
católica era imposta pelo Império Romano e, muitas vezes,
com apelo de guerra, Patrício foi muito mais esperto. Ficou
íntimo dos druidas, que eram encarregados das tarefas de
aconselhamento e ensino, e de orientações jurídicas e
filosóficas dentro da sociedade celta.

Aos poucos, São Patrício foi adicionando elementos da fé cristã


na cultura local. Um exemplo? O trevo! Quer elemento mais
irlandês que esse? Ou você acha que essa foi uma invenção do
Patrício?

Na cultura celta, já havia o conceito da trindade, só que, para


eles, a representação era de corpo, alma e mente. O santo
apenas “adaptou” algo que já existia e passou a doutrinar os
celtas usando os trevos (shamrocks) para explicar a Santíssima
Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).

Pronto! Era o que o povo precisava para simpatizar com a fé


cristã. Por vinte anos, ele viajou por toda a extensão da ilha,
batizando pessoas e estabelecendo mosteiros, escolas e igrejas por
onde passou. Assim, foi São Patrício quem levou o Cristianismo
à Irlanda, que, posteriormente, tornou-se um dos países mais
cristãos do mundo, com reflexos dessa fé até hoje.
ANGUSTIA PELOS PERDIDOS

Onde está a angústia pelos perdidos?

H.C. Van Wormer

George Whitefield exclamou: “Dá-me almas, ou toma a minha vida… Há uma


paixão por almas, uma profundidade de dor em favor das pessoas, um cuidado
pelo rebanho de Deus que desafia a capacidade de palavras, suspiros e
lágrimas”.

Um servo de Deus de tempos passados, antes da era do automóvel, contou que


saiu do trabalho no meio da tarde, arreou o cavalo à carroça e andou mais de
30 km para orar com um homem que parecia estar-se afastando de Deus. Ouça
seu testemunho: “Eu mal conseguia me conter, meu amor e preocupação por
ele eram tão intensos que não conseguia descansar até que tivesse feito o meu
melhor para trazê-lo de volta a Deus”. Amado, essa angústia pelos perdidos é
algo que precisamos recuperar!

David Brainerd disse: “Eu não me importo para onde vou, como vivo ou o que
tenha que suportar a fim de salvar os perdidos. Quando durmo, sonho com eles;
quando acordo, são os primeiros em meu pensamento… Nenhuma quantidade
de conhecimento acadêmico, de elevada capacidade de exposição, de brilhante
e viva eloquência pode reparar a ausência de um profundo, apaixonado e
compassivo amor por aqueles que estão perdidos”. 

John Fletcher, um homem de oração, disse: “Amor, contínuo, ilimitado e


ardente, é a alma de todo trabalho de um ministro de Deus”.

A angústia pelos perdidos no Avivamento de Gales

Certa noite, durante o grande Avivamento de Gales, Dr. Frederick Brotherton Meyer
viu um jovem ministro chegar a uma reunião lotada. Esse jovem se colocou de
pé e orou a Deus em favor de dois de seus companheiros que estavam
zombando na galeria. Um desses homens imediatamente se levantou e disse:
“Não, isso não é verdade; eu não estava zombando. Eu simplesmente disse que
não era um infiel, mas um agnóstico, e se Deus quer me salvar, eu lhe darei uma
oportunidade justa. Vamos ver se o fará!”.

O desafio pareceu atingir Evan Roberts fisicamente, de tal maneira que ele caiu
em seus joelhos em total angústia de alma. Era como se o próprio coração fosse
partir sob o peso do pecado daquele homem
Um amigo de Dr. Meyer que estava ao seu lado disse: “Isso é muito terrível! Eu
não suporto ouvir este homem gemer assim! Vou começar uma melodia para
abafar o som!

Dr. Meyer respondeu: “Faça o que quiser, só não faça isso. Eu quero que esse
som penetre no fundo do meu coração. Tenho pregado o Evangelho há 30 anos
com olhos secos. Falei a enormes audiências sem demonstrar qualquer emoção,
totalmente impassível. Quero que as convulsões de angústia deste homem
toquem a minha própria alma”.

Evan Roberts continuou a soluçar sem parar, e Meyer disse: “Meu Deus, ensina-
me este soluço, para que a minha alma se quebrante enquanto prego o
Evangelho para as pessoas”.

Uma batalha entre céu e inferno

Depois de 10 minutos, Roberts se levantou e se dirigiu àqueles homens na


galeria: “Vocês querem se render a Deus?” Eles disseram: “Por que deveríamos?”
Então, ele disse à congregação: “Vamos orar”. O ar se tornou denso com
suspiros, lágrimas e gemidos. Todos pareciam estar carregando aqueles dois
homens no espírito, como se os seus corações fossem partir sob a forte tensão.
Meyer declarou que nunca sentiu nada semelhante. Ele se colocou em pé com
um salto. Era como se estivesse se sufocando. Ele disse ao amigo: “Nós estamos
numa batalha entre céu e inferno. Você não consegue ver o céu puxando para
um lado e o inferno para o outro? Parece que dá até para ouvir as feras na
arena”.

Depois disso, um dos homens se entregou ao Senhor enquanto o outro, como o


ladrão impenitente, seguiu o seu caminho. Meyer não conseguiu deixar de
acreditar que, mais tarde, ele ainda tivesse se rendido a Deus.

Se esse foi o preço para alcançar as pessoas no grande Avivamento de Gales,


não custará o mesmo para nós hoje?

Se você ler sobre os grandes avivamentos e as centenas de homens e mulheres


que foram levados a Deus pelo ministério do grande evangelista metodista John
Wesley Redfield (pregador do século 19, não o John Wesley famoso do século
18), você descobrirá que naquele tempo os servos de Deus ainda não tinham
perdido “a angústia”; isto é, alguns deles ainda a possuíam. Aqui estão dois
exemplos:
“Ele (Redfield) começou novamente a ter algumas das experiências peculiares
que frequentemente haviam acompanhado suas campanhas mais frutíferas. Ele
começou a sentir um encargo muito forte pela obra. Ele já havia sentido muitas
vezes tais lutas, em alguns casos com tamanha severidade que ficava prostrado
em sua cama como se estivesse acometido de uma enfermidade muito séria. Ali
ficava preso até que a vitória viesse. Uma noite, na reunião, ele foi tomado por
uma agonia indescritível em favor dos perdidos. Se ele conseguisse uivar como
os profetas antigos, teria se sentido aliviado; entretanto, não lhe era possível.
Chegou a pensar que não resistiria. Tentou sair da reunião, mas foi impedido
pelo Espírito Santo. Então ele disse: ‘Senhor, eu tentarei suportar’. Começou a
gritar: ‘Oh meu Deus, essas pessoas precisam ser salvas’. Nisto ele foi
imediatamente aliviado. Naquele momento, toda a igreja estava em comoção.
Gritos por misericórdia misturados com vozes de regozijo eram ouvidos por
todos os lados.”

O resultado disso é que centenas de pessoas foram conduzidas a Deus naquela


reunião, e a obra foi tão profunda e completa que anos mais tarde se declarou:
“Alguns dos frutos desse avivamento ainda permanecem”.

O segredo dos avivamentos de Charles Finney estava no fato de que ele (e


outros) sabiam como entrar em dores de parto – “Mas logo que Sião esteve de
parto, deu à luz seus filhos” (Is 66.8). Veja o testemunho do próprio Finney:

“Isto me abateu com grande aflição. Enquanto eu retornava ao meu quarto,


estava quase cambaleando sob a carga na minha mente; lutei, e gemi, e
agonizei, mas não consegui colocar a situação em palavras para apresentá-la
diante de Deus. Só pude me expressar em gemidos e lágrimas. O Espírito lutava
dentro de mim com gemidos inexprimíveis.” Como é semelhante essa descrição
àquilo que lemos em Romanos 8.26!

Noites inteiras de oração

Nas Ilhas Hébridas, alguns recuperaram a angústia pelos perdidos que estava
quase desaparecendo. Pessoas se reuniam para noites inteiras de oração, mas
essas não eram reuniões de oração comuns. O líder dizia que naquelas reuniões
eles saíam da esfera do comum e do natural para entrar no sobrenatural.

Em um dos cultos, o pregador parou no meio de sua mensagem e pediu a um


garotinho chamado Donald que os dirigisse em oração. “Ele se levantou”, diz o
relato, “e não tinha orado por mais do que cinco minutos quando Deus invadiu
poderosamente o local com sua presença…”

“O mais extraordinário daquela tremenda reunião é que, enquanto a presença


de Deus estava se manifestando na igreja, pescadores em seus barcos, homens
atrás de seus teares, homens nas minas, um comerciante dirigindo a sua van,
professores escolares corrigindo seus trabalhos – todos foram tomados pelo
poder de Deus. Às 10 horas da noite, as estradas das redondezas ficaram
lotadas de pessoas procurando Deus apesar de eu nunca ter me aproximado
delas. Percorri uma estrada rural e encontrei três homens prostrados com o
rosto no chão, tão angustiados sobre sua condição de pecador que não
conseguiam falar comigo; apesar disso, nunca haviam chegado perto de uma
reunião que eu tivesse liderado. Isto é avivamento!”

Um ano de batalha na oração

Para entender o quadro completo, você teria que ler sobre essa luta agonizante
que continuou por noites inteiras, quatro noites por semana, durante um ano
antes que a resposta viesse. Lutar em agonia é mais do que meramente suspirar
uma oração de dois minutos antes de ir dormir, ou de entrar em seu carro pela
manhã.

Luta agonizante significa prostrar-se perante Deus e permanecer ali até


conseguir se agarrar às pontas do altar e prevalecer. Esse tipo de luta envolve
suplicar, implorar, discutir, suportar angústia e suor, perseverar, buscar
persistentemente, pedir e bater até que algo caia dos céus carregados de
nuvens. Os pais e as mães estão fazendo isso hoje por seus filhos que estão
perdidos?

Quanto antes confessarmos que perdemos nossa angústia pelos perdidos,


melhor será para a causa de Cristo. Encaremos o fato amargo e assustador de
que estamos nos acostumando com os passos pesados da multidão de pessoas
perdidas caminhando em direção a uma eternidade sem Cristo. Parece que
perdemos o poder de chorar, de lutar, de suplicar e de agonizar em favor dos
perdidos. As multidões longe de Cristo não têm consciência de sua condição
perdida, simplesmente porque nós não temos consciência de sua condição de
pecado e condenação eterna.

Cruzadas, conferências e mecanismos humanos não trarão avivamento

De fato, é verdade que temos uma quantidade grande de campanhas


evangelísticas, cruzadas e “reuniões de avivamento”. Essas campanhas vêm e
vão, mas as cidades, municípios e vilarejos aparentemente estão tão perdidos
como antes. Nós nos tornamos muito profissionais, mecânicos e frios nos
nossos esforços para alcançar os perdidos. Aqueles que tentamos ganhar não
sentem em nós qualquer calor, paixão, aflição, apreensão real ou tristeza sobre
sua condição perdida. Não veem evidências de conflito interior da nossa parte
para avisá-los dos erros de seus caminhos. Tudo o que veem é nosso
testemunho pessoal vacilante, debilitado e indiferente; por isso, continuam em
seus caminhos perversos.

Que Deus tenha misericórdia de nós se nos contentarmos em planejar cruzadas,


organizar conferências e participar de campanhas de avivamento, alistando
pessoas e arrecadando recursos para atividades evangelísticas e organizações
missionárias!

Tentamos persuadir sem paixão, vencer sem conquistar. É impossível ganhar


almas com corações frios e olhos secos.

No lugar de jejuar, lamentar e interceder, estamos comendo e bebendo, nos


divertindo, saltitando e estimulando celebrações; depois nos perguntamos por
que pessoas não se convertem. Profunda humildade de alma e oração no
cenáculo é que preparam o caminho para a presença de Deus.

A razão por que não há intercessão, angústia e choro “entre o pórtico e o altar”
é que o povo de Deus não está atento para a condição dos dias atuais. A
maioria sente que em todas as direções há provas abundantes de crescimento
da igreja e verdadeiro avanço espiritual. Mas a verdade é que, apesar do
aumento dos membros das igrejas, os padrões morais caíram a um patamar
nunca antes visto.

Quem soará o alarme? Onde estão os intercessores que choram?

Onde estão os sinais de humildade e arrependimento entre as multidões que


estão “entrando na igreja”? Oh, onde estão os intercessores que choram e se
angustiam? Quem está preocupado?

Como Harold Freligh perguntou: “Os retiros dos nossos pregadores se


transformaram em eventos intelectuais, agradavelmente temperados com um
pouco de oração? Pode algum ministro sentir a dor de Deus em favor de outros
quando é pressionado pela urgência de chegar em casa depois do culto para
assistir aos seus estimados programas de TV? Há alguma preparação para o Dia
do Senhor entre os filhos de Deus quando o assunto principal em suas
conversas no domingo de manhã é o entretenimento da noite anterior?”

“Comunhão no momento do cafézinho está ficando mais na moda do que


comunhão na oração. O arrependimento e o retorno às primeiras obras que
acompanham o primeiro amor estão sendo completamente apagados por
banquetes e celebrações.”

Amado, este não é um tempo para diversão, brincadeiras ou superficialidades,


mas para lágrimas, angústia, intercessão e choro “entre o pórtico e o altar”. É
tempo de convocar uma assembleia solene e nos ajoelhar perante Deus com
jejum e oração. A emergência da hora presente é suficiente para nos levar aos
joelhos clamando: “Poupa o teu povo, oh Senhor!”.

Recuperar a angústia pelos perdidos nos custará muito. O que significou para
Paulo se engajar no trabalho para ganhar almas? Perda de fama, amigos,
riquezas, descanso, reputação e parentes. Quanta separação, quantas lágrimas,
quantas cicatrizes e quanta escassez ele experimentou – tudo porque queria
que outros encontrassem a Cristo! Ele possuía essa paixão pelos perdidos que
ardia em chamas e queimava constantemente a despeito de todo o
desencorajamento. Estamos dispostos a participar da angústia apostólica por
aqueles que estão perdidos? Podemos encontrar essa angústia onde Paulo e
outros aflitos de alma a encontraram – ao pé da Cruz. É impossível trabalhar por
Cristo e testemunhar dele com corações frios e olhos secos se realmente
entendemos o que significou para ele derramar seu sangue para que pecadores
pudessem ser salvos de seus pecados e do inferno.

O que duas semanas no inferno poderiam fazer?

Quando William Booth fundou o Exército da Salvação no Setor Leste de


Londres, ele não demorou para reunir um grupinho de jovens consagrados que
tinham captado sua visão em favor dos desamparados. Em pouco tempo, ele
conseguiu uma escola de treinamento com o único propósito de ensinar a esses
recrutas como ganhar almas. Um dia, enquanto lhes ensinava sobre
evangelismo, ele fez uma pausa e, em seu jeito dramático, disse: “Meu desejo é
que eu pudesse mandar todos vocês para o inferno por duas semanas”.

Você entendeu o que ele quis dizer. Se aqueles jovens pudessem ter convivido
com os gemidos e lamentos dos condenados por alguns dias, teriam voltado à
terra dos vivos com uma paixão inextinguível para advertir as pessoas a fugir da
ira vindoura.

“Oh Deus, quantas vidas incontáveis estão passando para a eternidade, em cada
breve momento da nossa existência, destinadas a morar contigo ou a gemer no
uma pessoa sequer passe para a morte em vergonha e pecado sem que eu, por
meio de ti, a busque e ganhe.”

ROMANOS 9;3

Paulo diz que preferia ir para o inferno para que seu


povo fosse salvo. AMOR PELOS PERDIDOS

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