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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC – UFABC

PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA POLÍTICA MUNDIAL


DOCENTE: FERNANDA CARDOSO E VALÉRIA RIBEIRO
DISCENTE: CIMERE TATIANE DOS SANTOS KLAUK
DISCIPLINA: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

MEDEIROS, Carlos Aguiar de. A China como um duplo pólo na Economia


Mundial e a recentralização da economia asiática. Revista de Economia Política,
vol. 26, no 3 (103), pp. 381-400 julho-setembro/2006.

O texto trata sobre o crescimento econômico da China em relação às economias globais,


sobretudo, no contexto da sua recentralização em meio às economias asiáticas. Com
esse fim, para que essa economia operasse em desenvolvimento econômico, observou-
se uma dupla escolha de política macroeconômica que favoreceu essa economia.

Primeiro, o dinamismo econômico chinês foi conquistado em razão de um grande


dinamismo regional que provocou alto crescimento local e em etapas. As etapas podem
ser ditas em razão de um alto investimento japonês e dos Tigres Asiáticos que
impactaram nas econômicas de países como Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia.

Segundo, mas observa o autor que, a partir dos anos de 1995, a tomada de decisão do
governo do país China sofreu um forte impacto negativo e relevante na economia
asiática dado que, no longo prazo, acabou por provocar uma crise econômica daquela
região por dois motivos.

Primeira motivação, a política cambial chinesa na economia asiática provocou um


imenso impacto na dinâmica do mercado interno posto que acontecesse uma estrutura
baseada na flexibilidade da moeda em razão política cambial (dólar-yen). Isso provocou
uma forte desvalorização do yen em relação ao dólar frente aos competidores contra a
China.
Na segunda motivação, a constrição severa dos Investimentos Direto Externa que se
somaram ao declínio das importações viabilizadas pelo governo japonês. Essa
conjuntura da estrutura de financiamento proporcionou um forte impacto na dinâmica
regional que desfavoreceu a China, principalmente porque esse país experimentou uma
valorização da moeda haja vista que a crise de liquidez nos países envolvidos
(Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia) possuíam regimes cambiais atrelados ao
dólar que possibilitou à desvalorização da moeda chinesa provocando “O boom de
endividamento de curto prazo em dólares destinados a empréstimos em moedas
domésticas em setores voltados ao mercado interno (principalmente imobiliário)” (p.
382).

As consequências para economia chinesa foram favoráveis uma vez que o governo
modificou os fatores estruturais decorrentes de uma decisão autônoma de expandir
gastos públicos para favorecer a política macroeconômica local. O resultado desse
processo assegurou amplo fluxos de capitais para aquela região, bem como a
estabilidade do balanço de pagamento que fez com que aquecesse o mercado interno
frente às economias regionais e, depois, globais.

Por fim, essas variáveis consolidaram seu crescimento e também seu desenvolvimento
por meio da dupla escolha de política macroeconômica chinesa.

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