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FOLHA DE RESPOSTAS COORDENAÇÃO:

CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM FINAÇAS PÚBLICAS
TIJUCA
NOME: PEDRO JORGE DOS SANTOS PROFESSOR(A): CAMILA ARRUDA
TURMA:
DATA: 29/09/2022 NOTA: PROVA: A1 MATRÍCULA: 2 0 1 8 2 1 0 2 5 88
1JUR10A1

TRABALHO DA AV 1 EM TÓPICOS EM FINANÇAS PÚBLICAS

Responda as perguntas abaixo na folha e suba no CANVAS até o dia 1 de


outubro na atividade avaliativa. Vocês poderão usar todas as fontes de
pesquisa, desde que referenciadas:

Questão 1

ORÇAMENTO SECRETO: CONGRESSO APROVA OCULTAR AUTORIA DE


EMENDAS DE RELATOR QUE SEJAM REMANEJADAS
Projeto altera Orçamento de 2022 para permitir que a indicação do autor de
cada emenda seja retirada do sistema se a verba for redirecionada. Oposição
crítica e diz ver 'ampliação do sigilo'.

Por Marcela Mattos e Luiz Felipe Barbiéri

G1 — Brasília

12/07/2022 

O Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira (12) uma regra que permite


"ocultar" a identificação dos parlamentares responsáveis por indicar emendas de
relator que, posteriormente, forem remanejadas para outras áreas do orçamento
federal.
As emendas de relator ganharam o apelido de "orçamento secreto", em 2021,
em razão da dificuldade em apontar quem era o deputado ou senador responsável
pela indicação das verbas. Desde então (veja detalhes abaixo), regras foram
criadas para dar mais transparência a esses recursos.
O projeto aprovado nesta terça, porém, abre um novo caminho para que
essas assinaturas permaneçam sob sigilo. O texto prevê que, se as emendas forem
remanejadas – por exemplo, para a parcela do orçamento cujo uso é definido pelo
governo –, a indicação dos valores e dos autores não será mais necessária.
Na prática, significa que os parlamentares que haviam incluído essas
emendas no orçamento poderão remanejar suas cotas para o governo sem serem
identificados. A regra também se aplica às verbas de emendas indicadas pelas
comissões da Câmara e do Senado.
Essa previsão não constava na versão original da Lei Orçamentária Anual de 2022,
mas, com a aprovação, foi incorporada ao texto.

Emendas disfarçadas

Segundo técnicos de orçamento ouvidos pelo g1, atualmente o


remanejamento de emendas de relator e de comissão só pode ser feito por ordem
do Executivo se houver pedido ou autorização do autor da indicação.
Mesmo após remanejada, no entanto, a programação orçamentária ainda
constava como emenda de relator ou comissão – e, com isso, era mantida a autoria
no sistema.
Na prática, segundo parlamentares de oposição e técnicos ouvidos pelo g1, a
nova regra permite que emendas de relator – cujos autores precisam ficar
registrados no sistema – sejam convertidas no orçamento gerenciado livremente
pelo Executivo – que também pode ser usado para atender a pedidos de
parlamentares, mas não é alvo das mesmas regras de transparência.

STF determinou transparência

A falta de transparência dos recursos – que, neste ano, chegam a um valor de


R$ 16 bilhões – foi questionada em 2021 no Supremo Tribunal Federal, que
determinou a adoção de medidas que dessem maior clareza sobre a indicação das
verbas.
Conforme levantamento, ao menos metade das chamadas emendas de
relator ficaram concentradas com o Centrão, formado por aliados do governo.
Além de informar parte dos autores responsáveis pelas indicações bilionárias,
o Congresso decidiu criar uma plataforma específica para a identificação dos
autores.
Também nesta terça, o Congresso aprovou a manutenção das emendas de
relator para 2023, com valores que podem somar R$ 19 bilhões. Parlamentares
chegaram a articular uma norma para tornar o pagamento de toda essa verba
obrigatório, mas a proposta acabou sendo retirada do texto.

Oposição vê 'dissimulação' do Orçamento

Durante a votação, a oposição tentou impedir a aprovação da medida por


considerar que o texto amplia o sigilo do ‘orçamento secreto’. Conforme dados
tornados públicos, coube à oposição, em 2020 e 2021, indicar apenas 1,8% de todo
o recurso destinado às emendas de relator.
Para o líder da minoria no Congresso, deputado Afonso Florence (PT-BA), a
proposta cria uma “base legal” para que não seja obrigatório o registro dos
parlamentares que indiquem a alocação dos recursos das emendas de relator.
Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), o texto é “preocupante” porque
representa a “dissimulação do remanejamento da verba”.

“Recurso público vem da sociedade, são tributos pagos pela sociedade. Na aplicação do
recurso tem que estar claro quem autorizou, quem remanejou, quem aplicou, para onde foi,
por onde foi, qual parlamentar inclusive indicou. Então, não é possível que nós mantenhamos
o orçamento legalmente autorizado sem transparência para a sociedade”, afirmou Jandira.

Governo defende mudança

O líder do governo no Congresso, no entanto, defendeu a mudança. O


senador Eduardo Gomes (MDB-TO) disse que o projeto permite ao governo
“repatriar” recursos que atualmente fazem parte do orçamento secreto.

“Nós estamos repatriando recursos do RP9 [emendas de relator], numa consequência de


utilização exclusiva do Governo, pelo orçamento do Governo”, explicou.
A oposição apresentou um destaque – sugestão para alterar o texto – com o
objetivo de retirar o dispositivo da proposta, mas a maioria dos deputados manteve o
conteúdo no projeto.

GOVERNO SANCIONA DIRETRIZES DO ORÇAMENTO DE 2023 E MANTÉM


EMENDAS DO 'ORÇAMENTO SECRETO'

Transparência dessas emendas é alvo de ações no STF e no TCU. Lei foi publicada no 'DO'
com vetos e também prevê salário mínimo de R$ 1.294; inflação de 3,3%; e alta de 2,5% do PIB.
Por g1 — São Paulo e Brasília
10/08/2022

O governo federal sancionou com vetos a lei que define as diretrizes do


orçamento da União de 2023. O texto foi assinado nesta terça-feira (9) pelo
presidente Jair Bolsonaro e publicado no "Diário Oficial da União" desta quarta (10).
O projeto que deu origem à lei foi aprovado em julho pelo Congresso
Nacional. A lei sancionada por Bolsonaro tem 36 vetos, que deverão ser analisados
posteriormente pelo Congresso e poderão ser mantidos ou derrubados.
Entre outros pontos, o texto sancionado por Bolsonaro mantém a previsão de
pagamento das chamadas emendas parlamentares conhecidas como "orçamento
secreto".
A transparência dessas emendas é questionada em ações no Supremo
Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Contas da União (TCU).
Emendas parlamentares são recursos destinados por deputados e senadores
para obras, geralmente em suas bases eleitorais.
Pelo texto sancionado por Bolsonaro, as emendas do "orçamento secreto"
terão o mesmo valor das emendas de bancada e individuais, somadas.

Outros pontos

Saiba outros pontos sancionados na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023:


 Salário mínimo: R$ 1.294,00;
 Inflação: 3,3%;
 Crescimento do PIB: 2,5%
 Taxa Selic: 10%.
Salário-mínimo

O texto da LDO sancionado por Bolsonaro manteve a previsão aprovada pelo


Congresso de o salário mínimo em 2023 ser de R$ 1.294 — o valor atual é de R$
1.212.
Segundo o governo, a projeção para o ano que vem segue a previsão de
crescimento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse índice
calcula a inflação para famílias de baixa renda e é usado como referência para
reajustes salariais e benefícios do INSS.
"Para o salário mínimo, considerou-se a manutenção de seu valor real a partir da correção
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE)", informa a LDO.

Inflação

O texto da LDO publicado nesta quarta-feira também prevê que a inflação


ficará em 3,3% em 2023. A projeção está um pouco acima da meta de
3,25% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
No entanto, para ser considerada formalmente cumprida, a inflação pode
oscilar 1,5 ponto percentual para mais ou para menos em relação à meta, isto é,
será considerada cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já informou que a
previsão da instituição é que a inflação fique em torno de 4% no ano que vem.

Crescimento do PIB

A LDO sancionada por Bolsonaro manteve a previsão aprovada pelo


Congresso Nacional de que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá 2,5% no ano que
vem.
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é o
principal indicador usado para medir a evolução da economia.
O texto sancionado por Bolsonaro está em linha com as projeções do
Ministério da Economia, segundo as quais o PIB deve crescer 2,5% em 2023.
A Administração Pública segue os princípios estabelecidos pela CF no artigo 37. Em
relação a LOA, os princípios do Direito Financeiros visam proteger o instrumento de
planejamento de receitas e despesas públicas. Em relação ao orçamento secreto,
conforme descrito na notícia do g1, analise e responda as perguntas abaixo:

a) Quais os princípios orçamentários devem estar presentes na LOA? Justifique a


resposta.

- Com base na lei 4.320/64 especificamente no seu artigo 2º, deverá ser obedecido
os seguintes princípios: Unidade, Universalidade e Anualidade, estes como
principais, além de diversos outros, como o Princípio da Legalidade, Princípio do
Equilíbrio, Princípio da Exclusividade, Princípio da Especificação, Princípio da
Clareza, Princípio do Orçamento Bruto, Princípio da Programação, Princípio da
Publicidade, Princípio da Unidade de Caixa e o Princípio da Não Vinculação.

b) Por que o orçamento público é um instrumento tão importante? Qual a finalidade


dele?

- O orçamento público é o instrumento de planejamento que detalha a previsão dos


recursos a serem arrecadados, como tributos e outras receitas estimadas, bem
como a devida destinação desses recursos, exemplificando onde cada recurso será
utilizado anualmente.

Desse modo, ao englobar receitas e despesas, o orçamento é um método


fundamental para o equilíbrio das contas públicas, indicando inclusive as prioridades
da sociedade local, tal qual deve ser observada pelo Estado.

c) Quais os instrumentos de planejamento previstos na norma brasileira e quais as


suas características?

- A Constituição Federal expressa sobre três instrumentos de planejamento de


orçamento, conforme o artigo 165 e incisos, sendo eles: o Plano Plurianual – PPA, a
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual - LOA.
d) Considerando o sistema de freios e contrapesos justifique quais as
responsabilidades de cada um dos poderes na elaboração do orçamento.

- Ao Executivo cabe a elaboração exclusiva dos projetos de lei do PPA, da LDO e da


LOA. Já o legislativo não se limita apenas na atuação de aprovação das leis
orçamentárias, tendo ainda que apreciar relatórios de fiscalização e controle, além
de julgar as contas presidencial. Por fim, ao Poder Judiciário cumpre o papel de
dirimir conflitos relacionados a matéria orçamentária.

e) A utilização de orçamento secreto viola princípios do orçamento público? Cite e


justifique a resposta.

- Fere principalmente o Princípio da Publicidade por não dar transparência, quebra


também o Princípio da Legalidade pois não se pode ser considerado critérios
aderentes a indicadores socioeconômicos. Como também o Princípio da
Universalidade e Principio do Realismo Orçamentário ao acomodar o volume
expressivo de recursos destinados a emendas RP-9, comprometendo a governança
para assegurar as normais gerais de cumprimento das finanças públicas. Além, e
como outros, a inobservância do Princípio da Totalidade quando se reduzir o rol de
despesas essenciais que devem ser priorizadas na composição dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social.

Questão 2

Ano: 2018 - Banca: CESPE - Orçamento - Lei de Responsabilidade Fiscal - A Lei


de Responsabilidade Fiscal (LRF) representa um instrumento para auxiliar os
governantes a gerir os recursos públicos dentro de um marco de regras claras e
precisas, aplicadas a todos os gestores de recursos públicos e em todas as esferas
de governo, relativas à gestão da receita e da despesa públicas, ao endividamento e
à gestão do patrimônio público. Ministério do Planejamento. A lei de
responsabilidade fiscal.

Considerando que o texto precedente tem caráter unicamente motivador, redija um


texto dissertativo acerca do impacto da LRF na gestão pública, abordando,
necessariamente, os seguintes aspectos:
1. o processo de planejamento;
2. as receitas e a renúncia fiscal;
3. as despesas com pessoal.

A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101, de 04/05/2000)


estabelece parâmetros a serem seguidos referente ao gasto público de cada ente
federativo (estados e municípios), estabelecendo diretrizes para os três entes da
federação, compreendendo sua atuação dos três poderes: Executivo, Legislativo e
Judiciário, bem como os Tribunais de Contas, estaduais e municipais. Com relação
ao planejamento, a lei utiliza os princípios constitucionais e as três normas
fundamentais, Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA)
e Plano Plurianual (PPA). Deste modo, a aplicação desses instrumentos é
fundamental para estabelecimento uma programação financeira e para adoção de
cronogramas mensais de desembolso de recursos orçamentários.

Os entes públicos preveem a arrecadação de todos os tributos de sua competência


constitucional, estimando qual será a sua receita. Isso tudo para realizar o
cumprimento das metas fiscais e a distribuição das receitas para as diferentes
despesas.

A renúncia de receita, o crédito presumido, a isenção em caráter não geral, além da


alteração de alíquota de algum tributo ou sua base de cálculo, geralmente impactam
a receita pública, assim deve haver identificação do impacto orçamentário-financeiro
no exercício e nos dois exercícios seguintes. Deve-se constar na LDO e a LOA
evidenciando as medidas de compensação da renúncia de receita.

A Despesa Total com Pessoal é a soma dos gastos do ente da Federação com os
ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a todos os mandatos, cargos e
empregos, relativo a vencimentos, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas
e pensões, inclusive adicionais, gratificações e etc. Serão considerados como
“Outras Despesas de Pessoal”, os valores dos contratos de terceirização se
referirem à substituição de servidores e empregados públicos.

A devida apuração da despesa total com pessoal chega-se ao somar o mês em


questão com as dos onze meses imediatamente anteriores, configurando o regime
de competência.

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