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Pressclipping semanal em 26.dez.22

“Pelé nunca será superado, porque é impossível


haver algo melhor que a perfeição. Ele teve tudo:
físico, habilidade, controle de bola, velocidade,
poder, espírito, inteligência, instinto, sagacidade…”
Sunday Mirror, de Londres.

E os mais de 30 milhões de miseráveis passando fome???

Presente de natal: Em última sessão do ano,


deputados aprovam pacotão de aumento de
salário; veja o impacto das medidas e quanto
serão os aumentos
Por Matheus Caselato - 24/12/2022 - 11:00

Os deputados aprovaram, de uma só vez, 11 projetos que


concedem aumento a diversas categorias, incluindo a própria (Imagem: Pexels)

Na última sessão do ano, os deputados federais votaram no plenário da Câmara dos Deputados 11
projetos de lei que tratavam sobre aumento de salário, ou subsídio, como é tratado na legislação, incluindo
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os de presidente e vice, ministros do Supremo Tribunal Federal, diversas categorias de servidores e,


também, para os próprios deputados.

O aumento foi de cerca de 40%, sendo que alguns serão parcelados e acrescidos de forma escalonada,
elevando o teto máximo de subsídio para mais de R$ 46 mil.

A inflação acumulada desde 2014, quando ocorreu a última revisão, é de aproximadamente 60%, e os
projetos aprovados preveem, para janeiro de 2023, reajustamentos que variam entre 16,4% e 27%,
percentuais, portanto, abaixo da inflação.

Presidente, vice e ministros de governo


O primeiro aumento votado foi para o futuro presidente e seus ministros. O aumento será escalonado em
quatro percentuais. O primeiro deles (16,37%), válido a partir de 1º de janeiro, iguala o subsídio atual (R$
33.763,00) ao subsídio dos ministros do STF, atualmente em R$ 39.293,32.

A partir de 1º de abril de 2023, os valores aumentam para R$ 41.650,92 (6%), passando para R$ 44.008,52
em 1º de fevereiro de 2024 (5,66%) e para R$ 46.366,19 a partir de 1º de fevereiro de 2025 (5,36%). O
reajuste total, nos quatro anos, perfaz então 37,32%.

O impacto causado pela mudança será de R$ 7,1 milhões ao longo dos quatro anos.

Parlamentares
O subsídio dos membros do Congresso Nacional também será reajustado nos próximos anos e igualados
aos vencimentos dos ministros do STF, saindo dos R$ 33.763 atuais para R$ 46.366,19 a partir de 2025. 
O impacto orçamentário previsto por cada órgão para os anos de 2023 a 2026 são os seguintes:

 Câmara dos Deputados: R$ 86 milhões em 2023; R$ 18,8 milhões em 2024; R$ 19,1 milhões em
2025; e R$ 20,2 milhões em 2026;
 Senado Federal: R$ 14,3 milhões; R$ 3 milhões; R$ 2,5 milhões; e R$ 3,5 milhões,
respectivamente;

Ministros do STF
O projeto aprovado pelos deputados aumenta o subsídio dos ministros do STF em 18%, parcelados ao
longo de três anos. O subsídio atual, de R$ 39.293,32, passará para R$ 41.650,92 a partir de 1º de abril de
2023; para R$ 44.008,52 a partir de 1º de fevereiro de 2024: e para R$ 46.366,19 a partir de 1º de
fevereiro de 2025.

O subsídio dos ministros do Supremo é usado também como teto para o pagamento de remunerações no
serviço público federal.

A estimativa feita pela Corte para o impacto orçamentário em 2023 é de R$ 910.317,00 em relação aos
ministros e de R$ 255,38 milhões em relação aos demais membros do Poder Judiciário da União, pois o
subsídio é referência para outros ministros de tribunais superiores, juízes federais e magistrados.

Servidores do TCU

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O projeto de lei do Tribunal de Contas da União (TCU) que reajusta as remunerações dos servidores
daquele órgão foi aprovado. Os reajustes são de 6% em fevereiro de 2023, 6% em fevereiro de 2024 e
6,13% em fevereiro de 2025, totalizando 19,25% no total.

O impacto orçamentário previsto pelo TCU é de R$ 88,1 milhões em 2023, R$ 179,8 milhões em 2024,
R$ 275,1 milhões em 2025 e 374,2 milhões no exercício de 2026.

Membros da defensoria
Os membros da Defensoria Pública da União também terão seus subsídios reajustados de escalonada nos
próximos anos.

– R$ 35.423,58, a partir de 1º de fevereiro de 2023;


– R$ 36.529,16, a partir de 1º de fevereiro de 2024; e
– R$ 37.628,65, a partir de 1º de fevereiro de 2025.

O subsídio do subdefensor público-geral federal, do corregedor-geral e dos membros da Categoria


Especial da DPU corresponderá a 95% do valor recebido pelo defensor público-geral federal. Para as
demais categorias (1ª e 2ª), será observado o percentual de intervalo de 10% entre elas.

Servidores defensoria pública da união


Os servidores da Defensoria Pública da União (DPU) terão os reajustes de salário de 6% em fevereiro de
2023, 6% em fevereiro de 2024 e 6,13% em fevereiro de 2025.

O impacto orçamentário previsto pela Defensoria Pública da União é de R$ 16,3 milhões em 2023, R$
25,5 milhões em 2024 e R$ 26,5 milhões a partir de 2025.

Servidores do judiciário
A Câmara dos Deputados aprovou os reajustes  de 6% em fevereiro de 2023, 6% em fevereiro de 2024 e
6,13% em fevereiro de 2025 para os servidores do judiciário.

O STF não informou o impacto orçamentário do reajuste, afirmando apenas que se encontra dentro dos
limites de teto de gastos e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Procurador-Geral da República
Foi aprovado também o projeto de lei que aumenta o subsídio do procurador-geral da República nos
mesmos patamares dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta foi votada em seguida
pelo Senado e seguirá para sanção presidencial.

O aumento escalonado de 18%, parcelado ao longo de três anos, passa o subsídio atual, de R$ 39.293,32,
para R$ 41.650,92 a partir de 1º de abril de 2023; para R$ 44.008,52 a partir de 1º de fevereiro de 2024: e
para R$ 46.366,19 a partir de 1º de fevereiro de 2025.

A estimativa feita pelo Ministério Público Federal com os novos gastos para 2023 são de R$ 35.320,63 em
relação ao procurador-geral e de R$ 105,84 milhões em relação aos demais membros do MPU, pois o
subsídio é referência para os outros níveis da carreira.

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Servidores do MPU e do CNMP


Para os servidores do Ministério Público e também do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
foram aprovados os reajustes de 6% em fevereiro de 2023, 6% em fevereiro de 2024 e 6,13% em fevereiro
de 2025.

O MPU não informou o impacto orçamentário do reajuste, afirmando apenas que se encontra dentro dos
limites de teto de gastos e da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Servidores do Senado
A Câmara dos Deputados aprovou reajuste as remunerações dos servidores do Senado. Os reajustes são de
6% em fevereiro de 2023, 6% em fevereiro de 2024 e 6,13% em fevereiro de 2025.

O impacto orçamentário previsto pelo Senado é de R$ 180,9 milhões em 2023, R$ 262,5 milhões em
2024, R$ 335,8 milhões em 2025 e R$ 477,0 milhões no exercício de 2026.

Servidores da Câmara
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que reajusta as remunerações dos
servidores da Câmara dos Deputados. Os reajustes são de 6% em fevereiro de 2023, 6% em fevereiro de
2024 e 6,13% em fevereiro de 2025.

O impacto orçamentário previsto é de R$ 275,7 milhões em 2023, R$ 154,4 milhões em 2024, R$ 190,7
milhões em 2025 e R$ 198,3 milhões no exercício de 2026.

Congresso quase dobra ‘emendas Pix’

"Emendas Pix": Com a promulgação da PEC da Transição, que redistribuiu as verbas do orçamento
secreto, os recursos reservados para esse dispositivo em 2023 quase dobraram: saltaram de R$ 3,8 bilhões
para R$ 6,7 bilhões (Crédito: Agência Brasil/ Arquivo)

Estadão Conteúdo - 26/12/22 - 05h00 - Atualizado em 26/12/22 - 07h50

Depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter derrubado o orçamento secreto, o Congresso transferiu
parte do dinheiro para outro mecanismo, com ainda menos transparência: as chamadas emendas Pix. Com
a promulgação da PEC da Transição, que redistribuiu as verbas do orçamento secreto, os recursos
reservados para esse dispositivo em 2023 quase dobraram: saltaram de R$ 3,8 bilhões para R$ 6,7 bilhões.
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O dinheiro das emendas Pix é direcionado por parlamentares para Estados e municípios e pode ser gasto
em qualquer área, sem transparência nem fiscalização dos órgãos de controle. Diferentemente do
orçamento secreto, as emendas Pix discriminam o parlamentar responsável pelo gasto, mas o destino dos
recursos é uma caixa-preta. O mecanismo recebeu esse apelido por ser uma transferência rápida e direta
do caixa do governo federal para os cofres de governos estaduais e prefeituras. É diferente do que ocorre
com outros tipos de emenda, pagos só depois da apresentação de projetos.

O pagamento é impositivo, ou seja, precisa ser feito pelo governo federal conforme a escolha do
parlamentar e não pode ser adiado, a não ser que as contas públicas estejam em risco.

As emendas Pix são chamadas tecnicamente de “transferências especiais” e fazem parte das emendas
individuais, destinadas a deputadas e senadores, reabastecidas pelo rateio do orçamento secreto na PEC da
Transição.

Dos R$ 19,4 bilhões que estavam reservados para o orçamento secreto, R$ 9,55 bilhões migraram para
emendas individuais. Desse valor, R$ 4,6 bilhões foram parar nas emendas Pix, que se somam aos R$ 3,8
bilhões que já estavam previstos para essa modalidade no Orçamento de 2023.

A emenda foi criada por uma mudança na Constituição em 2019, sob o pretexto de eliminar a burocracia e
tornar o pagamento de emendas mais rápido. A justificativa dos parlamentares é acelerar a transferência
de recursos para redutos eleitorais, onde deputados e senadores pedem votos para suas eleições. O modelo,
no entanto, é menos transparente e abriu margem para desvios, de acordo com especialistas e órgãos de
controle.

O aumento das emendas Pix só foi possível pelo acordo de Lula com o Centrão para aprovar a PEC da
Transição e redistribuir a “herança” do orçamento secreto. O rateio foi uma condição dos líderes
partidários para aprovar a proposta, que viabiliza o aumento do programa Bolsa Família e outras
promessas de campanha do presidente eleito. Além das emendas Pix, os recursos do esquema considerado
inconstitucional pelo STF foram parar nas emendas individuais e em verbas dos ministérios.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Aliados tentam convencer Bolsonaro a passar


faixa a Lula

Amigos têm procurado demonstrar a Bolsonaro que, no atual cenário de radicalização do País, a obrigação
do titular do cargo pode soar como um "ato de grandeza" (Crédito: Agência Brasil/ Arquivos)

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Estadão Conteúdo

25/12/22 - 07h35 - Atualizado em 25/12/22 - 08h48

Aliados próximos do presidente Jair Bolsonaro tentam convencê-lo a passar a faixa para o presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O Estadão apurou que amigos têm procurado demonstrar a Bolsonaro
que, no atual cenário de radicalização do País, a obrigação do titular do cargo pode soar como um “ato de
grandeza” de sua parte, ajudando a aglutinar a oposição em torno de Lula.

Esse movimento foi feito, por exemplo, pelo governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas, que
esteve com Bolsonaro na semana passada, e pelo ministro do Tribunal de Contas da União Jorge Oliveira,
que chegou à Corte por indicação de Bolsonaro. O presidente nada diz a respeito, segundo interlocutores.

O cerimonial que organiza a posse de Lula não tem expectativa de que Bolsonaro passe a faixa
presidencial. Como mostrou o Estadão, a futura primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, e o PT
organizam um ato no qual representantes do povo passarão a faixa a Lula.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Congresso aprova PEC com duração de 1 ano e


ampliação do teto em R$ 145 bi

Proposta é a principal aposta do governo eleito para bancar as promessas de campanha de Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). (Crédito: Pablo Valadares / Agência Câmara)

Estadão Conteúdo 21/12/22 - 22h29 - Atualizado em 22/12/22 - 08h39

O Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira, 20, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da
Transição, principal aposta do governo eleito para bancar as promessas de campanha de Luiz Inácio Lula
da Silva (PT). No Senado, foram 63 votos favoráveis e 11 contrários nos dois turnos de votação. A
proposta deve ser promulgada ainda nesta quarta.

A PEC retornou ao Senado por causa das mudanças feitas na Câmara, que durante a tarde completou a
votação da proposta em segundo turno, por 331 votos a 163. A Câmara enxugou a validade da PEC para

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um ano, depois de Lula aceitar um acordo com líderes do Centrão para desidratar a proposta em troca de
apoio.

A costura incluiu ainda o rateio das verbas do orçamento secreto, derrubado na segunda-feira pelo
Supremo Tribunal Federal (STF). Outra mudança foi a manutenção dentro do teto de gastos de recursos de
operações de crédito internacional – que o texto aprovado no Senado excluía da regra fiscal.

A proposta aumenta o teto de gastos em R$ 145 bilhões para bancar um Auxílio Brasil de R$ 600 e libera
da regra fiscal R$ 23 bilhões para investimentos já a partir deste ano, além de permitir outras exceções ao
teto. A PEC deve ser aprovada em segundo turno ainda nesta quarta-feira, 21, e promulgada até o dia
seguinte, mesma data prevista para a votação do Orçamento de 2023.

Com o aumento das emendas, cada deputado terá uma verba extra de R$ 12 milhões para indicar no
Orçamento. Cada senador, por sua vez, terá R$ 39 milhões mais. Outra parte dos recursos do orçamento
secreto, de R$ 9,85 bilhões, vai ser transferida para despesas dos ministérios do governo, que poderá
negociar a destinação dos recursos com os parlamentares. De olho na mudança, o Centrão quer assumir
cargos no governo para controlar os recursos.

A destinação dos recursos que ficarão sob controle dos ministérios será feita conforme os pedidos da
equipe de lula e também de líderes do Congresso. “Vai voltar ao que era anteriormente, como sempre os
governos conviveram e assim vai conviver daqui para frente”, disse o relator-geral do Orçamento, senador
Marcelo Castro (MDB-PI), aliado de Lula, ao avaliar a mudança. “Tentamos e fizemos o possível para
adaptar o Orçamento para o novo governo e acho que tivemos um bom resultado.”

STF considera orçamento secreto


inconstitucional
Por 6 votos a 5, Supremo entendeu que emendas de relator são ilegais

Publicado em 19/12/2022 - 13:25 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Por 6 votos a 5, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucionais as emendas de relator do
Orçamento, as chamadas RP9, mais conhecidas por orçamento secreto. A corte finalizou hoje (19) o
julgamento de ações dos partidos Cidadania, PSB, PSOL e PV, que entendem que as emendas RP9 são
ilegais e não estão previstas na Constituição.

Até o último dia 15, quando o julgamento foi suspenso, o placar era de 5 votos a 4 contra o orçamento
secreto. A presidente do STF e relatora das ações, ministra Rosa Weber, votou pela inconstitucionalidade
das emendas RP9  e foi seguida pelos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen
Lúcia. Ela considerou que o modelo prejudica a distribuição de recursos, o direito dos parlamentares de
participar do ajuste do Orçamento e a sociedade, por dificultar a obtenção de informações sobre a
aplicação do dinheiro.

Já os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Nunes Marques votaram pela possibilidade da adoção
das emendas, mas com a aplicação de formas proporcionais de distribuição e de fiscalização. E o ministro
André Mendonça votou para manter as emendas de relator ao entender que a decisão política sobre o
destino dos recursos orçamentários cabe ao Legislativo.
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Após a suspensão do julgamento, o Congresso Nacional aprovou uma resolução que muda as regras dos
recursos distribuídos pelas emendas de relator para tornar esses repasses mais transparentes à sociedade.

Nesta segunda-feira (19), ao proferir seu voto, o ministro Ricardo Lewandowski disse que a medida
apresentou avanços para “mitigar a enorme discricionariedade que o relator tem na distribuição dos
recursos orçamentários”. Entretanto, para ele, as mudanças ainda não estão de acordo com os parâmetros
constitucionais de transparência. Já o ministro Gilmar Mendes, último a votar, julgou as ações
parcialmente procedentes e avaliou que, apesar da necessidade de se garantir mais transparência, não é
possível simplesmente declarar inconstitucional a possibilidade de emendas de relator previrem despesas,
restringindo-a a ajustes técnicos.

O apelido de orçamento secreto surgiu da ausência de identificação dos deputados e senadores que
indicaram a aplicação de tais recursos. Assim, segundo críticos das RP9, as emendas são usadas pelo
Executivo federal para cooptar deputados e senadores a votarem matérias de seu interesse em troca de
alocações diretas para órgãos públicos. Os recursos previstos para 2023 estão em torno de R$ 19 bilhões.

Edição: Nádia Franco

Com aumento, salário de parlamentares fica 15


vezes maior que o da média dos brasileiros
Proporção no Brasil passa a liderar ranking mundial após aumento salarial aprovado pelo Congresso
Nacional

Beatriz AraújoMarina ToledoVital Netoda CNN em São Paulo - 22/12/2022 às 07:27

Um levantamento realizado pela CNN mostra que o salário dos deputados e senadores brasileiros será
15,2 vezes maior do que a renda média dos cidadãos do país, a partir de abril, quando entra em vigor a
nova remuneração, aprovada pelo congresso na última terça (20).

O projeto de decreto legislativo concedeu reajuste a deputados federais, senadores, presidente, vice-
presidente e ministros de Estado. Os aumentos serão realizados em etapas até 2026.

Os salários dos parlamentares passam dos atuais R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil em janeiro de 2023, R$
41,6 mil em abril de 2023, R$ 42,9 mil em 2024, R$ 44,5 mil em 2025 e R$ 46,3 mil em 2026 (um
reajuste total de 37,4% nesse período).

Já o salário médio da população brasileira é de R$ 2.737, segundo dados do Ipea, baseados na Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua), do IBGE.

Para efeito de comparação, a CNN analisou as diferenças entre os salários de parlamentares e salários
médios dos cidadãos dos países com maior renda per capita média da América do Sul, da América do
Norte e da Europa.

A renda média dos cidadãos dos Estados Unidos foi obtida a partir do Censo norte-americano e dos
demais países foram extraídas da última análise anual do Banco Mundial.

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Os salários dos parlamentares do Brasil é 15 vezes (1400%) maior do que a renda média dos cidadãos
brasileiros, maior diferença entre os países analisados.

Na outra ponta está a Noruega, onde um parlamentar ganha 30% a mais do que a remuneração média dos
cidadãos noruegueses.

Veja abaixo o ranking comparativo elaborado pela reportagem:

Salário mínimo de R$ 1320 e Bolsa Família de R$


600; veja como ficou o orçamento de 2023 com a
aprovação da PEC da transição
Por Matheus Caselato - 22/12/2022 - 16:18

O Orçamento aprovado tem o respaldo do futuro governo liderado por Lula (Imagem: Roque de
Sá/Agência Senado)

Após a aprovação e promulgação da PEC da Transição, o Congresso Nacional aprovou, nesta quinta-
feira (22), o Orçamento da União 2023.

Entre os pontos estão o valor de R$ 600 para o Bolsa Família com acréscimo de R$ 150 por criança de até
seis anos e o salário mínimo de R$ 1320. As duas são mudanças à proposta de orçamento encaminhada
pelo governo Bolsonaro ao congresso.
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No documento encaminhado aos parlamentares pela equipe de Paulo Guedes, a previsão era de pagamento
de R$ 405 para o Auxílio Brasil, sem acréscimo por filho, e de salário mínimo de R$ 1302.

Com a aprovação da PEC, foram liberados R$ 145 bilhões para despesas dos ministérios além de mais
recursos para investimentos.

Veja outros pontos aprovados no Orçamento:

 Reserva de R$ 11 bilhões adicionais para conceder reajuste de 9% a servidores do Poder


Executivo em 2023, equiparando-os aos funcionários do Poder Judiciário. A proposta do governo
Bolsonaro era de um aumento de 4,85% para servidores do Executivo.
 Prevê a destinação de ao menos R$ 22,7 bilhões a mais para o Ministério da Saúde, valor
reivindicado pelo grupo técnico da transição do governo eleito para recompor os recursos de
programas da pasta, como o Farmácia Popular.
 Contempla R$ 1,5 bilhão a mais para o auxílio gás. A proposta orçamentária enviada pelo
presidente Jair Bolsonaro previa R$ 2,2 bilhões para o custeio do benefício e, com isso, o auxílio
gás voltaria a ser de 50% a partir de janeiro de 2023.
 Prevê a destinação adicional de, pelo menos, R$ 11,2 bilhões para a Educação em 2023, sendo
R$ 1,5 bilhão para as instituições federais de ensino superior; R$ 100 milhões para apoio ao
transporte escolar na educação básica e R$ 1,5 bilhão para merenda escolar.
 Também traz cerca de R$ 2,15 bilhões a mais para concessão de Bolsas de Estudo no Ensino
Superior, além de recursos para a emissão de passaportes pela Polícia Federal.
 Contempla, também, recursos adicionais para o Atendimento às Mulheres em Situação de
Violência, para Regularização, Demarcação e Fiscalização de Terras Indígenas, e para
o Apoio a Iniciativas de Valorização da Diversidade, de Promoção dos Direitos Humanos e de
Inclusão, entre outros.
 Eleva para, ao menos, R$ 70,4 bilhões a previsão de investimentos do Executivo em 2023. A
proposta inicial do governo era de R$ 22,4 bilhões. O acréscimo foi de R$ 49,3 bilhões.
 O valor de emendas parlamentares é de R$ 38,8 bilhões, com alta frente ao patamar aprovado
no orçamento de 2022, de R$ 35,7 bilhões para emendas.

Grandes números
 A receita total estimada nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social é de R$ 5,2 trilhões.
 O valor total da despesa é de R$ 5,2 trilhões, dos quais R$ 2,01 trilhões referem-se ao
refinanciamento da dívida pública. Após separar os valores para a dívida, restam R$ 3,19 trilhões
para os orçamentos fiscal e da seguridade social.
 O valor para as despesas sujeitas ao teto de gastos, já ampliado pela PEC da Transição, passou de
R$ 1,8 trilhão para R$ 1,95 trilhão.
 O limite para despesas do Executivo é de R$ 1,86 trilhão, do Legislativo é de R$ 15,6 bilhões e do
Judiciário é de R$ 53,5 bilhões, além de outros R$ 8,2 bilhões para o Ministério Público da União
e de R$ 677 milhões para a Defensoria Pública.

Ampliação do teto de gastos e divisão do ‘orçamento


secreto’; entenda a PEC da transição aprovada
Por Matheus Caselato

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22/12/2022 - 16:41

PEC manteve as chamadas emendas do relator, ou orçamento


secreto, no texto, mas em formato diferente (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Depois de muita discussão, e mudanças, foi promulgada a chamada PEC da transição, que eleva o teto
de gastos para que o próximo governo possa manter a parcela de R$ 600 do Bolsa Família e financiar
outros programas sociais.

Aprovado em dois turnos, na Câmara dos Deputados e no Senado, com apoio de, no mínimo, 308
deputados e 49 senadores, o texto promulgado amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões por um ano para
o governo manter o pagamento do Bolsa Família em R$ 600 e permitir o adicional de R$ 150 por família
com criança de até 6 anos.

A PEC também abre espaço fiscal para o governo recompor o Orçamento de programas sociais, como o
Farmácia Popular, e conceder reajuste real — acima da inflação — ao salário mínimo.

Conforme a proposta promulgada, metade dos R$ 19,4 bilhões previstos para as emendas de relator em
2023, que ficaram popularmente conhecidas como “orçamento secreto”, serão remanejados para emendas
individuais dos parlamentares.

As emendas individuais dos parlamentares são impositivas, ou seja, os projetos para onde forem
destinadas precisarão ser obrigatoriamente executados.

Essa divisão foi viabilizada no texto com o aumento do percentual da receita corrente líquida vinculada às
emendas individuais.

Atualmente, esse limite é de 1,2%. O projeto aumenta para 2%. Deste percentual, 1,55% caberá às
emendas de deputados e 0,55% caberá aos senadores.

Outros R$ 9,85 bilhões serão destinados ao orçamento do governo, a quem caberá definir as áreas que
receberão a verba.

A PEC da transição estabelece:

 prazo até o fim de agosto para o governo Lula enviar ao Congresso um novo regime fiscal em substituição
ao teto de gastos. A mudança poderá ser sugerida via projeto de lei complementar, que exige quórum
menor do que uma PEC para aprovação;
 permissão do uso de até R$ 23 bilhões em investimentos já neste ano fora do teto de gastos. Os recursos
virão do excesso de receita, se a União arrecadar mais dinheiro de um imposto do que previa;
 autorização para o novo governo usar o dinheiro esquecido por trabalhadores nas cotas do PIS/Pasep sem
que essa despesa seja contabilizada no teto de gastos. De acordo com a Caixa Econômica, R$ 24 bilhões
em cotas do PIS/Pasep estão disponíveis para mais de 10 milhões de pessoas. Esse dinheiro poderia ser
usado pelo governo para investimentos, conforme a PEC.
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Com 37 ministérios, Esplanada do governo Lula


terá recriações e pastas inéditas
Composição vai tomando forma, ainda em meio a especulações,
disputas, discussões sobre tamanho da máquina e
representatividade de gênero e raça
21/12/2022 - 22h00minAtualizada em 22/12/2022 - 00h44min

Carlos Rollsing

Lula retomará um desenho


administrativo semelhante ao que tinha quando deixou o Palácio do Planalto, em 2010Fabio Rodrigues
Pozzebom / Agência Brasil/ Divulgação

O organograma ainda está por ser revelado formalmente, mas o futuro chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT-
BA), confirmou que a Esplanada dos Ministérios do terceiro governo do presidente eleito Luiz Inácio
Lula da Silva (PT) terá 37 pastas de primeiro escalão. 

Isso irá representar um aumento de 15 estruturas em relação ao início do governo Jair Bolsonaro (PL),
que largou com 22 ministérios e está encerrando o mandato com 23. 

Lula retomará um desenho administrativo semelhante ao que tinha quando deixou o Palácio do Planalto,
em 2010. O Ministério da Economia será desmembrado entre Fazenda, Planejamento e Indústria e
Comércio. Ainda é possível que desse guarda-chuva seja criada uma pasta de Gestão. 

O atual Ministério da Infraestrutura será fatiado entre Transporte e Portos e Aeroportos. O mesmo
ocorrerá com o Desenvolvimento Regional, repartido entre Cidades e Integração Nacional. Haverá, ainda,
a criação de pastas inéditas, a exemplo dos Povos Originários, e o resgate de outras que haviam sido
absorvidas, caso da Pesca. São promessas de campanha de Lula.

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Para Alketa Peci, professora de Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-
EBAPE), o debate sobre o número de ministérios é “mais sofisticado” do que a discussão do “mais ou
menos”. 

— Acima de tudo, é uma comunicação estratégica sobre prioridades. Quando você diz que terá os
ministérios das Cidades e dos Povos Originários, você comunica que deseja melhorar as políticas públicas
para essas áreas. O atual Ministério da Economia trouxe para o seu guarda-chuva outras áreas, mas não
houve redução de cargos. As estruturas burocráticas de carreira são as mesmas, realocadas de uma
estrutura para outra — afirma Alketa. 

Ela avalia que, neste contexto, a dúvida paira sobre os cargos em comissão (CCs). São os postos de livre
nomeação e que, por vezes, funcionam como moeda de troca em acordos políticos no presidencialismo de
coalizão. Rui Costa afirmou que a nova composição da Esplanada não implicará em aumento de gastos e
que os cargos serão reformulados para atender aos planos de Lula. 

A professora da FGV avalia ser possível fazer a remodelação sem aumento de despesa, mas entende que é
necessário acompanhar o desdobramento na prática. Ainda que haja uma elevação pontual de custos com
os CCs, ela aponta aspectos positivos.

— Estávamos sem gestão pública. Observamos nesses quatro anos (de governo Bolsonaro) um
desmantelamento muito grande. Durante o governo Lula, essas simbologias (dos ministérios) precisam se
mostrar capazes de elaborar políticas públicas de fôlego — avalia Alketa.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que será ferrenho oposicionista, é crítico do
organograma que vai tomando forma. 

— É incoerente. Estão pedindo dinheiro para furar o teto para pagar o Bolsa Família porque não têm
dinheiro, mas aumentam do outro lado os ministérios para 37. É a volta à Esplanada de uma divisão muito
fortemente baseada em acordos políticos, com pessoas que não têm capacidade técnica para serem
ministras. Isso vale também para as estatais. Remete a um passado recente horroroso, com estatais sendo
pilhadas por partidos — diz van Hattem. 

Para Alketa, especialista em gestão pública, o objeto de crítica do desenho parcial da Esplanada dos
Ministérios é a tímida presença feminina. Somente a cantora Margareth Menezes foi confirmada até agora
na Cultura, entre ampla maioria de homens, contrariando promessa de campanha de Lula de maior
equidade de gênero e raça.

— O governo eleito tem deixado completamente de lado a representação feminina. Isso indica que ainda
não há sensibilidade sobre a pauta. É uma crítica explícita com a indicação dos primeiros ministros — diz
a professora, salientando pesquisas que apontam a qualificação de instâncias burocráticas de poder com a
presença feminina. 

Nem todos os 37 ministérios tornaram-se de conhecimento público. Confira a seguir a situação de 33


pastas, desde as seis que já tiveram os seus titulares anunciados e as demais, para as quais ainda há
disputa.      

Confirmados 

 Fazenda — O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) está
confirmado para o posto.

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 Casa Civil — Governador da Bahia em final de segundo mandato, Rui Costa (PT) está confirmado
para chefiar a Casa Civil, com a tarefa de fazer a articulação interna e destravar as políticas do
governo. 
 Defesa — José Múcio Monteiro está confirmado para o cargo, considerado chave pela necessidade
de azeitar as relações entre o governo e os militares.
 Justiça — O ex-governador e senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) está confirmado para a
função. 
 Relações Exteriores — Mauro Vieira, diplomata de carreira, está confirmado para o cargo. 
 Cultura — A cantora baiana Margareth Menezes está confirmada para o cargo.

Em disputa

Agricultura — São mencionados o deputado federal Neri Geller (PP-MT), a senadora Kátia Abreu (PP-
TO) e o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Simone Tebet (MDB-MS) tem preferência pelo
Desenvolvimento Social, mas seu nome também está entre os cotados para a Agricultura.

Desenvolvimento Agrário (pode ser recriado com outra nomenclatura) — Embora seja um cenário
difícil, um dos nomes em pauta é o do deputado estadual Edegar Pretto (PT-RS). O MST sugeriu o
deputado federal Valmir Assunção (PT-BA). Opção também é Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da
Caixa Econômica Federal. Ela atuou no ministério, inclusive tendo assumido o cargo interinamente, no
governo de Dilma Rousseff. 

Cidades — A pasta, com orçamento para obras de habitação e saneamento, é desejada pelo ex-governador
de São Paulo Márcio França (PSB). Já esteve cotado o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-
SP). Ambos são nomes fortes na composição política que elegeu Lula e participam do grupo de transição
focado no tema. O Ministério das Cidades também é cobiçado pelo centrão. É cogitado que o controle da
pasta fique com MDB, PSD ou UB.

Ciência e Tecnologia — O PC do B está reivindicando a pasta, mas não se sabe se o partido terá força
para ter o pleito atendido. O nome cotado é o de Luciana Santos, presidente nacional do PC do B e vice-
governadora de Pernambuco em final de mandato. O nome de Márcio França (PSB), ex-governador de
São Paulo, também é cogitado. Seria uma opção para França caso ele não alcance o comando do
Ministério das Cidades.

Comunicações — No momento, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é considerado um dos nomes


possíveis para assumir a pasta. Também estão no páreo o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) e
Edinho Silva (PT), prefeito de Araraquara (SP).

Secretaria de Comunicação Social (Secom) — Pasta poderá ter o status de ministério e um dos favoritos
para assumir a função é o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Caberia a ele cuidar da relação com a
imprensa, mídias digitais e publicidade institucional. Pimenta é jornalista e foi dos primeiros políticos da
esquerda a construir relevância em engajamento nas redes sociais. 

Direitos Humanos — O jurista e escritor Silvio Almeida é mencionado como um dos favoritos para o
posto. O nome da deputada federal e ex-ministra Maria do Rosário (PT-RS) também é cotado. Ambos são
integrantes do grupo temático de direitos humanos do governo de transição. 

Desenvolvimento Social (Cidadania) — Estão cotadas a senadora Simone Tebet (MDB) e a ex-ministra
Tereza Campello (PT). Tebet tem a intenção de assumir a pasta, mas há resistência em setores do PT em
dar uma das vitrines do governo para a emedebista.

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Educação — Será comandada pelo ex-governador e senador eleito Camilo Santana (PT-CE). Falta apenas
o anúncio oficial.   

Esportes — Mulheres são cotadas para assumir. Estão na corrida a ex-jogadora de vôlei Ana Moser, a
senadora e também ex-jogadora de vôlei Leila Barros (PDT-DF) e a ex-jogadora de basquete Marta.

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior — É cotado para o cargo Josué Gomes, presidente da
Fiesp e filho de José de Alencar, vice-presidente de Lula em 2002.

Integração Nacional — A pasta é alvo do interesse do MDB. Há chances de um nome do partido ser
indicado, principalmente pelas mãos do senador Renan Calheiros (AL) e do governador reeleito Helder
Barbalho (PA). 

Transportes — O senador Alexandre Silveira (PSD-MG) é nome cotado. Ele foi elogiado por Lula em
recente reunião entre o presidente eleito e senadores do PSD.

Portos e Aeroportos — É mencionada como uma opção para Márcio França (PSB-SP), ex-governador de
São Paulo e próximo do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, para o caso de não se viabilizarem as
idas ao Ministério das Cidades ou da Ciência e Tecnologia. 

Meio Ambiente — Cargo em disputa. São cotadas a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) e a
ex-ministra Izabella Teixeira. Corre por fora o ex-governador e ex-senador Jorge Viana (PT-AC).

Minas e Energia — A tendência é de que a pasta fique com o centrão. Até o momento, surgiram nas
conversas de bastidores as hipóteses de o ministro ser do UB ou do MDB. Um dos nomes cogitados, com
apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é o do deputado federal Elmar Nascimento (UB-
BA), mas há resistências técnicas e políticas à indicação.

Planejamento — As possibilidades aventadas são as dos senadores eleitos Wellington Dias (PT-PI) e
Renan Filho (MDB-AL). A ex-ministra, presidente do PT e deputada federal Gleisi Hoffmann chegou a
ser lembrada, mas a tendência é de que siga no comando partidário. 

Povos Originários — É considerada favorita para o cargo a deputada federal eleita e liderança indígena
Sônia Guajajara (PSOL). Também é cotada Célia Xakriabá, expoente indígena eleita deputada federal em
Minas Gerais pelo PSOL.

Relações Institucionais — Está entre os cotados para assumir a articulação política do governo o
deputado federal Alexandre Padilha (PT–SP). Ele já liderou a Secretaria de Relações Institucionais no
segundo mandato de Lula e, depois, foi ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff.

Trabalho — É considerada certa a nomeação do ex-ministro e ex-prefeito de São Bernardo do Campo


(SP) Luiz Marinho (PT). É uma indicação próxima de ser confirmada.

Previdência — O SD demonstra interesse em assumir o ministério. São cogitados para a tarefa os


deputados federais Paulinho da Força (SP) e Marília Arraes (PE). Ambos saíram derrotados das eleições e
ficarão sem mandato a partir de 2023.

Saúde — Nome forte na corrida é o da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade. Ela é cientista social e
socióloga. Também é mencionada a cardiologista e professora Ludhmila Hajjar, que recusou convite do
governo de Jair Bolsonaro para assumir o Ministério da Saúde em substituição a Eduardo Pazzuelo. Ela
integra a coordenação do grupo de transição de Lula na área da saúde. A pasta, de grande orçamento,
também é cobiçada por líderes do centrão. 
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Secretaria-Geral da República — É um cargo de atuação próxima do presidente no cotidiano. Por isso, a


pasta é disputada por petistas próximos de Lula. Estão no páreo o advogado Marco Aurélio de Carvalho,
do Grupo Prerrogativas, o deputado estadual Emídio de Souza (PT-SP), o deputado federal Paulo Teixeira
(PT-SP) e o dirigente partidário Márcio Macêdo.

Turismo — O PSD pretende indicar o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) para o cargo, mas há
resistências ao nome dele no entorno de Lula. Outra possibilidade aventada é a deputada federal Marília
Arraes (SD-PE), que perdeu a disputa para o governo de Pernambuco. 

Mulher — Um dos nomes mencionados é o de Luciana Santos, presidente nacional do PC do B e vice-


governadora de Pernambuco. Seria uma opção caso o pleito da sigla de comandar a pasta de Ciência e
Tecnologia não prospere.

Igualdade Racial — Irmã de Marielle, a ativista Anielle Franco deve ser anunciada para liderar a pasta.
Não está descartado o nome do advogado e escritor Silvio Almeida, também cotado para a pasta dos
Direitos Humanos. Outro candidato é o sociólogo Martvs das Chagas, secretário de Planejamento de Juiz
de Fora e integrante do grupo temático da igualdade racial na transição de governo. 

Pesca — Lula afirma desde a campanha que irá recriar a pasta, o que foi confirmado recentemente pelo
futuro chefe da Casa Civil, Rui Costa. O futuro ministro ainda é uma incógnita. 

Número de ministros de cada presidente no pós-redemocratização*

 José Sarney — 27
 Fernando Collor — 12
 Itamar Franco — 28
 Fernando Henrique 1 — 29
 Fernando Henrique 2 — 26
 Lula 1 — 35
 Lula 2 — 37
 Dilma Rousseff 1 — 37
 Dilma Rousseff 2 — 39
 Michel Temer — 23
 Jair Bolsonaro — 22

*Em início de mandato

Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2022/12/com-37-ministerios-esplanada-do-
governo-lula-tera-recriacoes-e-pastas-ineditas-clbyalej9001q0181akpxe0ep.html

Lula anuncia Nísia Trindade na Saúde, Camilo


Santana na Educação e mais 14 ministros
Vice, Alckmin vai ser também ministro de Indústria e Comércio; anúncio de próximos ministros será na
segunda ou terça-feira

 Juliana Castro
 Nivaldo Souza

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22/12/2022 12:00 Atualizado em 22/12/2022 às 19:08

O presidente eleito, Luiz


Inácio Lula da Silva, anuncia novos ministros que comporão o governo. Crédito: Marcelo Camargo /
Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira (22/12) nomes de mais 16 futuros
ministros, incluindo seu vice, Geraldo Alckmin, que ficará no comando da Pasta de Indústria e Comércio.
Até agora, Lula confirmou os nomes de 21 futuros ministros.

Os anunciados hoje foram: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Marcio Macedo (Secretaria-Geral
da Presidência),  Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Nísia Trindade (Saúde),  Camilo Santana
(Educação), Esther Dweck (Gestão), Márcio França (Portos e Aeroportos), Luciana Santos (Ciência e
Tecnologia), Cida Gonçalves (Mulher), Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Margareth Menezes
(Cultura), Luiz Marinho (Trabalho), Anielle Franco (Igualdade Racial), Silvio Almeida (Direitos
Humanos), Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) e Vinícius de Carvalho (Controladoria-Geral da
União).

Ficou faltando ainda o anúncio de 16 ministros – serão 37 ministros no total. Lula disse que, na próxima
segunda (26/12) ou terça-feira (27/12), deve apresentar o restante dos nomes da Esplanada.

Falando para a equipe que participou da transição, Lula disse: “Quem tem expectativa, não perca a
expectativa, porque tudo pode acontecer nos próximos dias. Vamos ter novidades, novidades do bem”.

Os primeiros nomes de futuros ministros anunciados em 9 de dezembro:  Fernando Haddad (Fazenda),


Rui Costa (Casa Civil), Flávio Dino (Justiça), José Múcio Monteiro(Defesa) e Mauro Vieira (Relações
Exteriores).

 +JOTA: Quem é Nísia Trindade, indicada de Lula para o Ministério da Saúde?

Lula agradeceu aos presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-
MG), aos presidentes dos partidos e aos parlamentares a aprovação da PEC da Transição, promulgada
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nesta quarta-feira (21/12).  A proposta amplia o teto de gastos em R$ 145 bilhões em 2023 e exclui do teto
R$ 23 bilhões em investimentos, com prazo de um ano.

O presidente eleito lembrou que muitos partidos que não o apoiam votaram em favor da PEC, numa
demonstração de compromisso com o povo mais pobre. Disse ainda que foi a primeira vez que um
presidente eleito começou a governar antes de entrar. E teceu críticas ao presidente Jair Bolsonaro: “O
presidente preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse país”.

Relatório final da transição

O presidente eleito Lula recebeu o relatório final do Gabinete de Transição com 100 páginas, apontando
um mapeamento de áreas do governo Bolsonaro. “Não pretendo fazer pirotecnia com esse material. Não
pretendo fazer um show, um escândalo”, disse.

Segundo ele, o documento é “para a população saber das coisas que não foram feitas” na gestão
Bolsonaro. “Vamos entregar esse relatório para cada deputado e senador que sair e entrar. É importante
que eles comecem a trabalhar sabendo o Brasil que vão pegar”, afirmou.

Juliana Castro – Editora-assistente no Rio de Janeiro. Responsável pela edição de reportagens publicadas


no JOTA Info. Foi repórter no jornal O Globo e nas revistas Época e Veja. Email: juliana.castro@jota.info
Nivaldo Souza – Repórter de Economia Digital no JOTA. Jornalista formado pela Faculdade Cásper
Líbero, tem mais de 15 anos de experiência cobrindo economia e política em agências de notícias, jornais,
sites, revistas, rádio e televisão

Metade das cidades brasileiras tem incidência


alta de covid-19

Covid: Brasil, como outras partes do mundo, apresenta elevação do número de casos (Crédito: Rovena
Rosa Agência Brasil)

Estadão Conteúdo

23/12/22 - 20h53 - Atualizado em 24/12/22 - 09h08

Quase metade dos municípios brasileiros registrou, na semana passada, alta incidência de covid-19,
segundo análise divulgada nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em
dados do Ministério da Saúde. De acordo com o instituto, 2.552 cidades (de um total de 5.297 que
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enviaram os dados) tiveram mais de 100 casos da doença por 100 mil habitantes, o que caracteriza a alta
incidência. “Nesses municípios, vivem 47% da população brasileira, e seus moradores estão expostos a
elevados níveis de transmissão viral”, destacou o Todos pela Saúde.

Outro levantamento, este feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado na quinta-feira, 22,
mostrou que há tendência de aumento de hospitalizações por covid-19 no País. De acordo com
especialistas, as duas análises acendem o alerta para aumento da transmissão durante as festas de fim de
ano e possível sobrecarga dos serviços de saúde em janeiro.

A análise do ITpS mostra que 21 das 27 unidades da federação apresentam alta incidência – somente São
Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí estão fora desse grupo. As maiores taxas
foram registradas no Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal, todos com registros superiores
a 300 casos por 100 mil habitantes na última semana.

O instituto também analisa dados de redes de laboratórios, que mostram que as taxas de positividades dos
exames seguem altas – acima de 30% desde o início de novembro. Para o imunologista Jorge Kalil,
diretor-presidente do ITpS, as pessoas devem manter cuidados durantes as celebrações de fim de ano,
embora o cenário epidemiológico atual seja menos ameaçador do que o dos dois primeiros anos da
pandemia.

“A situação não é tão confortável assim. A doença está presente e o vírus continua circulando. A grande
preocupação é com as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal com as quatro doses. Elas
devem buscar a vacina o mais rápido possível. São essas pessoas que estão ficando mais graves quando
infectadas”, afirma o especialista.

Ele relembra que, no ano passado, as festas de fim de ano foram disseminadoras da variante Ômicron no
País, causando milhões de novos casos. “Como temos mais pessoas vacinadas e com doses de reforço,
uma nova onda pode não ser tão avassaladora, mas a covid-19 ainda pode matar”, afirma.

A análise do instituto mostra ainda que a sublinhagem BQ.1 da variante Ômicron já é predominante do
País. A alta transmissão viral favorece o surgimento de novas mutações e variantes que podem ter maior
escape à vacina, dizem os especialistas.

Internações

O levantamento da Fiocruz, que monitora semanalmente as internações por Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SRAG), mostra crescimento das hospitalizações na tendência de longo prazo (últimas seis
semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). De acordo com os pesquisadores, “a
desaceleração na curva nacional pode ser atribuída à queda recente nos casos de SRAG nos estados do Rio
de Janeiro e São Paulo”.

Congresso ‘perdoa’ contas de Dilma e blinda


Bolsonaro de ficar inelegível

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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou as contas de 2014 e 2015 da ex-
presidente Dilma Rousseff (Crédito: André Dusek/Estadão)

Estadão Conteúdo -22/12/22 - 21h37 - Atualizado em 23/12/22 - 09h21

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou as contas de 2014 e 2015 da ex-
presidente Dilma Rousseff, após o Tribunal de Contas da União (TCU) se posicionar pela rejeição com
argumentos que embasaram o processo de impeachment da petista.

Os parlamentares também aprovaram os gastos de 2020 e 2021 do presidente Jair Bolsonaro, dando uma
salvaguarda para os repasses relacionados ao orçamento secreto, esquema de troca de apoio político no
Parlamento pelo pagamento de emendas de relator revelado pelo Estadão. No início da semana, o
Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade do mecanismo. Assim, a decisão pode blindar
o atual presidente de processos na Justiça após deixar o cargo e afasta o risco de Bolsonaro ficar inelegível
por oito anos em função das contas de governo.

A aprovação ocorreu nesta quinta-feira, 22, último dia de funcionamento do Congresso antes do recesso
legislativo. Os processos estavam engavetados pela comissão e ainda não haviam sido analisados. O
presidente da CMO, deputado Celso Sabino (União-PA), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-
AL), havia prometido colocar todas as contas pendentes em votação.

A Constituição determina ao Congresso o julgamento das contas presidenciais após análise do Tribunal de
Contas da União (TCU). O Legislativo, no entanto, não cumpre a determinação há 20 anos. Depois da
comissão, as contas ainda precisam passar pelo plenário do Congresso, o que ainda não ocorreu.

As contas de Dilma foram relatadas pelo deputado Enio Verri (PT-PR), aliado do presidente eleito Luiz
Inácio Lula da Silva. O parecer pela aprovação foi feito com ressalvas, quando os parlamentares apontam
inconsistências e falhas na execução do Orçamento. O TCU, no entanto, havia orientado pela rejeição das
contas.

“Para mim, como militante do Partido dos Trabalhadores, que entendo que o impeachment da presidenta
Dilma foi fruto de um golpe, porque ela foi absolvida depois, aprovar as suas contas e ter tido a honra de
ser o relator foi muito importante”, afirmou Verri.

Apenas o deputado Marcel van Hattem (Novo-SP) votou contra. “Se está passando um sabão na história
do Brasil, de uma forma completamente triste e lamentável, tentando lavar o currículo de Dilma Rousseff,
que foi ‘impichada’ por crime de responsabilidade em virtude das contas do seu Governo, em virtude das
pedaladas fiscais”, disse o deputado.

As contas do presidente Bolsonaro de 2020 e 2021 também foram aprovadas. Nesses dois anos, o governo
liberou R$ 36,5 bilhões em emendas do orçamento secreto. O Tribunal de Contas da União (TCU) havia
votado pela aprovação com ressalvas, mas apontou que o mecanismo era inconstitucional.
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Investigações

O orçamento secreto foi declarado inconstitucional pelo Supremo, mas os gastos feitos nos últimos três
anos ainda são investigados por órgãos como Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e o próprio
TCU. O julgamento no Congresso pode blindar Bolsonaro de processos na Justiça sobre a execução do
Orçamento após deixar o cargo e também evita com que ele fique inelegível.

Ter as contas rejeitadas é uma das hipóteses de inelegibilidade. A legislação estabelece que um político é
inelegível e não pode concorrer às eleições por oito anos se tiver as contas rejeitadas, prazo contado a
partir da decisão.

Apenas a deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) votou contra as contas de Bolsonaro. “Como votar
para o orçamento secreto que foi construído e institucionalizado durante o governo Bolsonaro, que tirou
dinheiro do orçamento de combate à violência contra a mulher, que tirou recursos das áreas sociais e do
sistema público de saúde, para financiar essa compra de votos vergonhosa que nós vimos no parlamento
nos últimos 3 anos?”, questionou a parlamentar.

Nome sujo? Veja como consultar seu CPF e pagar


dívidas antes do Natal
Confira se seu CPF está negativado e garanta não só um 2023 com nome limpo mas se você pode fazer as
compras de Natal sem dores de cabeça (Crédito: Receita Federal/Divulgação)

Morgana Ribeiro

19/12/22 - 12h58 - Atualizado em 21/12/22 - 19h12

Com a chegada do fim do ano, os consumidores tradicionalmente focam nas economias para o Natal, além
de planejar gastos comuns do começo do ano, como impostos, gastos escolares, entre outros. Porém, 2022
foi um ano de endividamento histórico: o mês de novembro, por exemplo, fechou com 78,9% das famílias
brasileiras com dívidas, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio.

Para garantir um 2023 com nome limpo, o primeiro passo é checar se o CPF está negativado. Assim,
mesmo as compras de Natal podem ser feitas sem dores de cabeça nesta semana que antecede o 25 de
dezembro. E vale lembrar: é possível ficar com o cadastro sem débitos ainda esta semana.

O Serasa Limpa Nome promove periodicamente campanhas de negociação. Veja o passo a passo de como
ver o seu CPF negativado e possui o nome na lista de proteção ao crédito:

1. Acesse o site da Serasa;


2. Clique em “Consultar CPF grátis”;
3. Cadastre-se, caso ainda não tenha;
4. Se precisar cadastrar, confirme seu e-mail;
5. Entre com seu login e senha;
6. Clique em “Meu CPF” e confira se há pendências.

Outra empresa de cadastro conhecido no país é o SPC Brasil. O passo a passo é similar, necessitando do
número de CPF em mãos, e pode ser feito via navegador (no computador e celular) ou pelo aplicativo.
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1. Acesse o site do SPC Brasil;


2. Clique em “Consulte seu CPF grátis”, e em seguida, em “Quero conferir”;
3. O servidor vai redirecionar a página para “Cadastro Positivo”. Ao abrir, insira o número do CPF
no campo de busca;
4. Se precisar criar uma conta, clique em “Criar Acesso”;
5. Após concluir o login, confira se há dívidas a pagar.

Está com nome sujo? Serasa abre feirão para renegociar

Checou o CPF e está com dívidas? O Feirão Serasa Limpa Nome acontece até esta sexta-feira (23), e é
possível renegociar os débitos e conseguir até 99% de desconto. 

Contas de telefone atrasadas, dívidas com bancos, mensalidade de universidade e até compras em varejo
podem ser negociadas: são 267 empresas na lista. Seguindo o passo a passo dado pelo próprio site ou
aplicativo, o acordo pode ser feito em até 3 minutos.

Para quem precisar quitar valores, há 5 possibilidades de atendimento: 

 Via site http://www.serasalimpanome.com.br ;


 Baixando o App Serasa no Google Play ou App Store;
 Pelo telefone 0800 591 1222 (a ligação é gratuita);
 Pelo WhatsApp: 11 99575–2096;
 Indo presencialmente a uma agência dos Correios. 

O pagamento da dívida negociada pode ser feito via pix ou em dinheiro, no caso do pagamento presencial.
Segundo o Serasa, após o pagamento da dívida, o nome fica limpo em até 5 dias úteis.

Invasão da Ucrânia

Putin diz que Rússia está disposta a negociar


sobre Ucrânia
Por Reuters

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25/12/2022 - 12:28

Putin está disposto a negociar após quase


um ano de guerra entre Rússia e Ucrânia. (Imagem: Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin via REUTERS)

A Rússia está pronta para negociar com todas as partes envolvidas na guerra na Ucrânia, mas Kiev e
seus apoiadores ocidentais têm recusado se envolver em negociações, disse o presidente russo, Vladimir
Putin, em entrevista transmitida neste domingo (25).

A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro desencadeou o conflito mais letal na Europa desde a
Segunda Guerra Mundial e o maior confronto entre Moscou e o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de
Cuba em 1962.

Não há, até agora, um fim à vista para a guerra.

O Kremlin diz que vai lutar até que todos os seus objetivos sejam alcançados, enquanto Kiev afirma que
não vai descansar até que todos os soldados russos sejam expulsos de todo o seu território, incluindo a
Crimeia, que a Rússia anexou em 2014.

“Estamos prontos para negociar com todos os envolvidos sobre soluções aceitáveis, mas isso é com eles –
não somos nós que nos recusamos a negociar, são eles”, disse Putin à televisão estatal Rossiya 1 na
entrevista.

O diretor da CIA, William Burns, declarou em entrevista publicada neste mês que, embora a maioria dos
conflitos termine em negociação, a avaliação da CIA é que a Rússia ainda não levou a sério uma
negociação real para acabar com a guerra.

Um assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que Putin precisa voltar à realidade e
reconhecer que é a Rússia que não quer nenhuma negociação.

“A Rússia atacou sozinha a Ucrânia e está matando cidadãos”, disse Mykhailo Podolyak no Twitter. “A
Rússia não quer negociações, mas tenta evitar responsabilidades.”

Putin afirmou que a Rússia está agindo na “direção certa” na Ucrânia porque o Ocidente, liderado pelos
Estados Unidos, está tentando isolar a Rússia. Washington nega que esteja tramando o colapso da Rússia.

“Acredito que estamos agindo na direção certa, estamos defendendo nossos interesses nacionais, os
interesses de nossos cidadãos, nosso povo. E não temos outra escolha a não ser proteger nossos cidadãos”,
disse Putin.

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Questionado se o conflito geopolítico com o Ocidente estava se aproximando de um nível perigoso, Putin
declarou: “Não acho que seja tão perigoso”.

Ucrânia "nunca se renderá" à Rússia, diz


Zelenski no Congresso dos EUA

Deutsche Welle

22/12/22 - 07h48 - Atualizado em 22/12/22 - 08h55

Em primeira viagem internacional desde o início da guerra, presidente ucraniano afirma que conflito é
ameaça à democracia global em discurso a legisladores americanos.O presidente da Ucrânia, Volodimir
Zelenski, ressaltou nesta quarta-feira (21/12) em discurso diante do Congresso americano que o dinheiro
enviado pelos Estados Unidos a seu país “não é caridade”, mas “um investimento na liberdade” e na
“segurança global”.

Zelenski destacou que a Ucrânia “nunca se renderá” à Rússia e que, “contra todas as probabilidades”, o o
país ainda está de pé, depois de ser recebido com entusiasmo pelos congressistas, que o aplaudiram de pé
em diversos momentos durante seu pronunciamento no Capitólio dos Estados Unidos.

“A Ucrânia está viva e lutando”, sublinhou. “A tirania russa já não tem qualquer controle sobre nós”,
acrescentou o líder ucraniano num discurso em inglês de 20 minutos, que fechou a primeira viagem dele
ao exterior desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro.

“Teste para a democracia”

Zelenski ressaltou que o que está em jogo no conflito é maior do que apenas o destino do seu país,
salientando que a democracia em todo o mundo está sendo testada. “Esta batalha não pode ser ignorada, à
espera que o oceano ou qualquer outra coisa forneça proteção”, frisou, agradecendo aos americanos pelo
apoio e a liderança internacional na ajuda à Ucrânia.

Em referência ao moderno sistema de defesa antiaérea Patriot, que os EUA vão entregar a Kiev, Zelenski
disse esperar que este ajude a “parar o terror russo contra as cidades” ucranianas.
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O discurso do presidente ucraniano diante do Congresso americano acontece enquanto os legisladores dos
EUA trabalham para aprovar um pacote de gastos governamentais de 1,7 trilhão de dólares (R$ 8,8
trilhões), que inclui quase 45 bilhões de dólares (R$ 234 bilhões) em ajuda militar e humanitária para a
Ucrânia.

Isso garantiria que o apoio dos EUA continue no próximo ano e além, após os republicanos assumirem o
controle da Câmara em janeiro.

Os EUA também fornecerão à Ucrânia uma ajuda de segurança adicional de 1,85 bilhão (R$ 9,6 bilhões)
de dólares, que inclui o moderno sistema de defesa antimísseis Patriot.

O líder ucraniano presenteou os legisladores americanos com uma bandeira ucraniana autografada pelas
tropas da linha de frente em Bakhmut, no leste da Ucrânia, onde as tropas ucranianas e russas travam há
meses uma batalha feroz.

Zelenski disse aos membros do Congresso que o próximo ano será um “ponto de virada” no conflito,
“quando a coragem ucraniana e a determinação americana devem garantir o futuro de nossa liberdade
comum — a liberdade das pessoas que defendem seus valores”.

Encontro com Biden na Casa Branca

O discurso perante o Congresso foi a segunda parada da visita a Washington, depois de Zelenski ter sido
recebido na Casa Branca pelo presidente americano, Joe Biden, onde recebeu garantias de apoio
duradouro por parte dos EUA.

“Continuaremos a reforçar a habilidade ucraniana de defender a si mesma, particularmente, na defesa


aérea”, disse Biden ao lado de Zelenski no Salão Oval afirmando que o presidente russo, Vladimir Putin,
estaria “tentando usar o inverno no Hemisfério Norte como arma, mas o povo ucraniano continua a
inspirar o mundo”.

“Digo isso com sinceridade, [o povo ucraniano] não apenas nos inspira, mas também a todo o mundo com
sua coragem e pelo modo como escolheram a resiliência e determinação em prol de seu futuro”

O ucraniano, por sua vez, agradeceu Biden pelo “enorme apoio e liderança através da Europa”. “Acho
muito difícil compreender o que significa quando dizemos que estamos agradecidos, mas vocês devem
sentir isso”, afirmou.

Zelenski presenteou Biden com uma medalha do mérito militar que seria entregue a um capitão ucraniano,
um “herói verdadeiro”, segundo afirmou, que opera sistemas de defesa Himars nas frentes de batalha. “Ele
é muito corajoso, e pediu que eu entregasse [a honraria] ao corajoso presidente”, afirmou.

Mais tarde, os dois líderes realizaram uma conferência de imprensa conjunta, na qual Biden assegurou que
a Ucrânia jamais ficará sozinha e ressaltou que o país “luta por algo muito maior”.

“Não se preocupe, presidente, estaremos com a Ucrânia enquanto a Ucrânia existir”, disse o americano ao
colega. “Juntos, não tenho dúvidas de que manteremos luminosa a chama da liberdade e essa luz
continuará a prevalecer sobre as trevas.”

Lembranças de Churchill

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Parlamentares americanos compararam visita de Zelenski, pouco antes do Natal, com a presença do ex-
premiê britânico Winston Churchill no Capitólio, em dezembro de 1941, dias após o ataque japonês à base
americana de Pearl Harbor, que levou os EUA a entrarem na Segunda Guerra Mundial.

“É particularmente tocante para mim estar presente quando outro líder heroico falar ao Congresso em
tempos de guerra, com a própria democracia ameaçada”, disse a presidente da Câmara dos Representantes
dos EUA, Nancy Pelosi.

md/rk (Lusa, Reuters, AFP, AP, DPA)

Retrospectiva 2022

De Covid Zero à questão de Taiwan: o que


aconteceu com a China em 2022?
Por Olívia Bulla
25/12/2022 - 16:00
Ano de 2022 foi desafiador para a China, em meio a questões internas e externas, que vão desde à política
de Covid Zero até a questão de Taiwan (Reuters)

2022 foi desafiador até mesmo para o gigante emergente. Enquanto em 2021 a China assustou o mundo
com medidas regulatórias em cima das big techs e das incorporadoras; este ano tratou de acalmar os
mercados globais buscando estabilizar a economia. 

Mas essa tarefa não foi nada fácil. Afinal, foram muitos os tropeços provocados na atividade em meio à
série de lockdowns para combater surtos da covid-19. Aliás, a política de Covid Zero foi carro-chefe para
garantir um inédito terceiro mandato ao presidente Xi Jinping.

A confirmação do líder chinês no cargo por um tempo indeterminado em outubro foi o principal evento
político do país em 2022. Já entre os eventos geopolíticos, o destaque ficou com a escalada da tensão com
os Estados Unidos após Nancy Pelosi desembarcar em Taiwan no início de agosto. 

Foi a primeira visita oficial de alguém do alto escalão de Washington à ilha rebelde em 25 anos. Mas o
clima entre a China e as principais potências mundiais já estava hostil desde o início do ano. O boicote
diplomático de alguns países à participação nas Olimpíadas de Inverno, ocorrida em fevereiro em
Pequim, chamou a atenção.

Liderado pelos EUA, o ato foi visto como uma crítica à estratégia de combate da China na pandemia.
Afinal, enquanto o mundo já tinha “aprendido a conviver” com o coronavírus, o governo chinês seguia
firme com as táticas de prevenção e controle com testes em massa e quarentena. 

China e a economia global


Esse confronto entre Ocidente e Oriente se deu porque a insistência chinesa nos bloqueios à atividade e
no rastreamento da população intensificou os choques na cadeia global de suprimentos. Ainda mais após
a invasão da Rússia na Ucrânia. 

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A crise de energia provocada pela guerra no leste europeu ocasionou uma segunda rodada de alta da
inflação. O aumento dos preços ao consumidor, principalmente em alimentos e combustíveis, instigou
uma ação mais dura (“hawkish”) por parte dos principais bancos centrais. 

O Federal Reserve liderou sucessivas altas na taxa de juros, intensificando o ritmo de aperto a partir de
maio. O Banco Central Europeu (BCE) foi a reboque. E aí a economia sentiu. 

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA foi o primeiro a entrar em recessão técnica, logo na primeira
metade de 2022. A desaceleração da atividade nos EUA e também na zona do euro, em meio à inflação
persistente e ao aperto monetário, acabou atingindo a China. 

China e a Covid Zero


Mas o país asiático já vinha sentindo os impactos econômicos da Covid Zero, principalmente após os
longos dois meses de lockdown em Xangai. O agravamento da crise no setor imobiliário também impediu
uma recuperação mais forte. 

Como resultado, o PIB chinês cresceu apenas 0,4% no segundo trimestre de 2022, em base anual. Apesar
da aceleração no período seguinte, quando a economia cresceu 3,9%, a população já estava frustrada e
cansada com as medidas restritivas.

Os protestos que marcaram o último fim de semana de novembro em várias cidades chinesas refletiram
esse sentimento. As manifestações populares saíram de cena, juntamente com a Covid Zero. 

Porém, o salto de casos de covid-19 na China para a marca de milhões no apagar das luzes de 2022
combinado com o fim das políticas de apoio por parte do governo – seja em relação aos testes ou a
medicamentos – turva o cenário pós-pandemia. Ainda que a retomada seja mais positiva para a economia
chinesa do que para o mundo, não se pode descartar uma reabertura peculiar, “com características
chinesas”.

Afinal, o contágio em massa da doença provoca, por ora, mais sobrecarga no sistema de saúde e medo da
população do que o desejo de sair a bares e restaurantes ou para viajar – atividades de lazer que eram
frequentes mesmo com a Covid Zero.

Ou seja, o abandono abrupto da política de combate e prevenção contra a covid-19 mudou as perspectivas
de crescimento econômico chinês – e não apenas de curto prazo. Daí então porquê é mais fácil fazer uma
retrospectiva do que foi a China em 2022 do que dizer o que será do país em 2023.

Hospital de Xangai alerta para “batalha trágica”


com disseminação da Covid
Funciomário com roupa de proteção se prepara para realizar coletas para exames de detecção de Covid-19
em Xangai

22/12/22 - 08h35 - Atualizado em 22/12/22 - 08h55

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XANGAI/PEQUIM (Reuters) – Um hospital de Xangai disse à sua equipe para se preparar para uma
“batalha trágica” contra a Covid-19, prevendo que metade dos 25 milhões de habitantes da cidade seja
infectada até o final da próxima semana, conforme o vírus varre a China.

Após protestos generalizados contra medidas rígidas de restrição, a China começou este mês a
desmantelar seu regime de “Covid zero”, que causou um grande impacto financeiro e psicológico em seus
1,4 bilhão de habitantes.

A contagem oficial de mortes na China desde o início da pandemia, três anos atrás, é de 5.241 –uma
fração do que a maioria dos outros países enfrentou–, mas agora parece destinada a aumentar
acentuadamente.

A China não registrou novas mortes por Covid pelo segundo dia consecutivo na quarta-feira, mesmo com
funcionários de funerárias dizendo que a demanda por seus serviços aumentou muito na última semana.

As autoridades –que restringiram os critérios para mortes por Covid, provocando críticas de muitos
especialistas em doenças– confirmaram 389.306 casos com sintomas.

Alguns especialistas dizem que os números oficiais de casos se tornaram um guia não confiável, pois
menos testes estão sendo feitos após o relaxamento das restrições.

É provável que as infecções na China sejam de mais de um milhão por dia, com mortes em mais de 5.000
por dia, um “grande contraste” com os dados oficiais, afirmou nesta semana a empresa britânica de dados
de saúde Airfinity.

A Airfinity disse que examinou dados das províncias regionais da China, observando que os casos estão
aumentando mais rapidamente na capital Pequim e na província de Guangdong, no sul.

O Shanghai Deji Hospital, em postagem em sua conta WeChat na noite de quarta-feira, estimou que havia
cerca de 5,43 milhões de casos positivos na cidade e que 12,5 milhões no principal centro comercial da
China serão infectados até o final do ano.

“A véspera de Natal, o Ano Novo e o Ano Novo Lunar deste ano estão destinados a ser inseguros”, disse o
hospital particular, que emprega cerca de 400 funcionários.

“Nesta batalha trágica, toda a Grande Xangai cairá, e infectaremos todos os funcionários do hospital!
Vamos infectar toda a família! Todos os nossos pacientes serão infectados! Não temos escolha e não
podemos escapar.”

A postagem não estava mais disponível no WeChat na tarde de quinta-feira. Uma pessoa que atendeu a
linha telefônica principal do hospital informou que não poderia comentar imediatamente a publicação.

Os moradores de Xangai enfrentaram um lockdown de dois meses que terminou em 1º de junho, com
muitos perdendo renda e em dificuldades para atender necessidades básicas. Centenas morreram e
centenas de milhares foram infectados durante esses dois meses.

Nesta quinta-feira, muitas áreas de Xangai estavam quase tão desertas quanto na época, com muitos
moradores se isolando e empresas forçadas a fechar porque os funcionários adoeceram.

“Todos os nossos funcionários estão doentes”, disse um funcionário de supermercado de sobrenome Wang
enquanto fechava as portas. Ele afirmou que espera reabrir em 30 de dezembro.

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Alemanha condena mulher de 97 anos por crimes


de guerra nazistas, diz mídia

Ré Irmgard F., ex-secretária do comandante da SS no campo de concentração de Stutthof, durante seu


julgamento em um tribunal em Itzehoe, na Alemanha

20/12/22 - 07h36 - Atualizado em 20/12/22 - 09h26

BERLIM (Reuters) – Um tribunal alemão condenou uma mulher de 97 anos de idade por ter contribuído
para o assassinato de mais de 11.000 pessoas durante seu tempo trabalhando como datilógrafa em um
campo de concentração nazista na Segunda Guerra Mundial, afirmaram a emissora NDR e outros meios
de comunicação nesta terça-feira.

O tribunal distrital da cidade de Itzehoe, no norte do país, deu a Irmgard Furchner uma pena suspensa de
dois anos, de acordo com a reportagem. Ela foi condenada sob a lei juvenil, devido ao fato de ter apenas
18 anos de idade na época dos crimes.

Ela trabalhou no campo de concentração de Stutthof entre 1943 e 1945.

O início do julgamento de Furchner foi adiado em setembro de 2021, quando ela ficou brevemente
foragida. Ela foi detida horas depois de não ter comparecido ao tribunal.

Cerca de 65.000 pessoas morreram de fome e doenças ou na câmara de gás em Stutthof, perto de Gdansk,
na atual Polônia. Entre as vítimas estavam prisioneiros de guerra e judeus apanhados na campanha de
extermínio promovida pelos nazistas.

(Por Racehl More)

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Como o uso genético da biodiversidade afeta


países como o Brasil
Muitos produtos mundialmente famosos usam recursos vindos de
outros países. Repartição de ganhos por esse uso é apontada como
desafio global.

Deutsche Welle

22/12/22 - 07h06 - Atualizado em 22/12/22 - 09h06

A Floresta Amazônica foi inúmeras vezes fonte de sucesso de produtos caros fabricados no exterior, como
o perfume Chanel número 5. A famosa fragrância francesa, que custa cerca de R$ 900, tem em sua
fórmula óleo essencial do pau-rosa, extraído da árvore típica da Amazônia.

A exploração ilegal e descontrolada colocou o pau-rosa na lista de espécies ameaçadas de extinção em


1992. A marca francesa, por sua vez, nunca dividiu os ganhos com os brasileiros. Mas isso pode mudar no
futuro como a assinatura do acordo inédito, chamado de Kunming-Montreal, resultado da 15° Conferência
da ONU de Biodiversidade, encerrada nesta segunda-feira (19/12).

Dentre os 23 objetivos listados no documento, o de número 13, que dividiu países ao longo das
negociações, segue alvo de desconfiança. Ele prevê que quem usa elementos da biodiversidade em
fórmulas de produtos reparta os ganhos com o local de onde a informação foi extraída.

Além do famoso perfume, há muitos outros casos de empresas que usam recursos genéticos de plantas,
animais e microrganismos de outras regiões – e nem sempre de forma legal.

Segundo o acordo, a repartição justa e equitativa dos benefícios deve ser feita a partir do uso não só das
espécies em si, mas de dados de sequenciamento genético disponíveis em bancos digitais (DSI, na sigla
em inglês). Essa partilha deve levar em conta os conhecimentos tradicionais associados aos recursos
genéticos em questão, que muitas vezes vêm de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, raizeiros, entre
outros.

“O problema é como garantir que a repartição de benefícios a partir desses bancos genéticos faça jus de
fato a esse conhecimento tradicional associado que levou ao mapeamento dessas espécies e às
especificidades do uso dessas espécies para determinados fins, sejam eles farmacêuticos, cosméticos ou
outros”, pontua Frineia Rezende, diretora executiva da ONG The Nature Conservancy (TNC) Brasil.

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Para negociadores indígenas, o texto final é ambíguo. Antes nomeados como beneficiários primários dessa
partilha por, historicamente, serem os maiores guardiões da biodiversidade no planeta, povos indígenas
agora são parte de uma lista maior.

“Não nos opomos a partilhar os benefícios da DSI com a sociedade em geral. Mas seria uma tragédia e
injustiça, se a sociedade não priorizasse a reparação dos estragos causados em nossas terras e águas e não
investisse nos valores de relacionamento respeitoso e de convivência com a natureza, que são o cerne para
que as metas do acordo sejam alcançadas”, argumenta Jennifer Corpuz, uma das líderes nas negociações
sobre o tema em nome do Fórum Indígena Internacional sobre Biodiversidade.

Da natureza ao banco digital

A decodificação genética de animais, plantas e outros organismos e o compartilhamento desse material em


bancos digitais revolucionou a biotecnologia. Foi isso que alavancou, por exemplo, o desenvolvimento
rápido de vacinas contra a covid num contexto em que a pandemia matava milhões diariamente.

Por outro lado, o uso indevido de informações provenientes da flora, fauna e outras formas de vida por
multinacionais pode ser especialmente prejudicial para países ricos em biodiversidade, como o Brasil.

“Países como Brasil, que já possui legislação e são detentores de megabiodiversidade, terão que se
preparar para garantir a rastreabilidade das informações obtidas a partir de banco de dados ou de
sequenciamento genético”, alerta Rezende.

Para Fernanda Kaingáng, advogada e diretora executiva do Instituto Indígena Brasileiro para Propriedade
Intelectual, não faltam maus exemplos de apropriação indevidas de recursos da biodiversidade brasileira
por empresas, prática conhecida como biopirataria.

“É só ver o número de patentes sobre guaraná, andiroba, entre outros frutos do Brasil, por companhias
estrangeiras. Somos matéria-prima de exportação, de royalties, de patentes”, argumenta Fernanda, que
reforça que esse tipo de roubo por terceiros é histórico no país.

Como um dos casos mais absurdos, ela cita a venda disseminada do adoçante stevia no mercado. “O stevia
era de uso dos guarani, o povo mais atacado do país. Todas as armas estão apontadas para eles, expulsos
de suas terras, que sofrem a violência todos os dias. O roubo não é só das informações genéticas, mas da
melhora de condições de vida deles, é roubo dos conhecimentos tradicionais”, critica a advogada.

Stevia rebaudiana, descrita em diversos estudos científicos por seu poder natural de adoçar, é a planta
chamada de ka’a he’ẽ em guarani. Ela é usada tradicionalmente por esse povo que habita o leste do
Paraguai, e pelos kaiowa, do sul de Mato Grosso do Sul. Segundo relatos de anciões e anciãs, o ka’a he’ẽ
era usado como um remédio, edulcorante de alimentos e empregado em rituais.

“Eles nunca receberam nada, nunca houve repartição de benefícios. É um dos maiores prejuízos históricos
sofrido pelo povo guarani”, afirma Fernanda.

Outros exemplos

Um caso levado aos tribunais foi encerrado em 2019 após uma longa batalha. Naquele ano, a Justiça deu
ganho para o povo ashaninka contra a Tawaya, empresa acusada de usar indevidamente o conhecimento
tradicional dos indígenas na fabricação do sabonete de murumuru e não repartir os benefícios com as
comunidades. O fruto da palmeira é usado como hidratante e remédio entre esse povo do Acre.

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A multa, estipulada no valor de R$ 5 milhões, talvez nunca seja paga pela empresa sediada na cidade
acreana de Cruzeiro do Sul. “Ainda assim, a vitória dos ashaninka é histórica e representa um marco
importante”, opina Leal.

Casos como esse, avalia Rezende, tornam a discussão sobre o uso dos elementos da biodiversidade
urgente. “Qual é o limite entre o acesso aos recursos genéticos e o que é transformado geneticamente a
partir desse patrimônio? Hoje em dia, todo mundo faz mapeamento genético. Qual é a garantia que você
tem que qualquer coisa que seja produzida a partir do patrimônio genético gere repartição de benefícios?”,
aponta Rezende questões que devem ser respondidas no futuro.

Fernanda Kaingáng defende que não só a exploração econômica deve ser discutida. “A lei não se aplica à
pesquisa científica. No Brasil, cientistas publicam sem proteger a informação de patente. Foi assim que
uma empresa japonesa roubou a marca cupulate desenvolvida por pesquisadores da Embrapa”, explica a
advogada.

O termo se refere a um produto semelhante ao chocolate, feito a partir das amêndoas do cupuaçu, típica da
Amazônia. Uma companhia japonesa chegou a registrar patente da invenção brasileira, mas a Embrapa
recuperou a marca em 2015.

Lei nacional e críticas

Para Francine Leal, diretora executiva da GSS Bioinovação e Carbono, consultoria especializada em
assuntos relacionados à biodiversidade, o mecanismo multilateral definido no acordo, que será detalhado
nos próximos anos, precisa alinhar os conceitos definidos nas legislações nacionais sem inviabilizar as
pesquisas e desenvolvimento da ciência brasileira.

“O Brasil tem uma das leis mais avançadas do mundo. Ela prevê a repartição justa e equitativa dos
benefícios vindo do uso do nosso patrimônio genético, como previsto na Convenção sobre Diversidade
Biológica da ONU”, comenta Leal, em referência à lei nacional 13.123, de 2015.

Ela é uma das autoras do projeto Brogotá, que compila normas de acesso e repartição de benefícios em
diversos países. Um dos avanços no caso brasileiro, aponta Leal, é a existência do Conselho de Gestão do
Patrimônio Genético, que centraliza todas as demandas e conta com representantes da sociedade civil,
academia e dos povos tradicionais.

Fernanda Kaingáng, advogada indígena, tem uma visão diferente. “Nossa lei nacional tem retrocessos.
Desapareceu do texto o direito dos povos indígenas de decidir o uso do conhecimento tradicional deles.
Tentam dar um domínio público ao conhecimento tradicional que é indevido. Se não houve
consentimento, se não houve divisão equitativa, é apropriação indevida do conhecimento”, critica,
ressaltando que a lei nacional prevê que até 1% dos ganhos obtidos a partir do uso desses saberes seja
repartido com os detentores originais da informação.

“Indústrias foram as únicas consultadas quando essa lei foi feita. Os indígenas nunca foram devidamente
consultados”, adiciona.

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