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Psicultura -

Criação de Peixes

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

Vinícius Lages

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Elimara Clélia Rufino

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Sites Úteis
Eventos / Glossário / Dicas de Negócio / Bibliografia / Fonte / Planejamento Financeiro / Soluções Sebrae /
Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro / Custos / Divulgação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

1. Apresentação ........................................................................................................................................ 1

2. Mercado ................................................................................................................................................ 1

3. Localização ........................................................................................................................................... 8

4. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 8

5. Estrutura ............................................................................................................................................... 9

6. Pessoal ................................................................................................................................................. 10

7. Equipamentos ....................................................................................................................................... 11

8. Automação ............................................................................................................................................ 11

9. Canais de Distribuição .......................................................................................................................... 12

10. Capital de Giro .................................................................................................................................... 13

11. Custos ................................................................................................................................................. 14

12. Divulgação .......................................................................................................................................... 15

13. Eventos ............................................................................................................................................... 15

14. Glossário ............................................................................................................................................. 16

15. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 17

16. Bibliografia .......................................................................................................................................... 18

17. Fonte ................................................................................................................................................... 18

18. Planejamento Financeiro .................................................................................................................... 19

19. Soluções Sebrae ................................................................................................................................. 20

20. Sites Úteis ........................................................................................................................................... 21


Apresentação / Apresentação / Mercado
1. Apresentação
Psicultura - Criação de Peixes

A piscicultura é uma atividade milenar com destaque em diversas regiões do mundo.


No Brasil, a produção de peixes, ou piscicultura, tem apresentado um grande
crescimento com destaque para a tilápia e alguns peixes nativos como o tambaqui, o
pacu e mais recentemente, o pintado e o pirarucu. Este material faz parte da Série
Ideias de Negócios para 2014, que tem como objetivo explorar oportunidades para que
os pequenos negócios apropriem-se dos investimentos programados para os
megaeventos que ocorrerão no Brasil, bem como do maior volume de movimentação
econômica antes, durante e após esses eventos. Este material não substitui a
elaboração de um Plano de Negócio. As informações contidas aqui fazem parte de
pesquisas e entrevistas com especialistas e empreendedores, com o objetivo de
oferecer uma visão estratégica da atividade de Piscicultura (Criação de Peixes). A
decisão de investir em determinada atividade exige uma análise mais aprofundada de
informações e alternativas com o intuito de diminuir os riscos e incertezas. Quando são
realizadas projeções, para aumentar a precisão da análise, são consideradas variáveis
como tamanho de mercado, preços, custos de capital, custos operacionais, entre
outras. Caso o empreendedor decida promover investimentos neste ou em qualquer
ramo de atividade, sugere-se que seja elaborado um Plano de Negócio e que o mesmo
procure orientações na unidade do Sebrae mais próxima da sua região. Serão
apresentados conceitos e informações relativas a processo produtivo, mercado,
marketing e vendas, canais de comercialização, estrutura, localização, equipamentos,
tecnologia, necessidade de pessoal, custos e capital de giro, fonte de recursos,
planejamento financeiro, legislação, cursos, eventos e sites com informações de
interesse do empreendedor.

2. Mercado
Tendências e Oportunidades

Quando comparada aos outros segmentos de produção animal, a aquicultura ou cultivo


de organismos aquáticos, incluindo peixes, ostras, camarões, se destaca em nível
mundial com 15,7% de crescimento médio entre 2007 e 2010, enquanto a taxa de
crescimento do segmento de bovinos, frangos e suínos
obtiveram -8,6%, 9,2% e 12,9%, respectivamente.

Por sua vez, a pesca extrativa tem apresentado tendências de queda ou estagnação
desde os anos 90. Com a exaustão do setor pesqueiro extrativo nas últimas décadas,

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Apresentação / Apresentação / Mercado
o rápido crescimento da aquicultura tem sido a única forma de acompanhar esta
crescente demanda do consumo de pescado no contexto mundial.

Segundo levantamento estatístico divulgado pelo Ministério da Pesca e Aquicultura em


2010, a produção de peixes atingiu 60,2% de crescimento apenas

entre 2007 e 2009. Isoladamente, a produção de tilápias aumentou 105% em apenas


sete anos (2003-2009).

A piscicultura possui segmentos e possibilidade ao longo de toda a cadeia produtiva. É


importante que o empresário tenha consciência de que faz parte de uma cadeia
produtiva, em que vários elos estão presentes (insumos, produção, beneficiamento,
logística e comercialização), e que cada um deve estar devidamente preparado para
fazer a sua parte ou até mesmo somarem forças. Aspectos como características
intrínsecas do pescado (facilmente perecíveis), distâncias dos centros consumidores,
descontrole entre oferta e demanda, questões legais e pouco hábito de consumo
tornam esta cadeia muito dinâmica e complexa. Por outro lado, quando o setor
trabalha de forma organizada, possibilita um maior controle da oferta, escalonamento
da produção, uniformidade dos produtos gerados e garantia de qualidade.

O que se pode observar é que existem muitas oportunidades para quem pretende
trabalhar nesta cadeia produtiva, que quando desenvolvida corretamente é uma
atividade aliada à sustentabilidade, já que possibilita a substituição dos peixes da
pesca extrativa, contribuindo com a preservação do meio ambiente e criando um ponto
positivo a favor do marketing da aquicultura.

O aumento de consumo per capita no Brasil apresentado nos últimos anos (6,66 quilos
em 2005 para 9,75 quilos em 2010, segundo dados do Ministério da Pesca e
Aquicultura), impulsionado pela maior disponibilidade do produto, pelo incremento da
gastronomia associada a pescados e pelo aumento da renda da população, motiva a
oferta, podendo-se atingir uma economia de escala como ocorreu com o frango no
Brasil, gerando inúmeras outras oportunidades.

A esta demanda crescente de consumo associam-se os grandes eventos desportivos,


Copa do Mundo da FIFA 2014 e Olimpíadas de 2016, que geram uma expectativa de
forte entrada de turistas no país. Este fluxo turístico, somado ao contínuo aumento do
consumo nacional e internacional relacionados com as qualidades nutritivas dos
peixes, proporcionará novas possibilidades ao setor nos próximos anos. Com isto,
além da demanda adicional gerada nos estabelecimentos turísticos, a piscicultura
brasileira pode ser conhecida pelos estrangeiros, abrindo a oportunidade de negócios
para exportação, principalmente das espécies nativas, no longo prazo.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
Com o interesse de novos empresários, e a produção em maior escala, os custos dos
insumos, equipamentos e serviços tendem a decrescer. Este fato é largamente
observado no setor, como no caso do salmão chileno, cujo preço passou de 10 dólares
para pouco mais de 3,5 dólares em menos de uma década.entraves para que o
pescado produzido possa, cada vez mais, chegar à mesa dos consumidores. Com o
aumento da disponibilidade de produtos de qualidade e adaptados aos dias atuais,
invariavelmente aumentarão os espaços nas gôndolas destinadas aos produtos de
pescado e as demandas dos restaurantes especializados. Com isto, os preços
poderãosofrer uma redução, tornando este produto mais acessível e compatível com a
realidade e com os preços das demais carnes consumidas no Brasil.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o


Brasil poderá se tornar um dos maiores produtores do mundo até 2030, ano em que a
produção pesqueira nacional teria condições de atingir 20 milhões de toneladas.

Clientes

O consumo de pescado está em alta no mundo inteiro e cada vez mais procurado pela
população, em todas as faixas de renda. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
recomenda o consumo anual de pescado de pelo menos 12 quilos por habitante/ano,
número acima da média dos brasileiros que é cerca de 9,75 quilos por habitante/ano.

Nunca se teve uma demanda tão alta por produtos saudáveis e ao mesmo tempo
nutritivos. Os peixes participam dessa tendência, pois reúnem características
nutricionais importantes, como: são altamente digestíveis, devido a sua composição
proteica; são ricos em ácidos graxos poli-insaturados, principalmente ômegas 3 e 6;
são importante fontes de vitaminas e minerais.

Nesse sentido, destaca-se a importância da aproximação entre o setor produtivo e os


mercados potenciais com essas características. A cada dia, observa-se um incremento
da participação no consumo doméstico e ampliam-se as ofertas deste produto nos
mercados varejistas.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
Os pescados são muito apreciados pelo setor gastronômico especializado,
proporcionando pratos requintados, principalmente por meio da exploração de
características regionais. Também neste segmento, destaca-se a culinária japonesa,
que vem se estabelecendo nas principais capitais brasileiras. Associa-se a isto o
incremento do fluxo turístico com os grandes eventos.

Outro mercado interessante, principalmente em áreas rurais, é o mercado institucional,


com destaque para a merenda escolar. Atualmente, existem incentivos para a
utilização de produtos locais da agricultura familiar nestes mercados, gerando
oportunidades para pequenos empreendedores e proporcionando novas possibilidades
de segurança alimentar. Além disso, é importante destacar o potencial de eventos
gastronômicos como a semana do peixe, que incentiva o consumo de pescados.

Finalmente, existe um esforço recente para a exportação de espécies nativas


vinculadas a “santuários ecológicos” brasileiros, como os peixes da Amazônia e do
Pantanal.

Produtos e Serviços Demandados

Diferentemente de outros segmentos de produção animal, os quais possuem poucas


ou até uma única espécie para foco na produção, facilitando assim a organização e
prestação de serviços à cadeia produtiva, a piscicultura no Brasil possui diferentes
características de acordo com a espécie alvo para o cultivo, região geográfica e
tecnologia de cultivo aplicada.

Essa diversidade, na maioria das vezes, necessita de uma gama de diferentes


produtos, equipamentos e conhecimentos técnicos específicos. Por exemplo, no Norte
se cultiva Tambaqui e Pirarucu, e sua tecnologia pouco se aplica ao cultivo de trutas
realizado no Sudeste do Brasil, havendo características diferentes entre os produtos,
equipamentos e serviços demandados.

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Apresentação / Apresentação / Mercado
Empresas devem estar atentas a essas particularidades, que limitam o sucesso de
empreendimentos de piscicultura. Neste caso, as rações, as estruturas de cultivo,
equipamentos de apoio e manejo, entre outros, devem ser desenvolvidos considerando
as especificidades de cada espécie.

Com o aumento na produção e demanda por pescados, as empresas que atuam nessa
cadeia produtiva (insumos, equipamentos, produção, beneficiamento, logística e
comercialização) vem desenvolvendo produtos cada vez mais especializados.

A piscicultura, realizada como negócio, é considerada vulnerável quando a gestão


produtiva se realiza de maneira ineficiente, gerando riscos de prejuízos ao empresário.
Por essa razão, o principal serviço demandado pelos pequenos empreendedores de
peixes é a assistência técnica.

Os produtores devem estar atentos ainda ao principal insumo, que representa em torno
de 70% do custo de produção, que é a ração (alimento fornecido aos peixes), além da
oferta regular de alevinos, devendo-se considerar a espécie cultivada, tecnológica de
produção e região geográfica que influenciam na oferta, preço e disponibilidade desses
fatores.

Concorrência

Em 2012 o Brasil importou 363,019 mil toneladas de pescados no valor de 1,230


milhões de dólares e exportou 42,746 mil toneladas, um aumento de 149% no volume
de importação se comparado com o ano de 2005, quando o Brasil importou 145.955
mil toneladas e exportou 95,447 toneladas, representando uma queda de 55% no
volume de exportação se comparado com 2012 (Sistema de Análise das Informações
de Comércio Exterior – Aliceweb, 2013). Esses dados mostram que o Brasil possui um
mercado potencial de consumo de pescados.

Os principais concorrentes para o setor produtivo brasileiro são: a importação de


espécies de elevado valor comercial, que por características ambientais não são

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Apresentação / Apresentação / Mercado
produzidas no Brasil; e de outras espécies menos tradicionais comercializadas a um
valor muitas vezes abaixo do custo de produção no Brasil, devido aos incentivos e
subsídios dos outros países, aspectos legais e tecnológicos e a alta escala de
produção. Este fato propicia vantagens competitivas em relação à produção interna
brasileira. Os principais países que exportam pescados ao Brasil e suas porcentagens
de participação são: China (21,5%), Chile (19,5%), Vietnã (9,5%), Argentina (9,4%) e
Noruega (8,4%) (FAO, 2012).

Algumas espécies de peixes possuem características próprias que o mercado


consumidor brasileiro identifica e aprecia. Por exemplo, salmões e bacalhaus são as
principais espécies importadas pelo Brasil.

Entretanto, as principais espécies brasileiras produzidas e/ou com potencial, como a


tilápia, tambaqui, pacu, pintado e o pirarucu, possuem características próprias
favoráveis à consolidação dessas espécies no cenário nacional e internacional de
mercado. Desde que incentivadas e produzidas a um custo competitivo, essas
espécies podem conquistar parte dos consumidores que consomem os pescados
importados, além de adquirir novos consumidores e mercados, como a exportação.

Em relação à produção e comercialização internas, o cultivo de peixes no Brasil é


realizado principalmente em pequenos empreendimentos. Segundo o Ministério da
Pesca e Aquicultura, os principais estados produtores de peixes continentais são Rio
Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. Somente a região
Sul responde por 33,8% da produção nacional, seguida pelas regiões Nordeste e
Sudeste. As principais espécies produzidas são tilápias, carpas e tambaquis, e os
principais estados produtores dessas espécies são, respectivamente, Ceará, Rio
Grande do Sul e Mato Grosso (MPA, 2010). Grande parte dessa produção atende
principalmente mercados regionais, havendo um acréscimo com o custo de logística
caso esses produtos necessitem ser comercializados em regiões muito distantes,
principalmente no caso de produtos frescos.

Fornecedores

A cadeia de valor é o conjunto de atividades desempenhadas por uma organização


desde as relações com os fornecedores, ciclo de produção e venda até a fase da
distribuição final. Na piscicultura os principais fornecedores que o produtor e

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Apresentação / Apresentação / Mercado
empresário deve se preocupar são: o fornecedor de alevinos, o que garante o padrão
zootécnico e o produto final; e o fabricante e revendedor de ração, pois é nesse
segmento que está o principal insumo, que representa cerca de 70% do custo de
produção.

É importante que o empreendedor tente negociar o melhor preço da ração, seja


comprando em grandes quantidades – e para isso é importante ter um local adequado
para estocagem e considerar o prazo de validade –, seja se associando a outros
produtores para negociação de preço e logística. Isso faz com que seu custo de
produção diminua. Outro fator importante é a localização geográfica dos
empreendimentos, pois regiões com difícil acesso ou muito distantes das fábricas de
ração e demais insumos e equipamentos podem ser decisivas para o sucesso do
empreendimento.

Outros insumos e materiais necessários para a produção de peixes são os alevinos


(forma jovem), redes, puçás, boias, equipamentos de análise de água, tanques-redes,
entre outros. Destacam-se também os fornecedores de serviço, especialmente de
consultoria e assistência técnica. Em geral, existe boa disponibilidade de serviços,
equipamentos e insumos em diversas regiões do Brasil, que ajudam o produtor e
empresário a pesquisar e adquirir produtos e serviços de qualidade e com bons
preços.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
3. Localização
A localização dos empreendimentos é fundamental para o sucesso da atividade.
Geralmente a seleção de um local começa pela avaliação dos principais parâmetros:
qualidade e quantidade de água, tipo de solo, topografia, correntes, ventos, entre
outros. No entanto, também é necessário avaliar a localização do empreendimento,
quanto à proximidade do mercado consumidor e dos fornecedores de insumos e à
disponibilidade de assistência técnica.

O empreendedor deve equilibrar os aspectos produtivos com os de logística, que


fortemente influenciam na tomada de decisão para a implantação e sucesso do
empreendimento.

Grande parte dos empreendimentos localiza-se distante das cidades e centros urbanos
e industriais, evitando, principalmente, o contato com fontes de poluição que possam
prejudicar o cultivo. O aspecto de proximidade com o mercado consumidor ainda é
mais importante quando o produto a ser comercializado for o peixe fresco ou vivo, os
quais possuem limitações quanto ao tempo e estruturas de logística.

Aspectos da legislação também deverão ser devidamente observados, visto existirem


restrições ambientais ao estabelecimento dos empreendimentos.

4. Exigências Legais e Específicas


Para a abertura da empresa serão necessários registros junto à Secretária da Receita
Federal, em que será obtido o CNPJ; à Junta Comercial; à Receita Estadual, em que
será obtida a Inscrição Estadual (caso a empresa seja sujeita ao ICMS, como
empresas do setor de comércio, transporte ou indústria); à Prefeitura Municipal, para
obtenção de Alvarás de Localização e Alvarás de Licença Sanitários; à Secretária da
Fazenda e ao Sindicato Patronal. A empresa terá também que cadastrar-se junto à
Caixa Econômica Federal no sistema Conectividade Social – INSS/FGTS e obter

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura
autorização do Corpo de Bombeiros. O empreendedor deve estar atento ao Código de
Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078 de 11/9/1990) e às suas especificações.

Para a piscicultura realizada em espaços considerados da União, é necessária


autorização, ou seja, seu uso depende de licenciamento pelo poder público. Todas as
autorizações (carteira de aquicultor, outorga para uso de água, licenciamento
ambiental etc.) são regidas por legislação específica e estabelecidas pelas diversas
instituições envolvidas. A autorização para uso de espaços físicos em corpos de água
de domínio da União está, atualmente, regulamentada pelo(a): Decreto nº 4.895, de 25
de novembro de 2003; Instrução Normativa Interministerial nº 6, de 31 de maio de
2004; Instrução Normativa Interministerial nº 7, de 28 de abril de 2005; e Instrução
Normativa Interministerial nº 1, de 10 de outubro de 2007.As instituições envolvidas no
processo de regularização são: Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Organizações Estaduais do Meio Ambiente (OEMAs), Marinha do Brasil, Agência
Nacional de Águas (ANA) e Superintendências do Patrimônio da União do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPU/MPOG).

No caso de tanques escavados o produtor deverá procurar o órgão estadual para


verificar os procedimentos necessários para obtenção do licenciamento ambiental e
outorga de água. A legislação está direcionada pela resolução Conama nº 413, de 26
de junho de 2009, a qual dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura. No
entanto, muitos Estados possuem suas próprias normativas, sendo mais restritivas.

No caso de beneficiamento, armazenamento e distribuição, existem outras legislações


relacionadas com a questão sanitária do produto, que devem ser observadas junto aos
serviços de inspeção federal (no caso de comercialização interestadual e exportação)
e estadual (no caso de comercialização dentro do estado).

5. Estrutura
De acordo com as características do ambiente e espécie de cultivo e o nível de recurso
disponível para o investimento, os produtores devem definir a estrutura de cultivo que
será utilizada. No caso dos tanques e viveiros escavados, o produtor deverá construir
as estruturas em terra, com controle de entrada e saída de água suficientes. No caso
do cultivo nos reservatórios de água e curso de rio, o método utilizado é o tanque-rede.

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Pessoal
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Em ambos os casos, para auxiliar no cultivo é aconselhável a construção de um galpão
para estocagem da ração, petrechos e materiais diversos. Esta estrutura deve ser
provida de ventilação preferencialmente natural, e cuidados especiais devem ser
tomados para se evitar infiltrações, pois umidade excessiva na ração propicia o
aparecimento de fungos e bolores, que podem ser tóxicos aos peixes. Ressalta-se,
também, que as rações devem estar sobre estrados, evitando contato direto com o
piso e parede.

Uma estrutura de apoio utilizada para os tanques-redes é a balsa, que serve de


plataforma para o manejo dos peixes e dos tanques-rede, tanto no decorrer do ciclo de
produção quanto, e principalmente, na despesca. As balsas geralmente são
construídas em formato de “U” e dotadas de guinchos (manuais ou motorizados) para
o içamento dos tanques-rede, quando necessário retirá-los da água.

Antes de adquirir ou instalar as estruturas de apoio deve-se pensar na proximidade


com as estruturas de cultivo, facilitando a realização dos serviços.

Caso o produtor possa e deseje verticalizar a produção, também deverão ser


projetadas e construídas estruturas específicas de beneficiamento, armazenamento e
distribuição da produção.

6. Pessoal
A necessidade de mão de obra no processo produtivo depende da dimensão do
empreendimento e tipo de sistema de cultivo adotado.

Como a piscicultura é considerada por muitos uma atividade nova, faltam funcionários
qualificados para lidar com a produção, por isso os empresários têm de investir em
programas de capacitação e treinamento.

As principais atividades realizadas rotineiramente pelos funcionários são a alimentação


diária, transferências e medições dos peixes, análises de qualidade de água e apoio no
povoamento e despesca.

Todavia, tão importante quanto estas atividades de produção propriamente ditas, são
as atividades de controle e assistência técnica. Todos os dados devem estar
devidamente registrados, seja de uso de insumos, qualidade de água, lista de
fornecedores etc. Com isto e uma boa análise realizada por especialistas reduzem-se
custos e os riscos de perdas na produção.

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Pessoal / Equipamentos / Automação
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
7. Equipamentos
Na piscicultura é necessário avaliar principalmente as estruturas de cultivos que variam
de acordo com o ambiente, sistema adotado e espécie cultivada.

No sistema de cultivo em tanques-redes o empreendedor deve requerer os tanques-


redes específicos para cada fase de crescimento, pois para cada fase é necessário um
tipo especifico de malha (estrutura utilizada com dimensão especifica com o tamanho
dos peixes para cada fase de cultivo), além de boias para sinalização da área e outros
equipamentos para o manejo. Já para os tanques escavados o empreendedor deve
possuir redes com diferentes malhas para realizar a despesca e transferência dos
peixes entre os tanques de recria e engorda.

Para os trabalhos rotineiros os materiais necessários são: aeradores, barco, remos,


motor de popa, balsa, balanças, puçás, baldes, balaios, engradados, kit de análise de
água, termômetro, oxímetro, pHmetro, Disco de Secchi, freezer, cordas, arames, facas,
computador (uso em escritório).

8. Automação
O nível tecnológico da produção depende da disponibilidade de recursos para
investimento e da escala que se pretende produzir. Em geral, a piscicultura no Brasil é
realizada com baixo nível tecnológico, devido à falta de aplicabilidade das técnicas
desenvolvidas aliado a falta de mão de obra especializada, diferentemente de outros
países como o Chile, onde a implantação de tecnologia na produção foi fundamental
para o crescimento da atividade, especialmente para grandes empreendimentos.

As principais tecnologias aplicadas atualmente na piscicultura são no momento da


despesca ou na alimentação. Ambos os processos podem ser realizados com
maquinários que proporcionam maior eficiência e produtividade e diminuição da mão
de obra.

Os aeradores são utilizados na produção de tanques escavados, proporcionando


melhora na qualidade de água e aumento nos índices de produtividade. No entanto,
além do custo para aquisição do equipamento, inclui-se o gasto com energia elétrica e
manutenção.

Um segmento que ainda é tido como potencial, devido a seu alto custo de investimento

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Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
e difícil operação, é a piscicultura em sistemas de recirculação, que possui vantagens
quanto à renovação da água. Nesse sistema ainda se inclui a aquaponia, que é a
produção de pescado associada a vegetais, representando uma boa alternativa para
integração da produção e aumento da rentabilidade.

9. Canais de Distribuição
Para conseguir uma comercialização exitosa, é necessário que o produtor tenha a
consciência de que faz parte de uma cadeia produtiva. Com isto, deve estar atento ao
mercado consumidor local e regional para poder direcionar seu foco de
comercialização, sendo importante a divulgação, aliada à logística de distribuição.

O objetivo final do processo de comercialização é fazer com que o produto chegue ao


consumidor final. Todavia, alguns mercados demandam os produtos deste segmento
de forma diferenciada, requerendo estrutura e serviços de beneficiamento e
distribuição dentro da cadeia produtiva. Mesmo para os produtos vivos e frescos sem
processamento, necessita-se de estrutura adequada para que não haja
comprometimento final da qualidade do produto e atenda a legislação vigente.

No fator produção, é fundamental a oferta de pescado de qualidade para atender a


indústria ou diretamente o mercado consumidor.

Em geral, os pequenos e médios piscicultores aliam-se a outros atravessadores e

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Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
empresários ao longo da cadeia produtiva para viabilizar o escoamento da sua
produção. No entanto, vários exemplos de organização de produtores vêm
demonstrando possibilidades de ampliação de ganhos com a verticalização da
produção, ou seja, associações que viabilizam uma estrutura de beneficiamento e
distribuição que poderia ser difícil para produtores isolados.

De todo modo, é importante que o produtor isolado tenha em mente que deverá contar
com pessoas aptas para controlar e comercializar a produção, mesmo que “dentro da
porteira” para atravessadores.

De maneira geral, existem algumas estratégias que o empreendedor aquícola pode


adotar, visando obter sucesso na comercialização, como: fazer embalagens
chamativas, identificando a origem (rastreabilidade) e valores nutricionais; realizar
venda direta para mercearias, mercados, restaurantes, bares, supermercados e feiras
da região; diversificar o produto no mercado, em diferentes cortes e subprodutos, por
exemplo, embutidos à base de peixe, empanados, fishburger, peixe defumado etc.;
divulgar a marca, com fornecimento de material impresso para divulgação no mercado;
e realizar venda de peixes vivos em diferentes pontos da cidade.

Os pequenos empreendedores poderão obter auxílio nas estratégicas de


comercialização, acessando:

Central de Oportunidades: http://www.sebrae2014.com.br/centraldeoportunidades


Comércio Brasil: http://www.sebrae.com.br/customizado/acesso-a-mercados/sebrae-
mercado/comercio-b rasil
Rodadas de Negócios: http://www.sebrae.com.br/customizado/acesso-a-
mercados/sebrae-mercado/rodadas-de -negocios

10. Capital de Giro


O capital de giro são os recursos financeiros, próprios ou de terceiros, necessários
para manter as atividades operacionais da empresa. A gestão do capital de giro é que
determina a capacidade de saldar os compromissos de curto prazo, como compras de
alevinos, pagamento de fornecedores de insumos, processo produtivo, estoques,
vendas, concessão de crédito, pagamento de salários, impostos e demais encargos.

Deve-se lembrar que os peixes necessitam de tempo para crescer e estar aptos para

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Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro / Custos
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
comercialização, e que este tempo depende da espécie, região, época do ano, sistema
de cultivo etc.

Alguns fatores contribuem para a redução da necessidade de capital de giro das


empresas. Entre eles, podem-se destacar aumentos dos prazos para pagamento de
fornecedores, redução dos prazos de recebimentos de clientes e redução dos níveis de
estoque. É importante observar que a gestão dos estoques não se limita às questões
relativas ao capital de giro e merece um cuidado especial.

As instituições financeiras oferecem uma extensa variedade de produtos financeiros


com taxas e prazos diferenciados. É importante que o empreendedor tenha
conhecimento dos custos destas operações para que esteja apto a negociar e obter
melhores condições no financiamento. Para isso, é importante pesquisar junto às
diversas instituições financeiras públicas e privadas, promovendo visitas constantes e
consultar os balcões de atendimento do Sebrae da região. p>

11. Custos
Os custos são os valores gastos no processo produtivo. Na piscicultura o custo de
produção é fundamental para estabelecer o preço de venda e consequentemente obter
lucros.

O custo com a alimentação/ração dos peixes representa cerca de 70% a 80% dos
custos de produção. Os demais custos são com a compra de alevinos, mão de obra e
manutenção dos equipamentos. Por isso o produtor deve ter atenção especial ao
armazenamento e à utilização da ração, evitando perdas, bem como ao arraçoamento
adequado para obter boas conversões alimentares e, assim, aumentar a eficiência
produtiva do alimento.

Os empresários e produtores sempre devem gerenciar a produção com planilhas


financeiras, de forma a organizar os dados de produção e acompanhar os custos
operacionais. Isso faz com que o produtor possa se antecipar as variações
mercadológicas e planejar a produção para os próximos ciclos.

Outros custos estão relacionados com a manutenção, depreciação das estruturas e


equipamentos. Apesar de difícil de prever, estes devem estar estimados e registrados
para avaliação adequada dos custos do negócio.

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Eventos
Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro / Custos / Divulgação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
12. Divulgação
Apesar de amplamente apreciados, os peixes enfrentam algumas barreiras em alguns
mercados. Questões relacionadas com problemas de qualidade e elevado preço
distanciam os consumidores.

Para reverter esta situação, o empresário e produtor de peixes deve montar sua
estratégia de marketing focada no seu mercado consumidor e procurando alcançar o
maior número de clientes potenciais. Os principais meios de divulgação aplicados aos
negócios são: encartes de supermercados, revistas e jornais, TVs, rádio, materiais
gráficos, internet e outdoor.

Os consumidores de pescados exigem, principalmente, o fator qualidade, por exemplo,


o frescor e o congelamento correto, que aliados ao preço e ao tipo de espécie ofertada,
reúnem as informações para tomada de decisão na compra dos produtos.

Frente aos meios de divulgação mencionados, a venda de peixes limita-se quase


sempre à análise presencial dos consumidores, visto a necessidade de avaliação dos
aspectos sanitários do produto. Entretanto, os meios de divulgação trabalham
principalmente no quesito preço e inovação de produtos para atrair os consumidores.

Nos últimos anos o Brasil vem implementando politicas para o aumento do consumo
de pescados e consequentemente gerando uma maior demanda ao setor produtivo.
Campanhas publicitárias do governo federal buscam promover o produto e o setor,
além do desenvolvimento da culinária e gastronomia, explorando os benefícios à
saúde humana e as características próprias dos pescados.

A estratégia de marketing para o consumo de peixes pelo consumidor final (alvo do


processo) necessita de uma boa articulação entre o setor produtivo, comerciantes e
instituições, principalmente quando se trata de uma questão cultural, havendo ainda o
fator tempo, incluído para o amadurecimento da estratégia adotada. O setor de
avicultura pode ser um exemplo positivo para a piscicultura brasileira.

13. Eventos
Aquaciencia
http://www.aquaciencia.com.br

Aquasur
http:/www.aqua-sur.cl

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Eventos / Glossário
Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro / Custos / Divulgação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
European Seafood Exposition 2013
http:/www.euroseafood.com

Feira Internacional da Pesca e Aquicultura


http:/www.aquapescabrasil.com.br

Feira Internacional de Pesca Esportiva


http:/www.feipesca2013.com.br/

Feira Nacional do Camarão (Fenacam)


http:/www.fenacam.com.br

Sociedade Mundial de Aquicultura


http://www.was.org

14. Glossário
Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior (AliceWeb), da Secretaria
de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
alimentado com os dados do Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).

Agência Nacional de Águas (ANA)

Aquicultura – Cultivo de organismos aquáticos.

Arraçoamento – É o ato de fornecer rações aos peixes.

Avicultura – É a criação de aves para produção de alimentos.

Banco Nacional do Desenvolvimento. Econômico e Social (BNDES)

Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)

Despesca – É a operação de retirada do organismo cultivado das estruturas de cultivo


quando atinge o tamanho comercial.

Engorda – Última fase de cultivo na piscicultura.

Organização das Nações Unidades para Alimentação e Agricultura (FAO)

Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA)

Fishburger – Hambúrgueres de peixes.

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Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro / Custos / Divulgação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)

Organizações Estaduais do Meio Ambiente (OEMAs)

Malhas – Estrutura utilizada com dimensão especifica com o tamanho dos peixes para
cada fase de cultivo.

Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA)

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Petrechos – Equipamentos e materiais que auxiliam as atividades de manejo nas


pisciculturas.

Piscicultura – Criação ou cultivo de peixes.

Povoamento – É o ato de povoar os peixes nas estruturas de cultivo.

Recria – Fase intermediária na piscicultura.

Superintendências do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento


e Gestão (SPU/MPOG)

Tanques-redes – São estruturas flutuantes utilizados na criação de peixes.

Viveiros escavados – É um reservatório escavado em terreno natural, dotado de


sistemas de abastecimento e de drenagem de água.

15. Dicas de Negócio


O Brasil é um país com um enorme potencial para o desenvolvimento da piscicultura,
pois possui condições ambientais favoráveis, com grande disponibilidade de água;
abriga 12% de água doce do mundo e 5,5 milhões de hectares de águas propícias ao
desenvolvimento da piscicultura, distribuídas entre reservatórios, rios e barragens;
além de desfrutar de um clima favorável.

O mercado consumidor por pescados vem crescendo a cada ano, elevando o consumo
per capita dos brasileiros por pescados de 6,6kg em 2005 para 9,5kg em 2010, apesar
de ainda ser considerado abaixo da média mundial que é de 18kg.

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Pessoal / Equipamentos / Automação / Canais de Distribuição / Capital de Giro / Custos / Divulgação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Devido a esses fatores, a piscicultura é uma atividade com elevada taxas de
crescimento anual e representa uma excelente oportunidade do agronegócio para os
pequenos empreendedores.

Somado a isso, eventos com repercussão mundial, como é o caso da Copa do Mundo
da FIFA 2014, podem proporcionar novas oportunidades de negócios para a
piscicultura, destacando-se o setor gastronômico e o turismo, os quais favorecem o
consumo de peixes e principalmente a divulgação dos produtos locais, como é o caso
das espécies nativas, além de gerarem oportunidade de negócios de investimentos e
exportação.

16. Bibliografia
RABOBANK Industry. Brazilian Aquaculture: A seafood industry giant in the making.
Note 362, jan. 2013.

Food Agriculture Organization of the United Nations (FAO). The State of World
Fisheries and Aquaculture. Sofia, 2012. Disponível em: http://www.fao.org. Acesso em:
15 mar. 2013.

KUBTIZA, F. Tilápias: tecnologia e planejamento na produção comercial. Jundiaí,


2000. 285, 6-9, 19-26.

Ministério Do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Sistema de Análise das


Informações de Comércio Exterior. Disponível em:
http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br. Acesso em: 16 mar. 2013.

MINISTÉRIO da Pesca e Aquicultura, 2012. Boletim estatístico da pesca e aquicultura


2010 – Brasil. Disponível em: http://www.mpa.gov.br Acesso em: 15 mar. 2013.

TROMBETA, T. D.; MATTOS, B. O. Manual de Criação de Peixes em Tanques-Rede.


Coordenação: Junior, P. S. Brasília: Codevasf, 2010.

17. Fonte
A estabilidade econômica e o advento de uma moeda forte proporcionou o
amadurecimento do mercado financeiro nacional. Este amadurecimento se mostra às
empresas em forma de produtos financeiros que atendam suas demandas de curto e

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longo prazo. A cada dia surgem produtos que exigem do empresário maturidade na
gestão do crédito. Para isso, faz-se necessária a realização de planejamento financeiro
e o conhecimento da capacidade de pagamento da empresa.

O mercado nacional possui uma extensa variedade de instituições financeiras privadas


com grande portfólio de produtos. Serão descritos a seguir alguns produtos do Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Este critério é uma mera
simplificação e se justifica pela abrangência nacional dos produtos desta instituição.
Vale ressaltar que os bancos e agências de desenvolvimento regionais também
apresentam produtos bastante competitivos e merecem uma análise mais
aprofundada.

Provido de recursos federais, os recursos geridos pelo BNDES destinam-se ao


financiamento de investimentos de longo prazo e, de forma complementar, capital de
giro ou custeio. A contratação e a liberação dos recursos são feitas mediante diversos
bancos comerciais, bancos de investimento e bancos múltiplos. Como exemplos de
instituições repassadoras, citam-se: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco
Santander, Bradesco, Itaú etc. Em alguns casos, o acesso aos recursos pode ser feito
diretamente junto ao BNDES (p.ex., operações acima de R$ 10 milhões).

Dentre os principais programas de financiamento disponíveis à maioria dos


empreendimentos, destacam-se:
– BNDES Finame: financiamento para produção e aquisição de máquinas e
equipamentos novos, de fabricação nacional;
– BNDES Automático: financiamento a projetos gerais de investimento (equipamentos,
obras civis, capital de giro etc.);
– BNDES Exim: financiamentos a projetos do setor exportador, tanto na fase pré-
embarque, quanto na fase pós-embarque.
– Cartão BNDES: crédito pré-aprovado de até R$ 1 milhão destinado às Micro,
Pequenas e Médias Empresas para aquisição de produtos credenciados de diversos
tipos.

Para mais informações, consultar o site do BNDES.

Para o setor da piscicultura é importante destacar o Plano Safra da Pesca e


Aquicultura. Programa do governo federal para estimular o desenvolvimento do setor
por meio de linhas de crédito para o aumento de produção e a geração de emprego e
renda. Serão disponibilizados mais de 4 bilhões de reais em crédito e investimentos
para fortalecer o setor. Para saber como utilizar o plano safra e as linhas de créditos
disponíveis, acesse: http://www.mpa.gov.br/safra/.

18. Planejamento Financeiro


O acesso cada vez mais facilitado a informações, tanto dentro quanto fora das
empresas, tem possibilitado uma administração mais criteriosa e apurada por parte das

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micro e pequenas empresas. No entanto, o que pode ser observado é que grande
parte destas empresas continuam mantendo uma visão imediatista e centralizadora
nas questões relativas à gestão. Os reflexos deste comportamento são inadimplência e
elevação dos custos operacionais. Os controles financeiros quando praticados de
forma eficiente disponibilizam aos gestores informações necessárias ao planejamento
e a tomada de decisão.

Um bom orçamento de caixa considera previsões de vendas, compras, despesas e


investimentos para períodos futuros. O principal ponto do orçamento de caixa é a
previsão das vendas. Estas projeções são realizadas a partir da análise de
informações referentes ao histórico de períodos anteriores, projeções de crescimento
da economia, expectativa de investimentos, objetivos e metas estratégicos, capacidade
produtiva da empresa e sazonalidade.

A partir das previsões de vendas, estimam-se os custos e as despesas variáveis (que


variam proporcionalmente em relação ao volume de vendas) como impostos e
comissões e os pagamentos aos fornecedores de matérias-primas. É importante que o
empreendedor esteja atento aos prazos de pagamento e recebimento e para lançar as
entradas e saídas de caixa no período correto. Também é importante estar atento Às
despesas fixas como telefone, energia, aluguel, água, funcionários, encargos etc.

Esta visão do futuro auxilia o processo de tomada de decisão por oferecer informações
sobre a geração de caixa da atividade, proporcionando reflexões sobre a viabilidade de
investimentos e possíveis “furos de caixa” (descasamento entre entradas e saídas de
caixa). A comparação do que foi planejado com o que está ocorrendo periodicamente é
uma ferramenta de análise de desempenho importante.

19. Soluções Sebrae


Negócio Certo Rural
Gestão e Técnicas de Produção
Logística
Eficiência Energética nas Micro, Pequenas e Médias Empresas
D’olho na Qualidade
Como Vender Mais e Melhor – Módulo 1
Como Vender Mais e Melhor – Módulo 2
Como Vender Mais e Melhor – Módulo 3
Controles Financeiros
Análise e Planejamento Financeiro
Formação de Preços
Gestão de Pessoas
Empretec

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Sites Úteis
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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
20. Sites Úteis
Associação Brasileira de Aquicultura (ABRAq)
http://www.pescar.com.br/abraq/

Associação Brasileira de Piscicultores e Pesqueiros (ABRAPPESQ)


http://www.abrappesq.com.br

Associação Brasileira da Indústria de Processamento de Tilápia


http://www.abtilapia.com.br

Sociedade Brasileira de Aquicultura e Biologia Aquática (Aquabio)


http://www.aquabio.com.br/

Conselho Nacional de Pesca e Aquicultura (Conepe)


http://www.conepe.org.br/

Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba


http://www.codevasf.gov.br

Embrapa Pesca e Aquicultura


http://cnpasa.sede.embrapa.br/

Ministério da Pesca e Aquicultura


http://www.mpa.gov.br

Portal do Peixe
http://www.portaldopeixe.com/

Revista Panorama da Aquicultura


http://www.panoramadaaquicultura.com.br/

Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)


http://www.sebrae.com.br/setor/aquicultura-e-pesca

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