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XI MIC - Projeto de Pesquisa - Ciências Exatas e da Terra

O XADREZ E A RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: UM ESTUDO COM


DISCENTES DO ENSINO MÉDIO DO IFC CAMPUS CONCÓRDIA

Natalia Ficagna (natalia.ficagna44@gmail.com)

Sheila Crisley Assis (sheila.assis@ifc.edu.br)

Lindomar Duarte de Souza (lindomar.souza@ifc.edu.br)

Eliane Suely Everling Paim (eliane.paim@ifc.edu.br)

Júlia Brunetto Rodio (julia.rodio22@gmail.com)

O trabalho aborda os jogos e as relações com a Matemática, especificamente o


jogo de Xadrez e suas contribuições na resolução de problemas de lógica.
Vários estudos relacionam o Xadrez com a Matemática, por ambos
proporcionarem situações de tomada de decisão, autocontrole emocional,
concentração, estratégia, raciocínio lógico, aprendizagem através dos erros e
capacidade de abstração. Além disso, ao jogar xadrez, é necessário analisar e
criar estratégias próprias para ultrapassar um obstáculo em busca da vitória,
um processo semelhante ao de resolver um problema matemático, no qual
busca-se encontrar um caminho que ainda não é conhecido para alcançar o
propósito da atividade. O objetivo da pesquisa foi investigar os possíveis efeitos
da prática de Xadrez na resolução de problemas de lógica entre estudantes do
Ensino Médio, do IFC Campus Concórdia. Os sujeitos compreenderam um
pequeno grupo de discentes, composto por três alunos que praticam o jogo há
anos (Grupo A) e três com pouco ou nenhum conhecimento sobre xadrez
(Grupo B). A metodologia foi de natureza quantitativa, com aplicação de
questionário, buscando comparar os processos de resolução de problemas de
lógica entre os dois grupos. O primeiro instrumento de coleta de dados teve 10
problemas e foi enviado, por meio do Google Forms, a todos os sujeitos. O
período de respostas durou um mês. O tratamento de dados se deu a partir da
análise e da comparação das informações obtidas entre o Grupo A e o Grupo
B, para isso solicitou-se o envio de fotos das resoluções. Observou-se que
83,33% dos sujeitos responderam ao questionário, dos quais 33,33% eram do
Grupo A e 50% do Grupo B, porém as respostas de um participante do
segundo grupo não foram consideradas nas demais análises. Entre os
respondentes do Grupo A, em 100% das questões houve uma tentativa de
resolução, das quais 85% foram corretas e 15% incorretas. Já no Grupo B, a
taxa de acertos foi de 90%, as respostas incorretas representaram 0%, mas
10% das questões não foram respondidas. Não houveram diferenças
significativas entre as estratégias utilizadas pelos participantes de ambos os
grupos para resolverem os problemas. Com esses resultados parciais foi
possível inferir que, nesse grupo de sujeitos, praticar xadrez não interfere na
resolução correta de problemas de lógica. Perceberam-se também diferenças
acerca da tentativa de resolução das questões, que podem estar relacionadas
aos desafios que o Grupo A enfrenta ao jogar xadrez e o Grupo B não,
desistindo mais frequentemente de situações que representam uma
dificuldade. A pesquisa está em andamento com o desenvolvimento de
atividades com o Grupo B, que têm por objetivo aumentar os conhecimentos
desses discentes sobre xadrez. O projeto está sendo desenvolvido no âmbito
do Programa Institucional de Formação de Professores - PIFP/IFC, que possui
suporte financeiro do Edital 43/2020 da Reitoria.

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