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A Resolução de Problemas e a

investigação de conceitos na
Estatística

Jhenifer da Vitória Santos


João Victor Corrêa
Joice Carvalho Loss
8° ano do EF na modalidade presencial
Durante uma quarta-feira em uma aula de matemática do 8° ano, um aluno
comentou com o seu professor que nos jogos de interclasse participavam em média 8
a 9 meninas de cada turma, sendo turmas do 6° ao 9°. O professor então o questiona
sobre como ele chegou a essa conclusão, mas não teve respostas. Então, na aula
seguinte, o docente levou essa situação vivida para que os alunos realizassem uma
pesquisa.
Para conseguir provar essa tese o Grupo1 foi até a coordenação para buscar os
dados das alunas participantes.
Já o Grupo2 foi em cada sala de aula e pediu para que as meninas que
participavam dos jogos levantassem as mãos.
O Grupo1 concluiu que: 6°=8, 7°=11,8°=14, 9°=11.

O Grupo2 levantou os seguintes dados: 6°=8, 7°=9, 8°=12, 9°=11.


Com esses dados levantados, o professor pediu para que cada
grupo organizasse uma tabela com tais informações encontradas.

Grupo 1
Turma 6° 7° 8° 9°

Alunas 8 11 14 11
participantes

Grupo 2

Turma 6° 7° 8° 9°

Alunas 8 9 12 11
presentes
Após as resoluções serem apresentadas para a turma, se iniciou uma discussão:
Aluno1 (grupo1): Por que tivemos respostas diferentes se estamos na mesma
escola, professor?
Professor: eu quero ouvir de vocês o motivo, o que vocês acham que
aconteceu?
Aluno2 (grupo2): eu acho que o erro foi do Grupo1, porque fomos às salas,
não têm como está errado.
Aluno1: E se algumas alunas faltaram nesse dia? Então, estamos certos.
Aluno4: verdade, elas podem ter faltado, precisamos de mais dados para
resolver isso..

O grupo2 indignado com aquela situação pediu para que o professor


emprestasse sua pauta com a chamada daquele dia para defender seu resultado.
Então, o professor distribuiu uma tabela pela turma com os seguintes dados:

Dia da semana 1 2 3 4 5

Meninas 42 44 40 36 39
presentes
(participantes)
Meninas 2 0 4 8 5
faltantes
(participantes)

Após, o docente introduziu com a sua turma o conceito de média e pediu para
que se organizassem e chegassem então, a média de alunas participantes da
interclasse.

Avaliação: A avaliação é realizada neste processo através da participação e de um relatório


proposto posteriormente com o tema : “A importância da estatística no dia a dia das pessoas”.
A Resolução de problemas no ensino da estatística

O que dizem as autoras Onuchic e Allevato?


● PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais)
● leitura e interpretação de dados
● gera debates, interação e descoberta pelos alunos
● relacionar os conceitos aprendidos com aspectos do cotidiano

Onuchic e Allevato (2009, p.98):

O professor observa, analisa o comportamento dos alunos e


estimula o trabalho colaborativo. Ele ainda organiza, consulta,
media, intervém, controla e incentiva a aprendizagem dos alunos,
deixando o papel apenas de expositor durante o desenvolvimento
das atividades.
INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA E INVESTIGAÇÃO EM
ESTATÍSTICA

• Ponte, Brocardo e Oliveira (2009): as investigações podem ter situações simples ou não tão simples.

Investigar em Matemática assume características muito próprias,


conduzindo rapidamente à formulação de conjecturas que se procuram
testar e provar, se for o caso. As investigações matemáticas envolvem,
naturalmente, conceitos, procedimentos e representações
matemáticas, mas o que mais fortemente as caracteriza é este estilo
de conjectura-teste-demonstração. (PONTE; BROCARDO;
OLIVEIRA, 2009, p. 10, grifo nosso).
• Na realização das atividades investigativas:
O PROFESSOR É O MEDIADOR
DO PROCESSO DE ENSINO

PAPÉIS DO PROFESSOR
(PONTE, BROCARDO E OLIVEIRA, 2009, p.47)

1. Desafiar os alunos;
2. Avaliar o seu progresso;
3. Raciocinar Matematicamente;
4. Apoiar o trabalho deles.
• Ponte, Brocardo e Oliveira (2009, p.105, grifo nosso) argumentam:

O ensino da Estatística assume uma perspectiva investigativa quando o


seu objetivo fundamental é o desenvolvimento da capacidade de
formular e conduzir investigações recorrendo a dados de natureza
quantitativa. Os alunos trabalham então com problemas reais,
participando em todas as fases do processo que tem o seu início na
formulação do problema, passa pela escolha dos métodos de recolha
de dados, envolve a organização, representação, sistematização, e
interpretação dos dados, e culmina com o tirar de conclusões finais.
Investigação estatística e a Situação problema:

As Investigações Estatísticas, relacionadas às várias situações-problemas do


dia a dia, proporcionam:

1. Desafios à imaginação;
2. Estimulam o raciocínio lógico;
3. Oportunizam ao aluno pensar estaticamente,
observando, argumentado, construindo estratégias,
conjecturando, favorecendo a análise crítica das
informações.
A estatística na Base Nacional Comum Curricular (BNCC):

Objeto de conhecimento Habilidades

Fonte:BRASIL,2018. Disponível em:


<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/matematica-no-ensino-fundamental-anos-finais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habili
dades>.
A incerteza e o tratamento de dados são estudados na unidade temática Probabilidade e
estatística. Ela propõe a abordagem de conceitos, fatos e procedimentos presentes em
muitas situações- -problema da vida cotidiana, das ciências e da tecnologia. Assim,
todos os cidadãos precisam desenvolver habilidades para coletar, organizar, representar,
interpretar e analisar dados em uma variedade de contextos, de maneira a fazer
julgamentos bem fundamentados e tomar as decisões adequadas. Isso inclui raciocinar e
utilizar conceitos, representações e índices estatísticos para descrever, explicar e
predizer fenômenos. (BRASIL, 2018, p. 274).
Com relação à estatística, os primeiros passos envolvem o trabalho com a coleta e a
organização de dados de uma pesquisa de interesse dos alunos. O planejamento de como
fazer a pesquisa ajuda a compreender o papel da estatística no cotidiano dos alunos.
Assim, a leitura, a interpretação e a construção de tabelas e gráficos têm papel
fundamental, bem como a forma de produção de texto escrito para a comunicação de
dados, pois é preciso compreender que o texto deve sintetizar ou justificar as conclusões.
No Ensino Fundamental – Anos Finais, a expectativa é que os alunos saibam planejar e
construir relatórios de pesquisas estatísticas descritivas, incluindo medidas de tendência
central e construção de tabelas e diversos tipos de gráfico. Esse planejamento inclui a
definição de questões relevantes e da população a ser pesquisada, a decisão sobre a
necessidade ou não de usar amostra e, quando for o caso, a seleção de seus elementos por
meio de uma adequada técnica de amostragem. (BRASIL, 2018, p. 275).

• LIMA ROSA, K. E. B. de; RIBEIRO, D. M. Estatística e probabilidade no ensino médio: uma proposta por meio da investigação matemática. In: Os desafios da escola
pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Paraná: Cadernos PDE. v. I, 2013. Disponível em:
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_mat_artigo_kerllen_elizabeth_bozza_de_lima_rosa.pdf>. Acesso em: 29
jun. 2021.
• BRASIL.(2018).Base Nacional Comum Curricular (Versão Final). Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/matematica-no-ensino-fundamental-anos-finais-unidades-tematicas-objetos-de-conhecimento-e-habilidades>.
Acesso em: 29 jun 2021.
Atividades dos livros didáticos

Júnior ; Castrucci. A conquista da Matemática. p229


Silveira. Enio. Matemática Compreensão e Prática. p.217
Referências
• LIMA ROSA, K. E. B. de; RIBEIRO, D. M. Estatística e probabilidade no ensino médio: uma proposta por meio da investigação
matemática. In: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Paraná: Cadernos PDE. v. I, 2013.
Disponível em:
<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_mat_artigo_kerllen_elizab
eth_bozza_de_lima_rosa.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2021.
• BRASIL.(2018).Base Nacional Comum Curricular (Versão Final). Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#fundamental/matematica-no-ensino-fundamental-anos-finais-unidades-tematicas-
objetos-de-conhecimento-e-habilidades>. Acesso em: 29 jun 2021.
• ONUCHIC, L. R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino-aprendizagem de matemática através da resolução de
problemas. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (Orgs). Educação Matemática - pesquisa em movimento. 2.ed. São Paulo:
Cortez, 2005. p. 213-231
• VARGAS, G. G. B.;BISOGNIN, E. A Metodologia da Resolução de Problemas e o Ensino de Estatística no Nono Ano do Ensino
Fundamental. In: ebrapem2012, pag. 3.
• LAMONATO; Maiza. LÚCIA; Cármen. Discutindo resolução de problemas e exploração-investigação matemática: Reflexões para
o ensino de matemática.Zetetiké-FE/Unicamp -- v. 19, n. 36 -- jul/dez 2011

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