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Qualquer reflexão sobre os “direitos de

propriedade intelectual” deve partir do


entendimento de que esses “direitos” minam os
direitos de propriedade genuínos e, por isso, são
ilegítimos em termos de princípios libertários. Os
direitos de propriedade reais e tangíveis resultam
de uma escassez natural e são consequência da
tentativa de manter a posse de uma propriedade
física que não pode estar nas mãos de mais de
uma pessoa ao mesmo tempo.
A noção de “propriedade intelectual”, por
outro lado, cria escassez artificial onde não há
escassez natural, e só pode ser aplicada
invadindo-se propriedades reais e tangíveis e
impedindo-se seu dono de usá-las de forma que
viole o suposto direito de propriedade intelectual
alheio. Conforme ressalta Stephan Kinsella, se um
Cro-Magnon particularmente talentoso tivesse
sido capaz de patentear a construção de cabanas,
seus herdeiros, hoje, teriam o direito de nos
impedir de construir nossas próprias cabanas em
nossa própria terra, com nossos próprios troncos,
até que lhes pagássemos qualquer quantia que
exigissem.
A informação digital registrada requer um
modelo de negócio ainda mais violador dos
genuínos direitos de propriedade do que os
direitos autorais tradicionais. O regime de
direitos autorais digitais vigente sob os termos da
Lei de Direitos Autorais do Milênio Digital
(DMCA), do Tratado sobre Direitos Autorais da
Organização Mundial da Propriedade Intelectual
e do Acordo TRIPs, da Rodada Uruguai do
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT),
concentra-se inteiramente na tentativa de
impedir as pessoas de usarem seus próprios
discos rígidos e outros bens como bem
entenderem. É efetivamente ilegal, graças a essa
legislação, vender hardware capaz de lograr
tecnologias de gestão de direitos digitais, ou
publicar códigos que habilitem alguém a lográ-la.
Conforme Cory Doctorow salienta, “É irônico
que, em nome da proteção da ‘propriedade
intelectual’, as grandes companhias da mídia
estejam dispostas a cometer tal violência contra a
ideia de propriedade real – argumentando que,
uma vez que tudo que possuímos, desde nossas
camisetas aos nossos carros ou nossos e-books,
inclui os direitos autorais, as patentes e as marcas
registradas de alguém, somos, basicamente,
meros rendeiros vivendo na terra de nossos
benevolentes mestres, que acharam por bem nos
arrendar nossas casas”.
A ubíqua gestão de direitos digitais impede
a transferência fácil de conteúdo entre as
plataformas, mesmo quando o comprador de um
CD ou de um DVD quer, apenas, executá-lo em
algum lugar mais conveniente. E a DMCA proíbe
legalmente que se contorne essa gestão, mesmo
quando, novamente, o comprador quer apenas
facilitar seu próprio uso em uma variedade maior
e mais conveniente de plataformas.
Não há como exagerar o grau de
invasividade exigido pela defesa da “propriedade
intelectual” na era digital. A intrusiva e
inconveniente gestão de direitos digitais,
incorporada nas mídias proprietárias, e a
draconiana legislação que criminaliza os recursos
técnicos para evasão deveriam deixar isso claro. A
tendência lógica do regime de direitos autorais
digital foi descrita de forma bastante convincente
por Richard Stallman em um conto distópico,
“The Right to Read” [O direito de ler, tradução
livre] (simplesmente busque no Google – vale
muito a pena).
As corporações contam com a legislação,
cada vez mais autoritária, para capturar o valor
da informação proprietária. Johann Soderberg
compara a maneira como as fotocopiadoras eram
monitoradas na extinta União Soviética, para
proteger o poder das elites naquele país, à
maneira como os meios de reprodução digital são
monitorados nos Estados Unidos país para
proteger o poder das corporações. Interesses
econômicos privilegiados, ligados ao Estado, se
tornam cada vez mais dependentes desse
controle, que, infelizmente para eles, está ficando
cada vez mais inexequível, graças ao BitTorrent, à
criptografia forte e a servidores proxy. Caso em
questão: a “revolta do DeCSS”, em que liminares
judiciais contra um código para desbloquear um
DVD foram recebidas com uma provocadora
publicação deste em blogs, sites e mesmo em
camisetas. A impossibilidade de se colocar em
prática a proteção aos direitos de propriedade
intelectual enfraquece o modelo de negócios que
prevalece entre uma grande parcela de empresas
privilegiadas e ligadas ao Estado.
Modelo de negócios obsoleto
Antigamente, o imenso valor dos ativos
físicos era o suporte estrutural primário para os
limites corporativos e, em particular, para o
controle das hierarquias corporativas sobre o
capital humano e outros ativos intangíveis. Isso
vem mudando conforme os ativos físicos têm se
tornado menos importantes do que o capital
humano. À medida que o capital humano se
torna a fonte primária de lucro, a velha lógica de
controle institucional das empresas se evapora.
Nas indústrias da informação e do
entretenimento, antes da revolução digital e da
internet, as despesas iniciais para entrar no
mercado giravam em torno das centenas de
milhares de dólares ou mais. A velha mídia
eletrônica de massa, como colocou Yochai
Benkler, era “representada por centros de alto
custo e por sistemas baratos e ubíquos, de
recepção apenas, nas pontas. Isso conduz a um
leque estreito de modelos organizacionais para
produção: aqueles que poderiam levantar fundos
suficientes para estabelecer um desses centros”.
O mesmo era verdade na impressão de
periódicos: entre 1835 e 1850, o custo típico para
iniciar um jornal aumentou de $500,00 para
$100.000,00 – ou de, aproximadamente,
$10.000,00 para $2.38 milhões de dólares, em
2005.
A economia em rede, por outro lado, se
distingue pela “arquitetura de rede e pelo [baixo]
custo de se tornar um participante”. A principal
mudança que torna isso possível é que “o capital
físico básico necessário para expressar e
comunicar uma mensagem entre humanos é o
computador pessoal conectado à rede”. A
revolução do desktop e da internet significa que a
despesa mínima de capital para entrar na maioria
das indústrias de informação e entretenimento
caiu para uns poucos milhares de dólares no
máximo, e que o custo marginal de reprodução é
zero. O ambiente de rede, combinado com
infinita variedade de programas baratos para
criar e editar conteúdos, torna possível ao
amador produzir resultados de qualidade
antigamente associada somente às grandes
editoras e gravadoras. Isso vale para a indústria
do software, da música (graças aos equipamentos
baratos e aos programas que permitem gravação
e edição de alta qualidade), da editoração
eletrônica e, em certa medida, até para a
indústria de filmes (como demonstrado por
tecnologias de edição acessíveis e pelo sucesso de
Capitão Sky). A tecnologia dos podcasts torna
possível distribuir uma programação de “rádio” e
“televisão”, praticamente sem custos, a qualquer
pessoa com conexão de banda larga. Uma rede de
contribuidores amadores produziu, sem
nenhuma centralização, uma enciclopédia, a
Wikipédia, que a própria Enciclopédia Britannica
vê como uma rival. Conforme Tom Coates coloca,
“a brecha entre o que pode ser realizado em casa
e o que pode ser realizado no ambiente de
trabalho diminuiu dramaticamente nos últimos
dez ou quinze anos”.
O mesmo vale para as notícias, com a
contínua expansão das redes de amadores em
foros como a Indymedia, atuações alternativas
como as de Robert Parry e de Grag Palast, e
tropas iraquianas e americanas disponibilizando
notícias em primeira mão em blogs, exatamente
ao mesmo tempo em que as redes de televisão
tradicionais estão fechando.
Problemas com agências, secessão nas
empresas
Isso tem enfraquecido profundamente as
hierarquias corporativas nas indústrias da
informação e do entretenimento, enquanto cria
enormes problemas nas agências. Conforme o
capital humano eclipsa o capital físico como a
principal fonte de lucro, torna-se cada vez mais
viável para os ativos de capital humano migrar
atrás de mais benefícios. Pessoas podem exercer
suas habilidades em qualquer lugar, formar
“empresas dissidentes”, e deixar seus antigos
empregadores em conchas vazias, com pouco
mais que o nome da companhia. Houve alguns
casos famosos, como a saída de Maurice Saatchi
da agência de publicidade Saatchi e Saatchi; e a
perda, pela Salomon Brothers, de um grupo de
negociantes responsável por 87% dos lucros da
empresa. Conforme Luigi Zingales, que escreve
sobre a teoria das organizações, colocou, “Se
assumirmos a posição de que os limites de uma
empresa são o ponto até o qual a alta gerência
tem a capacidade de exercer o poder (…), o grupo
não era uma parte integral de Salomon. Ele
meramente alugava as salas, o nome e o capital
de Salomon, e entregava uma parte de seus lucros
pelo aluguel”.
O economista David Prychitko afirmou
sobre as empresas “secessionistas” na indústria de
tecnologia, nos anos 1990, quando elas mal
começavam:
“As velhas empresas atuam como embriões
das novas. Se um trabalhador ou um grupo deles
não está satisfeito com a empresa existente, cada
um tem a habilidade que ele ou ela controla e
pode deixar aquela com essas habilidades e abrir
uma nova. Na era da informação, está se
tornando mais evidente que um chefe não pode
controlar os trabalhadores como o fazia quando
prevalecia a linha de montagem. As pessoas não
podem mais ser tratadas como burros de carga,
pois o valor do processo de produção está cada
vez mais incorporado nas habilidades intelectuais
do trabalhador. Isso apresenta uma nova ameaça
à empresa tradicional se ela recusa a organização
participativa.
“O surgimento da secessão nas empresas de
computação nos leva a questionar até que ponto
nosso atual sistema de direitos de propriedade
sobre ideias e informações protege os chefes em
outras indústrias contra o poder de pressão dos
trabalhadores. Talvez nosso atual sistema de
patentes, direitos autorais e outros direitos de
propriedade intelectual impeça a competição e
fomente o monopólio, como argumentam alguns
economistas austríacos. Direitos de propriedade
intelectual podem, também, reduzir a
probabilidade de secessão nas empresas em geral,
e desencorajar mudanças para formatos mais
participativos e cooperativos”.
Neste ambiente, a única coisa separando os
velhos dinossauros da informação e da mídia de
seu colapso total são seus supostos direitos de
propriedade intelectual – pelo menos até onde
eles podem ser protegidos na prática. A posse da
propriedade intelectual se torna a nova base para
o poder das hierarquias institucionais e o
principal pilar para os limites corporativos.
A prevalência cada vez maior e os custos
minguantes das máquinas produzidas em
pequena escala, junto com os meios distribuídos
de levantar capital agregando pequenas doações
pela colaboração em massa, significam que, em
larga medida, os mesmos fenômenos ocorrem
com a produção física.
Sem a propriedade intelectual, em qualquer
indústria onde o equipamento de produção
básico seja amplamente acessível, e as conexões
entre as bases tornem o gerenciamento de cima
para baixo obsoleto, é provável que a produção
autogerida e cooperativa substitua as velhas
hierarquias administrativas. A revolução da rede,
se todo o seu potencial for concretizado (como
escreveu James Bennet em um artigo
apropriadamente intitulado “O fim do
capitalismo e o triunfo da economia de
mercado”), conduzirá a uma redistribuição
substancial do poder e do dinheiro, que irá dos
produtores industriais de informação, cultura e
comunicação do século XX – como Hollywood, a
indústria fonográfica e, talvez, as empresas de
difusão e alguns dos gigantes das
telecomunicações – para um conjunto
amplamente difuso de populações ao redor do
mundo, e para os atores do mercado que vão
construir as ferramentas para tornar essa
população mais capaz de produzir seu próprio
ambiente de informação em vez de comprá-lo
pronto.
Pagando pelo nome
Outro efeito da mudança de importância
dos ativos tangíveis para os intangíveis é que uma
crescente parcela dos preços dos produtos
consiste em aluguéis incorporados da
propriedade intelectual e de outros direitos de
propriedade artificiais, ao invés dos custos
materiais de produção. Tom Peters, no “The Tom
Peters Seminar”, gostava de discursar sobre a
crescente parcela do “valor” de produtos
composta de “efemeridade” e “intelecto” (isto é, a
parcela do preço final que consiste no tributo
devido àqueles que detêm a propriedade
intelectual) ao invés do valor dos custos de
trabalhos e de material. Para citar Michael
Perelman, “A chamada ‘economia sem peso’ tem
mais a ver com os poderes legislados da
propriedade intelectual que o governo concedeu
às grandes corporações. Por exemplo, empresas
como Nike, Microsoft e Pfizer vendem coisas que
tem alto valor relativo ao seu peso somente por
causa de seus direitos de propriedade intelectual
que os isolam da competição”.
Mas a propriedade intelectual, como já
vimos, está se tornando cada vez mais
inexequível. Como resultado, a propriedade do
conteúdo está se tornando cada vez mais
insustentável como base para o poder
institucional corporativo. E podemos esperar uma
brusca diminuição da parcela dos preços das
mercadorias que se deve ao aluguel de direitos de
propriedade artificiais.
Um componente importante do modelo de
negócios que prevalece sob o capitalismo
corporativo de hoje é a oferta de plataformas
abaixo de seu custo, junto com a venda de peças
de reposição e acessórios patenteados etc., com
enorme margem de lucro. Então compra-se um
celular por pouco ou nada, com a obrigação
contratual de usar somente um pacote de
serviços por muitos anos; alguém compra uma
impressora razoavelmente barata que usa
caríssimos cartuchos de tinta; compra-se um
glicosímetro barato com tiras para medir a
glicose que custam $100,00 a caixa. Desbloquear o
telefone para usar um plano de serviços diferente,
ou manufaturar cartuchos de tinta ou tiras para
medir a glicose genéricos, competindo com as
versões originais, é ilegal. O mesmo se dá com a
manufatura de peças de reposição, para um carro
ou um aparelho, em competição com a empresa
que detém a concessão.
A “propriedade intelectual” também serve
como um baluarte para a obsolescência planejada
e para altas despesas de produção. Os aparelhos
são geralmente planejados para impedir
consertos. Quando o técnico lhe diz que o
conserto de sua máquina de lavar vai custar tão
caro que não vale a pena fazê-lo, ele está dizendo
a verdade. Mas ele falha ao não acrescentar que
essa situação reflete um esquema deliberado: a
máquina poderia ser planejada de forma
modular, de modo que a parte defeituosa poderia
ser substituída de forma simples e barata. E se o
fabricante fosse sujeito a uma competição
irrestrita, o incentivo normal do mercado seria
para que fizesse isso.
Retirando-se as restrições legais, seria mais
lucrativo oferecer acessórios e substitutos
genéricos competitivos para outras plataformas
de empresas. E, em face dessa competição,
haveria uma forte pressão na direção de
esquemas de produtos modulares que fossem
simples de consertar e aptos a utilizar
componentes e acessórios modulares das
plataformas de outras empresas. Ausentes as
restrições legais das patentes, um aparelho
planejado para frustrar a facilidade de conserto
através da incompatibilidade com outras
plataformas de empresas arcaria com uma
desvantagem competitiva.
Em nível global, a propriedade intelectual
exerce o mesmo papel protecionista para as
corporações transnacionais que as tarifas
exerceram nas antigas economias nacionais.
Dificilmente é uma coincidência que os setores
industriais dominantes na economia corporativa
global – software, entretenimento, biotecnologia,
farmacêutico e eletrônicos – dependem,
necessariamente, da propriedade intelectual. E o
foco central do regime neoliberal, que tem sido
falsamente identificado com o “livre comércio” e
“livre mercado”, está no fortalecimento do regime
jurídico da propriedade intelectual como fonte
primária de lucro.
Em escala global, as patentes fecham as
corporações transnacionais em um permanente
monopólio sobre a tecnologia produtiva. A
principal motivação no regime de propriedade
intelectual do GATT é assegurar o monopólio
coletivo das corporações transnacionais (TNCs)
sobre tecnologia avançada e impedir que haja
uma concorrência independente no terceiro
mundo. Seria, como escreve Martin Khor Kok
Peng da Third World Network, “impedir na
prática a difusão da tecnologia no terceiro
mundo, e aumentar tremendamente o monopólio
de direitos autorais dos TNCs, ao mesmo tempo
freando o desenvolvimento potencial da
tecnologia do terceiro mundo”.
Chegando ao fim
Mas, para repetir, a boa notícia é que, tanto
na economia doméstica quanto na global, esse
modelo de negócios está condenado. A mudança
do capital físico para o humano como fonte
primária de capacidade produtiva em várias
indústrias, junto com a queda dos preços e a
dispersão generalizada da posse dos bens de
capital, significa que os empregadores
corporativos estão cada vez mais fracos e
somente mantêm o controle sobre o processo de
produção física através de ficções legais. Quando
muito da verdadeira produção física é
terceirizada para a pequena loja independente
(seja ela uma loja chinesa ou um fornecedor da
GM) a corporação se torna um “nó” redundante
na rede, que pode ser contornado. Conforme
descreveu o blogueiro David Pollard, do ponto de
vista de um historiador futuro, em 2015:
“Aqueles que forneciam caros serviços
terceirizados passaram rapidamente a ser
considerados intermediários desnecessários (…)
As grandes corporações, tendo abandonado tudo
que supunham ser ‘capacidade não essencial’,
aprenderam, para sua tristeza, que na economia
da informação conectada o valor de suas
capacidades essenciais era muito menor que o
inflado valor de seu estoque, e perderam muito
de sua parte do mercado para novas federações
de pequenos negócios.”
Considerando todo o dano que causa, a
propriedade intelectual não é realmente
necessária, nem mesmo como incentivo para
inovação. F. M. Scherer, analista industrial,
argumentou nos anos 1990, baseado em uma
pesquisa com 91 companhias, que
aproximadamente 86% de todas as inovações de
processos ou produtos teriam sido desenvolvidas
por conta “da necessidade de permanecer
competitiva, do desejo por uma produção
eficiente e do desejo de expandir e diversificar
suas vendas”.
E os direitos autorais não são mais
necessários para a criação artística que as
patentes são necessárias para as invenções. No
mundo do software aberto, muitas empresas que
conseguem ganhar dinheiro com serviços
auxiliares, embora seu conteúdo em si não seja
proprietário. Por exemplo, a Red Hat ganha
dinheiro fora do sistema operacional Linux
customizando o software e oferecendo suporte
personalizado ao cliente. A Phish tem encorajado
ativamente seus fãs a compartilhar sua música
livre de custos, enquanto ganha dinheiro através
de concessões e apresentações ao vivo. A banda
Radiohead disponibilizou um álbum recente para
download, recebendo somente contribuições
voluntárias através do que acabou se tornando
uma gloriosa caixinha no PayPal.
Uma vez que a propriedade intelectual não
é necessária para encorajar a inovação, isso
significa que seu principal efeito prático é causar
ineficiência econômica ao impor o custo de um
monopólio sobre o uso de uma tecnologia
existente.
Em qualquer caso, para aqueles que
defendem o libertarianismo por causa dos
princípios da propriedade e da não-agressão, não
interessa se a propriedade intelectual é ou não
necessária para tirar proveito de certas formas da
atividade econômica. Esse é o mesmo argumento
usado pelos protecionistas: certas empresas não
seriam lucrativas se não fossem protegidas por
tarifas. Mas ninguém tem o direito de lucrar à
custa dos outros através do uso da força. Em
particular, ninguém tem o direito de lucrar
usando o Estado para impedir que os outros
façam o que quiserem com suas canetas e papéis,
discos rígidos ou CDs. Um modelo de negócios
que não é lucrativo sem intervenção
governamental deve falhar.

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