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Mark Zuckerberg está transformando uma das empresas mais populares e lucrativas do mundo em

uma “Companhia do Metaverso”. Mas esta tendência não começou com ele. Grandes empresas de
jogos eletrônicos já exploram  novas possibilidades de rentabilidade de universos parecidos com o
Metaverso. No início deste ano, por exemplo, a Epic Games, empresa desenvolvedora de jogos
digitais, desembolsou US $1 bilhão com o intuito de financiar a construção do Metaverso a longo
prazo. O grande aporte de recursos financeiros serve como indicativo de que o mercado digital está
começando uma grande mudança. Nesse contexto, o desenvolvimento de novas tecnologias e o
aprimoramento daquelas já existentes, como realidade virtual, inteligência artificial e IoT, é
essencial para dar suporte ao metaverso em construção. E aqui está outra palavra importante:
construção. Para o metaverso, a arquitetura e o design são tão importantes quanto o desenvolvimento
de softwares. Entenda como os arquitetos e outros profissionais estão sendo impactados por essa
nova realidade virtual, ao mesmo passo em que desempenham um novo papel na economia mundial.
O termo metaverso apareceu pela primeira vez no romance Nevasca, escrito por Neal Stephenson em
1992. No geral, a expressão identifica um espaço virtual que procura recriar ou criar um novo
universo combinando tecnologias baseadas no uso da internet.

Ainda que o gigante Facebook tenha sido o mais recente caso a ganhar destaque nas mídias –
inclusive com a mudança do nome de seu conglomerado para Meta – Mark Zuckerberg não foi o
primeiro e não será o único a liderar o processo. Para muitos especialistas no tema e em seu
desenvolvimento, o metaverso é um sistema aberto, baseado na interoperacionalidade. Nele, a força
central são os usuários, não a indústria – algo bem parecido com o que é retratado na obra Jogar Nº
1, filme de 2018 dirigido por Steven Spielberg, o mesmo de A.I. – Inteligência Artificial. São os
usuários, então, responsáveis pela cocriação dos espaços digitais do metaverso. E, sobretudo, por
caracterizá-lo como um espaço de socialização para além do mundo real.
Assim, os espaços virtuais precisam de um arquiteto, alguém que pense os lugares desse novo
universo e os projete
Indo além, o contexto atual de pandemia produziu uma aceleração da migração da economia real
para a digital. Criptomoedas, transmissão de dados, contratos, assinaturas, enfim, procedimentos
antes realizados somente no formato impresso e real, agora são realizados por meio de dados.
Itens digitais constituem atualmente um mercado de bilhões de dólares, no qual cada criação digital é
certificada e rastreada como única, garantindo o seu valor de venda por meio de tecnologias como
blockchain e NFT (non-fungible token, no original em inglês, traduzido como token não fungível no
português). Essencialmente, as tecnologias que garantem a integridade e o valor dos ativos digitais é
a criptografia, ou seja, a transformação das informações e dados em um código que precisa ser
gerado em uma ponta e traduzido em outra. Na experiência real, a criptografia e as tecnologias
relacionadas já tornaram possível, por exemplo, a realização de leilões em que o item a venda era um
meme – aquelas imagens produzidas exclusivamente na internet e que já começam a ganhar status de
arte. Nos ambientes virtuais, por sua vez, pessoas reais exibem suas coleções de itens digitais,
visitam marcos arquitetônicos, participam de eventos e vivem uma vida completa por meio de um
avatar. Algo promovido, por exemplo, por jogos como The Sims e Second Life. Associando as duas
informações, é possível pensar em projetos arquitetônicos produzidos e comercializados dentro de
espaços virtuais ou destinados a eles, por meio de leilões utilizando os NFT. Ou seja, arquitetos e
designers podem criar ativos digitais como edificações, esculturas, móveis, texturas, cidades inteiras
e os vender inúmeras vezes para diferentes mundos virtuais – e clientes virtuais.
Programas de modelagem digital ou de desenho arquitetônico circulam no mercado desde antes de o
metaverso ganhar forças. São programas como CAD e BIM que permitem testar os projetos antes de
serem executados. Qual a diferença, então, de projetar para o metaverso? Nesse caso, a ideia não é
tornar real o projeto realizado em softwares, mas mantê-lo virtual e acessível aos usuários e pessoas
do metaverso. É de se pensar, então, que alguns parâmetros (e porque não limites) da construção
civil possam ser superados.
Fonte: Arquitetura no Metaverso: um novo modelo de mercado | Engetax
Elevadores (https://engetax.com.br/arquitetura-no-metaverso/)
Neste artigo, discutiremos brevemente o que é o metaverso, quem o construirá e, mais
importante, por que ele é importante para os arquitetos e como os designers podem
desempenhar um papel significativo na economia digital que está por vir?
Metaverso é, definitivamente, a palavra da moda mais quente no mundo da tecnologia
atualmente. As comunidades de tecnologia acreditam que o metaverso deve ser um
ecossistema aberto e interoperável, não dominado por uma única empresa. Como disse
Mark Zuckerberg, “esperamos que no futuro, perguntar se uma empresa está construindo
um metaverso soará tão ridículo quanto perguntar a uma empresa como está indo a
Internet.”
o metaverso deve ter genes descentralizados para evitar ser monopolizado por algumas
forças. O cofundador da Roblox, Neil Rimer, afirma: “A energia em torno do metaverso
virá dos usuários, não da empresa”. O CEO da Epic, Tim Sweeney, também enfatizou: “O
metaverso não vem de nenhum gigante da indústria, mas da cristalização da cocriação de
milhões de pessoas. Cada um faz sua contribuição para o metaverso por meio da criação de
conteúdo, programação e design de jogos. As contribuições também podem agregar valor
ao metaverso de outras maneiras."
O mundo inteiro está testemunhando uma grande mudança da economia real para a
economia digital, e a integração das duas foi acelerada drasticamente desde o início da
pandemia global.
Vimos várias lojas de material de construção fecharem suas portas, ao mesmo tempo em
que a marca de moda Balenciaga optou por estrear sua coleção mais recente em um
videogame. Proprietários de imóveis comerciais estão lutando porque os inquilinos estão
abandonando os escritórios ou buscando opções menores, enquanto empresas de
videoconferência como a Zoom obtiveram enorme sucesso e explodiram em meio à
pandemia. Queiramos ou não, a Covid-19 mudou nossa cultura de trabalho, acelerou o
crescimento do e-commerce e transformou a forma como as empresas operam. Alguns dos
pioneiros na construção de metaversos são jogos, moda, Hollywood e criptografia. Não há
outra opção a não ser entrar no novo jogo. Caso contrário, você não sobreviverá enquanto
modelo de negócio.
Os itens digitais já representam um mercado de mais de US$ 10 bilhões e, para que os itens
digitais tenham valor real e duradouro, eles devem existir independentemente de uma
entidade que possa decidir a qualquer momento remover ou desativar o item. É por isso que
o NFT (tokens não fungíveis), a aplicação mais recente em tecnologia blockchain, entrou
em cena. “Não fungível” significa que é único e não pode ser substituído por outro. O valor
dos NFTs é, portanto, entendido como a certificação da criação do item digital como
"único". E essa criação digital pode ser qualquer coisa, incluindo arquitetura digital. A
artista Krista Kim, de Toronto, vendeu a primeira casa digital em NFT por mais de meio
milhão de dólares. Isso é mais do que o preço de uma casa real em muitas cidades da
América do Norte.
Outra tendência no mundo da criptografia é investir em imóveis virtuais. Imóveis baseados
em blockchain em mundos virtuais valorizaram como resultado do frenesi do mercado
de NFT que começou no início de 2021. Um pedaço de terreno virtual no mundo online
baseado em blockchain Decentraland foi vendido por mais de US$ 900.000 recentemente.
Em mundos virtuais como Decentraland, Sandbox, Somnimum Space, as pessoas podem
exibir suas coleções de arte NFT, caminhar com amigos, visitar edifícios e participar de
eventos. Isso pode parecer estúpido e irreal para muitas pessoas, e a plataforma pode ser
ainda muito nova, mas é definitivamente um espaço interessante e possivelmente lucrativo
para designers alavancarem suas habilidades de design no mundo físico e estendê-las ao
mundo virtual.

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