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A importância crescente das prestações sociais, e em particular das pensões, na redução da incidência da
pobreza é muito grande, possibilitando uma redução em 5,4 pontos percentuais. De igual forma, é possível
identificar o impacto das pensões na redução da incidência da pobreza. Essa redução é de 21 pontos
percentuais, sendo notória a importância desta fonte de rendimento nos recursos das famílias.
A taxa de risco de pobreza em 2017 correspondia à proporção de habitantes com rendimentos monetários
líquidos anuais por adulto equivalente, inferiores a 5610 euros (468 euros por mês). Este limiar, ou linha de
pobreza relativa, corresponde a 60% da mediana (9351 euros) da distribuição dos rendimentos monetários
líquidos equivalentes.
Em 2017, a taxa de risco de pobreza para os menores de 18 anos e para os adultos em idade ativa reduziu-se,
mas aumentou o risco de pobreza para a população idosa. Também o risco de pobreza se reduziu para ambos
os sexos. Contudo, este impacto foi mais expressivo para os homens do que para as mulheres, agravando-se
a diferença entre os dois grupos (16,6% no caso dos homens e 17,9% no caso das mulheres, em 2017).
Em 2019-21, o progressivo abrandamento do emprego deverá ser em larga medida compensado por uma
aceleração das remunerações por trabalhador, resultando numa desaceleração muito ligeira da massa salarial.
As hipóteses de finanças públicas consideradas têm um impacto favorável no rendimento disponível em 2018-
-2019. Para além de medidas aprovadas em anos anteriores (como o descongelamento gradual das
progressões salariais na administração pública ou a alteração de escalões em sede de IRS), foram incorporadas
medidas anunciadas no Orçamento do Estado para 2019.
Banco de Portugal, Projeções para a Economia Portuguesa: 2018-2021, dezembro de 2018 (adaptado).