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Discente: Alik Rosa Rodrigues

Matrícula: 152509

Capítulo VII - O Inquisidor como Antropólogo: Uma Analogia e as suas Implicações

Carlo Ginzburg é um historiador italiano, nascido em 1939, conhecido por ser um dos
pioneiros no estudo da micro-história. Autor de diversas obras premiadas, tornou-se
conhecido mundialmente pela obra “O Queijo e os Vermes” (Il formaggio e i vermi, 1976),
que abordava a vida de um camponês em Montereale Valcellina, Itália.
É cabível inferir que, no decorrer do século XX houve uma mudança de grande
relevância para o campo da história, que consistia na aceitação de novas fontes,
principalmente as orais. Carlo Ginzburg, teve papel de notoriedade nesse período e em seu
texto: “O Inquisidor como Antropólogo: Uma Analogia e as suas Implicações”, analisou
processos inquisitoriais e destacou a importância da utilização de diversas fontes de pesquisas
para além da documentação escrita, fazendo uma analogia entre o inquisidor e o antropólogo.
Nesta comparação feita por Ginzburg, o antropólogo é tido como um inquisidor, e
ambos possuem o mesmo papel, cujo objetivo é chegar à veracidade dos fatos, observando-os
de todos os ângulos possíveis, concluindo que há diversas formas de percebe-los. O autor
reitera que há convicções, influências e crenças pessoais em textos vindos de documentos de
relatos orais: “Não há textos neutros até mesmo um inventário notarial implica em código,
que tem que ser decifrado” (GINZBURG, 1991), fazendo-se necessário uma análise e
consulta de fontes, concluindo assim que nenhuma narração histórica, escrita ou oral é
dissociada de quem a narra, e o narrador está ligado ao seu próprio período da história

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