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SUMÁRIO

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PÁG. 7
SUMÁRIO ESCOPO DO REGULAMENTAÇÃO REGULAMENTAÇÃO
EXECUTIVO MANUAL INTERNACIONAL NACIONAL

3.1 Recursos de Espectro e


Órbita (UIT e ANATEL)
pág. 4

3.2 Registro de Objetos

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Espaciais Brasileiros
COPUOS/UNOOSA e AEB)
PÁG. 10

pág. 6

8
PÁG. 18
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5 7
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PROCEDIMENTOS
NACIONAIS (ANATEL)
PROCEDIMENTO
6.1 Certificado de Operador PARA REGISTRO DO
de Estação de Radioamador OBJETO ESPACIAL
RESUMO DOS
(COER) para operar satélite
PROCEDIMENTOS E BRASILEIRO
radioamador pág. 10 PROCEDIMENTOS
ETAPAS APLICÁVEIS (ANATEL, AEB E
INTERNACIONAIS
AOS PROJETOS DE COPUOS/UNOOSA)
6.2 Licença de Funcionamento (ANATEL, IARU E UIT)
SATÉLITES de Estação de Radioamador
RADIOAMADORES via satélite pág. 11
7.1 Obtenção do login para
acesso à plataforma TIES
da UIT

10
7.2 Carta com solicitação inicial

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assinada pelo responsável pela
PÁG. 19

entidade pág. 12
PÁG. 20

7.3 Habilitação no sistema


e-Submission da UIT
MODELOS E (Operating Agency e
FORMULÁRIOS Operator User) pág. 13
REFERÊNCIAS E
MATERIAIS ADICIONAIS
PÁG. 18

10.1 Formulários para 7.4 Instalação de softwares, SOBRE O TEMA

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autorização/licenças da preenchimento e envio do
ANATEL para Satélite formulário de API
Radioamador (SOR/ORLE) (Advanced Publication 11.1 UIT (União Internacional de
pág. 19 Information) pelo Telecomunicações) pág. 20
e-Submission pág. 14
10.2 Descritivo do projeto
de Satélite Radioamador 11.2 ANATEL (Agência Nacional
ÁREAS DA ANATEL (indicação de informações 7.5 Publicação da API pág. 21
de Telecomunicações) p
EM CASO DE mínimas a serem forneci- (API/A e API/B) pág. 17
das) pág. 19
DÚVIDAS SOBRE 11.3 AEB (Agência Espacial
PROCEDIMENTOS 7.6 Coordenação de Brasileira) e COPUOS/
10.3 Formulários para UNOOSA (Escritório para
cadastro de “Operating frequências no âmbito da
IARU pág. 17 Assuntos do Espaço Exterior
Agency” e “Operator User” das Nações Unidas) pág. 22
no sistema e-Submission
d a UIT pág. 19 7.7 Notificação dos
recursos de espectro e 11.4 IARU (União Internacional
órbita junto à UIT (Part-IS, de Radioamadores) e LABRE
10.4 Dados para
Part-IIS e Part-IIIS) pág. 17 (Liga de Amadores Brasileiros
pagamento de faturas
internacionais da UIT de Rádio Emissão) pág. 22
relativas a Cost Recovery
pág. 20 7.8 Confirmação da entrada
em operação (BiU),
Suspensão ou Supressão
10.5 Formulário para
da Rede pág. 18
registro do objeto espacial
Brasileiro junto ao
COPUOS/UNOOSA
pág. 20
1. Sumário Executivo
Nos últimos anos percebe-se uma redução considerável no custo de fabricação, e lançamento
ao espaço, de pequenos satélites não geoestacionários. Por tal motivo, estudantes e profissionais da
área de satélites atuando em escolas, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento, pequenas
e médias empresas, incluindo startups, têm demonstrado interesse em realizar projetos com este
tipo de tecnologia, visando explorar uma série de aplicações incluindo pesquisa espacial, astronomia,
astrofísica, radioamadorismo, atividades educacionais, sensoriamento terrestre, e inclusive atividades
de cunho comercial.
Neste sentido, é necessário prover orientações claras, especificamente em relação aos diversos
aspectos regulatórios e procedimentais, tanto em nível nacional quanto internacional, para viabilizar o
uso de recursos de espectro e órbita por estes tipos de equipamentos.

2. Escopo do Manual
Embora ainda não haja uma definição regulatória que classifique formalmente os pequenos
satélites dentre os diferentes tipos existentes, para fins desta orientação considera-se como
referência a tabela abaixo.

Tabela 1 - Características Típicas de Pequenos Satélites não geoestacionários

Potência Dimensões Duração da


Tipo Massa Máxima máximas Missão
(Kg) (W) (m) (anos)

Mini satélite 100-500 1000 3-10 5-10

Micro satélite 10-100 150 1-5 2-6

Nano Satélite 1-10 20 0.1-1 1-3

Pico Satélite 0.1-1 5 0.05-0.1 1-3

Femtosatélite <0.1 1 0.01-0.1 <1


(fonte: ITU-R SA 2312-0)

Em geral existem 3 tipos de categorias de missões dos pequenos satélites:

a) Missões Radioamadoras e Educacionais.

b) Missões Experimentais e Pesquisa.

c) Missões Comerciais.

Este guia trata de aspectos relacionados a sistemas de satélites não geoestacionários operando em
órbita baixa (LEO), que fazem uso de radiofrequências para receber e/ou transmitir sinais, cujo conjunto
de características se enquadra nas denominações de “Femto”, “Pico” ou “Nano satélite”. Além disso,
as orientações aqui presentes são voltadas para satélites de missões Radioamadoras e Educacionais
(tipo “a”), utilizadas para aplicações que possam ser classificadas no escopo do Serviço Radioamador,
utilizando radiofrequências atribuídas internacionalmente ao AMATEUR-SATELLITE SERVICE.
Destaca-se que este manual não visa orientar sobre aspectos relativos a outros tipos de missões
dos tipos “b” e “c”, satélites que não fazem uso de radiofrequências, nem eventuais procedimentos e
regras afetas à regulamentação de uso do espaço aéreo, gestão de detritos espaciais (space debris), ou

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quaisquer outros aspectos fora do escopo regulatório de telecomunicações gerido nacionalmente pela
ANATEL.

3. Regulamentação Internacional
3.1 Recursos de Espectro e Órbita (UIT e ANATEL)
A utilização de recursos de espectro e órbita para operação de pequenos satélites é regida
por regras internacionais, definidas no âmbito da União Internacional de Telecomunicações (UIT),
Agência da ONU especializada em telecomunicações, onde se estabelece o Regulamento de
Radiocomunicações (RR), instrumento com força de tratado internacional técnico firmado entre os
Estados Membros que compõem a UIT. A seção de Referências, ao final deste manual, apresenta
links para materiais informativos sobre o arcabouço regulatório UIT, bem como a versão do RR mais
atual.
Na regulamentação internacional de espectro e órbita estabelecida no Regulamento de
Radiocomunicações (RR) da UIT, as aplicações de Serviço Radioamador por satélite são realizadas no
escopo do serviço de radiocomunicação definido como “AMATEUR-SATELLITE SERVICE”, e cuja definição é
construída pelos artigos 1.56 e 1.57 do RR, conforme abaixo:

“…1.56 amateur service: A radiocommunication service for the purpose


of self-training, intercommunication and technical investigations carried
out by amateurs, that is, by duly authorized persons interested in radio
technique solely with a personal aim and without pecuniary interest.
1.57 amateur-satellite service: A radiocommunication service using
space stations on earth satellites for the same purposes as those of the
amateur service …”

A seguir uma lista de referências de partes importantes do Regulamento de Radiocomunicações (RR)


em relação a pequenos satélites radioamadores:

• Artigo 5 – estabelece as faixas de frequência atribuídas ao serviço AMATEUR-SATELLITE


SERVICE e regras específicas para operação em cada uma delas;
• Artigos 9 e 11 – define regras e procedimentos para coordenação e notificação para
registro de redes de satélites no Registro Mestre Internacional de Radiofrequências
(MIFR) da UIT;
• Artigos 21 e 22 do RR – define questões operacionais;
• Artigo 25 – estabelece o escopo do Serviço AMATEUR-SATELLITE SERVICE. Dentre os
requisitos, é necessário que a entidade solicitante implemente estações terrenas
de comando suficientes para garantir que qualquer interferência prejudicial que o
satélite radioamador venha a causar seja cessada imediatamente pelo solicitante;
• Apêndice 1 - define a classificação das Classes de Emissão (Emission Class);
• Apêndice 4, Anexo 2 - define os dados para preenchimento dos formulários (ex:
API e Notification) da UIT necessários para coordenação e notificação dos recursos
de espectro e órbita da rede de satélite de radioamador (filing) visando sua inserção no
Registro Mestre Internacional de Radiofrequências da UIT (MIFR).

A UIT publica a versão mais recente do RR em seu site, podendo ser baixado gratuitamente
pelo seguinte endereço: https://www.itu.int/pub/R-REG-RR.
Para facilitar a compreensão do arcabouço regulatório aplicável a pequenos satélites, a UIT
também divulga informações direcionadas ao público interessado no tema em página na internet,
através do endereço: https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Pages/supportSmallSat.aspx.
Ao ler a documentação disponibilizada pela UIT há de se ter em mente que existem diferentes

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tipos de pequenos satélites que não são do tipo “Radioamador”, portanto é necessário atenção para
não se confundir os procedimentos e regras que se aplicam a outros tipos de missões.
Outros materiais relevantes são disponibilizados na seção de Referências deste manual.

Procedimentos de Coordenação e Notificação para inclusão da rede de satélite radioamador


no Registro Mestre de Radiofrequências (MIFR) da UIT

A operação de qualquer satélite radioamador deve estar coberta pelo registro de uma rede de
satélite submetida à UIT (filing), a fim de dar ciência às demais Administrações acerca da intenção de
lançar e operar um satélite com determinadas características técnicas. Submeter uma rede de satélites
à UIT significa iniciar um processo com um cronograma específico contendo etapas que devem ser
cumpridas antes e depois do lançamento, até o final da vida útil do mesmo. Dentre as etapas a serem
cumpridas junto à UIT, ressalta-se os procedimentos de coordenação e notificação da rede visando sua
inserção no Registro Mestre Internacional de Radiofrequências (MIFR) da UIT.
No caso do satélite radioamador, o Serviço de Radiocomunicação e respectivas faixas de
frequências a serem inseridos devem corresponder ao tipo de missão correspondente ao AMATEUR-
SATELLITE SERVICE. Este tipo de satélite se submete a um processo de coordenação e notificação mais
simplificado, cobertos pela Subseção IA do Artigo 9 do RR.
No caso específico de satélites radioamadores, tendo em vista que faixas de radiofrequências
atribuídas ao AMATEUR-SATELLITE SERVICE, sujeitas a procedimentos simplificados da subseção IA do
Artigo 9 do RR, são faixas compartilhadas por toda a comunidade de radioamadores, a coordenação
técnica das frequências é realizada no âmbito da União Internacional de Radioamadores – IARU. Este
passo é requerido pela própria UIT para conclusão do processo de coordenação, sendo descrito no
item 7.6 deste manual.
A figura a seguir ilustra o cronograma de processamento das características de redes de satélites
sujeitas ao processo simplificado. Ressalta-se que o tempo para elaboração e envio da informação de API
pela entidade à Anatel não está contabilizado na figura abaixo, o que recomenda-se que ocorra com meses
de antecedência.

Cronograma simplificado junto à UIT


Quando iniciar o procedimento de coordenação e notificação junto à UIT?

Coordenação na IARU
NECESSÁRIA para Satélites
Assinatura do contrato Lançamento do Satélite -
Radioamadores
de serviço de lançamento Janela de entrada em operação

Anatel envia UIT UIT Enviar informação


informação publica publica de notificação
de API à UIT API/A API/B (Art.11)

3 meses para 4 meses para comentários > 2 meses para coordenação


com outras administrações que
tratamento pela UIT de outras instituições enviaram comentários

Prazo máximo de 7 anos


Figura 1 - Cronograma do processo simplificado de redes de satélites radioamadores na UIT (Subseção IA)1

1 Fonte: Guidance on Space Object Registration and Frequency Management for Small and Very Small Satellites UIT
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Os dados das redes de satélites submetidos por todos os países para coordenação e notificação
na UIT são refletidos em bases de dados, e publicações em PDF, disponibilizadas aos países por meio
de um DVD quinzenal chamado BR IFIC Space (BR International Frequency Information Circular Space
Services). Mais informações sobre a BR IFIC em: https://www.itu.int/ITU-R/go/space-brific/en.
A estrutura dos dados que compõem a BR IFIC é descrita em um arquivo chamado “Preface”,
que também explica as publicações e o conteúdo do MIFR da UIT. Mais informações sobre o Preface em:
https://www.itu.int/ITU-R/go/space-preface/en.

Taxas cobradas pela UIT para recuperação de custos (Cost Recovery)

Em geral, a UIT cobra uma taxa para recuperar os custos gerados pelo processamento
e publicação de informações de redes de satélites. A implementação do Cost Recovery segue a
Decisão nº 482, aprovada pelo Conselho da UIT, cuja informação mais recente pode ser acessada
pelo endereço: https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Pages/costMain.aspx.
A Decisão nº 482 do Conselho da UIT define que publicações relativas a redes do serviço
AMATEUR-SATELLITE SERVICE são isentas de cobrança de Cost Recovery pela UIT. Entretanto,
tendo em vista possíveis diferentes entendimentos sobre as definições que especificam o que é um
“satélite de radioamador”, cumpre reforçar que a isenção das cobranças de taxas de Cost Recovery
pela UIT refere-se às publicações das redes de satélites que se enquadram como AMATEUR-
SATELLITE SERVICE, segundo as definições da própria União Internacional de Telecomunicações
(UIT)
Se por algum motivo ou característica específica, a rede não for enquadrada como uma rede do
AMATEUR-SATELLITE SERVICE, e caso seja gerada pela UIT uma fatura de Cost Recovery, esta deverá ser
paga pela entidade solicitante (ex: Universidade). Neste caso, após processar as informações do filing, o
Bureau de Radiocomunicações da UIT gera a fatura correspondente, e envia à ANATEL, que encaminhará
à entidade responsável para pagamento em prazo estipulado. O não pagamento no respectivo prazo
implicará no cancelamento das publicações pertinentes por parte do Bureau de Radiocomunicações,
sem, contudo, extinguir a dívida da Administração Brasileira ante a UIT, de valor correspondente ao
montante da fatura.
A título de informação, conforme versão 2019 da Decisão 482 do Conselho da UIT, nas faixas
sujeitas aos procedimentos da Subseção IA do Artigo 9 do RR, para redes que não se enquadrem
nas características do AMATEUR-SATELLITE SERVICE e que não cobertas pela gratuidade indicada acima, a
taxa referente ao processamento e publicação das informações da API é de 570 CHF (Francos Suíços), já
a taxa referente às informações de notificação é de 7.030 CHF. Portanto, é fundamental que haja muito
cuidado durante o preenchimento do filing de API e Notificação da rede a fim de não incorrer em custos
indesejáveis, e em caso de dúvidas, a UIT também disponibiliza um canal de contato pelo endereço de
e-mail brmail@itu.int.

3.2 Registro de Objetos Espaciais Brasileiros (COPUOS/UNOOSA e AEB)


Além do arcabouço específico de gestão de recursos de espectro e órbita aos quais os pequenos
satélites radioamadores devem se submeter, existem instrumentos regulatórios relativos ao registro de
objetos lançados ao espaço, tais como Convenção Relativa ao Registro de Objetos Lançados no Espaço
Cósmico, adotada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas em 12 de novembro de 1974 e pelo Brasil
em 17 de março de 2006 e promulgada por meio do Decreto n.º 5.806, de 19 de junho de 2006.
Neste sentido, Committee on the Peaceful Uses of Outer Space (COPUOS) ligado à United Nations
Office for Outer Space Affairs (UNOOSA) é o órgão da ONU que atua nesta área e a Agência Espacial Brasileira
(AEB) normatiza instrumentos em nível nacional, definindo procedimentos, como é o caso da Portaria
Nº 96, de 30 de novembro de 2011 que versa sobre a implantação e funcionamento do Registro Nacional
dos objetos espaciais.
Estes instrumentos também requerem o cumprimento de alguns procedimentos pelos interessados
em operar pequenos satélites, os quais também serão explicados no item 8 deste manual.

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4. Regulamentação Nacional
No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) regulamenta o uso dos recursos
de espectro e órbita em nível nacional, de maneira harmonizada ao RR da UIT, intermediando os
procedimentos de coordenação e notificação das redes Brasileiras de satélites do AMATEUR-SATELLITE
SERVICE junto à UIT, bem como autoriza operação do satélite radioamador por meio de Outorgas e
Licenciamentos de Estação Terrena. No caso deste manual, trata-se de outorgas e licenças relativas
ao Serviço Radioamador em aplicações via satélite. Por fim, a Anatel também é responsável por
fiscalizar o devido cumprimento da regulamentação que emite, autuando e sancionando em casos de
irregularidades ou operações clandestinas.
Além das regras e procedimentos internacionais, o interessado deverá atender ao arcabouço
regulatório nacional de uso do espectro, e regulamentação específica do Serviço Radioamador emitida
pela ANATEL.
Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixa de Frequência – PDFF (revisado anualmente)
Regulamento de Uso de Espectro de Radiofrequências (Resolução Anatel nº 671/2016)
Regulamento do Serviço de Radioamador (Resolução Anatel nº 449/2006)
Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofrequências pelo Serviço Radioamador (Resolução nº 697/2018)

A regulamentação nacional, emitida pela ANATEL, define que o Serviço de Radioamador é o


serviço de telecomunicações de interesse restrito, destinado ao treinamento próprio, intercomunicação
e investigações técnicas, levadas a efeito por amadores, devidamente autorizados, interessados na
radiotécnica unicamente a título pessoal e que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial.
(Art. 3º da Resolução Anatel Nº 449, 17/11/2006, grifo nosso).

Radiofrequências para aplicações de Radioamador por Satélite

A regulamentação Brasileira estabelece que satélites utilizados em aplicações de Radioamador


devem fazer uso de radiofrequências, tanto para downlink quanto uplink, correspondentes àquelas
atribuídas ao serviço de radiocomunicação definido no RR da UIT com o nome de AMATEUR-SATELLITE SERVICE.
De acordo com o Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofrequências pelo Serviço
Radioamador (Resolução nº 697/2018) emitido pela ANATEL, algumas radiofrequências destinadas ao
Serviço Radioamador podem ser utilizadas para aplicações via satélite.
A maioria dos pequenos satélites radioamadores utiliza faixas de frequência de 144 a 146 MHz e 435
a 438 MHz. No entanto, poderão ocorrer projetos com interesse de utilizar outras faixas de frequência.
A tabela abaixo lista as faixas que podem ser utilizadas para aplicações de radioamador por
satélite, conforme a regulamentação vigente.

Em caráter PRIMÁRIO Em caráter


Em SECUNDÁRIO e de forma não exclusiva
caráter SECUNDÁRIO
e de forma não exclusiva (Art.5) e de forma não exclusiva (Art.6)

7000 - 7100 kHz; 435 - 438 MHz*;

14000 - 14250 kHz; 1260 - 1270 MHz*;

18068 - 18168 kHz; 2400 - 2450 MHz*;

21000 - 21450 kHz; 3400 - 3410 MHz*;

24890 - 24990 kHz; 5650 - 5670 MHz*;

28000 - 29700 kHz; 5830 - 5850 MHz;

144 - 146 MHz; 10,45 - 10,50 GHz;

24 - 24,05 GHz; 76 - 77,5 GHz;

47 - 47,2 GHz; 78 – 81 GHz;

77,5 - 78 GHz; 136 - 141 GHz;

134 - 136 GHz; 241 - 248 GHz.


7
248 - 250 GHz.
144 - 146 MHz; 10,45 - 10,50 GHz;

24 - 24,05 GHz; 76 - 77,5 GHz;


Em caráter PRIMÁRIO Em caráter
Em SECUNDÁRIO e de forma não exclusiva
caráter SECUNDÁRIO
e de forma nãoGHz;
47 - 47,2 exclusiva (Art.5) e de forma não
78 – 81 exclusiva
GHz; (Art.6)

7000 - 7100 kHz; 435 - 438 MHz*;


77,5 - 78 GHz; 136 - 141 GHz;
14000 - 14250 kHz; 1260 - 1270 MHz*;
134 - 136 GHz; 241 - 248 GHz.
18068 - 18168 kHz; 2400 - 2450 MHz*;
248 - 250 GHz.
21000 - 21450 kHz; 3400 - 3410 MHz*;
*Para operar nestas faixas, deve-se observar o disposto na Nota Internacional
5.282 do Art. 5 do Regulamento de Radiocomunicações da UIT (RR).

24890 - 24990 kHz; 5650 - 5670 MHz*;


Tabela 2 - Faixas que podem ser utilizadas para aplicações de radioamador por satélite (Res. nº 697/2018)
28000 - 29700 kHz; 5830 - 5850 MHz;
Na fase de projeto, recomenda-se que seja feito um estudo regulatório consistente, antes da etapa de
144 - 146 MHz; 10,45 - 10,50 GHz;
aquisição, contratação e fabricação do equipamento, avaliando em detalhes a regulamentação aplicável
às faixas de radiofrequências24almejadas.
- 24,05 GHz; 76 - 77,5 GHz;
É fundamental uma verificação atenta ao Regulamento sobre Condições
47 - 47,2 GHz; 78 – 81 GHz;
de Uso de Radiofrequências
pelo Serviço Radioamador (Resolução nº 697/2018) para confirmar que as frequências almejadas podem
ser utilizadas em comunicação por
77,5 - 78 satélite,
GHz; e os demais regulamentos
136 -sinalizados
141 GHz; anteriormente.
134 - 136 GHz; 241 - 248 GHz.
Certificado para Radioamador (COER) e Licença para Funcionamento de Estação Terrena para
248 - 250 GHz.
operar satélite radioamador
*Para operar nestas faixas, deve-se observar o disposto na Nota Internacional
5.282 do Art. 5 do Regulamento de Radiocomunicações da UIT (RR).

Uma vez definidas as radiofrequências almejadas para operação do satélite radioamador, e


já identificadas como aderentes à regulamentação nacional e internacional, é necessário observar o
Regulamento do Serviço de Radioamador (Resolução Anatel nº 449/2006).
Além de operar em conformidade com as definições de regulamentação internacional da UIT
para o serviço de radiocomunicação AMATEUR-SATELLITE SERVICE, as aplicações a utilizarem o satélite
radioamador também devem operar conforme a definição nacional para o Serviço de Radioamador,
sendo ele o serviço de telecomunicações de interesse restrito, destinado ao treinamento próprio,
intercomunicação e investigações técnicas, levadas a efeito por amadores, devidamente autorizados,
interessados na radiotécnica unicamente a título pessoal e que não visem qualquer objetivo pecuniário
ou comercial.
Para operar um satélite radioamador, é necessária autorização para execução do Serviço de
Radioamador a qual será expedida ao titular do Certificado de Operador de Estação de Radioamador
(COER), às associações de radioamadores, às universidade e escolas, às associações de Movimento
Escoteiro e do Movimento Bandeirante e às entidades de defesa civil. A autorização será formalizada
pela expedição da Licença para Funcionamento de Estação de Radioamador, que incorpora também a
autorização para o uso das radiofreqüências associadas.
Portanto, para operar um satélite radioamador, é necessário obter Licença para Funcionamento
de Estação de Radioamador com capacidade para comunicação via satélite, a qual somente poderá
operar se constar de tal licença uma observação a respeito, com o devido destaque, de acordo com o
Parágrafo Único do Artigo 7 da Resolução nº 449/2006.
A Classe do Certificado de Estação de Radioamador (COER) necessário para operação de satélite
radioamador depende da faixa de frequência almejada, conforme Tabela do Art.3º do Regulamento
sobre Condições de Uso de Radiofrequências pelo Serviço Radioamador (Resolução nº 697/2018).
Além disso, é necessário que a licença obtida para a Estação do Radioamador instalada em Terra
seja do Tipo 7, ou seja, Licença para Funcionamento de Estação Terrena.
Mais informações sobre os procedimentos para obtenção da autorização da Anatel para operação
de satélite radioamador seguem descritos no item 5 deste manual.

Autorização para operação em outros países

Caso haja interesse em que o satélite radioamador transmita (ou receba) sinais em outras
regiões (ex: Europa, África, Ásia ou Oceania), o interessado deve verificar o Art.5 do RR da UIT, e checar a
atribuição da frequência nas regiões de interesse, bem como eventuais regulamentações nacionais dos
países a serem cobertos.

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A ANATEL não possui gestão sobre os procedimentos de autorização necessários para
transmissões em outros países, sendo necessário interação direta do interessado com órgão(s)
regulador(es) dos países de interesse.

5. Resumo dos Procedimentos e Etapas Aplicáveis aos Projetos de


Satélites Radioamadores
Considerando os diferentes regulamentos nacionais e internacionais aplicáveis aos projetos de
satélites radioamadores, este manual irá tratar os procedimentos necessários para cumprir tanto os
procedimentos da ANATEL, quanto da UIT, assim como para registro do objeto espacial em nome do
Brasil.

Abaixo um sumário geral dos procedimentos e etapas que serão detalhados adiante.

Procedimentos Nacionais (ANATEL)


Caso ainda não possua COER:
Obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER), via inscrição
na prova no sistema SEC.
Caso ainda não possua Estação Terrena licenciada:
Preenchimento de formulário solicitando autorização do serviço e a licença de estação
do Serviço Radioamador. Encaminhar para Anatel do seu estado.
Pela outorga do Serviço e pelo licenciamento de estação são cobrados:
• Autorização de serviço de telecomunicações de interesse restrito: R$ 20,00.
• Preço pelo Direito de Uso de Radiofrequência (PPDUR): R$ 20,00.
• Taxa de Fiscalização da Instalação (TFI): R$ 26,83 por estação móvel e
R$ 33,52 por estação fixa.
Caso deseje um indicativo para o Satélite:
Preenchimento de formulário solicitando indicativo de chamada para o satélite
assinalando no item 6 a opção “Repetidora sem conexão a redes – tipo 4”. Encaminhar
para Anatel do seu estado. Será cobrada a TFI de uma estação fixa.
Lembramos que apenas radioamadores classe A podem solicitar licença de estações
repetidoras.

Procedimentos Internacionais (ANATEL, UIT e IARU)

i. Obtenção de login de acesso à plataforma TIES da UIT


ii. Envio de Oficio assinado pelo responsável pela entidade (ex: Reitor da Universidade) à
Gerência de Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER) da ANATEL prestando informações
iniciais e solicitando o envio do filing da Rede de satélite radioamador à UIT.
iii. Habilitações de Operating Agency e Operator User no sistema e-Submission para gestão
do filing junto à UIT.
iv. Instalação dos softwares da UIT (ex: SpaceCap e BR-SIS), preenchimento do formulário de API
(Advanced Publication Information) e envio pelo sistema e-Submission marcando o início do
processo de coordenação e notificação junto à UIT.
v. Logo após enviar a API, a entidade deverá dar entrada junto à IARU (União Internacional de
Radioamadores) a fim de obter o documento de coordenação da(s) radiofrequência(s)
do satélite, emitido em nome da entidade solicitante.
vi. No decorrer do processo de coordenação e notificação, e durante toda a vida últil do
satélite, a ANATEL irá encaminhar à entidade publicações da rede geradas pela UIT
(API/A, API/B e Parts), incluindo eventuais comentários recebidos da UIT (ou de outras
administrações). A entidade deverá providenciar ajustes ao filing e/ou subsidiar a ANATEL
na elaboração de eventuais respostas quando necessário.
vii. Preenchimento do formulário de notificação com as características finais da rede

9
coordenada no âmbito da IARU, e envio por meio do sistema e-Submission. Nesta etapa
é necessário anexar a carta de coordenação obtida junto à IARU.
viii. Envio de ofício assinado pelo responsável pela entidade (ex: Reitor da Universidade) à
Gerência de Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER) da ANATEL na qual solicita
a realização dos procedimentos para notificação da rede visando entrada no
Registro Mestre de Radiofrequências (MIFR) da UIT, em conformidade com as
características finais da rede conforme coordenado no âmbito da IARU.
ix. Com a publicação do tipo “Part-IIS” da rede, a mesma passa a constar no Registro Mestre
Internacional de Frequências (MIFR).
x. Envio de Ofício assinado pelo responsável pela entidade à Gerência de Espectro, Órbita
e Radiodifusão (ORER) da ANATEL confirmando a entrada em operação do satélite
(Bringing Into Use). Este passo pode ocorrer concomitante ao passo de envio do formulário
de notificação.
xi. Durante a vida útil do satélite, a entidade deve interagir com entidades e subsidiar a
Anatel em eventuais comunicações com outras administrações caso necessário.
xii. Ao final da vida útil do satélite, a entidade deve informar à Gerência de Espectro, Órbita e
Radiodifusão (ORER) da ANATEL se o registro da rede deve ser suprimido. Caso haja
interesse em aproveitar os recursos de espectro e órbita registrados no MIFR com
outro satélite substituto, a rede deverá ser suspensa até a entrada em operação do
novo satélite radioamador, o qual deverá possuir características compatíveis com as
características da rede de satélite (filing) registrada no MIFR. Ressalta-se que, após a
suspensão, existe um prazo máximo de 3 anos para retorno em operação, do contrário a
rede será suprimida e todo o processo de coordenação e notificação deverá ser iniciado
por meio do envio de uma nova rede.

Registro do Objeto Espacial Brasileiro (Anatel, AEB e COPUOS/UNOOSA)

i. Envio do Ofício assinado pelo responsável pela entidade (ex: Reitor da Universidade) à
Gerência de Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER) da ANATEL prestando informações
conforme orientação do item 8 deste manual.
ii. Após receber o Ofício, a ANATEL remete os dados à Agência Espacial Brasileira (AEB) que
irá adotar as providências para registro junto aos órgãos da ONU responsáveis (COPUOS/
UNOOSA).

6. Procedimentos Nacionais (ANATEL)


As tratativas quanto aos procedimentos para regularização em relação ao licenciamento e outor-
ga nacional para operações de satélite radioamador deverão ser realizadas junto à Gerência de Outorga
e Licenciamento de Estações (ORLE) da Anatel. Os procedimentos de outorga e licenciamento nacionais,
específicos para este tipo de operação, seguem indicados a seguir.
6.1 Certificado de Operador de Estação de Radioamador (COER) para operar satélite
radioamador
Para obter o COER é necessária aprovação em testes de avaliação, cujas matérias variam de
acordo com a Classe do COER (C, B ou A).
O interessado deve consultar o documento sobre Procedimentos para obtenção do
Certificado de Operador de Estações de Radioamador – COER, disponível no site da Anatel, através
deste link.

10
6.2 Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador via satélite
Para obter a Licença é necessário protocolar na Anatel o Formulário de Requerimento do Servi-
ço de Radioamador, preenchido (atenção para no item 6 marcar a opção Estação TERRENA via satélite
Tipo 7) e assinado pelo requerente, acompanhado de cópia do CPF e do documento de identificação.

O Formulário pode ser obtido no site da Anatel, através deste link.

Caso haja interesse em obter um indicativo para o satélite, no item 6 do Formulário de Reque-
rimento de Serviço Radioamador, é necessário assinalar, também, a opção “Repetidora sem conexão
a redes – tipo 4”. Ressalta-se que apenas radioamadores Classe A podem solicitar licença de estações
repetidoras.

7. Procedimentos Internacionais (ANATEL, IARU e UIT)


7.1 Obtenção do login para acesso à plataforma TIES da UIT
Como primeiro passo antes de iniciar os procedimentos de coordenação e notificação da rede
de satélite radioamador é necessário que a entidade possua um login de acesso à plataforma TIES
(Telecommunication Information Exchange Service) da UIT. Existem duas formas, seja como Membro
Acadêmico da UIT, ou como Estado Membro da UIT, conforme indicado a seguir.

Login TIES via Membro Acadêmico da UIT


Caso a entidade seja Membro Acadêmico da UIT, ou possua interesse em aderir, ela poderá
utilizar login TIES nesta condição, porém esta categoria possui alguns custos associados e benefícios
específicos para Universidades, dentre outros. Para mais informações, sugere-se acesso ao site da UIT:
https://www.itu.int/en/join/academia/Pages/default.aspx ou pelo e-mail academia@itu.int.

Login TIES via Estado Membro (Administração Brasileira)


Uma outra alternativa para obter o login TIES da UIT é que o profissional a ser indicado pela
entidade (ex: Universidade) para ter acesso ao e-Submission para gerir os filings da(s) rede(s) de satélite(s)
da entidade junto à UIT, possua um acesso TIES obtido através da administração Brasileira. A obtenção
deste login não gera custos para o solicitante.

Caso haja interesse nesta alternativa, deve ser feita a solicitação do login TIES através do site da
UIT, e durante o processo a plataforma TIES enviará um e-mail para aprovação da Assessoria Internacional
da Anatel (AIN), que é a área que atua como Focal Point do Brasil junto à UIT. Esta aprovação é necessária
para ativar o login TIES. Sugere-se seguir os passos do Guia da UIT para criação e ativação da conta de
usuário TIES, preenchendo algumas das informações indicadas conforme abaixo:

1. Acessar o endereço TIES Services da UIT : https://www.itu.int/en/ties-services/Pages/login.


aspx
2. Solicitar a criação do login TIES como “New User” na seguinte condição:
a. ITU STATUS MEMBERS: “Member State”
b. Member States: “Brazil”
c. Organization: “Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL”
d. Preencher os demais campos solicitados pela plataforma
3. Ao cumprir o passo do slide 4 do Guia da UIT “Request TIES Access”, inserir um texto no campo
de “Additional Comments” explicitando os motivos da solicitação do login TIES, por exemplo:
a. Texto padrão sugerido para inserir em “Additional Comments”: “Solicito aprovação
de login TIES para acessar o sistema e-Submission do Bureau de Radiocomunicações da
UIT, afim de gerenciar os filings de redes de satélites Brasileiras sob responsabilidade da
entidade [nome da entidade].”
4. A plataforma TIES da UIT irá enviar um e-mail ao solicitante informando que o ponto focal da
administração Brasileira deverá autorizar o acesso, conforme abaixo:

11
Figura 2 – E-mail de confirmação de envio da solicitação de login TIES par aprovação do ponto focal do Brasil na UIT (fonte: UIT)

5. Assim que receber um e-mail com mensagem similar à mensagem acima, solicita-se que
encaminhe o mesmo ao endereço bsat@anatel.gov.br, informando que o pedido do login TIES
foi realizado, e solicitando a referida aprovação para ativação do login TIES.
6. O status da aprovação do login TIES também pode ser acompanhado pelo solicitante através do
site da UIT, conforme manual Guia da UIT “Request TIES Access”.

7.2 Carta com solicitação inicial assinada pelo responsável pela entidade
O início dos procedimentos internacionais junto à ANATEL se dá com o envio de uma carta assinada
pelo responsável pela entidade solicitante (ex: Reitor da Universidade), endereçada à Gerência de
Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER) da Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação (SOR)
da Anatel contendo:

Detalhamento técnico do projeto do satélite - Um modelo de formulário sugerido segue no


item 10.2 deste manual. Em suma, devem ser prestadas as seguintes informações:
• aplicações previstas
• aspectos operacionais incluindo locais onde estarão operando as estações terrenas de
controle, monitoração e usuário
• payload e características dos sinais de RF incluindo cobertura prevista
• vida útil
• Outras informações que julgar relevantes sobre o projeto do satélite radioamador

Confirmação de que a entidade:


• solicita o início dos procedimentos de coordenação e notificação internacional da rede de
satélite em questão junto ao Bureau de Radiocomunicações (BR) da União Internacional de
Telecomunicações (UIT).
• irá arcar com o pagamento de eventuais faturas que sejam geradas pela UIT em decorrência
de processamento e publicações de informações da rede de satélites em questão (Cost Recovery),
conforme Decisão 482 do Conselho da UIT, caso ocorram.
• responsabiliza-se pelas operações do satélite correspondente, confirmando possuir capacidade
técnica e operacional para o envio de comandos para cessar eventuais emissões interferentes
da estação espacial, caso seja necessário.
• compromete-se a dar continuidade a procedimentos de coordenação internacional a partir da
primeira publicação da rede pela UIT, até o final da vida útil do satélite, interagindo com
entidades estrangeiras e/ou subsidiando eventuais respostas a serem enviadas pela Anatel
a administrações estrangeiras, incluindo propostas de acordo de coordenação, caso seja
necessário.
12
Dados necessários para acesso ao sistema e-Submission da UIT:
• dados necessários para habilitar “Operator User” que será a pessoa formalmente indicada pela
entidade para ter acesso ao sistema e-Submission, em nome da entidade, com perfil “Operator
User” , e que estará habilitada a gerir todos os filings das redes de satélites da entidade junto
à Anatel e UIT. A pessoa também será responsável por manter atualizados junto à Anatel os
dados da entidade operadora do satélite como a “Operating Agency” responsável pelo Satélite.
• Os dados que devem ser fornecidos quanto ao “Operator User” e “Operator Agency” estão
descritos no item 10.3 deste manual. Anexar à carta os dois formulários preenchidos.

Destaca-se que somente será habilitado o usuário TIES na plataforma e-Submission, bem como
dado encaminhamento à UIT aos filings pela Anatel após o recebimento da carta contemplando todos
os aspectos citados acima.

7.3 Habilitação no sistema e-Submission da UIT (Operating Agency e Operator User)


A partir de 2019, e conforme Resolução 908 (WRC-15) do Regulamento de Radiocomunicações, a
UIT requer que Administrações e operadores de satélites, utilizem o sistema “e-Submission” para coleta,
validação, envio e consulta dos arquivos de dados (filings) das redes de satélites submetidas ao processo
internacional de coordenação e notificação junto à UIT.
Neste sentido, a ANATEL dará andamento a habilitação junto ao sistema e-Submission da UIT, logo
após receber a carta assinada pelo responsável pela entidade (ex: Reitor de Universidade) conforme
orientação do item 7.2.
A criação da “Operating Agency” no banco de dados da UIT será necessária para que o “Operator
User” possa ser associado no sistema e-Submission à sua respectiva “Operating Agency”, que neste caso
deverá ser a própria entidade (ex: Universidade Federal). Ambos são necessários para envio do filing via
e-Submssion.
Com isso, após obtido o login TIES, serão necessários os seguintes passos para utilização do
sistema e-Submission:

1.Cadastro como “Operating Agency”


a. É necessário registrar a entidade responsável pela operação do satélite (ex: Universidade) no
banco de dados da UIT como uma “Operating Agency” associada à Administração Brasileira.
b. Deve ser indicada somente uma entidade como Operating Agency.
c. Não poderá ser solicitado por uma entidade a criação de um Operating Agency em nome
de terceiro (ex: entidade “A” solicitando criação de Operating Agency em nome de entidade
“B”).
d. Enviar o formulário do item 10.3 preenchido para bsat@anatel.gov.br.
e. Após receber os dados, a ANATEL irá solicitar à UIT o cadastro da entidade em seu banco
de dados.
f. Antes de enviar os dados para a ANATEL, e fim de checar se a entidade já está cadastrada
como “Operating Agency” da UIT, sugere-se verificar na tabela 12A/12B da publicação preface
da BR IFIC.
2.Habilitação do “Operating User”
a. Após criado a “Operating Agency”, os logins TIES indicados pela entidade (conforme item
7.2 deste manual) estes serão habilitados como “Operator User” associados à respectiva
“Operating Agency”.
b. A partir de então este estará habilitado a gerenciar filings de redes de satélites da entidade.

Após concluída esta etapa, os filings de redes de satélites podem ser submetidos à ANATEL pelo
sistema e-Submission, que por sua vez os irá submeter ao Bureau de Radiocomunicações da UIT pelo
próprio sistema, marcando o início do processo de coordenação e notificação da rede para inserção no
Registro Mestre Internacional de Frequências (MIFR) da UIT.

13
7.4 Instalação de softwares, preenchimento e envio do formulário de API (Advanced
Publication Information) pelo e-Submission
Nesta etapa é necessário realizar a instalação dos softwares da UIT (ex: SpaceCap e BR-SIS)
para preenchimento e validação do formulário de API (Advanced Publication Information). Os pacotes
de softwares da UIT estão disponíveis no endereço: https://www.itu.int/en/ITU-R/software/Pages/
space-network-software.aspx. Certifique-se que será utilizada a versão mais atualizada de cada
software.
O software SpaceCap deve ser usado para preenchimento do formulário eletrônico referente
à API (Advanced Publication Information). Algumas orientações sobre como preencher os campos
do formulário, definidos conforme o Apêndice 4 do RR, podem ser obtidas no material ADVANCE
PUBLICATION (API) DATA CAPTURE for Small Satellite (SpaceCap Version 8) disponibilizado pela UIT.
Os parâmetros para preenchimento do formulário de API para criação do filing da rede de
satélite radioamador são definidos no Apêndice 4 do RR da UIT. A título de exemplo, algumas das
informações técnicas que devem estar contidas nos formulários são apresentadas na tabela a seguir.

Informação a ser fornecida


(Código do campo no formulário API) Obsevação

Identity of the Satellite Network 


(A1a.) 

Notifying Administration
   
  
(A1f1.)


  
Orbital Plane
 



Information   

Beam Id  


(B1a.)

 
Class of station*
  
 
  


(C4a. Cls Stn.)   

     ­ €‚


Emissions ƒ „    ‚…  
(vários campos)  † ‡ …ˆ ‰ŠŠ

   ­‹Œ



­
Co-polar antena pattern   
    
(B3c1. e C10d5a)  Ž ‘
‹Œ    

Service Area ’ ‚  “


(C11a2)  

Polarization Œ‘‘
(C6a)

Receiving System Noise Temperature Œ  ”


(C10d6 e C5a) …Œ

Frequency range •–ˆ   ­€‡

Associated Earth Station Name Œ  ”…


Class of Station Œ
(C10d1)

Geographical Coordinates
    ­ 
(C10c1)

Maximum Isotropic Gain €„†   –


(C10d3 e B3a1) ­ 

Responsible Administration  ‚


(A3b)  
Œ…—˜ ˆ  Œ  ­

Operation Agency … 


(A3a)

Tabela 3 – Exemplos de dados do formulário API para filing da rede de satélite Radioamador (SpaceCap)

14
Mais informações sobre os campos do formulário podem ser obtidas no anexo 2 do Apêndice 4
do RR, e outros dados relacionados aos bancos de dados dos filings/publicações estão disponíveis no
documento “Preface” da BR IFIC. Mais detalhes em: https://www.itu.int/ITU-R/go/space-preface/en.
A UIT possui uma página específica sobre Pequenos Satélites onde há uma sessão “Guide to
preparation of filings for small satellites” e outras orientações que podem auxiliar no processo, através do
endereço https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Pages/supportSmallSat.aspx.

Frequências e Classe de Estação para Satélite Radioamador para isenção de taxa de Cost
Recovery

Uma questão fundamental a ser reforçada no caso de satélite radioamador é sobre o


preenchimento de campos relativos às frequências do satélite radioamador, e do campo Class
of Station, referente à Classe de Serviço da Estação.
A fim de usufruir do benefício de gratuidade da taxa de Cost Recovery mencionada no item 3.1
deste manual, durante o preenchimento do formulário da API por meio do software SpaceCap da UIT, e
segundo orientações da própria UIT, é necessário que as frequências estejam em conformidade com as
faixas de frequências atribuídas ao AMATEUR-SATELLITE SERVICE no Art. 5 (Table of Frequency Allocations)
do Regulamento de Radiocomunicações da UIT, e que os formulários relativos ao filing da rede que será
enviada à UIT sejam preenchidos de acordo com as características do AMATEUR-SATELLITE SERVICE.
Neste contexto, para que a rede seja classificada com aderência ao serviço AMATEUR-SATELLITE
SERVICE, deve-se atentar ao correto preenchimento dos campos do referido formulário, para TODOS
os “GROUP IDs”, tanto de feixes de subida quanto decida (R e E), relativos aos dados da Estação
Espacial (satélite) bem como das Estações Terrenas associadas (Associated Earth Stations). Em especial,
destaca-se os seguintes campos:

Campo do formulário
API/Notificação Observação

  


  

     ­€‚ƒ„…†
  ‡… ˆ € ‚    
 
   ‰ „Š‹ˆ  ‡
Œ… Ž  †Œ… 
 Ž‹  Ž‹ ‘ˆ’ Ž “ …

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Ž‹ˆ …    ˆ
Ž‹ ‡…     
…–    
 ‡ ‘    ˆ•
  • ­ €
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• Žˆ€‘—”˜ ”
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…’  šˆ„€ š›  …
Ž‹… œ’…… ’ €‘—”„

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€  ƒƒ    €€  


 ‚ 

šˆ…†…€ š›  …


Ž‹…  €‘—”„

ž —œ‰ …Ž‹
 Ž 

 

Tabela 4 - Campos relevantes para isenção do Cost Recovery no filing Satélite Radioamador (API e Notificação)

15
Após finalizado o preenchimento da API, recomenda-se executar o módulo Validation do
software BR-SIS da UIT, a fim de verificar eventuais inconsistências no preenchimento da API, corrigir
o máximo de warnings, e eliminar todos os erros de preenchimento identificados pelo software como
“fatal errors” e que poderão inviabilizar o início do processo de coordenação.
Além disso, após corrigidos os erros, no SpaceCap, recomenda-se rodar a opção da ferramenta
“Cost Recovery Analysis”, que realiza um cálculo de estimativa de custo de uma fatura que poderá ser
gerada para o filing em questão. Isto permite checar se, por ventura, algum erro de preenchimento o
filing não poderá gerar alguma fatura indesejada.

Envio do filing à ANATEL pelo e-Submission

A Anatel representa a Administração brasileira, intermediando a interação da entidade


solicitante junto à UIT. Portanto, os formulários eletrônicos são enviados à ANATEL, que por sua vez
submete à UIT, conforme abaixo.
Após realizadas as etapas anteriores, e para enviar o arquivo da API (.mdb) do filing da Rede à
ANATEL, é necessário acessar o sistema e-Submission pelo endereço: https://www.itu.int/ITU-R/go/
space-e-submission/en. A autenticação se dá com uso do login TIES habilitado conforme item 7.3 deste
manual.
Recomenda-se leitura às orientações que constam dos manuais disponíveis no site da UIT,
em especial o manual da UIT sobre como submeter filings de redes de satélites pelo e-Submission
(User Manual for Submiting Filings). A figura abaixo do manual, ilustra o fluxo de envio dos filings (ex:
Universidade).

Figura 3 - Abstract of the Procedure on e-Submission (fonte: ITU)

Antes de concluir a operação, certifique-se que o filing foi realmente enviado para a ANATEL, ou
se ainda está pendente de envio pelo sistema. Além disso, o operador deverá acompanhar o status pelo
sistema e, em caso de dúvidas, enviar um e-mail para bsat@anatel.gov.br.
Após receber o filing pelo e-Submission, e caso a ANATEL também já tenha recebido o Ofício
assinado pelo responsável pela entidade (ex: Reitor da Universidade), conforme orientação do item 7.2
deste manual, a ANATEL, que desempenha o papel de Administração no fluxo acima, poderá submeter
ao Bureau de Radiocomunicações da UIT marcando o início do processo de coordenação da rede de
satélite radioamador.

Mais informações, incluindo manuais e interface de acesso ao sistema e-Submission estão no


seguinte endereço da página da UIT: https://www.itu.int/ITU-R/go/space-e-submission/en.

16
7.5 Publicação da API (API/A e API/B)
O processo de coordenação inicia-se com o envio à UIT das informações técnicas iniciais da rede
de satélites inseridas no formulário API e submetidas à UIT por meio do sistema e-Submission.
Após esta etapa, e não havendo nenhum parecer desfavorável do Bureau de Radiocomunicações
da UIT, será publicada a sessão especial com os dados relativos a Advanced Publication Information
(API/A) em publicação quinzenal BR IFIC Space (BR International Frequency Information Circular Space
Services). A ANATEL encaminhará à entidade solicitante esta publicação para análise e continuidade das
atividades de coordenação e notificação. Após recebimento de comentários de países potencialmente
afetados pela rede, a UIT publicará uma nova versão da Advanced Publication Information (API/B), que
deverá ser analisada pela entidade responsável pela rede.
Ressalta-se que a conformidade dos parâmetros técnicos inseridos no formulário do filing (ex: API
ou Notificação) perante a regulamentação internacional da UIT (ex: limites dos Artigos 5, 21 e 22 do RR)
é responsabilidade da entidade solicitante que submete a rede de satélite radioamador à coordenação
e notificação na UIT. A checagem da conformidade é realizada pelo Bureau de Radiocomunicações da
UIT, e eventual inadequação poderá resultar em parecer desfavorável pela UIT.

7.6 Coordenação de frequências no âmbito da IARU


Conforme indicado no item 3.1 deste manual, a coordenação técnica das frequências é realizada
no âmbito da União Internacional de Radioamadores – IARU, através de uma parceria com a UIT.
Portanto, após o envio do formulário de API à UIT, a entidade deverá dar entrada junto à IARU
em pedido para coordenação das frequências. Para maiores informações, recomenda-se leitura da
documentação disponibilizada e procedimentos próprios estabelecidos pela IARU para a coordenação
entre os sistemas de radioamador, através do site : https://www.iaru.org/reference/satellites/.
A lista de satélites radioamadores com frequências coordenadas pela IARU é publicada no site da
entidade: http://www.amsatuk.me.uk/iaru/ inished.php.
A Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão - LABRE é a entidade-membro da IARU no
Brasil que pode auxiliar na interação junto à IARU.

7.7 Notificação dos recursos de espectro e órbita junto à UIT (Part-IS, Part-IIS e Part-IIIS)
A notificação consiste no envio das informações técnicas finais da rede de satélites à UIT,
após os possíveis ajustes técnicos decorrentes do processo de coordenação e da indicação, pela
IARU, das frequências a serem utilizadas, no caso do serviço radioamador. A notificação deve ser
realizada entre 6 meses e 7 anos, a partir da data de recebimento das informações técnicas iniciais
da rede de satélites pela UIT.
Finalizada a coordenação com todas as administrações identificadas como potencialmente
afetadas pela nova rede ou, caso não haja administrações identificadas, o filing poderá ser
notificado junto à UIT.
Assim como o envio da API/A, o procedimento de notificação também deve ser realizado
por meio do sistema e-Submission, por onde é enviado o arquivo .mdb específico de notificação
(também gerado no software SpaceCap).
A UIT solicita que, juntamente com os arquivos relativos ao filing da rede a serem enviados
para a notificação (ex: .mdb de notificação e diagramas de antena), também seja enviado o
documento fornecido pela IARU, informando que a coordenação de frequências do satélite
radioamador foi concluída. Orientações gerais sobre o formulário de notificação do SpaceCap
podem ser verificados no link https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Documents/ARS-NOTIF_help.pdf.
Além de submeter os dados de notificação por meio do e-Submission, a entidade responsável
pelo satélite radioamador também deverá enviar à Anatel uma carta, assinada pelo responsável pela
entidade (ex: Reitor da Universidade), solicitando a realização do procedimento notificação junto à UIT
para registro das características finais da rede no Registro Mestre Internacional de Radiofrequências da
UIT (MIFR), de maneira análoga ao item 7.4
Após receber os dados de notificação da rede pelo e-Submission, a UIT publicará um documento
tipo “Part I-S” distribuído através da BR IFIC, representando o aviso de recebimento pelo Bureau de

17
Radiocomunicações. Finalizada a análise técnica pela UIT, esta irá publicar um documento “Part II-S”
na BR IFIC, representando o registro dos recursos de espectro e órbita da rede em questão no MIFR,
e seu reconhecimento internacional. Somente após a publicação “Part-IIS”, o filing da rede de satélite
radioamador é considerado notificado com sucesso junto a UIT.
Caso haja algum parecer desfavorável pela UIT, os dados de notificação são devolvidos para
adequação, em prazo definido, através de uma publicação tipo “Part-IIIS”.

7.8 Confirmação da entrada em operação (BiU), Suspensão ou Supressão da Rede


Após 90 dias de operação contínua do satélite, deverá ser comunicada à UIT a entrada em
operação do satélite configurando o procedimento regulatório chamado pela UIT de Bringing into Use.
Este procedimento pode ocorrer de maneira concomitante à notificação.
Além disso, em caso de falha que cause a inoperância do satélite, ou após o final de vida útil,
será necessário realizar um procedimento de suspensão da rede, cujo prazo é de até 3 anos até
entrada em operação de um satélite substituto.
Caso a entidade não tenha interesse em substituir o satélite após final de vida útil, ela deverá
solicitar a supressão da rede junto à UIT.

8. Procedimento para Registro do Objeto Espacial Brasileiro (ANATEL, AEB e


COPUOS/UNOOSA)
Conforme apresentado no item 3.2 deste manual, a fim de cumprir os referidos instrumentos
regulatórios relativos ao registro de objetos lançados ao espaço, e de manter atualizados os dados
referentes aos satélites brasileiros, cabe às entidades Brasileiras responsáveis por satélites
radioamadores proverem as informações necessárias para realização dos pertinentes registros, por
meio de Ofício assinado pelo responsável pela entidade endereçado à Gerência de Espectro, Órbita
e Radiodifusão da ANATEL, anexando os dados do formulário que consta no item 10.5 deste manual.
Este procedimento deve ocorrer quando do lançamento de satélites brasileiros, em data
próxima ou logo após o lançamento, assim que for possível.
Além disso, sempre que houver alguma alteração em algum dos parâmetros do satélite
refletidos no formulário que consta do item 10.5 deste manual, a entidade deverá enviar novo Ofício
com o formulário preenchido incluindo as informações atualizadas. Igualmente, quando do final da
vida útil do satélite a ANATEL também deverá ser informada.
Após receber tais informações, a ANATEL irá remetê-las à Agência Espacial Brasileira (AEB),
que tomará as providências para a referida notificação ao órgão da Secretaria Geral das Nações
Unidas (COPUOS/UNOOSA).

Mais detalhes sobre o registro de Objetos Espaciais Brasileiros podem ser obtidos no site da
Agência Espacial Brasileira (AEB), no endereço: http://www.aeb.gov.br/servicos/objetos-espaciais-
brasileiros/.

9.Áreas da Anatel em Caso de Dúvidas sobre Procedimentos


Gerência de Espectro, Órbita e Radiodifusão (ORER) da Anatel (bsat@anatel.gov.br)
• Procedimentos relativos ao acesso a plataforma TIES e sistema e-Submission da UIT
• Procedimentos relativos a regulamentação internacional, coordenação e notificação no
MIFR e aspectos para gestão dos filings de redes de satélites radioamadores junto à UIT
• Procedimentos relativos aos dados para registro do objeto espacial Brasileiro (COPUOS/
UNOOSA)
Gerência de Outorga e Licenciamento de Estações (ORLE) da Anatel (orle@anatel.gov.br)
• Procedimentos para obtenção do Certificado de Operador de Estação de Radioamador
(COER) para operar satélite radioamador
• Procedimento de Licença de Funcionamento de Estação para operar satélite radioamador

18
10. Modelos e Formulários

10.1 Formulários para autorização/licenças da ANATEL para Satélite Radioamador


(SOR/ORLE)
Os formulários podem ser obtidos no site da Anatel, através do endereço abaixo:
• https://www.anatel.gov.br/setorregulado/radioamadorismo

10.2 Descritivo do projeto de Satélite Radioamador (indicação de informações


mínimas a serem fornecidas)

10.3 Formulários para cadastro de “Operating Agency” e “Operator User” no sistema


e-Submission da UIT

19
10.4 Dados para pagamento de faturas internacionais da UIT relativas a Cost
Recovery

10.5 Formulário para registro do objeto espacial Brasileiro junto ao COPUOS/


UNOOSA

20
11. Referências e Materiais Adicionais Sobre o Tema
11.1 UIT (União Internacional de Telecomunicações)

Guia da UIT para criação e ativação da conta de usuário TIES


https://www.itu.int/en/ties-services/SiteAssets/Create%20and%20Activate%20User%20Account.pdf

Página específica sobre aspectos regulatórios e procedimentos para pequenos satélites no site da UIT
https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Pages/supportSmallSat.aspx

REGULATORY PROCEDURES for Small Satellites, Space Service Department, Radiocommunication Bureau
https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Documents/RegulatoryProceduresSmallSats.pdf

ITU-R SA.2312-0 (2014) – Relatório da UIT-R sobre características, definições e requisitos de espectro
para nano e pico satélites.

ITU-R SA.2348-0 (2015) – Relatório da UIT-R sobre práticas e procedimentos aplicáveis para notificação
de redes espaciais de nano e pico satélites.

Handbook AMATEUR and AMATEUR-SATELLITE SERVICES (ITU 2014)


https://www.itu.int/en/publications/ITU-R/pages/publications.aspx?parent=R-HDB-52-2014&media=electronic

SpaceCap - Software da UIT para preenchimento do formulário eletrônico de API e Notificações,


contendo as características técnicas da rede de satélite
http://www.itu.int/en/ITU-R/software/Pages/space-network-software.aspx

ADVANCE PUBLICATION (API) DATA CAPTURE for Small Satellite SPACECAP VERSION 8
https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Documents/ARS-API_help.pdf

Small satellite NOTIFICATION CAPTURE SPACECAP VERSION 8


https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Documents/ARS-NOTIF_help.pdf

BR-SIS - BR Space Information System - Software que inclui o módulo de validação dos dados do arquivo
de formulário do filing (ex: arquivo MDB de API ou Notificação gerado após o preenchimento realizado
por meio do SpaceCap).
https://www.itu.int/en/ITU-R/software/Pages/brsis.aspx

Informações sobre a BR IFIC (BR International Frequency Information Circular Space Services)
https://www.itu.int/ITU-R/go/space-brific/en

Guidance on Space Object Registration and Frequency Management for Small Satellites
(UNOOSA/ITU)
• https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Documents/Handout-on-Small-SatellitesE.pdf

WRS 2018 - ITU World Radiocommunication Seminar – Materiais do Workshop de Satélites


• Materiais introdutórios sobre Regulamentação e Procedimentos Gerais UIT-R
https://www.itu.int/en/ITU-R/seminars/wrs/2018/Pages/Programme.aspx
• Workshop de Procedimentos de Coordenação e Notificação de Redes de Satélites
https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Pages/wrs2018SpaceWorkshop.aspx
11.2 ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações)
Plano de Atribuição, Destinação e Distribuição de Faixa de Frequência – PDFF (revisado
anualmente)
Regulamento de Uso de Espectro de Radiofrequências (Resolução Anatel nº 671/2016)
Regulamento do Serviço de Radioamador (Resolução Anatel nº 449/2006)
Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofrequências pelo Serviço Radioamador
(Resolução nº 697/2018)

Site da Anatel com orientações sobre Outorga de Serviço Radioamador


https://www.anatel.gov.br/setorregulado/radioamadorismo

Procedimentos para obter Certificado de Operador de Estações de Radioamador (COER)


http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/
documentoasp?numeroPublicacao=308375&pub=original&filtro=1&documentoPath=308375.pdf.

Formulário para obter Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador por Satélite


http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=278600

11.3 AEB (Agência Espacial Brasileira) e COPUOS/ UNOOSA (Escritório para


Assuntos do Espaço Exterior das Nações Unidas)
Página da Agência Espacial Brasileira sobre “Objetos Espaciais Brasileiros”
http://www.aeb.gov.br/servicos/objetos-espaciais-brasileiros/

Portaria Nº 96, publicada no D.O.U. de 2/12/2011


http://www.aeb.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/DOU-Registro-de-Objetos-Espaciais-Portaria-96-111130-1.pdf

Registro online dos Objetos Espaciais mantido pelo Escritório para Assuntos do Espaço Exterior
das Nações Unidas (UNOOSA) – Online Index of Objects Launched into Outer Space
http://www.unoosa.org/oosa/osoindex/search-ng.jspx.

Guidance on Space Object Registration and Frequency Management for Small Satellites (UNOOSA/
ITU)
https://www.itu.int/en/ITU-R/space/Documents/Handout-on-Small-SatellitesE.pdf

11.4 IARU (União Internacional de Radioamadores) e LABRE (Liga de Amadores


Brasileiros de Rádio Emissão)

Site satélites radioamadores da IARU


IARU: http://www.iaru.org/satellite.html

IARU Amateur Satellite Frequency Coordination (Status sobre coordenação de frequências de


redes de satélites radioamadores na IARU)
http://www.amsat.org.uk/iaru/

Página referente ao Grupo de Trabalho em Comunicações Espaciais da LABRE/AMSAT:


http://www.amsat-br.org

IARU “Frequency Coordination for Amateur Satellite Service” (ITU Satellite Symposium 2018)
https://www.itu.int/en/ITU-R/space/workshops/2018-SmallSat/Presentations/25.pdf

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