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PIB CAICÓ

SHB

Estudo do livro do Êxodo

INTRODUÇÃO

O livro do Êxodo, Shemot em hebraico, é fundamental para a formação da nação de


Israel. A libertação da escravidão no Egito e a entrada na terra de Canaã foram essenciais para
a fundação de Israel como nação Não se sabe a data e os lugares exatos do Êxodo, na verdade,
estritamente falando, não há evidências históricas e arqueológicas do Êxodo fora da Bíblia
hebraica, pelo menos não até agora. Todavia, ainda que não haja evidências concretas do
Êxodo, há muitos indícios que corroboram a veracidade do relato bíblico.
O faraó Ramsés II (o Grande) escravizou vários povos para a realização e suas grandes
obras. Entre os povos escravizados estavam os “Apiru”, nome atribuído a alguns povos
nômades, entre eles o povo hebreu.
O período no qual teria ocorrido os eventos do Êxodo, possivelmente, seria em algum
momento do XIII século a.C. Possivelmente durante a ascensão ou a deposição dos invasores
hicsos.
A peregrinação do povo pelo deserto durante 40 anos pode ser um dos motivos que
dificultam encontrar vestígios arqueológicos do Êxodo. A dificuldade de encontrar os lugares
nomeados, igualmente, se deve ao fato da necessidade de povos assentados para que os nomes
de lugares permaneçam inalterados.
Os antigos governantes não costumavam registrar suas derrotas, na verdade, às vezes,
as registravam como vitória – como, ao que parece, no caso da batalha de Cades. Por exemplo,
Merneptá, um dos filhos de RamsésII, registrou uma luta contra Israel (Estela de Merneptá –
cerca de 1220 a.C.), na qual haveria destruído totalmente Israel – o que sabemos ser falso.
De acordo com o estudioso W. Lasor, seria muito difícil, do ponto de vista da psicologia
coletiva, um povo criar uma história dizendo haver sido escravizado. Até onde se sabe, parece
não haver nenhuma literatura desse tipo, no Antigo Oriente Próximo.
O Êxodo é algo tão importante para Israel que, depois do período do exílio babilônico,
eles aguardavam por um novo Êxodo, no qual o Messias, os libertaria das mãos do Tirano e os
levaria a viver de uma nova maneira numa terra renovada. A vida, ministério e pregação de
Jesus foram apresentados como o novo Êxodo. O Êxodo do Egito teria sido uma antecipação
profética do novo e verdadeiro Êxodo. Jesus de Nazaré, assim como Moisés, escapou da
matança das crianças, pelo rei Herodes. Tal qual o povo de Israel, Jesus foi chamado do Egito
(após sua fuga), ele também atravessou o rio (pelo batismo), foi provado no deserto, julgou o
tirano – não meramente Roma, mas o pecado e a morte – e libertou do povo mediante um
sacrifício (a Cruz). Após a libertação fez uma nova aliança, através da qual o povo receberia
nova vida no novo mundo de Deus. Assim, todos os temas fundamentas do Êxodo são revividos
em Jesus.

Capítulo Um

O livro do Êxodo se inicia com as últimas palavras do livro de Gênesis, daí menciona
a fertilidade e o fortalecimento do povo de Israel no Egito. Isto traz à memória a benção e o
mandato de Deus para que o primeiro casal se multiplicasse e dominasse a Terra. O Faraó, no
entanto, como todo os sistema anti-Deus, age para evitar a multiplicação do povo – mandando
matar as crianças – e seu fortalecimento – escravizando-os.
O maior motivo, ao que parece, da escravização do povo, é a possiblidade de eles se
aliarem aos inimigos do Egito, um indício de que isso possa ter ocorrido no início ou no final
do período dos invasores hicsos.
El planícies e lugares desérticos, onde não há pedras, os tijolos são o principal material
para a construção. Era possível trabalhar um mês por ano, nas obras do Faraó, gratuitamente,
como forma de pagamento de impostos (a corveia), mas devido às construções grandiosas era
necessário a escravização de povos.
As parteiras temeram a Deus e, mesmo colocando a vida em risco, desobedeceram à
ordem do faraó (matar os meninos). Quando interpeladas pelo Faraó, elas mentiram para o
mandatário do Egito. Nós, igualmente, devemos obedecer primeiramente a Deus, depois aos
magistrados (pela permissão dele levantados). A verdade é sempre exigida para quem está em
posição de poder. Ademais, a verdade, na Bíblia, frequentemente está em oposição à prática de
falas religiões.

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