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Manual de Inspeção Predial Do IBAPE-RO 1 Edição 2019 (Norma de Procedimentos)
Manual de Inspeção Predial Do IBAPE-RO 1 Edição 2019 (Norma de Procedimentos)
INSPEÇÃO PREDIAL
GUIA DE PROCEDIMENTOS
IBAPE-RO / CREA-RO / CAU-RO
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Colaboradores:
Engº Jose Geraldo da Silva; Engº Carlos Antonio Xavier; Engº Edson Marques da Silva Filho;
Engº Inaldo de Melo Gomes; Engº Paulo de Tarso S. Tupan; Engº Neemias Machado Barbosa e
Engº. Joel Mauro Magalhaes
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1a Edição
Porto Velho RO
2019
Constituição Federal;
Código Civil;
Código de Processo Civil;
Código Penal;
Código Comercial;
Código de Águas;
Código de Defesa do Consumidor;
Código Sanitário Estadual;
Legislação Ambiental;
Código Florestal;
Código de ética do IBAPE
Lei Federal Nº. 5.194 de 21/12/1966 que regula o exercício das profissões de
Engenheiro e Engenheiro Agrônomo e dá outras providências;
Resoluções do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e
particularmente: Resolução Nº. 205, de 30/09/1971, que adota o Código de Ética Profissional;
Resolução Nº. 218, de 27/06/1973, que fixa as atribuições do Engenheiro e Agrônomo
nas diversas modalidades;
Resolução Nº. 345, de 27/07/1990, que dispõe quanto ao exercício por profissionais de
nível superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia;
RESOLUÇÕES DO CAU
Resolução 1010 do Confea
Lei nº 12.378 de 31/12/2010 que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo;
Código de Obras e Edificações (COE) e Leis Complementares ao COE do Município;
Lei Complementar Municipal de Porto Velho Nº 764/2019 de 21 de Maio 2019 -
Determina a realização periódica de inspeção em edificações e cria o Laudo de Inspeção Predial
(LIP)
Decreto Federal 24714 de 7/10/87, 27.011 de 30/09/88;
Decreto Federal 24767 de 14/10/87 - Regulamenta o sistema de fiscalização,
disposições gerais para utilização de gás combustível nos edifícios e construções em geral;
Relatório de Danos ambientais
Licença da Vigilância Sanitária
Leis de Ocupação, Parcelamento e Uso do Solo do Município;
Normas Técnicas da ABNT e do IBAPE, especialmente as destacadas no Anexo I desta.
Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente;
perda excessiva de desempenho e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento
excessivo de custo de manutenção e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.
4.4.2 MÉDIO
4.4.3 MÍNIMO
5. ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS
As Inspeções Prediais serão realizadas apenas por profissionais engenheiros e
arquitetos, devidamente registrados no CREA e CAU e dentro das respectivas atribuições
profissionais, conforme resoluções do CONFEA e CAU-BR, preferencialmente membros do
IBAPE, treinados e capacitados mediante cursos específicos promovidos pelo Instituto.
As inspeções prediais possuem características multidisciplinares, consoante a
complexidade dos sistemas e subsistemas construtivos a serem inspecionados. Ao profissional
responsável pela realização do trabalho, pode e é imprescindível conforme o caso, que realize
o trabalho em equipe multidisciplinar, com a participação profissional de outras especialidades
credenciadas pelo sistema CONFEA e CAU para assessorá-lo, conforme o nível de inspeção
predial contratado, cuja comprovação deve ser anexada ao laudo através das competentes ARTs
e RRTs.
6.1.1 NÍVEL 1
6.1.2 NÍVEL 2
6.1.3 NÍVEL 3
7.1 CRITÉRIO
7.2 MÉTODO
Consoante o desenvolvimento dos itens abordados acima, a inspeção predial deverá ser
planejada conforme o tipo da edificação, consideradas suas características construtivas,
qualidade da documentação entregue ao inspetor e nível de inspeção a ser realizado.
O planejamento da vistoria deverá ter início com uma entrevista com o responsável da
edificação (síndico, administrador ou gestor predial), com abordagem dos aspectos cotidianos
do uso e da manutenção do imóvel.
8 DOCUMENTAÇÃO
Recomenda-se analisar, quando disponíveis e existentes, os seguintes documentos 1
administrativos, técnicos, manutenção e operação da edificação.
A lista apresentada deve ser compatibilizada pelo profissional responsável pelo laudo,
conforme o tipo e a complexidade da edificação, suas instalações e sistemas construtivos a
serem inspecionados.
Esta lista de documentos pode ser solicitada em cópia para análise e conferência do
inspetor, quanto a sua existência e condições de ordem de arquivamento na edificação.
8.1 ADMINISTRATIVA
Obs.: A lista de documentos deve ser adequada de acordo com a localidade da edificação
inspecionada. Esta lista apresenta referências usuais de documentos importantes ao trabalho da
Inspeção Predial.
Rua Elias Gorayeb, nº 2596 – Porto Velho – RO
CEP CEP 76803-903 tel : 55 69 2181-1098
http://www.crearo.org.br
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8.2 TÉCNICA
9 OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES
Para instruir o laudo, recomenda-se impreterivelmente obter informações através de
questionários e entrevistas junto aos usuários, síndicos, gestores prediais, e demais responsáveis
Rua Elias Gorayeb, nº 2596 – Porto Velho – RO
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técnicos e legais pela edificação, principalmente no caso de modificações e reformas na
edificação original; utilizar-se de fontes primárias, e primando pelo julgo e bom senso próprio
do profissional que se responsabilizará pela autoria do laudo que poderá ser usado em várias
instancias técnicas e judiciais.
10 LISTAGEM DE VERIFICAÇÃO
Obviamente que, a lista dos componentes e equipamentos dos diversos sistemas e
subsistemas construtivos, a serem inspecionados deve ser proporcional e adequada à
complexidade da edificação e ao nível de inspeção a ser realizado.
Tratando-se, portanto, do conjunto de tópicos a serem vistoriados, considerado o
número mínimo de itens abordados em uma inspeção.
Recomenda-se que a vistoria na inspeção predial seja sistêmica e que abranja,
minimamente, os seguintes sistemas construtivos e seus elementos: estrutura,
impermeabilização, instalações hidráulicas e elétricas, revestimentos externos em geral,
esquadrias, revestimentos internos, elevadores, climatização, exaustão mecânica, ventilação,
coberturas, telhados, combate a incêndio e SPDA.
Importante salientar que a elaboração do Laudo técnico, trata-se de um tipo específico
de inspeção que deve contemplar a análise dos sistemas, elementos e equipamentos existentes
no prédio.
Recomenda-se ao profissional diretamente responsável pela assinatura do laudo que
tanto quanto possível, adote equipe multidisciplinar, independente do porte do prédio.
O laudo enviado à prefeitura deve ser assinado pelo profissional responsável e entregue
ao condomínio assinado por todos os profissionais envolvidos, acompanhado pela devida
anotação de responsabilidade técnico (ART) ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT).
Recomenda-se que pelo menos um profissional tenha formação em segurança do
trabalho.
Objetivamente essa inspeção visa ser de caráter e avaliação holística e não deverá, a
princípio, empregar ensaios tecnológicos. Em caso de necessidade, isso deverá estar detalhado
no laudo.
A) Elementos Estruturais:
i Fundações - assoreamento e recalque;
ii Pilares - especialmente suas bases, ligações com outros elementos estruturais,
interfaces com elementos de vedação: aparência, deformações e aberturas
(rachaduras, fissuras, trincas, gretas, furos e shaft’s).
iii Vigas - ligações com outros elementos estruturais, aparência, sinais de umidade,
deformações, aberturas (rachaduras, gretas, furos e “janelas”).
iv Lajes - ligações com outros elementos estruturais, deformações visíveis,
aparência, desplacamento de concreto e exposição de armadura. O concreto deve
ser uniforme (sem rachaduras, gretas, furos e “janelas”). Existência de
equipamentos, máquinas ou outros elementos que imprimam vibração.
v Reservatórios estruturais (concreto ou aço) - piscinas, caixas d’água, cisternas
(barriletes e boias). Verificar quais elementos estruturais dão suporte e como são
transmitidos esses esforços. Observar se existem sinais de eflorescência. Avaliar
a presença de aberturas, rachaduras e gretas. É necessário relatório referente à
limpeza dos reservatórios de água, já que consta nele a informação sobre o
estado físico.
vi Caixas de escada e de elevadores - ligações com elementos estruturais e
vedações, patamares em bom estado (degraus), elementos aprumados. Verificar
se a casa de máquinas apresenta patologias estruturais.
vii Juntas de dilatação - se apresentam desplacamento de concreto, exposição de
armadura, deficiência nas seladoras, marcas de infiltração, deslocamentos
verticais entre si.
viii Paredes estruturais - observar fissuras, furos e “janelas” (rasgos), alterações
geométricas, elementos fixados, drenos e situação das cabeças de ancoragem.
ix Ventilação de garagem.
x Para os elementos estruturais em balanço, principalmente varandas e marquises,
deve-se atentar especialmente para as deformações, rachaduras, aberturas,
cargas acidentais e outras características que possam induzir potencial ou
iminentemente a ruína da peça. Em caso de dúvidas quanto à estabilidade do
conjunto, realizar ensaios específicos para verificação da capacidade portante.
B) Instalações:
D) Esquadrias:
Tem-se como objetivo, que as inspeções em sistemas prediais com foco em segurança,
devam analisar os subsistemas prediais e identificar as anomalias e falhas que podem trazer
riscos.
Os noticiários alertam sobre diversas ocorrências de incêndios em prédios residenciais
e comerciais.
É importante que os sistemas de prevenção e combate a incêndio estejam em
conformidade com as normas e regulamentos e totalmente operacionais.
Ao iniciar a vistoria deve-se primeiramente verificar se o edifício possui o AVCB (Auto
de Vistoria do Corpo de Bombeiros).
São diversos elementos que devem ser vistoriados, para que a ação de todo o conjunto
seja eficaz na prevenção e no combate ao incêndio. É muito comum encontrar situações onde
existem falhas e anomalias nesses sistemas devido à falta de manutenção preventiva.
Os principais elementos que formam esse sistema que devem ser inspecionados são:
I. Extintores;
II. Hidrantes e Mangotinhos;
III. Hidrante de Recalque Tipo Coluna e Passeio;
IV. Iluminação de Emergência;
V. Casa de Máquinas de Incêndio ( CMI);
VI. Saídas de Emergência e Rotas de Fuga;
VII. Detecção e Sinalização;
VIII. Prumadas e Shafts;
IX. Plano de Emergência;
X. Chuveiros Automáticos;
PRÉDIOS COMERCIAIS
Os prédios comerciais por vezes possuem entradas de energia, em baixa e média tensão.
Sendo assim, considerações particulares devem ser evidenciadas na lista de itens a serem
minimamente vistoriados.
I. Entrada de Energia;
PRÉDIOS RESIDENCIAIS
I. Entrada de Energia
PRÉDIOS MISTOS
Os prédios mistos podem sempre adotar o padrão dos prédios comerciais uma vez que
sua carga e demanda são semelhantes. Sendo assim é recomendado analisar os seguintes itens:
10.4.1 ELEVADORES
a. Casa de Máquinas:
b. Máquina de tração: cabos de tração e polias; conjunto de freios; cabos de força
(elétrico).
c. Limitador de velocidade: identificação; contato elétrico; cabo do limitador.
d. Quadro de comando: identificação; contatores; relés; placas eletrônicas;
proteção do quadro; fusíveis e aterramento.
e. Instalação da casa de máquina: chave de força; extintores; luz de emergência e
intercomunicador.
f. Torre/Caixa e Poço: limites finais de curso; cabo de compensação; tensor do
limitador; para-choques; iluminação da torre e botão de emergência.
g. Cabina/Estrutura: aparelho de segurança; cabos de manobra; teste de luz de
emergência; teste de alarme e intercomunicador e teste de iluminação.
h. Teto: botoeiras de inspeção.
i. Pavimentos: fixações e trincos das portas de pavimentos e chave de emergência.
j. Exaustores/Geradores: capacidade de funcionamento.
11.1 ANOMALIA
11.1.1. Endógena
11.1.2. Exógena
11.1.3. Natural
11.2 FALHA
11.2.1. De Planejamento
11.2.2. De Execução
11.2.3. Operacionais
11.2.4. Gerenciais
Risco de provocar danos contra a saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente;
perda excessiva de desempenho e funcionalidade causando possíveis paralisações; aumento
excessivo de custo de manutenção e recuperação; comprometimento sensível de vida útil.
12.2 MÉDIO
12.3 MÍNIMO
13 DEFINIÇÃO DE PRIORIDADES
Quanto à prioridades recomenda-se que seja disposta em ordem decrescente quanto ao
grau de risco e intensidade das anomalias e falhas, apurada através de metodologias técnicas
apropriadas como GUT (ferramenta de “gerenciamento de risco” através da metodologia de
Gravidade, Urgência e Tendência), FEMEA: (Failure Mode and Effect Analisys: ferramenta de
Para esta avaliação, o inspetor deverá analisar o plano de manutenção para a edificação
e as respectivas condições de execução, conforme os seguintes critérios:
O uso regular é aquele onde a edificação é ocupada e utilizada dentro dos parâmetros
previstos no projeto. Contribui para a longevidade da edificação e observa-se aspectos técnicos
de segurança e habitabilidade.
O uso irregular da edificação é quando está sujeita aos riscos não previstos em projeto
que poderão comprometer a segurança e habitabilidade.
18 RESPONSABILIDADES
O(s) profissional é (são) responsável (eis) única e exclusivamente pelo escopo e pelo
nível de inspeção contratada.
Exime-se de qualquer responsabilidade técnica a empresa ou profissional, quando as
observações e orientações existentes no Laudo de Inspeção Predial não forem implementadas
pelo proprietário ou responsável legal da edificação, bem como por qualquer anomalia e falha