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REAÇÕES MÚLTIPLAS

Profa. Zuy Maria Magriotis

1
Tipos de Reações

k1 B
Reações em paralelo A
k2
C

k1 k2
Reações em série A B C

k1
A B+C
Reações independentes k2
D E+F
k1
A +B C+D
k2
Reações complexas A+C E
k3
E G
2

2
Seletividade

Reações em paralelo Reações em série


kD
A D A
kD
D
kU
U
kU
A U
D = produto desejado
U = produto indesejado
D

SEPARADOR
SISTEMA DE
A REATORES

U
3

3
Seletividade: indica como um produto é formado
preferencialmente em relação a outro

Seletividade instantânea:

rD velocidade de formação de D
SD / U  
rU velocidade de formação de U

Seletividade global:

~ F vazão molar do produto desejado na saída


SD / U  D 
FU vazão molar do produto indesejado na saída

~
Reator batelada: S ND
D/U  4
NU

4
Rendimento

Rendimento instantâneo: razão da velocidade de reação


de um dado produto pela velocidade de reação do
reagente de referência (usualmente a base de cálculo)
rD
YD 
 rA

Rendimento global: razão do número de mol do produto


formado no final da reação pelo número de mol do
reagente referência que foi consumido

~ ND
Sistema em batelada: YD 
NA 0  NA

~ FD
D 
Sistema com escoamento contínuo: Y 5
FA 0  FA

5
Balanços Molares para Reações Múltiplas

dN j V
Balanço Molar Geral
dt 
 Fjo  Fj  rjdV

Quantidades Molares Concentração


(Gás ou Líquido) (Líquido)

Batelada
dNA dC A
 rA V  rA
dt dt

dNB dCB
 rB V  rB
dt dt
 
 
 

6
Balanços Molares para Reações Múltiplas

dN j V
Balanço Molar Geral
dt 
 Fjo  Fj  rjdV

Quantidades Molares Concentração


(Gás ou Líquido) (Líquido)

PFR/PBR dFA dC A rA
 rA 
dV dV v0
dCB rB
dFB 
 rB dV v 0
dV
 
 
 

7
Balanços Molares para Reações Múltiplas

dN j V
Balanço Molar Geral
dt 
 Fjo  Fj  rjdV

Quantidades Molares Concentração


(Gás ou Líquido) (Líquido)

CSTR FA 0  FA v 0 (C A 0  C A )
V V
( rA )saída ( rA )saída

FB0  FB v 0 (CB0  CB )
V V
( rB )saída ( rB )saída
 
 
 

8
Balanços Molares para Reações Múltiplas

dN j V
Balanço Molar Geral
dt 
 Fjo  Fj  rjdV

Quantidades Molares Concentração


(Gás ou Líquido) (Líquido)

Semicontínuo dNA dC A v C
 rA V  rA  0 A
dt dt V
B adicionado ao A
dNB dCB v (C  CB )
 FB0  rB V  rB  0 B0
dt dt V

 
 
 

9
Algoritmo para
Reações Múltiplas

10

10
Reações Paralelas

Seletividade

(1) A
kD
D (desejado) rD  kDCA1
kU
(2) A U (indesejado) rU  kUCA2

 rA  rD  rU

 rA  kDCA1  kUCA2

rD kD 1 2
SD / U   CA
rU kU

11

11
Maximização do Produto Desejado

Caso 1: 1 > 2

rD kD a
1 - 2 = a a>0 SD / U   CA
rU kU

SD/U grande  CA a mais alta possível

Reação em fase gasosa  sem inertes e altas P


Reação em fase líquida  mínimo de diluente

Reator em batelada ou PFR

12

12
Maximização do Produto Desejado

Caso 2: 2 > 1

rD kDCA1 kD kD
2 - 1 = b b>0 SD / U    
rU kUCA2 kUCA2 1 kUCbA

SD/U grande  CA a mais baixa possível

Diluição da alimentação com inertes


Operação em reator com baixas CA

Reator CSTR

13

13
Maximização do Produto Desejado

kD A D [(ED EU ) / RT ]
Efeito da temperatura: SD / U   e
kU A U

Caso 3: ED > EU

kD  aumenta mais rapidamente com o aumento da T

Sistema de reação  operado em altas T

Caso 4: EU > ED

kU  aumenta mais rapidamente com o aumento da T

Sistema de reação  operado em baixas T 14

14
Exemplo 1: O reagente A se decompõe por meio de três reações
simultâneas para formar três produtos, um que é desejado (B) e dois
que não são desejados (U1 e U2). Essas reações em fase gasosa
juntamente com suas leis de velocidades são chamadas de reações
de Trambouze (AIChE J. 5, 384).
k1 mol
(1) A U1  r1A  rU1  k1  0,0001
Ls
(2) A
k2
B  r2 A  rB  k2C A  (0,0015s 1 )C A
k3  L  2
(3) A U2  r3 A  rU2  k3C2A   0,008 C A
 mol s 

As velocidades específicas são dadas em 300,0K e as energias de


ativação para as reações (1), (2) e (3) são E1 = 10.000 kcal/mol, E2 =
15.000 kcal/mol e E3 = 20.000 kcal/mol.
Como e sob quais condições (tipo de reator, temperatura,
concentrações) a reação deve ser realizada para maximizar a
seletividade da espécie B, para uma concentração de entrada da
espécie A de 0,4 M e uma vazão volumétrica de 2,0 L/s?
15

15
Exemplo 1: Como e sob quais condições (tipo de reator, temperatura,
concentrações) a reação deve ser realizada para maximizar a
seletividade da espécie B, para uma concentração de entrada da
espécie A de 0,4 M e uma vazão volumétrica de 2,0 L/s?

Seletividade instantânea da espécie B

rB k2C A 0,9 C*A CSTR


SB / U1U2  
rU1  rU2 k1  k3C2A 0,8
0,7
0,6
0,0015C A

SB/U1U2
SB / U1U2  0,5
0,0001  0,008C2A 0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45 0,5
CA

16

16
Reações em série

k1 k2 B = produto desejado
A B C
C = produto indesejado

Reação 1 lenta e Reação 2 rápida  difícil produção de B

Reação 1 rápida e Reação 2 lenta  grande rendimento de B

Reação prossiga por longo tempo em reator batelada ou


Reator tubular muito longo  B será convertido em A

Exatidão do tempo necessário para a realização da reação 


importante para as reações em série

17

17
Reações em Série em Reator Batelada

k1 k2
A B C

 Reações elementares em série e em fase líquida


 Reação é aquecida muito rapidamente à temperatura de
reação e permanece nessa temperatura até o tempo em
que ela é esfriada rapidamente.

k1
(1) Reação 1 A B  r1A  k1C A
k1
(2) Reação 2 B C  r2B  k2CB

18

18
1. Balanços Molares:

1A Balanço molar para A: dNA  rA V


dt

1A.1 Balanço molar em termos de concentração para V = V0:

dC A
 rA
dt

1B. Lei de velocidade para a Reação 1: rA  r1A  k1C A

1C. Combinação: dC A
 k1C A
dt
CA t
dC A
1D. Avaliação: 
0 CA 0
 k1 dt

C 
ln A   k1t C A  C A 0 e k1t
 CA0  19

19
Balanços Molares:

2A. Balanço molar para B: dNB  rB V


dt

2A.1 Balanço molar em termos de concentração para V = V0:

dCB
 rB
dt

2B. Velocidades para a Reação:


Reação 1: r1B  r1A  k1C A
Reação 2: r2B  k2CB
Velocidade da Reação Resultante: rB  r1B  r2B
rB  k1C A  k2CB
20

20
2C. Combinação: dCB dCB
 k1C A  k2CB  k1C A 0 e-k1t  k2CB
dt dt
C A  C A 0 e k1t dCB
 k2CB  k1C A 0 e-k1t
dt

2D. Avaliação:
dy t

 e(k2 k1 )t dt
k2 t
 yf ( x )  g( x ) e CB  k1C A 0
dx 0


t
e y  e
f ( x )dx f ( x )dx (k2 k1 ) t
g( x )dx e
ek2 tCB  k1C A 0
k2 - k1
0
t t t

e 0
 e 0
k2dt k2dt
CB  k1C A 0 ek1t dt
0
k1
CB  C A 0 ( e k1t  e k2 t )
t k2 - k1
 ek2t e k1t dt
k2 t
e CB  k1C A 0
0
21

21
1. Balanços Molares:

3A. Balanço molar para C: dNC


 rC V
dt

3A.1 Balanço molar em termos de concentração para V = V0:


dCC
 rC
dt

3B. Velocidades para a Reação:


Reação 2: rC  r2B  k2CB
dCC kk
 C A 0 1 2 (e k1t  e k2t )
dt k2 - k1

CA 0
CC  [k2 (1  e k1t )  k1(1  e k2t )]
k2 - k1 22

22
3B. Balanço molar global:

CC  C A 0  C A  CB

k1
CC  C A 0  C A 0e k1t  C A 0 (e k1t  e k2t )
k2 - k1

CA 0
CC  [k2 (1  e k1t )  k1(1  e k2t )]
k2 - k1

23

23
Rendimento Ótimo:
k1
dCB
0 CA 0 ( k1e k1t  k2e k2t )  0
dt k2 - k1
k1
CB  C A 0 ( e k1t  e k2 t ) 1 k 
k2 - k1 t max  ln 2 
k2 - k1  k1 

Concentração máxima de B

C A  C A 0 e k1t k1
CB  C A 0 ( e k1t  e k2 t )
k2 - k1
 1 k 
k1  ln 2  
 k2 -k1  k1  
CA  CA 0e  k1 k2 
k1  k1 k2 -k1  k1 k2 -k1 
CB  C A 0     
k1
k2 - k1  k2   k2  
k k2 -k1  
CA  CA 0  1 
 k2 
24

24
Exemplo 2: A reação em série
k1 k2
ABC
é realizada em um reator batelada isotermicamente. A concentração
inicial de A é 2,0 mol L-1 e os valores das velocidades intrínsecas k1 e k2
são, respectivamente, 0,50 h-1 e 0,20 h-1.
A) Plote e analise as concentrações das espécies A, B e C em função
do tempo.
B) Calcule o tempo no qual a concentração de B atinge o seu valor
máximo e os valores de CA e CB neste tempo.
C) Determine a seletividade e os rendimentos globais para o tempo
máximo.

25

25
Exemplo 2: A) Plote e analise as concentrações das espécies A, B e C
em função do tempo.

k1
CA0 = 2,0 mol L-1 C A  C A 0 e k1t CB  CA 0 (e k1t  e k2t )
k2 - k1
k1 = 0,50 h-1
CA 0
k2 = 0,20 h-1 CC  [k2 (1  e k1t )  k1(1  e k2t )]
k2 - k1

2,5

2,0 CC
CA
Ci (mol L-1)

1,5
CB
1,0

0,5

0,0
0 2 4 6 8 10 12 14
26
t (h)

26
Reações em Série em Reator CSTR

k1 k2
A B C
k1
(1) Reação 1 A B  r1A  k1C A
k1
(2) Reação 2 B C  r2B  k2CB

27

27
Balanços Molares:

1.A Balanço molar para A:

ENTRADA – SAÍDA + GERAÇÃO = 0


FA0 – FA + rAV =0
v0CA0 – v0CA + rAV =0

1.B Velocidades de Reação


Lei de velocidade para a Reação 1: rA  r1A  k1C A

1.C Combinação:
v0CA0 – v0CA - k1CAV = 0 ( v0) CA0 – CA - k1CA = 0
 CA0
k1C A V CA 
CA 0  CA  1  k1
v0 28

28
Balanços Molares:

2.A Balanço molar para B:

ENTRADA – SAÍDA + GERAÇÃO = 0


0 – FB + rBV =0
0 – v0CB + rBV =0

2.B Velocidades de Reação


Reação 1: r1B  r1A  k1C A
Reação 2: r2B  k2CB

Velocidade da Reação Resultante: rB  r1B  r2B


rB  k1C A  k2CB
29

29
2.C Combinação:
0 – v0CB + rBV = 0 ( v0)

r V
0  CB  B  0
v0
– CB + rB = 0

 CB  (k1C A  k2CB )

k1C A 
CB 
1  k2  k1C A 0
CB 
CA0 (1  k1)(1  k2 )
CA 
1  k1

30

30
3.A Balanço molar para C:
ENTRADA – SAÍDA + GERAÇÃO = 0
0 – FC + rCV =0
0 – v0CC + rCV =0

3.B. Velocidades de Reação:


Reação 2: rC  r2B  k2CB

3.C Combinação:
– CC + rC = 0

 CC  k2CB   0
k1C A 0 k1k2 2C A 0
CB  CC 
(1  k1)(1  k2 ) (1  k1)(1  k2 )
31

31
Rendimento Ótimo:

dCB
0
d
k1C A 0
CB 
(1  k1)(1  k2 )

k1C A 0 (1  k1)(1  k2 )  k1C A 0 (k1  k2  2k1k2 )


2
0
[(1  k1)(1  k2 )]

1
max 
k1k2

32

32
Rendimento Ótimo:

Concentração máxima de B
k1max C A 0 1
CB  max 
(1  k1max )(1  k2 max ) k1k2

k1
CA0
k1k2 1
CB  k1 CA0
 k1  k2  k1k2
1  1   CB 
 
k1k2  k1k2   k2 k1 
 2   
 k1k2 k1k2 

1
k1 CA0
k1k2
CB 
 k2 k1 k1k2  k1C A 0
1     CB 
 k k k k k k  2 k1k2  k1  k2
 1 2 1 2 1 2  33

33
Exemplo 3: A reação em série em fase líquida
k1 k2
ABC
é realizada em um reator CSTR isotermicamente. A concentração inicial
de A é 2,0 mol L-1 e os valores das velocidades intrínsecas k1 e k2 são,
respectivamente, 0,50 h-1 e 0,20 h-1.
A) Calcule o tempo espacial que maximizará a concentração de B.
B) Determine as concentrações de saída do CSTR para o tempo de
residência máximo.
C) Determine a conversão, a seletividade e o rendimento globais para o
tempo de residência máximo.

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