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Equilíbrio em
Reações Químicas
Prof. Fábio Bicalho Cano
Descrição
A construção dos principais conceitos de equilíbrio químico e de suas relações termodinâmicas para o controle da
direção de reação e do rendimento de produtos.
Propósito
Toda reação química avança para um estado de equilíbrio dinâmico em que os reagentes e produtos não apresentam
tendência a alterações. Na composição de equilíbrio, a uma coordenada de reação definida, define-se uma relação entre
as constantes de equilíbrio e a energia de Gibbs padrão de reação. O entendimento termodinâmico do equilíbrio permite
controlar a direção de reação e o rendimento de produtos.
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Objetivos
Módulo 1
Acessar módulo
Módulo 2
Acessar módulo
Módulo 3
Acessar módulo
Módulo 4
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Acessar módulo
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Introdução
Confira um breve resumo dos principais conceitos de reações de equilíbrio químico, que serão abordados neste conteúdo.
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Vamos começar!
video_library
Reação e regra das fases
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.
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v1 A1 + v2 A2 → v3 A3 + v4 A4
Por convenção, na representação da reação acima, os reagentes ficam posicionados à esquerda da seta de reação e são substâncias consumidas.
Já os produtos ficam posicionados à direta da seta de reação e são substâncias formadas ou produzidas. Assim, considerando dn i a variação do
número de mols da substância i no meio reacional no intervalo de tempo dt, as taxas de consumo ou de produção de cada substância no meio
reacional será definida por:
dn A
1
rA ≡ < 0 (consumido)
1
dt
dn A
2
rA ≡ < 0 (consumido)
2
dt
dn A
3
r A3 ≡ > 0 (produzido)
dt
dn A
4
rA ≡ > 0 (produzido)
4
dt
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A taxa de reação r é determinada independentemente da condição de consumo ou de produção da substância e, por definição, é uma grandeza
positiva. Assim, temos com base na estequiometria da reação:
1 dn A 1 dn A 1 dn A 1 dn A dξ
1 2 3 4
r = − = − = = − = constante =
v1 dt v2 dt v3 dt v4 dt dt
Após um tempo de reação, podemos escrever para os reagentes e produtos que iniciaram a reação com um determinado número de mols inicial
nA
i,0
:
n A 1 = n A 1,0 − v 1 ξ
n A 2 = n A 2,0 − v 2 ξ
n A 3 = n A 3,0 + v 3 ξ
n A 4 = n A 4,0 + v 4 ξ
Generalizando:
∗
n A i = n A i,0 + v i ξ
Em que v ∗i é o número estequiométrico da substância i, definido por: v ∗i = −v i (o negativo do coeficiente estequiométrico) se a substância for um
reagente, e v ∗i = vi (o próprio coeficiente estequiométrico) se a substância for um produto.
v1 A1 + v2 A2 ⇄ v3 A3 + v4 A4
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Rotacione a tela. screen_rotation
O sentido de uma transformação espontânea é aquele que leva para os menores valores da energia de Gibbs. Assim, a variação da energia de Gibbs
para a mistura reacional, será escrita como:
dG = −SdT + V dp + ∑ μ i dn i
dG = ∑ μ i dn i
Para uma reação que avança ξ mols, em que ξ é a coordenada de reação, temos:
∗
n i = n i,0 + v i ξ
Logo:
∗
dn i = v dξ
i
∗
dG = (∑ v i μ i )dξ
∂G
∗
ΔG reação = ( ) = ∑ vi μi
∂ξ
T ,p i
A imagem a seguir demonstra o comportamento da energia de Gibbs com o grau de avanço de reação e assinala o grau de avanço de equilíbrio ξ eq ,
determinado quando:
∗
ΔG reação = (∑ v μ i ) = 0
i
i
eq
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As reações em que ΔG reação < 0 podem ser denominadas exoérgicas, uma vez que, em função da espontaneidade, essas reações podem
potencializar outras reações, em outros processos, capazes de disponibilizar na vizinhança outra forma de trabalho, além do termoelástico. Por sua
vez, as reações em que ΔG reação > 0 podem ser denominadas endoérgicas, pois ocorrem mediante o consumo de energia na forma de trabalho,
uma vez que os sentidos diretos dessas reações são não espontâneos.
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ao número de variáveis intensivas que podem ser independentemente alteradas, sem perturbar o número de fases em equilíbrio presentes no
sistema.
Assim, a regra das fases estabelece uma relação geral entre o grau de liberdade (F ), o número de componentes (C) e o número de fases (P ) de
um sistema em equilíbrio.
Para demonstrar essa relação geral, vamos considerar, inicialmente, o diagrama de fase simples, que é caracterizado por uma única substância
pura, que apresenta diferentes estados de agregação, conforme a representação da imagem a seguir.
Para o diagrama de fase simples só existe um componente, portanto o parâmetro C não será computado na relação geral. Assim:
1 1 2 3
2 2 1 3
3 2 1 3
Considerando a imagem do diagrama de fase simples, no ponto 1, o grau de liberdade é 2, pois na região de sólido, assim como nas regiões de
líquido e de gás, é possível variar livremente a pressão e a temperatura sem perturbar o número de fases em equilíbrio. Os pontos 2 e 3 estão
localizados nas curvas de equilíbrio sólido-líquido e líquido-gás, respectivamente. Nesses pontos, a equação do perfil de equilíbrio correlaciona a
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pressão com a temperatura. Assim, se for selecionada uma temperatura, automaticamente a pressão fica definida e vice-versa. Então, nas curvas de
equilíbrio, sem perturbar o número de fases em equilíbrio (P = 2) , o número de variáveis intensivas que podem variar livremente é 1, ou seja,
F = 1 .
F = 3 − P
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Tendo por base a imagem anterior, o número total de variáveis para um sistema com C componentes e P fases será dado por:
O número total de equações independentes que podemos escrever para o sistema da imagem anterior será dado por:
∑ x1 = 1
i
(para cada fase) P
(P − 1) igualdades independentes C ⋅ (P − 1)
Total de equações P + C ⋅ (P − 1)
O número de graus de liberdade ou simplesmente, grau de liberdade (F ) , também pode ser interpretado como o menor número de variáveis
necessário para especificar completamente o equilíbrio termodinâmico de um sistema. Assim, para que um sistema em equilíbrio termodinâmico,
representado por um conjunto de variáveis e de equações, seja possível e determinado, o número de equações deve ser igual ao número de
variáveis. Diante do exposto, podemos escrever para um sistema em equilíbrio:
F = (P ⋅ C + 2) − [P + C ⋅ (P − 1)]
Ou seja:
F = P ⋅ C + 2 − P − P ⋅ C + C
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Rotacione a tela. screen_rotation
Portanto:
F = C − P + 2
Não existe sentido físico em um número de graus de liberdade negativo, ou seja, F < 0 . Dessa forma, obrigatoriamente, F . Quando F
≥ 0 = 0 ,o
sistema é invariante e definido, não havendo a necessidade da especificação de nenhuma variável para que o estado termodinâmico de equilíbrio
fique completamente determinado.
Demonstração
O composto 1,2 -dicloroetano (C 2 H 4 Cl 2 ) é um dos solventes utilizado na lavagem a seco. Propõe-se como rota sintética desse solvente a seguinte
reação, a 298K:
Sabe-se que para essa reação ΔH o = −218kJ /mol e ΔS o = −234J /mol ⋅ K . Nessas condições, essa reação é viável? Justifique.
Solução
Para que a reação seja termodinamicamente viável: ΔG reação < 0.
Logo:
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3
ΔG = −218 × 10 − 298 × (−234) = −148268J /mol = −148kJ /mol
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Responder
Questão 2
2O 3 (g) → 3O 2 (g)
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A 7, 2 × 10
−3
mol/s
B 4, 8 × 10
−3
mol/s
C
−3
2, 4 × 10 mol/s
D
−3
1, 2 × 10 mol/s
E
−4
8, 0 × 10 mol/s
Responder
Questão 3
Uma amostra de 9, 30 × 10 mol de H I foi introduzida em um recipiente isento de gases e fechado a 1000K e com o passar do tempo
−3
A
−3
1, 26 × 10 mol
B
−3
4, 65 × 10 mol
C
−4
6, 29 × 10 mol
D 3, 14 × 10
−4
mol
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E 1, 14 × 10
−4
mol
Responder
Questão 4
A –1
B –2
C 0
D 1
E 2
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Responder
Questão 5
Considere um sistema reacional conduzido em um vaso fechado, onde se observa o equilíbrio químico:
A 0
B 1
C 2
D 3
E 4
Responder
Questão 6
Assinale a alternativa em que as condições apresentadas de reação correspondem a uma situação de equilíbrio.
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Responder
note_alt_black
Teoria na prática
Seja a reação de decomposição da amônia em vaso fechado:
emoji_events
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Questão 1
A –2
B –1
C 0
D 1
E 2
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Responder
Questão 2
Suponha que, inicialmente, estejam presentes no meio reacional somente 4 mol de N O(g) e 2 mol de Cl 2 (g). Para uma coordenada de reação
ξ , o número de mols de ClN O(g) presente no meio reacional será igual a:
A n ClN O = 4 − 2ξ
B n ClN O = 2ξ
C n ClN O = 2 + 2ξ
D n ClNO = 2 − ξ
E n ClN O = ξ
Responder
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Vamos começar!
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Constante de equilíbrio e composição
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.
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v1 A1 + v2 A2 ⇄ v3 A3 + v4 A4
Considerando agora que cada componente da mistura gasosa tem comportamento de gás ideal, temos para o potencial químico:
pi
o ¯
μ i = μ i (T ) + RT ln ( )
po
∗
ΔG reação = ∑ v μ i
i
Em que o símbolo ∑ representa o somatório, ou seja, a soma dos termos (v ∗i μ i ), v ∗i é o número estequiométrico e μ i o potencial químico do
componente i.
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o o o o
ΔG = v 3 (μ + R̄T ln p A ) + v 4 (μ + R̄T ln p A ) − v 1 (μ + R̄T ln p A ) − v 2 (μ + R̄T ln p A )
A3 3 A4 4 A1 1 A2 2
o o o o o ∗ o
ΔG (T ) = v 3 ⋅ μ + v4 ⋅ μ − v1 ⋅ μ − v2 ⋅ μ = ∑v μ
A3 A4 A1 A2 i i
Portanto:
v3 v4
p ⋅ p
o A3 A4
ΔG reação = ΔG (T ) + R̄T ln ( )
v1 v2
p ⋅ p
A1 A2
O argumento desse logaritmo é denominado quociente reacional ou quociente próprio das pressões, Q p . Assim, temos:
v3 v4
p ⋅ p ∗
A3 A4 vi
Qp = = ∏p
v1 v2 i
p ⋅ p
A1 A2 i
∗
v
Em que o símbolo ∏ representa o produtório, ou seja, o produto dos termos (p i i
), v
∗
i
é o número estequiométrico e p i a pressão parcial do
Logo:
o
ΔG reação = ΔG (T ) + R̄T ln Q p
v3 v4
p ⋅ p
o A3 A4 o
¯ ¯
0 = ΔG (T ) + RT ln ( ) = ΔG (T ) + RT ln K p
v1 v2
p ⋅ p
A1 A2 eq
Kp é a constante de equilíbrio determinada com base nas pressões parciais, dependente somente da temperatura e definida por:
v3 v4
p ⋅ p
A3 A4 vi
∗
Kp = ( ) = ∏ (p i )
v1 v2 eq
p ⋅ p
A1 A2 i
eq
Como determinar a constante de equilíbrio se os gases envolvidos na reação química têm comportamento de gás real e não
de gás ideal?
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Para uma reação química que envolve uma mistura de gases reais, a análise é semelhante àquela desenvolvida até aqui, devendo o equilíbrio ser
escrito com base na fugacidade:
o
ΔG (T ) = −R̄T ln K f
Kf é a constante de equilíbrio determinada em função da fugacidade, dependente somente da temperatura e definida por:
∗
v
i
K f = ∏ (f i )
eq
A constante de equilíbrio pode ser escrita também em função da concentração C i , em mol/L, e da fração molar x i , conforme as equações:
∗
vi
K C = ∏ (C i )
eq
∗
vi
K x = ∏ (x i )
eq
A constante de equilíbrio K é uma função exclusiva da temperatura de reação T . Para a sua determinação, precisamos quantificar a energia de
Gibbs padrão de reação ΔG o , que também é função somente da temperatura de reação e definida na pressão de 1atm ou 1bar. Assim, temos:
K = K(T )
o
ΔG
ln K = −
R̄T
Os dados mais usuais disponíveis para o cálculo da constante de equilíbrio são os dados de energia de Gibbs padrão de formação ΔG of a 25 ∘ C e 1
atm. Por definição, uma reação de formação é aquela que forma 1 mol da substância, a partir de seus elementos constituintes puros, na forma mais
estável, conforme encontrados na natureza. Por convenção, a energia de Gibbs de formação do elemento puro, no estado físico mais estável,
conforme encontrado na natureza, é zero.
ô
H 2 (g) + S(s, r mbico ) + 2O 2 (g) → 1H 2 SO 4 (l)
1 3
K(s) + Cl 2 (g) + O 2 (g) → 1KClO 3 (s)
2 2
1
2C(s, graf ite ) + 3H 2 (g) + O 2 (g) → 1C 2 H 5 OH (l)
2
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A tabela de dados termoquímicos, apresenta a entalpia padrão de formação ΔH fo , a energia de Gibbs padrão de formação ΔG of e a entropia padrão
S
o
para algumas substâncias. Tabela dados termoquímicos.
Como a energia de Gibbs é uma função de estado, sua variação não depende do caminho e sabendo que qualquer reação pode ser escrita como
uma combinação de reações de formação, a energia de Gibbs padrão de reação para a reação genérica a seguir será determinada por:
v1 A1 + v2 A2 ⇄ v3 A3 + v4 A4
o o o o o
ΔG = v 3 ⋅ ΔG + v 4 ⋅ ΔG − v 1 ⋅ ΔG − v 2 ⋅ ΔG
f ,A 3 f ,A 4 f ,A 1 f ,A 2
Generalizando:
o ∗ o
ΔG = ∑ v i ΔG
f ,i
v3 v4 v3 v4
p ⋅ p (x A p) ⋅ (x A p) ∗
A3 A4 3 4 vi v 3 +v 4 −v 1 −v 2
Kp = = = (∏ x ) × p
v1 v2 v1 v2 i
p ⋅ p (x A p) ⋅ (x A p)
A1 A2 1 2 i
Então:
∗
∑v
Kp = Kx × p i
Caso a mistura gasosa apresente comportamento de gás ideal e sabendo que a pressão parcial, por definição, é a pressão que o gás i da mistura
exerceria se estivesse sozinho no recipiente de mistura, na temperatura de mistura, temos:
¯
p i V = n i RT
p i = C i R̄T
Assim:
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v3 v4
v3 v4
p ⋅ p (C A R̄T ) ⋅ (C A R̄T )
3 4 ∗
A3 A4 vi v 3 +v 4 −v 1 −v 2
Kp = = = (∏ C ) × (R̄T )
v1 v2 v1 v2 i
p ⋅ p
A1 A2 (C A 1 R̄T ) ⋅ (C A 2 R̄T ) i
Ou seja:
∗
∑ vi
K p = K C × (R̄T )
report_problem
Atenção!
Em uma reação em fase gasosa, constituída por uma mistura de gases ideais, quando ∑ v ∗i = 0 , as constantes de equilíbrio K p , K C e
Kx são iguais.
O efeito da temperatura na constante de equilíbrio pode ser avaliado pelo desenvolvimento a seguir. Para o equilíbrio químico da reação:
o
ΔG
ln K p = −
R̄T
o
d ln K p 1 d (ΔG /T )
= −
dT R̄ dT
Agora:
o ∗ o
ΔG = ∑v μ
i i
0 o
d (μ /T ) H̄
i i
= −
2
dT T
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Podemos escrever:
o o
ΔG μ
∗ i
= ∑ vi
T T
i
Temos:
o o
d (ΔG /T ) d (μ /T )
∗ i
= ∑v
i
dT dT
i
0 o
d (μ /T ) H̄
i i
= −
2
dT T
Logo:
o o
d (ΔG /T ) 1 ΔH
∗ o
= − ∑ v H̄ = −
i i
2 2
dT T T
i
Portanto:
o o
d ln K p 1 d (ΔG /T ) ΔH
= − =
dT R̄ dT R̄T
2
A constante de equilíbrio pode ser explicitamente escrita em função da temperatura por intermédio da integração da equação acima. Assim, temos:
ln K p T o
ΔH
∫ ln K p = ∫ dT
2
ln k p,0 T0 R̄T
T o
ΔH
ln K p − ln K p,0 = ∫ dT
2
T0 R̄T
Geralmente, ΔH o é constante em intervalos de temperatura não muito grandes. Assim, considerando ΔH o constante no intervalo de integração:
o
ΔH 1 1
ln K p = ln K p,0 − ( − )
R̄ T T0
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o o o
ΔG = ΔH − T ΔS
o o
−R̄T ln K p = ΔH − T ΔS
Ou seja:
o o
ΔH ΔS
ln K p = − +
R̄T R̄
O efeito da pressão na constante de equilíbrio deve ser analisado considerando que ΔG oreação é definido para uma pressão padrão de 1atm ou 1bar.
Sabendo que:
o
ΔG
̧
reacão
ln K p = −
R̄T
∂K
( ) = 0
∂p T
Devemos observar, na expressão acima, que o fato de a constante de equilíbrio K ser independente da pressão, isso não implica que a composição
de equilíbrio não possa variar com a alteração da pressão.
Considerando uma mistura de gases ideais, as pressões parciais não são alteradas com a injeção do gás inerte. Nesse caso, a
constante de equilíbrio K p permanece inalterada, assim como a composição de equilíbrio.
Considerando esse procedimento promove alterações nas pressões parciais dos gases, em função da redução do volume do meio
reacional. As alterações nas pressões parciais devem obedecer à relação (∂K/∂p) T . Como exemplo, vamos considerar a reação
= 0
de decomposição:
N 2 O 4 (g) ⇄ 2N O 2 (g)
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2
p
N O2
Kp =
pN
2 O4
Nessa relação, a constante de equilíbrio permanecerá constante se o aumento na pressão parcial de N 2 O 4 for equivalente ao aumento, elevado ao
quadrado, na pressão parcial de N O 2 .
Essa necessidade de um aumento na pressão parcial de N 2 O 4 (g), relativamente grande em relação a p 2N O , só será conseguida se a composição
2
no equilíbrio for deslocada para o lado do N 2 O 4 , aumentando o número de moléculas desse gás, o que promoveria com a compressão uma
maximização de p N 2 O4
. Portanto, na compressão, a constante de equilíbrio K p é mantida constante, mas a composição de equilíbrio é alterada.
As repostas do equilíbrio de uma reação química à pressão e à temperatura acompanham o princípio de Le Chatelier, traduzido no seguinte
enunciado:
“Para cada ação sobre um sistema que visa alterar a sua condição de equilíbrio corresponde uma reação do sistema no sentido de minimizar o
efeito dessa ação”.
Diante do exposto:
Compressão expand_more
Elevação expand_more
Demonstração
Utilize a equação de Van't Hoff:
o
d ln K p ΔH
=
dT R̄T
2
Para estimar o valor da constante de equilíbrio K p , quando a reação abaixo conduzida a 250 ∘ C e 1atm. Sabe-se que o valor da constante de
equilíbrio, a 25 ∘ C e 1 atm, para essa reação é igual a K p = 5, 62 × 10
4
.
Solução
Integrando a equação de Van't Hoff, temos:
Kp T o
ΔH
∫ d ln K p = ∫ dT
2
K p,0 T0 R̄T
Para estimar o valor da constante de equilíbrio K p quando a reação abaixo conduzida a 250 e 1atm. Sabe-se que o valor da constante de
∘
C
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o
ΔH 1 1
ln K p = ln K p,0 − ( − )
R̄ T T0
o o o o
ΔH = 1 × ΔH − (1 × ΔH + 1 × ΔH )
f ,P Cl 5 f ,P Cl 3 f ,Cl 2
o
ΔH = −375 − (−287 + 0) = −88, 0kJ
Portanto:
4 (−88000) 1 1
ln K p = ln (5, 62 × 10 ) − ( − ) = −4, 343
8,3145 250+273 25+273
Logo: K p = 0, 013
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Considere a reação:
A –6363kJ
B 6363kJ
C –7250kJ
D 7250kJ
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
E –5627kJ
Responder
Questão 2
A 300
B 298
C 246
D 150
E 108
Responder
Questão 3
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03529/index.html# 30/66
19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
A 152
B 122
C 99,8
D 75,6
E 48,9
Responder
Questão 4
Uma quantidade correspondente a 8, 40 × 10 mol de H I foi introduzida no reator vazio de 2,0L a 1000K e, após o equilíbrio, a quantidade de
−3
I2 formada é de 6, 0× 10 −4
mol/L. Nessa situação, qual é o valor de K C ?
A 196
B 144
C 72
D 25
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
E 14
Responder
Questão 5
[N 2 ]⋅[H 2 ]
A KC =
[N 2 H 4 ]
[N 2 H 4 ]
B KC =
[N 2 ]⋅[H 2 ]
2
[N 2 H 4 ]
C KC = 2
[N 2 ]⋅[H 2 ]
2
[N 2 H 4 ]
D KC = 2
[N 2 ] ⋅[H 2 ]
[N 2 H 4 ]
E KC = 2
[N 2 ]⋅[H 2 ]
Responder
Questão 6
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03529/index.html# 32/66
19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Responder
note_alt_black
Teoria na prática
Em um reator com volume de 5, 0L, mantém-se à temperatura constante de 1000K uma mistura composta por 1,00 mol de CO(g) e 3,00 mol de
. No equilíbrio, foi detectada a presença de 0,65 mol de CH 4 (g) em função da reação:
H 2 (g)
Determine:
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
emoji_events
Questão 1
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A 262
B 125
C 74
D 22
E 4
Responder
Questão 2
N 2 O 4 (g) ⇄ 2N O 2 (g)
2N O 2 (g) ⇄ N 2 O 4 (g)
A 50
B –50
C 0,04
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
D 0,02
E 0,01
Responder
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Vamos começar!
video_library
Cálculo de conversão no equilíbrio e regra das fases
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.
Para o entendimento do termo “espécies quimicamente independentes”, na definição do número de componentes C, vamos considerar as situações
a seguir.
Sistema de mistura em que as condições experimentais podem favorecer ou não a reação expand_more
Para uma alimentação estequiométrica e considerando um grau de avanço ξ para a reação, temos:
Consumo/produção ξ 3ξ 2ξ
Equilíbrio 1 − ξ 3 − 3ξ 2ξ
1− ξ 3− 3ξ 2ξ
Fração molar 4− 2ξ 4− 2ξ 4− 2ξ
1− ξ 3− 3ξ 2ξ
Pressão parcial (
4 −2ξ
) ⋅ p (
4 −2ξ
) ⋅ p (
4− 2ξ
) ⋅ p
Dados experimentais a 600K estabelecem, para a reação em questão, as seguintes pressões parciais, quando a alimentação é estequiométrica:
2 2
p 1, 08
N H3
Kp = = = 0, 0189
3 3
pN ⋅ p 1, 23 × 3, 69
2 H2
Para a situação de equilíbrio, a pressão total p será calculada conforme a lei de Dalton:
p = ∑ pi
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Logo:
p = 1, 23 + 3, 69 + 1, 08 = 6, 0 atm
Para a determinação do grau de avanço no equilíbrio, podemos considerar qualquer uma das pressões parciais de equilíbrio. Portanto:
1 − ξ 1 − ξ p
p N2 = ( ) ⋅ p = ( ) ⋅
4 − 2ξ 2 − ξ 2
Assim:
1 − ξ 6
1, 23 = ( ) ⇒ ξ = 0, 305mol
2 − ξ 2
A porcentagem de conversão α deve ser associada a um reagente. Assim, para esse exemplo genérico, a porcentagem de conversão do reagente
N 2 (g) no equilíbrio será determinada por:
mols reagidos nN − nN í
2, incial 2, equil brio
α N2 ≡ × 100 = ( ) × 100
mols iniciais nN
2, incial
1 − (1 − ξ) 0, 305
αN = [ ] × 100 = × 100 = 30, 5%
2
1 1
report_problem
Atenção!
As constantes de equilíbrio não têm unidade, uma vez que, na expressão do potencial químico:
pi
o ¯
μ i = μ i (T ) + RT ln ( )
po
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Quando as substâncias em equilíbrio químico se apresentam distribuídas em mais de uma fase, dizemos que o equilíbrio é heterogêneo. Se as
substâncias presentes no equilíbrio constituem uma única fase, o equilíbrio é homogêneo. Para as fases condensadas puras, ou seja, as fases
líquidas ou sólidas, a energia de Gibbs molar ou o potencial químico são praticamente independentes da pressão. Assim, temos:
o
μ i = μ i (T )
Portanto:
o o ¯ o
μ + μ + RT ln p CO 2 − μ = 0
CaO(s) CO 2 (g) CaCO 3 (s)
Logo:
o
1 ΔG
o o o
ln p CO = − (μ + μ − μ ) = −
2 CaO(s) CO 2 (g) CaC 3 (s)
R̄T R̄T
Ou seja:
ln K p = ln p CO
2
Assim:
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
K p = (p CO 2 )
eq
1
4F e(s) + 3O 2 (g) ⇄ 2F e 2 O 3 (s) Kp = 3
p
O
2
3
p
CO
2
F e 2 O 3 (s) + 3CO(g) ⇄ 2F e(l) + 3CO 2 (g) Kp = 3
p
CO
A constante de equilíbrio associada à solubilidade de um sal sólido puro não dissolvido e seus íons em uma solução saturada é denominada
constante do produto de solubilidade ou constante de solubilidade ou, ainda, produto de solubilidade K P S . Para as soluções em fase líquida, a
composição da solução geralmente é determinada considerando a concentração em mol/L. Assim, temos os seguintes exemplos:
2+ 2− 2+ 2−
BaSO 4 (s) ⇄ Ba (aq) + SO (aq) K P S = [Ba ] ⋅ [SO ]
4 4
+ 2− + 2 2−
Ag 2 CrO 4 (s) ⇄ 2Ag (aq) + CrO (aq) K P S = [Ag ] ⋅ [CrO ]
4 4
2+ − 2+ − 2
CaF 2 (s) ⇄ Ca (aq) + 2F (aq) K P S = [Ca ] ⋅ [F ]
Na determinação do produto de solubilidade K P S , a notação da espécie química entre colchetes representa a concentração da espécie química em
mol/L e a concentração do sólido puro é considerada igual à atividade do sólido que, por sua vez, é igual a 1.
A seguir, resumem-se as principais regras de solubilidade para a maioria dos compostos inorgânicos.
Compostos solúveis
chevron_left chevron_right
Compostos dos elementos do Grupo 1 da Tabela Periódica e compostos de amônio (NH4+);
chevron_left 1 de 7
chevron_right
Demonstração
A solubilidade molar (S) de um composto é a concentração do composto em mol/L em uma solução saturada.
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Determine o produto de solubilidade K P S do sulfato de bário (BaSO 4 ) a 25 ∘ C se sua solubilidade molar, nessa temperatura, for igual a
S = 1, 05 × 10
−5
mol/L .
2+ 2−
BaSO 4 (s) ⇄ Ba (aq) + SO 4 (aq)
Solução
Considerando a estequiometria da reação e a solubilidade molar S do P b(I O 3 ) 2 (S), temos:
4
(aq)
Solução Saturada S S S
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
2+ 2−
K P S = [Ba ] ⋅ [SO ⌉
4
−5 2 −10
2
KP S = S × S = S = (1, 05 × 10 ) = 1, 1 × 10
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Para a reação:
[BaO]⋅[SO 3 ]
A KC =
[BaSO 4 ]
[BaSO 4 ]
B KC =
[BaO]⋅[SO 3 ]
C K C = [SO 3 ]
D K C = [BaSO 4 ]
⌊BaO]
E KC =
[BaSO 4 ]
Responder
Questão 2
2+ −
P bBr 2 (s) ⇄ P b (aq) + 2Br (aq)
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03529/index.html# 43/66
19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
2
A
2+ −
K P S = [P b ] × [Br ]
B
2 −2
K P S = [P b] × [Br]
2
C K P S = [P b
2+
] × [Br
−
]
D
2+ −
K P S = [P b ] × [Br ]
2
E 2+ − 2
K P S = [P b ] × [Br ]
Responder
Questão 3
+ 2−
Ag 2 CO 3 (s) ⇄ 2Ag (aq) + CO (aq)
3
A
−4
6, 20 × 10 mol /L
B
−4
4, 13 × 10 mol /L
C
−4
3, 58 × 10 mol /L
D
−4
2, 43 × 10 mol/L
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03529/index.html# 44/66
19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
E
−4
1, 16 × 10 mol /L
Responder
Questão 4
Uma mistura composta de 0, 200mol/L de H 2 (g), 0, 200mol/L de I 2 (g) e 0, 500mol/L de H I (g) reage em vaso fechado, à temperatura
constante de 500K , até o equilíbrio conforme a reação:
Se a constante de equilíbrio dessa reação a 500K é K C = 129 , qual é o grau de avanço no equilíbrio?
A ξ = 0, 133
B ξ = 0, 233
C ξ = 0, 333
D ξ = 0, 433
E ξ = 0, 533
Responder
Questão 5
Considere a reação a 25 ∘ C :
2+ 2−
CaCrO 4 (s) ⇄ Ca (aq) + CrO (aq)
4
Para uma solução saturada de CaCrO 4 (s), as concentrações, em mol/L, de Ca 2+ (aq) e CrO 2−
4
(aq), são respectivamente iguais a:
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03529/index.html# 45/66
19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
A 0,090 e 0,027
B 0,027 e 0,027
C 0,090 e 0,090
D 0,050 e 0,070
E 0,050 e 0,050
Responder
Questão 6
Em um vaso fechado à temperatura constante de 400K, o N 2 O 4 (g) com concentração de 0, 13mol/L é decomposto até o equilíbrio conforme
a reação:
N 2 O 4 (g) ⇄ 2N O 2 (g)
A 0,950
B 0,743
C 0,522
D 0,392
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
E 0,144
Responder
note_alt_black
Teoria na prática
As reações a seguir estão em equilíbrio a 700K.
−4
N 2 (g) + 3H 2 (g) ⇄ 2N H 3 (g) K p,2 = 1 × 10
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
emoji_events
Questão 1
A 4
B 3
C 2
D 1
E 0
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Responder
Questão 2
6
[F e 2 O 3 ]⋅[H Cl]
A KC = 2 3
[F eCl 3 ] ⋅[H 2 O]
6
[H Cl]
B KC = 3
[H 2 O]
2 3
[F eCl 3 ] ⋅[H 2 O]
C KC =
[F e 2 O 3 ]⋅[H Cl]
6
[F e 2 O 3 ]
D KC = 2
[F eCl 3 ]
[H Cl]
E KC =
[H 2 O]
Responder
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Vamos Começar!
video_library
Múltiplas reações e equilíbrio químico
Assista ao vídeo a seguir para conhecer os principais pontos que serão abordados neste módulo.
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Reações Acopladas
O acoplamento de reações é um procedimento adotado com o objetivo de favorecer, termodinamicamente, uma reação de interesse. Vejamos, por
exemplo, a reação, a 25°C e 1atm, de produção de tetracloreto de titânio:
T iO 2 (s) + 2Cl 2 (g) ⇄ T iCl 4 (l) + O 2 (g) ΔG reação = 152, 3kJ /mol
Nas condições apresentadas, essa reação é não espontânea, uma vez que, ΔG reação > 0 .
Com o objetivo de tornar essa reação termodinamicamente viável, podemos acoplar a esse meio reacional outra reação, de forma a deslocar o
equilíbrio da reação para o lado do TiCl 4 (l) e proporcionar para o sistema reacional global um ΔG reação < 0 . Assim, podemos introduzir no meio
reacional outro reagente, tal que:
A reação do carbono com o oxigênio produzido na reação anterior desloca o equilíbrio daquela reação para o lado do T iCl 4 (l) pela retirada do
, conforme estabelecido pelo princípio de Le Chatelier.
O 2 (g)
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
T iO 2 (s) + 2Cl 2 (g) ⇄ T iCl 4 (l) + O 2 (g) ΔG reaçao = 152, 3kJ /mol
C(s) + T iO 2 (s) + 2Cl 2 (g) ⇄ T iCl 4 (l) + CO 2 (g) ΔG reação gobal = −242, 1kJ /mol
Verificamos agora que a reação global é espontânea, pois ΔG < 0 , o que favorece a produção do T iCl 4 (l).
Devemos observar ainda que, nas reações químicas, os reagentes podem se combinar em mais de uma forma, gerando produtos não desejados, ou
ainda, os produtos formados podem reagir formando outros produtos, além daqueles esperados.
extension
Exemplo
Vamos considerar, por exemplo, um sistema que vise produzir o gás etileno C 2 H 4 (g), muito utilizado no amadurecimento de frutas:
E, além disso, o etileno pode reagir com o etano para formar propeno e metano:
Diante das reações múltiplas que podem estar presentes no mesmo meio reacional, podemos associar, para cada reação, um grau de avanço e, para
a mesma substância que participa em várias reações, podemos escrever:
∗
n i = n i,0 + ∑ v i,j ξ j
Em que n i,0 é o número de mols inicial do componente reacional i e v ∗i,j é o número estequiométrico do componente i na reação j.
Reagente limitante
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
É aquele reagente que é completamente consumido no meio reacional. Assim, o reagente limitante está presente em
chevron_left quantidade menor que sua proporção estequiométrica em relação a qualquer outro reagente. O reagente que sobra, chevron_right
após o consumo do reagente limitante, é denominado reagente em excesso.
chevron_left 1 de 3
chevron_right
A → 2B ção desejada)
(rea
Suponha que 100kmol de A são colocados para reagir em um reator e que o produto final contenha 10kmol de A , 170kmol de B e 25kmol de C .
Conversão de A
100−10 90
= = = 90%
100 100
Rendimento de B =
170
200
= 85%
nB
Seletividade de B em relação a C
170
= = = 6, 8
nC 25
add
Número de reações independentes.
remove
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
remove
Número de equações de contagem do número de mols das espécies não reativas independentes.
remove
Número de outras equações relacionando as incógnitas.
drag_handle
Número de graus de liberdade.
Exemplo 1
Considere o fluxograma contendo os dados de processo para a desidrogenação do etano, que segue a reação: C 2 H 6 (g) → C 2 H 4 (g) + H 2 (g)
Para a determinação do grau de liberdade desse sistema reacional, precisamos quantificar os seguintes parâmetros:
3.
Número de equações de contagem do número de mols das espécies reativas = 3
n 1 = 100 − ξ
n2 = ξ
nH = ξ;
2
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
F = 2 + 1 − 3 − 0 − 0 = 0
Ou seja, com os dados apresentados nesse fluxograma do processo reacional, a resposta é única, uma vez que F , caracterizando, assim, um
= 0
Exemplo 2
O processo de combustão do metano com ar atmosférico em reator segue as reações e o fluxograma abaixo.
3
CH 4 (g) + O 2 (g) → CO(g) + 2H 2 O(g)
2
CH 4 (g) + 2O 2 (g) → CO 2 (g) + 2H 2 O(g)
Para esse processo, a porcentagem de conversão do metano é de 92% e a razão molar entre os óxidos de carbono que deixam o reator é igual a
8 mol CO 2 (g)/1 mol CO(g) . Qual é o grau de liberdade desse sistema reacional?
3.
Número de equações de contagem do número de mols das espécies reativas = 5
n CH 4 = 9, 50 − ξ 1 − ξ 2
n CO = ξ 1
n CO = ξ2
2
n H 2 O = 2ξ 1 + 2ξ 2
3
n O 2 = 19, 0 − ξ 1 − 2ξ 2 ;
2
4.
Número de equações de contagem do número de mols das espécies não reativas = 1.
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
O oxigênio utilizado na reação é proveniente do ar atmosférico, que apresenta composição molar 79%N 2 e 21% de O 2 . O balanço do número
de mols de nitrogênio é dependente da quantidade de oxigênio introduzido. Como o nitrogênio, para essa reação, é um gás inerte, temos:
79
nN = 19, 0kmolO 2 × = 71, 5kmol;
2
21
5.
Número de outras equações relacionando as incógnitas = 2.
n CH = (1 − 0, 92) × 9, 50 = 0, 760kmol
4
.
n CO = 8 × n CO
2
F = 6 + 2 − 5 − 1 − 2 = 0
Soluções ácidas aquosas produzem o íon hidrônio H 3 O + , espécie química diretamente ligada ao cálculo da propriedade denominada pH , que por
definição:
pH = − log a H 3 O +
Em que a H 3O
+ é a atividade do íon hidrônio H 3 O + .
Na transferência de prótons entre espécies em meio aquoso, devemos considerar três constantes de equilíbrio:
Vale ressaltar que autorprotólise é a reação em que há a transferência de elétron entre duas moléculas da mesma substância.
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Ácidos fortes
chevron_left chevron_right
Ácido Bromídrico, HBr;
chevron_left 1 de 10
chevron_right
Demonstração
Com a técnica de precipitação seletiva, é possível separar diferentes cátions presentes em uma solução. Um sal precipitará quando o quociente de
reação Q P S for maior ou igual ao produto de solubilidade do sal K P S . Assim, uma mistura de cátions em solução pode ser separada pela adição de
um ânion com o qual esses cátions formam sais de diferentes solubilidades.
Com o objetivo de ilustrar a técnica de precipitação seletiva, considere uma solução que contém 1, 0 × 10 −2 mol/L de Ag + (aq) e
2, 0 × 10
−2
mol/L de P b 2+ (aq).
+ − −10
AgCl(s) ⇄ Ag (aq) + Cl (aq) K P S = 1, 8 × 10
2+ − −5
P bCl 2 (s) ⇄ P b (aq) + 2Cl (aq) K P S = 1, 7 × 10
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03529/index.html# 57/66
19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
Solução
a) O sal de que necessitar da menor quantidade de cloreto precipitará primeiro.
+ − −10
AgCl(s) ⇄ Ag (aq) + Cl (aq) K P S = 1, 8 × 10
−10
KP S 1, 8 × 10
+ − − −8
K P S = [Ag ] × [Cl ] ⇒ [Cl ] = = = 1, 8 × 10 mol/L
+ −2
[Ag ] 1, 0 × 10
2+ − −5
P bCl 2 (s) ⇄ P b (aq) + 2Cl (aq) K P S = 1, 7 × 10
1/2
2 KP S
2+ − −
K P S = [P b ] × [Cl ] ⇒ [Cl ] = { }
2+
⌈P b ⌉
−5 0,5
1, 7 × 10
− −2
[Cl ] = ( ) = 2, 9 × 10 mol/L
−2
2, 0 × 10
Logo, a ordem de precipitação com o aumento da concentração de Cl − será: primeiro o AgCl(s) e depois o P bCl 2 (s).
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
(Questão adaptada. Fonte: Fundação CESGRANRIO – Petrobras, Processo seletivo público, aplicado em 27/02/2011, para o cargo de
Engenheiro(a) de Processamento Júnior)
1
C 2 H 4 (g) + O 2 (g) → C 2 H 4 O(g)
2
C 2 H 4 (g) + 3O 2 (g) → 2CO 2 (g) + 2H 2 O(g)
Para uma alimentação de 100kmol de C 2 H 4 (g), estão presentes ao final da reação 5kmol de C 2 H 4 (g), 80kmol de C 2 H 4 O(g), 30kmol de
CO 2 (g), 30kmol de H 2 O(g) O 2 (g) não reagido.
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19/08/2023 21:00 Equilíbrio em Reações Químicas
A 8,0
B 6,0
C 4,5
D 2,7
E 1,5
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Questão 2
C 6 H 12 + 6H 2 O → 6CO + 12H 2
C 6 H 12 + H 2 → C 6 H 14
O processo segue o fluxograma a seguir em que 200mol de C 6 H 12 e 800mol de H 2 O são introduzidos no reator. O rendimento de hidrogênio é
de 45% e a seletividade do CO em relação ao C 6 H 14 é 12.
A 0
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B 1
C 2
D 3
E 4
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Questão 3
Se em um reator, uma mistura gasosa composta por 100kmol de C 2 H 4 (g) e 100kmol de O 2 (g) é submetida à reação, podemos dizer que:
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Questão 4
+ −
H I (aq) + H 2 O(l) ⇄ H 3 O (aq) + I (aq)
A 2
B 3
C 4
D 5
E 6
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Questão 5
Uma solução composta por 0, 25mol/L de HF, um ácido fraco com constante de acidez K a = 3, 5 × 10
−4
, e 0, 10mol/L de N aF , um sal
solúvel, apresenta os seguintes equilíbrios:
+ −
H F (aq) + H 2 O(l) ⇄ H 3 O (aq) + F (aq)
+ −
N aF (s) + H 2 O(l) ⇆ N (aq) + F (aq)
A 1
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B 2
C 3
D 4
E 5
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Questão 6
2+ − −6
BaF 2 (s) ⇄ Ba (aq) + 2F (aq) K P S = 1, 7 × 10
− − −11
F (aq) + H 2 O(l) ⇄ H F (aq) + OH (aq) K b = 2, 9 × 10
A 5,77
B 10,5
C 13,3
D 24,3
E 27,2
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Teoria na prática
Determine o pH de uma solução a 25 ∘ C preparada pela mistura de iguais volumes de uma solução 0, 2mol/L de metilamina (CH 3 N H 2 ), com
constante de basicidade K b = 3, 7 × 10
−4
, e de uma solução 0, 60mol/L de CH 3 N H 3 Cl, um sal solúvel.
+ −
CH 3 N H 2 (aq) + H 2 O(l) ⇄ CH 3 N H (aq) + OH (aq)
3
+ −
CH 3 N H 3 Cl(s) + H 2 O(l) ⇄ CH 3 N H 3 (aq) + Cl (aq)
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Questão 1
+ −
N aOH (aq) + H 2 O(l) ⇄ N a (aq) + OH (aq)
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A 5
B 6
C 7
D 8
E 9
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Questão 2
Suponha a sequência reacional genérica, em que B é o produto desejado e C o produto não desejado.
A rendimento de B.
B seletividade de C em relação a B.
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C seletividade de B em relação a C.
D rendimento de C.
E conversão de B.
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Considerações finais
Neste conteúdo, você acumulou informações referentes às reações químicas. Aprendeu sobre coordenada de reação, constantes de equilíbrio,
relações termodinâmicas entre constantes de equilíbrio. Também aprendeu sobre os princípios de Le Chatelier, acompanhou a formulação da regra
das fases e aprendeu a determinar as condições de equilíbrio em sistemas reativos homogêneos, heterogêneos e com múltiplas reações. Parabéns
e bons estudos!
headset
Podcast
Para encerrar, ouça o podcast sobre generalidades do equilíbrio químico.
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