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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
CURSO DE GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA (LICENCIATURA PLENA)
DISCIPLINA: ERER – SEMESTRE 2022.2
PROFª DRª SOLANGE P. ROCHA

FICHAMENTO DOS TEXTOS

DISCENTE: Lis Inaê Lins de Oliveira


MATRÍCULA: 20220034095

TEXTO: ROCHA, Solange P.; SILVA, José Antonio Novaes. À luz da lei 10.639/03, avanços e desafios:
movimentos sociais negros, legislação educacional e experiências pedagógicas. Revista da Associação
Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), [S.l.], v. 5, n. 11, p. 55-82, out. 2013. Artigo: Virtual &
PDF/Anexo. Disponível em: http://abpnrevista.org.br/revista/index.php/revistaabpn1/article/view/189

O seguinte texto fala sobre as lutas para a inclusão do ensino da história e da cultura do povo
negro/africano, também da igualdade e inclusão racial e da diversidade cultural que nosso país é regido.
Nesse contexto, é mencionado todas as dificuldades e melhorias que ocorreram durante as tentativas de
inclusão deste ensino nas escolas e universidades, buscando combater o racismo, a desigualdade social e o
preconceito. A inclusão do estudo da história e cultura afro-brasileira (por muito tempo não conhecida e
esquecida) foi uma luta de aproximadamente 20 anos até a realização da Lei 10.639/03, que incluía,
obrigatoriamente, o ensino dessa temática no país. Muitos movimentos foram feitos, muitas tentativas
foram feitas, até que em 2003, o Presidente da República da época, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou
esta Lei que previa a obrigatoriedade de se ensinar o estudo da história e cultura afro-brasileira. Mesmo
após a Lei 10639/03, ainda foram encontradas diversas dificuldades, pois, não eram todos as escolas e
universidades que “adotariam esta prática”, ainda houve alguns anos para que todos se “adaptassem”,
incluíssem e percebessem a necessidade deste ensino/estudo. Na Paraíba, a Lei foi bem aceita e
respeitada, mesmo com as dificuldades. O ensino logo foi implementado e discutido e acabou virando
parte do dia a dia. O marco da criação desta Lei é importante e significativo, senão por ele, hoje não eu
estaria tendo uma disciplina tão importante na graduação de história, que é justamente esta, educação
para as relações étnico-raciais. Possibilitou que a história dos negros, que foram peças chaves para a
construção do Brasil fosse ouvida, um povo que tanto sofreu e lutou em busca de direitos, igualdade e
condições de vida, e que era esquecido e menosprezado diante da sociedade brasileira, sempre sendo
vistos como inferiores e vítimas de racismo e preconceito em todos os cantos do país. Estudar a história
dos negros nos ajuda a entender, respeitar e nos solidarizar, ajuda a incluí-los na história como grandes
contribuidores para as diversas áreas que hoje temos no Brasil. O povo negro tem força, luta e um papel
importante, não só na história deles, mas também na nossa como brasileiros.

TEXTO: SILVA, Edson. Ensino e Sociodiversidade indígenas: possibilidades, desafios e impasses, a partir
da Lei 11.645/2008. Mneme: Revista de Humanidades, Caicó/RN, v. 15, n. 35, p. 21-37, jul./dez., 2014.
Artigo: Virtual & PDF/Anexo. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/7485/5816
O texto fala sobre a necessidade de estudar e conhecer (também) a história e cultura dos povos indígenas do Brasil.
A difícil realidade dos povos originários vem desde o “descobrimento” do Brasil, quando estes foram escravizados,
desapropriados de suas terras e forçados a fugir e a lutar (lutas essas que levaram muitos a morte). Na educação
brasileira a história desses povos não eram estudas, o que ocasionava uma exclusão social, que gerava racismo,
preconceito, ódio, desvalorização e desigualdade. A Lei 11.645 de 2008, incluía na educação básica o ensino\estudo
da história e cultura dos povos indígenas, que leva em consideração toda sua colaboração e participação para a
construção da sociedade brasileira (assim como os negros). Antes do acesso ao conhecimento sobre estes povos, os
indígenas eram excluídos e sua contribuição para sociedade era quase nula (nas visões da sociedade), isso gerou o
ódio que ocasionou no genocídio de muitos povos indígenas. Os “índios” possuem uma cultura plural, existindo mais
de 300 povos, falantes de mais de 200 línguas distintas. Essa pluralidade precisa ser valorizada e estudada mais a
fundo, pois esses povos contribuíram para a formação da sociedade brasileira.

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