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Análise semiótica do filme 300 (2007)

O filme é contado por um orador espartano, que narra a história de um jovem que, futuramente
se tornará o Rei de Esparta. Quando as crianças nasciam, elas eram examinadas, e, se, fracas e
apresentassem alguma deformação fisica, ou doenças, eram descartadas em um abismo. Esparta
voltava-se totalmente para o militarismo, então a educação dos jovens espartanos era o da
virilidade, força e coragem. No filme, os garotos eram ensinados para lutar pelo seu Estado e
morrer pelo seu povo. Eram deixados na natureza, pois acreditavam que tudo na natureza era
luta, obstáculos a serem transposto e ainda espaço ou terra para conquistar. 300 (2007) retrata
também da tortura como uma forma de treinamento, isso pois quanto mais os jovens espartanos
sofressem e fossem torturados, mais fortes ficavam, e ainda, alcançavam o nivel militar mais
forte. As crianças eram retiradas dos braços da mãe e levados para o treinamento, mostrando que
a educação para o mundo da guerra era fortemente inserida na vida dos espartanos. Além disso,
o culto a beleza corporal é perceptível ao longo do filme, tanto o feminino, quanto o masculino.
Os contornos e definições deveriam levá-los o mais próximo possivel da perfeição. As mulheres
deviam possuir um corpo bom e saudável onde iriam gerar futuros bons guerreiros para o Estado.
Quanto ao povo Persa, é notório a distinção da condição social pelas roupas utilizadas, as roupas
do Rei Persa eram muito bem elaboradas, com joias, ouro, pulseiras, brincos, colares, cintos e
adornos de cabeça. Além disso, tanto homens quanto mulheres usavam maquiagem, pois quanto
mais acessórios, maior era o status dessa pessoa. Percebemos pelas vestimentas que os Persas
possuiam grande quantidade de riqueza, pela abundância de ouro em suas vestimentas, quanto
em seus aposentos, pela grande presença de cores vivas e principalmente a cor amarela que
representa ouro. Uma diferença nas vestimentas dos soldados Persas e Espartanos é que, os
Persas utilizavam calças, oque lhe davam mais agilidade e proteção no combate, além de sapatos
de couro e casacos sob túnicas. Enquanto os Espartanos se vestiam apenas com uma túnica
vermelha, que simbolizava o império e o sangue derramado, além da violência e fúria. Os
Espartanos também utilizavam um escudo que possuía um simbolo, a letra grega "lambda" e é o
equivalente a letra "L" do nosso alfabeto, A Letra "L" representa a letra inicial da palavra
Lacedemónia ou Lacónia, nomes pelos quais Esparta também era conhecido. Além disso, em
uma das cenas, a rainha diz a Leônidas, rei de Esparta "Volte com seu escudo ou em seu escudo"
isso pois as espartanas diziam a seus maridos na véspera da guerra. A idéia por trás disso é de
que os Espartanos mortos eram levados para casa sobre seus escudos, pois segundo eles, apenas
um homem fraco e covarde largaria a proteção e fugiria. No filme, há o momento em que
Leônidas decide consultar o futuro com o horáculo, porém, ele antes conversa com os éforos,
onde no filme, os apresentavam como pessoas deformadas. Os éforos tem uma simbologia de
equilibrio, oque remete a essa ideia é a predominância da cor branca, que representa a paz,
tranquilidade e calma. O filme tambem é marcado pela frase de Leônidas sendo sua resposta ao
mensageiro do Rei Xerxes "Aqui é Esparta!" que simboliza o propósito de proteção, tanto do Rei
de Esparta quanto de qualquer outro soldado, às suas terras. Além da frase: "Somos uma unidade
impenetrável" pois na cena de batalha com os Persas, os soldados Espartanos formavam uma
linha de escudos para proteger de maneira uniforme todos os soldados. A grande quantidade de
escudos lado a lado com as pontas de lança que sobressaíam montavam um sistema de defesa e
ataque simultâneo e evitava que o inimigo penetrasse com facilidade. Além disso, as cores
marcadas pelo filme são principalmente as cores quentes: o vermelho, amarelo e laranja. Na cena
final do filme, quando Leônidas da o seu golpe final, a flechada que sangra Xerxes, provando
que ele não é um Deus, deixando-o enfraquecido e motivando seus soldados.

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