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Este deus Virtus não era senão o deus da virilidade e por isso tem na mão
esquerda o parazónio, o punhal da oficialidade (símbolo fálico da virilidade que
corta e penetra a ferida vaginal ou o arcaico varapau da verticalidade eréctil) e
pisa com o pé esquerdo o crânio ou o casco dum vencido.
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The religious and the sexual inhabit each other, and in the Near East the foot is often use as a symbol for both.
In ancient Mesopotamia, for example, the word birku referred both to knee and penis. The dual symbolism of the
foot is also indicated in the Biblical oath which consisted of putting one’s hand under the thigh of the person to
whom pledge was given – the foot itself bearing sexual significance in Hebraic ritual and the thigh being a
median section between the foot and the male genitals. -- Sand and Sandals: Representation of feet in Saharan
and Arabian Rock Art, AHMED ACHRATI
genu- ‘knee’ (4.36) is also ‘penis’ (like Akk. birku). The symbolicconnection of these concepts is apparently
common in Indo-European, Semitic, and Finno-Ugric languages: cf. e.g. OE cnēow,OCS kolěno and Finnish
polvi, Estonian pòlv, all both ‘knee’ and‘offspring, generation’, as well as OIr. glún-daltae ‘knee-nursling’ (like
Akk. tarbit birkiya); see the discussion and refs. by Puhvel inMyth and Law Among the Indo-Europeans
(Berkeley and LosAngeles, 1970), p. 95, n. 40. -- Hittite Vocabulary: by David Michael Weeks.
Figura 5: SER SVLPI GALBA IMP CAESAR AVG P M TR P: Bust of Galba,
laureate and draped, left. Reverse: HONOS ET VIRTVS S C: Honos, bare to waist,
standing right, holding sceptre in right hand and cornucopiae in left, facing Virtus,
helmeted, in military dress, standing left, holding parazonium in right hand and spear
in left, resting right foot on boar's head.
O mais interessante na mitologia romana de Honos & Virtus, ou seja, na semântica da
honra e da virtude tal como simbolizada na iconografia da medalhística romana é
precisamente a relação com virtudes militares que apelavam para os instintos primários da
virilidade fálica expressos estilisticamente na forma como os romanos ostentavam
descaradamente a conotação fálica da virtude e da honra que em Honos se expressa na
cornucópia e em Virtus, no parazónio, em ambos os casos como se fossem prolongamento do
pénis que as duas deidades exibem frente a frente como se estivessem a confirmar qual de
ambos tem a pilinha maior!
Levi(t) < Rewi(tu) < *Urki-at *Kertu > Wertu > Virtus.
< Kaur-et > Hauret
> Grec. Arete, lit. esposa de Ares.
Prodikos the wise expresses himself to the like effect concerning Arete (Virtue) in the
essay 'On Herakles' that he recites to throngs of listeners. This, so far as I remember, is how
he puts it: 'When Herakles was passing from boyhood to youth's estate, wherein the young,
now becoming their own masters, show whether they will approach life by the path of virtue
(arete) or the path of vice (kakia), he went out into a quiet place, and sat pondering which
road to take. And there appeared two women of great stature making towards him. The one
[Arete] was fair to see and of high bearing; and her limbs were adorned with purity, her eyes
with modesty; sober was her figure, and her robe was white. -- Xenophon, Memorabilia
Se a virtude Arete era feminina na Grécia por ser a esposa de Ares a Virtus
latina era masculina entre os romanos porque derivava do deus mesopotâmico Wer,
equivalente de Marte.
Notar que Virtus teria tido o nome minóico de *Vertu-mino (literalmente o
redundante deus viril que foi Min) deus de que iria derivar o primaveril deus latino
Vertu-mno.
Figura 6: Another attractive serratus is the one above, issued in c.70 or c.68 BCE on
behalf of the moneyers Q. Fufius Calenus and Mucius Cordus. It bears the heads of the
personifications Honos and Virtus, and shows Italia and Roma clasping hands. The types
allude to the end of hostilities in the ‘Social War’ (91-88 BCE) that pitted so many native
inhabitants of the Italian peninsula against the might of Rome.
Honos e Virtus, enquanto personificações romanas de honra e do valor, foram
introduzidos na cunhagem imperial por Galba, que sem dúvida apreciava estas
virtudes. Em algum momento, no passado distante, tal apelo para os valores militares
poderia ter surtido o efeito desejado, mas na atmosfera vigente, após a queda de Nero,
os soldados responderam apenas aos apelos de sereia do oportunismo e do
enriquecimento pessoal.
O aparecimento dessas duas personificações nobres nas moedas de Vitélio,
cujos valores pessoais estavam mais de acordo com a turba, não foi feito por ele. Era
pouco mais do que oportunismo prático, pois Vitélio mantinha em serviço as matrizes
de Honos e Virtus preparadas por Galba. (...)
Embora Honos estivesse intimamente associado à vida política e Virtus mais
diretamente aos militares, estas personificações eram inseparáveis de muitas
maneiras e isto ficou claro na estrutura dos seus maiores templos localizados em
Roma fora da Porta Capena. O templo original foi dedicado exclusivamente a Honos,
mas foi suplementado com um templo adjacente a Virtus, que foi dedicado em 205
a.C. O novo Templo de Virtus parece ter sido colocado diante do de Honos, que tinha
apenas um único portão, todo isto para reforçar a ideia de que a honra (Honos) só
poderia ser alcançada através da coragem (Virtus).
A antiguidade dos Honos também se reflete na cunhagem de moeda. Sua
aparência mais conspícua está nos denários serrati de Q. Fufius Calenus e Mucius
Cordus, retratados em 70/68 a.C., onde seus retratos são expostos em conjugado.
Nelas, Honos ocupa a posição honorária à esquerda, com o busto sobreposto ao de
Virtus. Este sestércio (de Galba) também reserva a posição de primazia dada a
Honos, que fica à esquerda da composição.2
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Honos and Virtus, the Roman personifications of honor and valor, were introduced to Imperial coinage by
Galba, who undoubtedly cherished their virtues. At some time in the distant past such a rallying call to military
Paralelo a estes conceitos ficaria o Orgulho e Presunção a par da Vergonha,
Cobardia e Asco.
«Orgulho» < espanhol orgullo < catalão orgull(ca) < Latim Vulgar *orgōllia
frâncico urguli (excelência) < *Ur-gaul < *Kur-kaul > protogermânico *uzgōljō.
> Hércules.
Dito de outro modo o orgulho e o preconceito fazem parte da arrogância e
retórica militar.
«Vergonha» < galego-português medieval vergonna < ver(a)con-Dia
< Wera + | *Haunita < Kaunita < Konita > Cónios.
> Cuntia > Cundia
< Lat. vere-cun-dia.
Na evolução do termo vergonha verguenza nota-se a ressonância do latino
veracundia com a raiz galo/franca *haunita já possível na sufixo –cundia da formação
do latim desta apalavra.
Francês honte < franco antigo *haunita ou *hauniþa, 'desdém, desprezo,
zombaria' (cf. hōnitha saxão antigo, hōnithia 'desonra', hoonde holandês médio,
mesmo significado); a forma latinizada haunitas é atestada nas Glosas de Reichenau
(século VIII).
E a cadeia da etimologia deveria acabar na deusa *Vera-Kundia como deusa
da reverência, da veneração e da vénia até porque vera-cundus já é um termo derivado
da raiz Wer.
Notar que com esta deusa virtual *Vera-Kundia se relaciona o conceito hindu
Kundalini.
Kundalini, fenómeno espiritual de libertação de uma energia concentrada na
base da coluna. O símbolo do caduceu é considerado como uma antiga representação
simbólica da fisiologia da Kundalini. "enrolada como uma cobra " ou "aquela que tem
a forma de uma anaconda" porque Kuṇḍa (um substantivo que significa "tigela, pote
de água") é encontrado como o nome de uma Nāga (divindade serpente) no
Mahabharata.
Assim senso, estamos no campo da Deusa Mãe que era Vénus ou Venera e
também da Fartura e da Fe-cundia.
Assim senso, estamos no campo da Deusa Mãe que era Vénus ou Venera e
também da Fartura e da Fe-cundia.
valor might have had the desired effect, but in the atmosphere after the fall of Nero soldiers responded only to
the siren calls of opportunism and personal enrichment.
The appearance of these two high-minded personifications on coins of Vitellius, whose personal values were
more in line with the mob, was not of his making. It was little more than practical opportunism, for Vitellius kept
in service Honos and Virtus dies that had been prepared under Galba. (...).
Though Honos was associated closely with political life, and Virtus more directly with the military, these
personifications were inseparable in many ways. This was made clear with the structure of their largest temple
in Rome, located outside the Porta Capena. The original temple had been devoted solely to Honos, but it was
supplemented with an adjacent temple to Virtus that was dedicated in 205 B.C. The new Temple of Virtus seems
to have been placed before that of Honos, which had but a single gate, all of which reinforced the concept that
honour could only be achieved through valor.
The seniority of Honos is also reflected on coinage. Their most conspicuous appearance is on denarii serrati of
Q. Fufius Calenus and Mucius Cordus, struck in 70/68 B.C., where their portraits are shown jugate. Honos has
the honorary position to the left, with his bust superimposed on that of Virtus. This sesterius also reserves the
senior position for Honos, who stands at the left of the composition.
Fecundias significa fecundidade. Foi reconhecida como uma divindade
romana pelo imperador Nero, que construiu uma estátua para ela em 63 d.C. (após o
nascimento de sua filha).
< Lat. verecundus < Lat. ver-eor (“reverenciar, temer”) + -cundus (cf. -undus).
Ver-eor, ver-ērī, ver-itus sum; depoente segunda conjugação = Eu respeito,
reverencio, admiro. Temo, tenho medo. Sinónimos: timeo, metuo.
< proto-indo-europeu *wer- (“cobrir, prestar atenção, avisar”). Cognato com o
grego antigo ὁράω (horáō, “ver”) < ϝοράω (woráō), Cognate with οὖρος (oûros,
“watcher, guardian”), ὤρα (ṓra, “care, concern”) o inglês aware (atento) e wary
(cauteloso).
Assim sendo da etimologia *Vera-Kundia derivou Honos
HONOS
Honos aparece como deidade ambígua que os renascentistas confundiram com
uma deusa feminina e que assim teria sido inicialmente, pois etimologicamente assim
parece, mas que na realidade mitológoca latina nunca foi.
De facto, de seguida mostra-se a moeda de Vitélio onde tal ambiguidade não
aparece, mas cujos exemplares renascentistas, figurativamente menos claros como
depois se descrevem, se prestaram às confusões dos coleccionadores e sobretudo dos
imitadores renascentistas como o prestigiado Cavino e depois outra do mesmo
imperador .
Figura 8: Sestertius late April-December 69, Æ 27.01 g. A VITELLIVS
GERMANICVS IMP AVG P M TR P Laureate and draped bust r. Rev. HONOS ET VIRTVS Honos, bare
from the waist up, standing r., holding long vertical sceptre in r. hand and cornucopiae in l., facing
Virtus, in military attire, standing l., holding parazonium in r. hand and vertical spear in l., r. foot on
helmet. In exergue, S C. C 38. BMC p. 375 note †. RIC 113. CBN 88.
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How Roman was Victory?*he Goddess Victoria in Republican Italy, Daniele Miano.
Para reforço de prova deste ambiguidade original, sempre mal resolvida, temos
o termo de direito latino do “onus da prova”.
Figura 11: O prémio da Virtude era a Honra do triunfo que dava acesso às horárias
militares e a fortuna dos despojos de guerra. O culto da hora cívica decorre assim duma
apropriação burguesa de valores que foram inicialmente abstracções psicológicas do chicote e
da cenoura que determinavam a lógica da vida militar. A Virtude & Honra são inicialmente
valores estruturantes da nobreza que acabam, com as necessárias adaptações de ética
evolutiva, em valores cívicos pela relação mútua entre a ética de coesão do grupo e o sucesso
na vida! As virtudes cristãs aparecem assim como contraponto desta ética de sucesso social
pela via da negação do valor do mérito e da riqueza que, os judeus nunca deixaram de cultivar
com sucesso e esmero, mas que os católicos só toleraram pela separação do reino dos céus em
relação ao poder temporal.
«Onos» < Lat. Onus < Hon-ush < *Kona / Kina.
Onos, Del protoindoeuropeo *h₃énh₂os de *h₃enh₂-. Cognado al sánscrito
अनस् (ánas, “carro pesado; madre; nacimiento; descendencia”). Véase el griego
antiguo ὄνομαι (ónomai, “impugnar, pelear con”).
De facto, enquanto deusa mãe primordial Ki era literalmente a Senhora do «O»
do gravidi ventris.
Onus, eris, AN-, uma carga, carga: tanta onera navium, navios de tão grande
carga, Cs .: clipei ingens, V .: mínimo, O .: gravius dorso, mais pesado do que ele
pode carregar, H. — Uma carga, embarque, carga , cargo: cum oneribus
commeabant: iumentis onera deponere Cs. — O fardo do útero, feto, embrião: gravidi
ventris.
Não será precisos muitos comentários para explicar como é que as figuras de
retórica entravam e continuam à chegar à barra dos tribunais porque o a conotação do
onus da prova como carga que tem que ser carreada ao processo pela acusação
demonstra o quando a carga era antiga e antes de ter andado nas entranhas e no
costado de grandes naves andou desde que o filho do homem é filho da Virgem Maria
que o parou depois de o ter carregado durante nove meses sem o fardo cada dia mais
pesado e que não podia despachar antes da hora do parto.
O deus da honra era Honos, deus do cavalheirismo, da dignidade e da justiça
militar que garantia o sucesso na partilha dos trofeus e despojos da vitória e o acesso
às honrarias dos triunfos na carreira militar.
O acesso a bens de fortuna pela via do troféu de guerra e das honrarias militares
fés do corno da cornucópia, passe o pleonasmo, um símbolo fálico permitindo que na
origem a honra fosse uma questão de bravura bélica de que o machismo,
masculinidade e virilidade por exibição da potência sexual explícita seria componente
indispensável. Como Pan é próximo de Phanes, o deus protágono *Dionisho filho de
Diana Lúcia, deus da luz e do amor solar primordiais, Fauno era um dos nomes do
deus masculino primordial, natural seria que tivesse uma evolução semântica ligada à
Deusa Mãe da «cornucópia».
Pan < Phanes > Fauno < Kau®anus > *Konus > Honos.
«Génio» < Ki-anius < Konius
Em relação à passagem de Honor a Honos, é impossível saber se foi o «erre»
da corno-copia que emudeceu ou se sempre houve nos primórdios da linguagem
permutabilidade do nome do “deus menino” entre Cono / Corno, entre o filho de Ki-
Ana / Diana e o Sr. do Kur (Kaurano). A verdade é que tem a forma, muitas vezes
alada, dos latinos «génios», (lit. “os espíritos alados da sabedoria de Enki”, o deus que
ensinou os mês das tácticas e estratégias militares a Atena, mãe de Eritónio, ou Honos
(ou seria Kornos ou Cronos?), «deus menino» das honras militares, que sempre fez a
fortuna de muita gente de virtude e esperteza saloia para o saque e a rapina.
Para os egípcios, o sapo era um símbolo de vida e fertilidade, já que milhões deles
nasciam após a inundação anual do Nilo, que trazia fertilidade para as terras que de outra
forma seriam áridas. Consequentemente, na mitologia egípcia, começou a haver uma deusa-
rã, que representava a fertilidade, referida pelos egiptólogos como Heqet (também Heqat,
Hekit, Heket etc., e mais raramente Hegit, Heget etc.), escrito com o determinante sapo. A
deusa rã e uma das mais antigas de toda a mitologia egípcia, sendo que seus hieróglifos são
encontrados em pirâmides por todo o Egito.
No entanto, esta deusa sapo egípcia, esposa de Chnum, Janum ou Junum (=
Enki) já seria a evolução da deusa do espaço infinito onde era uma das deusas cobras
da sabedoria, Hauket, da Ogdoada, e esposa de Huk < Kuk < Kuki Enki.
Justiça (δικαιοσύνη, dikaiosýnē; Latim: Ius-titia): também considerada como
justiça; a palavra grega também tem o significado de justiça.
A deusa da justiça, por ser Titia, era uma deusa juvenil, e, por isso, ou variante
jovem da deusa mãe referida antes ou filha desta e de Jano.
Fortaleza (ἀνδρεία, andreía; latim: fortitudo): também chamada de coragem:
paciência, força, resistência e capacidade de enfrentar o medo, a incerteza e a
intimidação.
A fortaleza é uma óbvia virtude militar e por isso era Andreia em grego, ou
seja, uma deusa homem ou macha como Atena e Artemisa. Em latim a virtude seria a
corajem e o animo, a qualidade dos fortes em oposição à cobardia. Assim sendo, não
era uma deusa alegórica imperial que presidia a esta virtude mas
Lat. Forti-tudo < Lat. Fort-is < forct-is < forc-tus (latim antigo)
< Forka-te < deusa *Forka < Kur-ka, a deusa grávida que transportava a vida.
*Forka < Kur-ka > Cret. Kur-ija Atena.
Ora, a palavra ibérica «força» tem a seguinte etimologia:
«Força» < latim tardio *fortia (< fortis) < Forta < forctus < *Forka < Kur-ka.
Se em latim não se conheceu explicitamente uma deusa Fortia ou Forta bem
poderia haver dialetos italiotas onde este nome era um epíteto de Fortuna ou mesmo
de Portumna.
Temperança (σωφροσύνη, sōphrosýnē; latim: temperantia): também
conhecida como contenção, a prática de autocontrole, abstenção, discrição e
moderação temperando o apetite. Platão considerou Sōphrosynē, que também pode ser
traduzido como uma mente sã, como a virtude mais importante.