Ministério da Educação – MEC

Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de
Janeiro – IFRJ
Pró-Reitoria de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico – PROEN

ANEXO 1
Programa das disciplinas

Código: Nome da disciplina:

BFI43037 Reestruturação produtiva, trabalho e saúde
BTO43023
Carga horária total: Abordagem metodológica: Natureza:
40.5 horas Teórica -Fisioterapia:
CH teórica: CH prática: CH obrigatória
40,5 horas 0h extensão: 0h -Terapia
Ocupacional:
obrigatória
Pré-requisitos: Não há.

Ementa:
A disciplina visa a discutir: o trabalho como metabolismo homem-natureza e como categoria
central na constituição do humano; os momentos da reestruturação produtiva capitalista e suas
implicações nos processos
de subjetivação e na saúde do trabalhador; os conceitos de precariado do setor de serviços,
desemprego estrutural e subemprego; os modos de gerenciamento da economia e as concepções de
Estado mínimo e de Estado de Bem-Estar Social; trabalho e questões identitárias; trabalho
infantil e trabalho escravo; a influência da centralidade do trabalho nas etapas do ciclo da vida;
ócio, tempo livre, ageísmo e o estigma da improdutividade; a relação entre o trabalho da
reprodução da vida cotidiana e a construção social do lugar subalterno da mulher na divisão do
trabalho.
Diálogos contemporâneos: promover debate crítico relativo a temas atuais transversais
ao eixo de humanas.
Objetivo Geral:
Compreender a relação homem-trabalho em diferentes contextos históricos e culturais a fim de
evidenciar as contradições próprias ao modo de produção nascido na modernidade europeia,
bem como à sua divisão do trabalho nos dias atuais (neoliberalismo/capitalismo flexível). A
ideologia neoliberal – o sujeito empreendedor, empresário de si: debater o imperativo de
empreender e as aparências de liberdade e empreendedorismo. Observar os impactos das
transformações no mundo do trabalho capitalista em suas diferentes fases sobre os processos de
subjetivação e a saúde do trabalhador: relação entre psicopatologias, violência neuronal e
tecnologia. Debater como as formas precarizadas de trabalho do subproletariado, o desemprego
estrutural e o subemprego refletem na gramática do reconhecimento social e na autoimagem do
trabalhador: sensação de self dispensável e autoculpabilização pelo próprio fracasso. Discutir a
dificuldade de se lidar com o tempo livre no contexto em que a produtividade baseada na
competição é a ideologia hegemônica no mundo do trabalho contemporâneo, o ageísmo e o
estigma da improdutividade que pesa sobre o aposentado e o idoso nesse mesmo contexto.
Analisar a relação entre identidades e trabalho. Debater o trabalho doméstico como uma das
formas da acumulação primitiva do capital.
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Procedimentos metodológicos:
Aulas expositivo-dialogadas
Dinâmicas em grupo sobre os temas em questão.
Dinâmicas pergunta-aula-revisita às questões para um exercício
constante de pensar o pensamento, essencial de acordo com Adorno e
Horkheimer.
Bibliografia básica:
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade
do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez, 2007.
BAUMAN, Z. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1997.
MASI, D. O Futuro do Trabalho – fadiga e ócio na sociedade pós-industrial. 10ª ed.
Rio de Janeiro: José Olímpio Editora, 2010.
Bibliografia complementar:
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do
trabalho. São Paulo: Boitempo, 2009.
BAUMAN, Z. Tempos Líquidos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.
BRAVO, M. I. S. et al. Movimentos Sociais, Saúde e Trabalho. Rio de Janeiro:
ENSP, 2010.
MARX, K. O capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2008.
MASI, D. O Ócio Criativo. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2000.