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Implantação de Sistemas

Instrutor: Isaias Pereira Pinto


CONTEXTUALIZAÇÃO
Conheça agora o contexto do desafio que você terá sobre implantação de sistemas.
GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)

As organizações, atualmente, têm uma alta dependência de serviços de


Tecnologia da Informação (TI), assim como a maioria das pessoas em
suas rotinas diárias. Você já reparou que no dia a dia de muitas pessoas a
tecnologia está presente desde o pagamento do café da manhã na
padaria com o cartão de crédito até a utilização de um aplicativo de
celular para chamar um carro para locomoção. No ambiente profissional
não é diferente, a tecnologia também está presente no pagamento dos
colaboradores das empresas, que podem utilizar o Internet Banking, nos
meios de comunicação internos, por meio de celulares, intranet,
aplicativos de bate-papo, entre outros.
A partir desta amostra, é possível começar a refletir sobre o impacto da TI nas
atividades das empresas e indústrias, não é mesmo?
Por isso a importância de uma gestão de TI efetiva. Durante muito tempo a
Tecnologia da Informação foi vista como um custo, um gasto para as empresas e
indústrias. Hoje os administradores conseguem enxergar o quanto a TI é importante
para a organização. Muitas delas não conseguem mais operar sem Tecnologia da
Informação e várias só existem devido à tecnologia, como os aplicativos de
entregas, de transporte, de pagamentos. Esta visão fez com que a TI passasse a
ser reconhecida como investimento.
CONTROLE DE COMPONENTES DE TI
A maioria das empresas já tem procedimentos padrões para controlar os componentes
de TI, e algumas das formas mais comuns são as que seguem.

• Planilha com numeração de cabos e endereços IP.


• Desenho de mapas da rede.
• Relatórios de Inventário de Hardware e Software.
• Ferramentas que realizam monitoramento de configuração, disponibilidade e
capacidade.
O grande problema destes levantamentos é que geralmente duram até a
primeira mudança. Os componentes de TI sofrem constantes mudanças,
seja para realizar uma manutenção preventiva, uma manutenção corretiva
ou até mesmo a implantação de algum serviço de TI novo na organização. É
neste momento que o levantamento começa a ficar desatualizado, e quem
recorre a ele começa a ter desconfianças, até o momento que chega à
conclusão de que os levantamentos feitos não são mais úteis, pois não são
mais confiáveis. Para garantir que isso não ocorra, há uma premissa básica
a ser levada em consideração. Clique na imagem e confira!
Com isso garante-se que, além de a mudança ter sido
aprovada, ela terá o seu devido registro atualizado. Desta
forma, toda modificação causará impacto no levantamento de
componentes de TI, permitindo que todo o processo de
gestão de TI que precise destas informações as utilize e
possa confiar nelas.
Item de configuração

Um item de configuração é um componente físico ou


lógico, com identificação única, que é útil para a
entrega de serviços de TI. São exemplos de itens de
configuração: computadores, smartphones, switches,
servidores, notebooks, softwares e sistemas
operacionais.
Modelos de configuração
Um modelo de configuração é a representação de Itens de Configuração
(IC) agrupados de acordo com seu relacionamento. São tipos de
relacionamento entre itens de configuração:
ATRIBUTOS, BDGC E SGC
Atributos
Os atributos são as características de cada Item de Configuração. São muito úteis para
conhecer profundamente a configuração da organização.
São exemplos de atributos:

• Nome do Item de Configuração;


• Tipo (Hardware, Software, Documentação);
• Descrição;
• Versão;
• Fabricante;
• Status (Em uso, em estoque, em operação, em manutenção, descontinuado);
• Local;
• Responsável (Pessoa);
• Dados históricos;
• Nível de serviço associado;
Banco de Dados de Gerenciamento da Configuração (BDGC)
Um Banco de Dados de Gerenciamento da Configuração é utilizado para
armazenar os atributos e relacionamentos dos itens de configuração durante
o seu ciclo de vida.
Sistema de Gerenciamento de Configuração (SGC)
Um Banco de Dados de Gerenciamento da Configuração faz parte um
Sistema de Gerenciamento da Configuração, que é composto por um
conjunto de ferramentas que são utilizadas para realizar a gestão de TI de
uma organização. Além do BDGC, contém informações sobre Incidentes,
Problemas, Requisições de Mudança, Liberações e também dados sobre a
equipe de TI, localidades, unidades e filiais. Enfim, toda e qualquer
informação que apoie a gestão de TI de uma organização.
Implantação de Sistemas

Você sabia que hoje em dia em ambientes organizacionais é uma tendência


muito forte construir inventário de TI? O inventário de TI abrange o
levantamento desde ações estratégicas tecnológicas da organização até
mesmo compras de equipamentos e suprimentos. Hoje há várias
ferramentas no mercado que realizam este trabalho, e elas geralmente
buscam os ativos de hardware, por meio da rede, e os de software, por meio
do sistema operacional. Estas ferramentas de inventário de TI, além de
realizarem este trabalho de coleta de informação, permitem que o gestor de
TI possa identificar, por exemplo, usos inadequados, seja de equipamentos
obsoletos, inseguros, ou até mesmo uso de software não licenciado.
Portanto, a sugestão é que o gestor de TI busque uma ferramenta de
inventário que atenda a necessidade da empresa, de acordo com seu porte
e parque tecnológico instalado.
GERENCIAMENTO DE LIBERAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
Quando se fala em liberação no contexto de gerenciamento de TI, este está vinculado
ao processo de aprovação da entrada em produção de novos serviços ou de
mudanças nos serviços atuais.
A liberação é uma mudança aprovada que garante que ela tem condições de ser
colocada em produção sem impactar o negócio de uma organização. Isso significa
que ela foi analisada, planejada e testada com essa visão. A liberação serve para
incluir ou alterar um serviço de TI sem causar impacto nos demais.
As empresas constantemente passam por falhas nos serviços de TI. Muitas vezes
investem em mais tecnologia e novos sistemas para tentar suprir estas falhas. Sem
um planejamento adequado para a implantação destes itens, sem uma mensuração
de impactos, novos problemas podem ocorrer na área de TI. A qualidade das
implantações a serem realizadas impacta diretamente nos serviços em operação na
TI. Veja um exemplo a seguir.
Exemplo: Um gerente de TI implantou um novo serviço de TI na sua organização.
Este serviço não foi bem testado e, quando entrou em produção, que é o uso real
pelos usuários, no dia a dia da operação da empresa vários problemas ocorreram.
Agora, com as operações em uso, todos estão cobrando-o, para que resolva as
situações. Agora ele precisa de uma ação imediata!
Como resolver este problema?
O gerente, junto a sua equipe, precisa identificar se é possível efetuar
um rollback no serviço implantado, retornando à situação anterior. Caso seja
possível, a ação deve ser feita e amplamente divulgada. O setor de TI irá se
concentrar em realizar todo o ciclo de análise e testes para realizar esta
liberação, já considerando as lições aprendidas com a tentativa frustrada.
Mas e se não for possível voltar atrás?
Neste caso o processo precisa ser tratado como uma situação de guerra.
Uma equipe de contingência deve ser destacada para resolver
paliativamente as situações, enquanto outra equipe analisa os problemas de
uma forma mais global e vai resolvendo-os de forma definitiva.
Para que isso não ocorra, o processo de liberação e implantação deve
seguir um padrão, devidamente documentado.
IDENTIFICAÇÃO DAS LIBERAÇÕES
As liberações devem ter uma identificação única, como um número de
versão. Estes números de versão devem identificar se é uma liberação
para teste, homologação ou produção (definitiva). Veja a seguir um
exemplo.
Exemplo:
Sistema de frente caixa 1.0.1 – Onde o 0 indique que é de testes. Quando
for homologação, será 1.1.x; e quando for produção, 1.2.x. Cada
organização vai definir seus padrões, e é importante que todos os
conheçam.
O piloto é uma estratégia de implantar uma parte de liberação para um
grupo determinado de usuários, para testá-la em uso real. Isso deve ser
planejado de acordo com o serviço a ser implantado. Lembrando que, se
for um sistema que substitui outro já em uso, se apenas parte dos
usuários vai passar a usar o novo ou apenas alguns módulos do novo
serão utilizados, estudos deverão ser realizados com relação à
necessidade de integração/migração de dados entre os módulos durante
este período. Os benefícios desta estratégia são inúmeros. Escolher um
bom grupo de usuários a serem impactados ou um grupo de
funcionalidades específicas trará um foco em um momento de incertezas.
É uma estratégia muito utilizada
MODELOS DE LIBERAÇÃO E IMPLANTAÇÃO
Um modelo de liberação descreverá a abordagem, os mecanismos, os
processos e os recursos necessários para a construção e implantação da
liberação. Um modelo de liberação e implantação deve incluir as seguintes
características:

• Estrutura de construção;
• Entregáveis e documentações necessárias;
• Ambiente para construção e testes;
• Papéis e responsabilidades;
• Programação das liberações;
• Sistemas de apoio, procedimentos e documentação das atividades de
liberação;
• Atividades de aceite de fases de uma liberação para garantir que o processo
esteja sendo executado.
Pacotes de Liberação
Um pacote de liberação tem origem através de uma RDM
(requisição de mudança) aprovada.
Inicia com o planejamento da liberação e implantação, e
com a autorização para a construção; segue para a etapa de
execução, com a construção e teste dos pacotes de
liberação; com a liberação aprovada, passa-se à fase de
implantação dos pacotes de liberação. Com os pacotes
implantados em produção, o momento é de suporte pós-
implantação, garantindo um bom funcionamento em um
determinado período experimental. O fechamento serve para
a documentação e encerramento da implantação, garantindo
a geração de lições aprendidas, a desconstrução de
estruturas temporárias e a desmobilização de equipes e de
fornecedores.
ATIVIDADES DO GERENCIAMENTO DE IMPLANTAÇÃO E LIBERAÇÃO
Confira a seguir as atividades do processo de gerenciamento de implantação e
liberação.

• Definição do escopo da liberação;


• Avaliação dos riscos;
• Identificação do nível de aprovação necessária para a liberação;
• Planejamento de alocação de recursos para a liberação;
• Definição dos modelos de implantação;
• Planejamento orçamentário da liberação;
• Definição dos critérios de aceite da implantação;
• Plano de construção e testes;
• Logística necessária para a implantação.
Para ajudar no processo de gerenciamento de implantação e liberação, algumas
perguntas precisam ser respondidas. Clique na imagem e confira.
ENGAJAMENTO DE PARTES INTERESSADAS NO PROJETO
Em qualquer projeto há um fator muito importante a que precisa ser dado
muita atenção, que são as partes interessadas, ou stakeholders. Para
saber mais sobre a importância do engajamento de todos os envolvidos
no projeto, confira na revista a seguir
Uma empresa de transportes possui um sistema de controle logístico em plena operação. O
sistema é bem grande, pois é utilizado por todas as filiais da empresa, que totalizam 89 em
todo o país. Ocorre que nos últimos meses foi necessário realizar uma série de alterações
nesse sistema. Estas alterações estão vinculadas a novas leis e decretos do setor de
transporte, como a carga horária dos motoristas e o valor (?) do frete mínimo. Como estas
questões legais tem prazo, não houve tempo hábil para planejar e testar estas entregas.
Com a realização destas entregas, o sistema tem tido paradas diárias, o que impacta em
problema para muitos usuários. Inicialmente, para corrigir a situação, a empresa acionou
seus melhores analistas, para atuar em regime emergencial. A tentativa deles foi
reestabelecer o sistema o mais rápido possível. Mas infelizmente esta estratégia não deu
certo. Eles acabaram resolvendo um problema e, na pressão de liberar logo, colocaram-no
em produção sem muitos testes, o que ocasionou outros erros. Um consultor de TI foi
chamado para auxiliar a empresa. A primeira determinação dele foi concentrar as liberações
em janelas específicas. Apenas os casos de urgência excepcional foram liberados
imediatamente, ainda assim com uma camada de testes. Desta forma a equipe conseguiu
se planejar melhor, principalmente pensando em soluções definitivas, não só paliativas. No
primeiro mês já foi visível a estabilização do sistema e a redução gradativa das ocorrências.
CREDITOS
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA – DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e Tecnologia
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL - SENAI
Conselho Nacional
Robson Braga de Andrade
Presidente
SENAI - Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações

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