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2º TEMA: Máquinas simples – atrito e lubrificantes

Objectivo do Trabalho: Escolherem várias situações do dia-a-dia e provar que o atrito é uma força de contacto,
que depende da “rugosidade” dos corpos, que é sempre paralela às superfícies que interactuam e oposta ao
movimento relativo entre elas, que apesar de ser sempre paralela às superfícies que interactuam, depende da
força normal (quanto maior, maior o atrito). Importante: passar a mensagem de que a força de atrito não
depende da área de contacto entre assuperfícies que interactuam (mantendo todas as outras variáveis
constantes), mas apenas da natureza destas mesmas superfícies e da força normal que tenta impedir que uma
superfície “penetre” na outra. Falar do coeficiente de atrito. Usando vectores mostrar os tipos de atrito que
existem e relacioná-los com o m.r.u. Introduzir a indústria dos lubrificantes e a sua importância no controlo do
atrito e na evolução da tecnologia. Relacionar esta indústria com o ambiente e propor medidas de redução do
impacto ambiental causado pelas más práticas de utilização. Mostrar exemplos destas práticas. Contudo,
concluir que, sem lubrificantes jamais as máquinas simples teriam dado origem à tecnologia de que
actualmente estamos rodeados.

3º TEMA: Máquinas simples – plano inclinado

Objectivo do Trabalho: Provar que o plano inclinado é um exemplo de máquina simples: “(...) Como o nome
sugere, trata-se de uma superfície plana cujos pontos de início e fim estão a alturas diferentes. (...)”. Dar
exemplos de planos inclinados (rampa, usada na construção das pirâmides, com mais de 2500 anos a.C., cunha,
que dará origem a variadíssimas ferramentas como o arado egípcio, com cerca de 3000 anos a.C., o arpão, o
cutelo, a piroga (remonta ao neolítico) ...) e referir aplicações concretas no dia-a-dia. Mencionar um caso
oposto aos apresentados: malhetes. Mostrar a decomposição do vector peso usando maquete e explicar o
contributo de cada componente durante o movimento num plano inclinado, aludindo à inclinação. Falar da
importância (ou não) do atrito apresentando exemplos concretos. Aproveitar e referir instrumentos de corte e
como é fácil perderem o “fio”.

Observação: não falar do parafuso! Uma mais valia do plano inclinado: O estudo do equilíbrio dos corpos foi
estudado por Galileu que, ao realizar uma experiência com recurso a um plano inclinado descobriu o “princípio
da velocidade”, grandeza que deve ter tido dificuldade em definir com precisão, em particular a aceleração
uniforme e a velocidade de um corpo em queda livre. Fazer ligação com o conceito na perspectiva actual do
conteúdo do 11º ano.

4º TEMA: Máquinas simples – parafusos e porcas

Objectivo do Trabalho: Definir parafuso a partir da abordagem que o grupo anterior fez sobre o plano inclinado
enquanto máquina simples, e de exemplos por ele apresentados, dos quais a rampa tem importância
fundamental. Provar que a partir dela se pode obter o parafuso; mostrar a sua importância ao longo dos
tempos e prever qual teria sido a evolução da tecnologia sem o parafuso. Introduzir a porca (ver o que é e para
que serve) e a necessidade de contraporca em muitas situações (se possível ligar com as leis de Newton). Falar
da importância (ou não) do atrito, referir que o aparafusar e desaparafusar muitas vezes destrói a “cama” feita
pelo parafuso diminuindo a resistência enquanto máquina de ligação entre peças apresentando exemplos
concretos e medidas para ultrapassar essas situações. Quando se deve usar uma anilha e o que é.

Observação: Fazer a distinção entre prego e parafuso, indicando as características de cada um, bem como a
resistência esperada na utilização de cada um, i. é, refiram a (des)vantagem do parafuso em relação ao prego.
Uma mais valia do plano inclinado: abordar o que são brocas, para que servem e referir o seu formato, o
tipo/aplicação no material e a sua importância. Falar da importância da velocidade de rotação da broca.

5º TEMA: Máquinas simples – alavancas: perspectiva da Física

Objectivo do Trabalho: Escolher várias situações do dia-a-dia e provar que a alavanca é um exemplo de
máquina simples: (...) “é um objecto rígido que é usado com um ponto fixo apropriado (fulcro) para multiplicar
a força mecânica que pode ser aplicada a um outro objecto (resistência). (...)”. Aproveitar e exemplificar com
enxada, remo, pedra (ou osso) com cabo (ferramentas da mesolítico e neolítico) referindo o efeito de corte
(cunha, plano inclinado) sem muitas delongas, pois o grupo 3 já falou sobre isso. Introduzir a noção de torque.
Falar no princípio da alavancagem, ligar a vantagem mecânica ao torque (binário). Referir a importância (ou
não) do atrito (sem especificar em demasia) apresentando sempre exemplos concretos.

Observação: Será uma mais valia para o trabalho se mostrarem com um exemplo real como funciona a
Equação Fundamental das Alavancas. Pensem, por exemplo, nos “brinquedos” de um parque infantil.

6º TEMA: Máquinas simples – alavancas: perspectiva da Biomedicina

Objectivo do Trabalho: Escolher algumas situações do dia-a-dia e provar que a alavanca, enquanto máquina
simples, é essencial para os nossos movimentos. Aludir de um modo simples e rápido que o tecido ósseo é um
tipo especializado de tecido conjuntivo, formado por células e material extracelular calcificado, que serve de
suporte para os tecidos moles e protege órgãos vitais, como os contidos nas caixas craniana e torácica e no
canal raquidiano. Aloja e protege a medula óssea, formadora das células do sangue. Tudo isto para chegar ao
que importa: o tecido ósseo proporciona apoio aos músculos esqueléticos, transformando as suas contrações
em movimentos úteis, e constitui um sistema de alavancas que amplia as forças geradas na contração
muscular. Exemplos: cotovelo, joelho, articulações em geral (dedos, inclusive), maxilar (dar exemplo da força
associada à mastigação proporcionada pelos dentes molares em consequência do movimento do maxilar). Uma
situação extremamente importante e sui generis que a nossa evolução “resolveu”, é do foro da Biofísica ( ver
nota final) e trata-se da justificação para o ganho total de pressão que ocorre no ouvido médio de
aproximadamente 17 a 21 e relacionar este fenómeno com o nosso equilíbrio (com o avanço da idade,
perdemos equilíbrio e surgem tonturas e zumbidos por falta do líquido nos canais semicirculares e o ouvido
endurece). Se acharem que devem falar do torque façam-no, sem explicar do ponto de vista da física, pois o
grupo anterior ao vosso já o terá feito. Caso se tenham esquecido, aí falarão vocês. Referir a importância (ou
não) do “atrito” (sem especificar em demasia) e dos “lubrificantes” gerados pelo nosso organismo na tentativa
de aumentar o efeito da alavancagem óssea, explicando de onde vêm, apresentando sempre exemplos
concretos e referir o que acontece quando ocorrem calcificações extremas nas articulações, sempre do ponto
de vista da importância da alavanca. Podem introduzir as próteses como alternativa à ausência do efeito de
alavanca, exemplificando.
Nota final: Um dos maiores problemas para o nosso ouvido é fazer com que ocorra uma conversão de energia
sonora em impulso eléctrico, pois a diferença de impedância (ver impedância e impedância acústica) entre o ar
do ouvido externo e o líquido do ouvido interno dificulta esta transdução ( ). A grande impedância de um
líquido depende muito da sua densidade e das propriedades viscoelásticas (ver materiais viscoelásticos e seu
comportamento) que o caracterizam. O líquido do ouvido interno não é excepção. Assim, a maneira como o
ouvido “resolveu” este problema de associação de impedâncias entre os ouvidos externo e interno foi graças à
amplificação mecânica do sistema de alavancas do ouvido médio e as diferenças entre as áreas da membrana
timpânica (procurar) e da janela oval (procurar). A área vibrátil da membrana timpânica é de 13 a 16 vezes
superior que a da janela oval. O ganho total de pressão sobre a janela oval é igual ao ganho mecânico devido às
alavancas do ouvido médio multiplicado pela razão das áreas timpânica e da janela oval. Deste modo, o ganho
total de pressão que se situa entre 17 e 21, informa-nos que a pressão recebida pela janela oval é uma pressão
aumentada de 17 a 21 vezes relativamente à que o tímpano recebe. Se não fossem as alavancas!!

Do 8º ano: na anatomia humana (e noutros tetrápodes), o tímpano ou membrana timpânica, é uma membrana
muito fina, em forma de cone, que separa os ouvidos externo do médio. A sua função é a de transmitir o som
do ar aos ossículos no ouvido médio, e, de seguida, para a janela oval na cóclea cheia de fluído. Por isso, em
última análise, converte e amplifica as vibrações no ar em vibrações no líquido. (O martelo (osso) preenche a
lacuna entre o tímpano e os outros ossículos.)

7º TEMA: Máquinas simples – roldanas

Objectivo do Trabalho: Escolherem várias situações do dia-a-dia (incluam os elevadores, por apresentarem
roldanas e sistema de cabos e incluam a noção de forças de tracção; provar que a polia é um exemplo de
máquina simples: (...) “ Como o nome sugere, é uma peça mecânica muito comum a diversas máquinas,
utilizada para transferir força e energia cinética.” (...). Refiram a existência da roda e eixo como ponto de
partida para as polias. Por diminuírem o esforço humano necessário para elevar objectos pesados ou muito
pesados, esta “ferramenta” apresentou uma evolução muito importante, nomeadamente para o
desenvolvimento do comércio, por exemplo, optimizando a carga e descarga de navios. Falar em exemplos de
polias (fixas, móveis, ...) e explicar como funcionam e a vantagem de cada uma. Referir bem que a força
aplicada para elevar um objecto não é igual ao peso real do mesmo. Mostrar a relacção entre os vectores peso,
força aplicada e tensão do cabo e explicar o contributo de cada componente durante o movimento
descendente ou ascendente com esta máquina simples. A presentar a equação que relaciona o peso do objecto
com o número de polias e mostrar a força que deverá ser feita em cada situação. Falar da importância (ou não)
do atrito sem apresentar a sua definição, pois um grupo antes do vosso já o fez, façam a penas a ligação e
apresentem exemplos concretos se possível. Podem e devem introduzir a noção de transmissão de movimento
usando duas roldanas unidas por uma correia de transmissão, referindo a ampliação ou redução do movimento
e relacioná-lo com o raio da roldana. Dar exemplos.

8º TEMA: Máquinas simples – engrenagem (caso específico da roda com eixo)

Objectivo do Trabalho: Escolherem várias situações do dia-a-dia e provarem que a engrenagem é um exemplo
de máquina simples: “(...) ... é um elemento mecânico composto de rodas dentadas que se ligam a um eixo, o
qual imprime movimentos. (...)”. O grupo anterior já falou da roda e do eixo de um modo muito simples;
podem acrescentar a utilidade deste conjunto como meio de locomoção, se quiserem. Explicar bem o MC e
especificar porque deve ser uniforme (exemplo, o caso dos relógios de corda para medição do tempo – não
podem adiantar nem atrasar). Mostrar o que acontece na engrenagem quando se pretende acelerar o
movimento ou retardá-lo mantendo a direcção e mudando a direcção (a forma da roda dentada é vital para
este processo). Mostrar que a variação de velocidade está directamente ligada com a variação do torque
(binário). Referir os diferentes tipos de engrenagem (incluir a cremalheira e a sua importância na indústria) e
exemplificar em concreto. (Falar do parafuso como elemento importante para transmitir movimento sem
explicar como funciona, mas que é um tipo de máquina simples, pois um grupo antes do vosso já o fez. Devem,
pois, fazer a ligação. Falar da importância (ou não) do atrito neste tipo de máquinas simples e tentar ligá-la a
uma característica específica da engrenagem sem fim, referindo o parafuso sem fim e apresentando exemplos
concretos. Provar que a roda é um exemplo de máquina simples: (...) “com vastas aplicações no transporte e
em máquinas mecânicas, caracterizada pelo movimento rotativo no seu interior.” (...).Mostrar que o eixo se
destina a “(...) guiar o movimento de rotação a uma parte ou um conjunto de peças, como uma roda ou
engrenagens (...)”. Ligar esta máquina simples ao MC, introduzir a noção de engrenagem como uma
necessidade de transmitir movimento e velocidade em direcções diferentes.

9º TEMA: Máquinas simples – rolamentos

Objectivo do Trabalho: Escolherem várias situações do dia-a-dia onde os rolamentos sejam importantes. Trata-
se de um mecanismo relativo controlado entre duas ou mais partes: inclui corpos rolantes (bolas, rodízios,
etc.), os anéis ou discos que formam os trilhos de roldana e a caixa intercalada entre os dois anéis. Servem para
substituir a fricção de deslizamento (dizer o que é aplicado aos rolamentos) entre as superfícies do eixo e da
chumaceira (dizer o que é e para que serve e dar ênfase à sua importância – ver informação no final) por uma
fricção de rolamento (dizer o que é aplicado aos rolamentos). Trata-se de uma máquina simples que remonta,
pelo menos, ao Antigo Egipto e talvez até anteceda a invenção da roda*. Como veem o controlo do atrito é de
vital interesse! Referir a importância dos lubrificantes no controlo do atrito (sem entrar em detalhes
profundos, uma vez que o grupo da Daniela já falou sobre isto) por forma a garantir o máximo de rentabilidade.
Passar a mensagem de que, sem rolamentos, cerca de 95% da maquinaria ou não existiria ou teria um tempo
de vida muito curto, pelo que o seu fabrico nem sequer seria pensável (para além de poder provocar acidentes
muito graves aquando das avarias).

Nota final: Chumaceira – dispositivo mecânico fixo, normalmente em ferro fundido ou aço (antigamente
também de madeira), onde se apoia um eixo, girante, deslizante ou oscilante. Para diminuir o atrito, além do
lubrificante, adoptam-se mecanismos intermediários entre o eixo e a peça: munhão (ver e dizer para quê),
rolamento (para quê?), camada de fluído (para quê?) e campo magnético (porquê?). Hoje em dia, as
chumaceiras (ou mancais) podem ser encontradas em praticamente tudo onde exista movimento relativo entre
duas superfícies, desde os electrodomésticos básicos até maquinaria pesada. São fabricados maioritariamente
por ligas de aço cromado especial de alta pureza (aço com crómio), um dos aços mais antigos e mais
largamente investigados devido às exigências continuamente crescentes da vida útil do rolamento, pois a
composição destas ligas para rolamentos proporciona um equilíbrio perfeito entre desempenho de aplicação e
fabricação. Materiais especiais como cerâmica e plásticos também são usados. Para uma elevada capacidade
de carga é importante que entre os anéis de rolamento esteja alojado o maior número possível de corpos
rolantes (porquê?) e que estes sejam do maior tamanho possível (porquê?). O número e o tamanho dependem
da secção transversal do rolamento. A caixa mantém os corpos de rolamento separados entre si, a uma
distância pré-determinada. As chumaceiras estão praticamente isentas de manutenção (porquê?). Os
requisitos fundamentais que se impõem a uma chumaceira são: uma longa vida útil, elevada fiabilidade e
rentabilidade. Daí a importância do lubrificante, pois sem ele o rolamento não irá funcionar.

 Na década de 1930, foram encontrados os rolamentos mais antigos conhecidos até hoje nos vestígios de
dois navios do imperador romano Calígula, datados de 12 – 41 d.C. no lago Nemi: um com esferas de bronze e
outro com esferas de madeira!

10º TEMA: Máquinas simples – molas

Objectivo do Trabalho: Escolherem várias situações do dia-a-dia e provarem que a mola é um exemplo de
máquina simples: “(...) ... objecto elástico, flexível, usado para armazenar energia mecânica. (...)” São feitas de
arame, geralmente, sendo a matéria-prima mais utilizada, o aço temperado (porquê?). Inicialmente um galho
de uma árvore funcionou como mola. A partir daí nasce o arco e a pedra, o arco e a flecha, a catapulta, e, mais
recentemente, a indústria do armamento, onde as molas têm uma importância crucial. Na verdade, do ponto
de vista da física clássica, uma mola é um dispositivo onde se armazena energia potencial (do tipo elástico),
pois as ligações entre os átomos que constituem o material esticam. Por isso, nem todos os materiais servem
como matéria prima. Dar ênfase à forma que o arame pode tomar, pois essa é uma das características mais
importantes. Referir a Lei de Hooke (relativa à elasticidade) e explicar como funciona através da expressão e
introduzir os termos distender e comprimir em torno de uma posição tida como posição de equilíbrio. A
importância da constante de elasticidade (ou constante elástica), K, e o seu significado. Falar do limite de
elasticidade e referir que muitos materiais não têm nenhum limite elástico claramente estabelecido, o que
inviabiliza a aplicação da lei de Hooke nesses materiais. Apresentar vários tipos de molas e as suas diferentes
aplicações. Não esquecer a mola helicoidal e a mola Slinky. Referir que a energia potencial armazenada pode
ser convertida em energia cinética e, em consequência, ser um dispositivo para gerar movimento e velocidade.
Mencionar em que medida o atrito é impeditivo a um bom funcionamento mecânico de molas. (Consultem o
site Mola história e definição – Stock Industrial; nele encontram, de um modo muito breve, ligação com a
medicina e a nanotecnologia. Giríssimo!! Pode servir como curiosidades. Cuidado que está em brasileiro!!)

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