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Leonardo Carnut1
DOI: 10.1590/0103-1104201912013
RESUMO O objetivo deste texto é analisar, inicialmente, por uma vertente crítica, a produção
da pesquisa social em saúde coletiva tendo como eixo norteador o ‘elo perdido’ entre teoria-e-
-método. Para tanto, optou-se pela modalidade textual de ensaio crítico, inspirada em Adorno e
Meneghetti, que a defendem como forma de ultrapassar o pensamento para além das fronteiras
do método. Toma-se como ponto de partida a frequente confusão entre ‘pesquisa social’ e ‘pes-
quisa qualitativa’ no campo da saúde coletiva como questão disparadora da reflexão. Ao longo
do texto, a reflexão reaviva conceitos, teorias e as técnicas utilizadas na subárea das ‘Ciências
Sociais e Humanas em Saúde’ como forma de discorrer sobre essa (des)conexão. Por fim, são
apresentados limites e possibilidades da pesquisa social na saúde coletiva e o papel das Ciências
Sociais e Humanas em Saúde na problematização do debate.
ABSTRACT The aim of this text is to analyze, initially, in a critical way, the production of social
research in collective health having as its guiding axis the ‘missing link’ between theory and
method. For this purpose, the textual modality of critical essay was chosen, inspired by Adorno and
Meneghetti, who defend this modality as a way of overcoming the thought beyond the boundaries of
the method. The starting point is the frequent confusion between ‘social research’ and ‘qualitative
research’ in the field of collective health as a triggering issue for reflection. Throughout the text,
the reflection revives concepts, theories and techniques used in the subarea of ‘social and human
sciences in health’ as a way of discussing the (dis)connection. Finally, the limits and possibilities
of social research in collective health and the role of social and human sciences in health are
presented in problematizing the debate.
1 Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp) – São
Paulo (SP), Brasil.
leonardo.carnut@gmail.com
Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative
Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer
SAÚDE DEBATE | RIO DE JANEIRO, V. 43, N. 120, P. 170-180, JAN-MAR 2019 meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Pesquisa social ou pesquisa qualitativa? Uma dis(des)cu(constru)ss(ç)ão em pauta na saúde coletiva 171
pode ser tanto quantitativa como qualitativa. Não O pensamento dos pesquisadores na área da
há problemas quanto ao método per se, o que in- saúde coletiva, por mais que se tenha avançado
teressava para este autor é a forma de aproximar- nesse aspecto, ainda se encontra colonizado
-se dos fenômenos mais coerentemente com a por essa construção do saber herdada das ci-
maneira pela qual o processo explicativo será ências naturais e que, insistentemente, reifica
edificado para responder à pergunta encetada. o social. O fetiche do método, na saúde coletiva
Por isso, pensar nas características da pesqui- (e suas sobrevivências nas CSHS), reitera o
sa social, assim como de quaisquer outras áreas lugar da necessidade de ‘aplicar’ o método em
de pesquisa, é (re)pensar nos referenciais ontoe- detrimento da ‘compreensão da teoria’. Não
pistemológicos que sustentam suas teses funda- afortunadamente, as ‘análises’ (e, apenas nessa
mentais e derivar, dessas premissas, as teorias, ‘operação’ metodológica, caberiam exausti-
os conceitos e, por conseguinte, os métodos a vas observações, que não seriam oportunas
serem aplicados. Por mais que Minayo10 con- neste momento) realizadas pelos que iniciam
tundentemente venha reforçando a tese de que as CSHS apelam para o ‘método’ (fechado,
o ‘objeto’ das ciências sociais é eminentemente bem delineado, protocolar) como forma de
‘qualitativo’, nada impede que o possa ser feito instituir-se como membro desse grupo cien-
por uma abordagem quantitativa, desde que se tífico. No pleito desse estatuto, vale a pecha de
mostre necessária e coerente. Mas, para isso, é considerar (ou, diga-se, ‘equivaler’) a ‘pesquisa
essencial aprofundarmos um pouco mais sobre qualitativa’ como se fosse ‘pesquisa social’.
as características do conhecimento científico Como já descrito por autores mais expe-
que subjazem essa discussão12-15. rientes12-17 e que transitam melhor nessa área
fronteiriça, fazer pesquisa social é considerar,
também, que outros pressupostos de cons-
Breves aspectos sobre o trução do conhecimento científico devam
conhecimento científico ser levados em consideração. Então, não se
trata de ‘um’ ou ‘outro’, e, sim, ‘um’ e ‘outro’.
Lança-se a tese de que é possível compreender Por isso, ter em mente que os cânones acima
a equivalência ‘pesquisa social igual à pesqui- descritos devem obrigatoriamente dialogar
sa qualitativa’ através de algumas questões com: a) a valorização da expressão subjetiva
fundamentais sobre a produção do conheci- e sócio-histórica do fenômeno (ouvir para
mento científico. A tradução da constituição compreender); b) assumir a intrínseca relação
da ciência moderna se baseia nos cânones do de interdependência entre sujeito e objeto;
pensamento racionalista (de origem greco-ro- c) compreender a ausência de neutralidade
mana, ainda estrito à filosofia e ‘reinaugurado’ axiológica na construção do conhecimento
no iluminismo, especialmente com o advento científico; e d) buscar a particularidade das
do método). O desenvolvimento dessa forma expressões fenomênicas e sua capacidade de
de pensar o mundo (e, portanto, a ciência como dotar sentidos e significados à vida do homem
discurso hegemônico) considera o método e sua relação com o mundo.
como ‘fetiche’, assim como todos seus precei-
tos fundamentais, a saber: a) a valorização da
experiência sensível como forma de apreensão O arcabouço teórico e a
do fenômeno (ver para descrever); b) a relação estruturação do trabalho (e
de separação e independência entre sujeito-
-objeto; c) a neutralidade na constituição do
do trabalhador) científico
saber científico; e d) a busca de leis gerais e
imutáveis que regem a natureza e os homens Quando se trata de pesquisa científica, é ine-
nas suas formas de viver. vitável não pensar nos seus procedimentos
uma delas é referente a um interesse específico chamados de ‘banheirão’) com fins sexuais, o
na construção do conhecimento. pesquisador se disfarçava de faxineiro e seguia
Contudo, o método em si tem uma contri- os homens que entravam no banheiro, para
buição sui generis para agravar essa condição. observar suas práticas. Não satisfeito com essa
Enquanto os métodos qualitativos se preocupam ‘invasão’, o pesquisador seguia os usuários até
em como ‘qualificar’ e ‘compreender’ os fenô- seus veículos e, de posse do número da placa do
menos em sua existência sócio-historicamente carro, tinha acesso a todos os dados pessoais,
situada, o ‘quantitativo’ contabiliza e orienta seu o que lhe permitiu enviar-lhes e-mails com
olhar aos ‘padrões de repetição’, a fim de identi- questionários para avaliação.
ficar as causas específicas destes. Nessa última Depois desse cenário de pesquisa estar-
tentativa, o ‘quantitativo’ esconde suas ‘opções’ recedor, a discussão não passa incólume, e
nas formas de operacionalizar as variáveis e de in- faz-se necessário compreender até que ponto
terpretar os números em suas tendências centrais as interações, as relações, em suma, ‘o social’
e dispersões. A pesquisa qualitativa, no entanto, é passível de controle ético. Só é possível
assume seus valores e os incorpora na análise. pensar na flexibilização do controle ético,
Essas questões têm rebatimentos evidentes pois, enquanto prática de pesquisa, a busca
na pesquisa na área da saúde coletiva, desde de informações, a aplicação de questionários
as interpretações dos modelos matemáticos, e as entrevistas se assemelham em demasia
testes estatísticos usados na epidemiologia até às interações do cotidiano. Assim, pensar
suas formas de apresentação, que permeiam no controle ético sobre ‘o social’ representa
o ideário da área com a insígnia da ‘pesquisa implicações importantes para métodos tradi-
desprovida de juízo de valor’. O problema tem cionalmente cunhados nas ciências sociais e
residido na determinação do quanto a pesquisa humanas, tais como observação participante,
qualitativa vem assumindo esses mesmos pa- etnografias, tornando bastante questionáveis
râmetros, mimetizando as formas de produzir as medidas de controle, por poderem restringir
ciência da pesquisa quantitativa. a sociabilidade em sua forma anfêmera.
O mesmo acontece, infelizmente, com muita a médica) realizadas por Parsons11 inspiram
frequência, com a forma de analisar o fenô- as análises na saúde coletiva. Goffman33 e os
meno. Em que pese a importância da análise seus célebres trabalhos à luz do interacionismo
(em sentido lógico aristotélico, cartesiano de simbólico também são vistos com bastante
pensar a ‘análise’ como forma de ‘decomposi- simpatia pelos pesquisadores, especialmente
ção das partes’), na pesquisa social qualitativa, entre aqueles mais focados na inter-relação do
o que guia é a ‘(des-re)construção social do que os que se preocupam com a distribuição do
fenômeno na realidade’, especialmente por poder (que se deslocam mais à linha francesa,
considerar que o ato de se fazer ciência já cujos principais representantes são Foucault
é, em si mesmo, a construção de um mundo e Bourdieu). A fenomenologia de Schütz34
com léxico e discurso próprios5. Considera- e a Grounded Theory de Glasser e Strauss35
se, então, que o pesquisador social qualita- gozam de alguns simpatizantes.
tivo deva pensar o social como um ‘regime Reduzindo a discussão apenas à sociolo-
de processos’, dinâmicas e contingências que gia, há uma tendência de dois polos: um mais
se concretizam num momento e porventura moderno, de apelo ao individualismo metodo-
nunca mais se manifestam na mesma forma lógico, originário em Von Mises36, cuja pers-
e conteúdo22,26,27. pectiva vem penetrando sistematicamente as
CSHS via subárea de ‘política, planejamento e
Principais teorias sociais e suas con- gestão em saúde’. E outro polo, de tendência a
tribuições para ler ‘o social’ e suas uma sociologia mais pós-moderna, que aposta
principais formas de construção da em autores como Han37, Dubet38, Touraine39 e
pesquisa social Beck40. Na tradição marxista, isso fica a cargo
dos neomarxistas Žižek41 e Mészáros42. Em
É conspícuo que pensar a pesquisa social no análises mais socioantropológicas, há uma
âmbito da saúde coletiva é um desafio não tendência que vem sendo o aporte da antropo-
apenas nas suas divergências ontológicas e logia social e cultural, cujos principais autores
paradigmáticas, mas, também, no uso das residem no pensamento interpretativista e/ou
teorias e das ‘técnicas’ e dos ‘métodos’. Nesse hermenêutico, daí emergindo nomes como
sentido, assim, em uma brevíssima viagem nas Geertz1, Sahlins43, Wacquant44, Hannerz45
teorias sociais que mais são utilizadas nessa e Augé46. Contudo, não se desconsideram as
área, pode-se dizer que há um trânsito desde forças que os clássicos Lévi-Strauss47 e Marcel
as abordagens clássicas, com Marx e Engels e Mauss48 detêm no campo.
a sociologia marxista, inspiradora do campo Frente a uma diversidade teórica tão
da saúde coletiva em seus primeiros momen- extensa, há múltiplas combinações de técnicas
tos de definição sobre a ‘determinação social que beiram ao infinito. Entre o que se consi-
do processo saúde-doença’28. O funcionalis- dera como ‘forma de produção intersubjetiva
mo durkheimiano29 pode ser verificado nas da realidade’, ou seja, as ‘técnicas’, a saúde
análises mais orientadas à matematização, coletiva tem optado por entrevistas qualita-
oriundas da epidemiologia convencional ou tivas, grupos focais, observação participante
que com ela dialogam30. As abordagens pela e etnografias. Quanto ao que se considera
teoria weberiana (método Verstehen) são mais como ‘narrativas sobre o objeto’ (ou seja, as
utilizadas no âmbito das CSHS, em especial, ‘análises’), as mais utilizadas são as análises de
nos estudos relativos à integralidade31. conteúdo (filiadas às diversas escolas), análise
Há uma forte tendência ao uso das teorias de discurso, análises documentais e análises
sociais contemporâneas nos últimos anos. A argumentativas. Em que pese a necessidade de
teoria da estruturação, de Giddens32, e as aná- tantos outros métodos em um campo interdis-
lises das instituições sociais (especialmente, ciplinar, tal qual se denomina a saúde coletiva,
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