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AVALIAÇÃO III (ESTUDO DIRIGIDO)

Valdinei Antônio Pereira Matrícula:04246


O voto de Keen, J. Juiz

Keen, J. O juiz começa seu voto partindo do fato de que a clemência executiva, proposta
pelo presidente Truepenny, não é de competência do Tribunal. Afirma que o indulto
compete ao chefe do executivo, não ao judiciário. Keen tem uma visão humana, dizendo
que se fosse chefe do poder executivo avançaria mais na direção da clemência,
concedendo aos acusados, perdão por já terem sofrido o suficiente. No entanto não
competia decidir a moralidade das ações dos réus, aplicar a lei (a moral) conforme
defende Keen, implica em tomar-se uma decisão não ética, é um paradoxo que ocorre
entre a ética e a moral. Como o exemplo “A tragédia de Antigona, de Sofócles. Antigona
desrespeita a lei, que proíbe o funeral de seu irmão, considerado traídor da pátria,
porque tem a obrigação ética de providenciar que seu irmão seja enterrado dignamente,
de modo que sua alma não vagasse pela eternidade; ou seja para realizar a ação ética
com relação a seu irmão morto, Antigona comete uma imoralidade, desobedece a lei e
é severamente punido”. Para Keen deve se julgar de acordo com a lei positiva e
unicamente por ela, argumenta que a obrigação do judiciário é de cumprir a lei escrita e
de interpretar está de acordo com o seu significado mais simples, menciona o exato
texto que a lei reza “Quem tirar voluntariamente a vida de outrem será punido com a
morte”. Com respeito as obrigações do oficio não pode e nem deve existir referência
aos desejos pessoais ou concepções individuais de justiça. Não se trata do certo ou
errado, do bom ou ruim, tampouco do bem ou o mau. Deve-se aplicar o direito do país,
excluindo a possibilidade de avaliar o direito natural, como proposto por Foster. Para
Keen, absolvê-los seria criar exceção à lei, o que poderia trazer perigosas
consequências, abrindo precedentes e naquele momento da história (Temporal) teria
um peso muito grande em outros casos vindouros. Keen menciona que a criação de
exceções faz mais mal do que decisões rigorosas contra a opinião pública, a opinião
pública que Keen se refere é a grande comoção nacional que surgiu em todo o país,
“Agir com a razão e não com a emoção Kant” O Juiz Keen, não está julgando com a
emoção, a todo momento tem a razão como objetivo primeiro para julgar esse caso, não
deixando a opinião pública, o sentimento nacional ou qualquer outra forma externa
mudar sua disciplina. Observando somente a lei e os fatos conclui que a sentença
condenatória deve ser confirmada.

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