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Autor:
Rosenval Júnior
Aula 05
15 de Março de 2021
Sumário
1 - Infrações Administrativas - Art. 70 da Lei. 9.605/98 e Decreto 6.514/08 com as alterações e acréscimos
promovidos pelo Decreto 6.686/08 e Decreto 9.760/19 ............................................................................ 4
2 - Advertência ......................................................................................................................................... 7
3 - Multas .................................................................................................................................................. 8
8 - Autuação ........................................................................................................................................... 15
9 - Defesa................................................................................................................................................ 19
Gabarito ..................................................................................................................................................... 32
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá, pessoal!
ATENÇÃO!
Sugiro só estudar esta aula, após o estudo do PDF sobre crimes ambientais. Na aula de crimes ambientais,
vimos também parte do assunto responsabilidade civil e administrativa.
E-mail: direitoambientalparaconcursos@gmail.com
Instagram: @profrosenval
Bons estudos!!!
Prof. Rosenval
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A Constituição Federal, em seu art. 225, §3º, prevê a possibilidade de responsabilização da PESSOA FÍSICA
e JURÍDICA nas esferas PENAL, CIVIL e ADMINISTRATIVA.
A Lei 9.605/98 regulamenta a norma constitucional e dispõe sobre os crimes ambientais e as infrações
administrativas. Como vimos na aula sobre crimes ambientais, o STJ e o STF também admitem a
responsabilização penal da pessoa jurídica em crimes ambientais.
Cabe ainda lembrar que a ação penal é pública incondicionada nas infrações penais previstas na Lei
9.605/98. Embora a Lei 9.605/98 seja omissa, é cabível a ação privada subsidiária da pública, quando o
Ministério Público não oferecer denúncia no prazo legal (Art. 5º, LIX da CF/88).
Nos casos dos crimes ambientais, além de PÚBLICA a ação penal é INcondicionada, ou seja, não possui
nenhum requisito. Dessa forma, a ação pode ser iniciada sem a representação do ofendido (vítima) ou de
quem tiver qualidade para representá-lo e sem a requisição do Ministro da Justiça, sendo suficiente a
vontade do Ministério Público.
Assim, na ação penal pública incondicionada, a ação é exercida pelo Ministério Público, que representa o
Estado, como autor da ação.
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Considera-se infração administrativa ambiental, toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
Não é necessária a existência de dano ambiental, basta que a ação ou omissão do agente infrinja a legislação
administrativa ambiental, existindo infração de dano e de perigo. É diferente da responsabilidade civil! Na
responsabilidade civil é necessário comprovar o dano causado.
A aplicação de sanção administrativa (exercício do poder de polícia) somente se torna legítima, em respeito
ao princípio da legalidade, quando o ato praticado estiver definido em lei em sentido amplo como infração
administrativa.
São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo:
Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades competentes
para que exerçam o poder de polícia. A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental
é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de
corresponsabilidade.
(Cespe - Juiz Federal) Para efeito de responsabilidade administrativa, considera-se infração administrativa
ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e
recuperação do meio ambiente, podendo qualquer pessoa que constatar infração ambiental dirigir
representação às autoridades competentes para que exerçam o poder de polícia.
Comentários:
Item de acordo com art.2º, do decreto 6514/08 c/c caput e §2º do art. 70, da Lei 9605/98.
Gabarito: Certo
As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções (Art. 72 da Lei 9.605/98 e Art. 3º do
Decreto 6.514/08)
advertência;
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multa diária (será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.);
demolição de obra;
restritiva de direitos.
O infrator estará sujeito à aplicação cumulativa de sanções no caso de cometer, simultaneamente, duas ou
mais infrações.
A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
Advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado
por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; ou
Opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério da
Marinha.
Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional
do Meio Ambiente, Fundo Naval, fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme
dispuser o órgão arrecadador.
20% dos valores arrecadados em pagamento de multas aplicadas pela União serão
revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA, podendo esse percentual ser
alterado, a critério dos órgãos arrecadadores.
O agente autuante, ao lavrar o auto de infração, indicará as sanções estabelecidas no Decreto 6.514/08,
observando:
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Gravidade dos fatos, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde
pública e para o meio ambiente;
Antecedentes do infrator, quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental; e
Situação econômica do infrator.
Mediante a edição do Decreto 9.760, de 11 de abril de 2019, fica estimulada a conciliação, a qual tem como
objetivo encerrar os processos administrativos federais relativos à apuração de infrações administrativas por
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.
Por ocasião da lavratura do auto de infração, o autuado será notificado para, querendo, comparecer ao órgão
ou à entidade da administração pública federal ambiental em data e horário agendados, a fim de participar
de audiência de conciliação ambiental.
Nesse sentido, o auto de infração, os eventuais termos de aplicação de medidas administrativas, o relatório
de fiscalização e a notificação serão encaminhados ao Núcleo de Conciliação Ambiental. O relatório de
fiscalização será elaborado pelo agente autuante e conterá:
2 - Advertência
A sanção de advertência poderá ser aplicada, mediante a lavratura de auto de infração, para as infrações
administrativas de menor lesividade ao meio ambiente, garantidos a ampla defesa e o contraditório.
Observem que o autuado sempre terá o direito de se defender, de apresentar provas e de ser ouvido.
Mas, afinal o que seriam infrações administrativas de menor lesividade ao meio ambiente?
São aquelas em que a multa máxima cominada não ultrapasse o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), ou que, no
caso de multa por unidade de medida, a multa aplicável não exceda o valor referido.
Caso agente autuante constate a existência de irregularidades a serem sanadas será lavrado o auto de
infração com a indicação da respectiva sanção de advertência, ocasião em que estabelecerá prazo para que
o infrator sane tais irregularidades. Sanadas as irregularidades no prazo concedido o agente autuante
certificará o ocorrido nos autos e dará seguimento ao processo administrativo para apuração de infrações
ambientais.
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Caso o autuado, por negligência ou dolo, deixe de sanar as irregularidades o agente autuante certificará o
ocorrido e aplicará a sanção de multa relativa à infração praticada, independentemente da advertência.
Importante dizer que a sanção de advertência não excluirá a aplicação de outras sanções, ficando vedada a
aplicação de nova sanção de advertência no período de três anos contados do julgamento da defesa da
última advertência ou de outra penalidade aplicada.
3 - Multas
A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma, metro de carvão-mdc, estéreo, metro
quadrado, dúzia, estipe, cento, milheiros ou outra medida pertinente, de acordo com o objeto jurídico
lesado.
A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:
Advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo assinalado
por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha; ou
Opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Ministério
da Marinha.
Consoante o Decreto 9.760/19, a multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria
e recuperação da qualidade do meio ambiente, EXCETUADAS as multas decorrentes de infrações ambientais
que tenham provocado mortes humanas.
O valor da multa será de no mínimo R$ 50,00 (cinquenta reais) e no máximo R$ 50.000.000,00 (cinquenta
milhões de reais).
Além da multa simples é possível a aplicação da multa diária, sempre que o cometimento da infração se
prolongar no tempo.
O valor da multa-dia NÃO poderá ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais) nem superior a 10% (dez por
cento) do valor da multa simples máxima cominada para a infração.
Por exemplo, se a multa simples máxima da infração cometida for de R$ 50.000.000,00, fazendo as contas
teremos que o valor máximo da multa - dia será de: 0,1*50.000.000,00=5.000.000,00 (Cinco milhões de
reais).
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A multa diária deixará de ser aplicada a partir da data em que o autuado apresentar ao órgão ambiental
documentos que comprovem a regularização da situação que deu causa à lavratura do auto de infração.
Caso o agente autuante ou a autoridade competente verifique que a situação que deu causa à lavratura do
auto de infração não foi regularizada, a multa diária voltará a ser imposta desde a data em que deixou de ser
aplicada, sendo notificado o autuado, sem prejuízo da adoção de outras sanções.
O cometimento de nova infração ambiental pelo mesmo infrator, no período de cinco anos, contados da
lavratura de auto de infração anterior devidamente confirmado no julgamento, implica:
Se o mesmo infrator cometer nova infração dentro de 5 anos, contados da lavratura do auto anterior, o valor
da sua multa será multiplicado por 3 se cometer a mesma infração. E o valor da multa será multiplica por 2
se cometer infração distinta.
O agravamento será apurado no procedimento da nova infração da qual se fará constar por cópia, auto de
infração anterior e o julgamento que o confirmou.
Antes do julgamento da nova infração a autoridade ambiental deverá verificar a existência de auto de
infração anterior confirmado em julgamento, para fins de aplicação do agravamento da nova penalidade.
Importante vocês gravarem que o pagamento de multa por infração ambiental imposta pelos Estados,
Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a aplicação de penalidade pecuniária pelo órgão federal,
em decorrência do mesmo fato, respeitados os limites estabelecidos no Decreto 6.514/08.
Cabe frisar que somente o efetivo pagamento da multa será considerado para efeito da substituição não
sendo admitida para esta finalidade a celebração de termo de compromisso de ajustamento de conduta ou
outra forma de compromisso de regularização da infração ou composição de dano, salvo se deste também
participar o órgão ambiental federal.
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As sanções listadas abaixo serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não
estiverem obedecendo às determinações legais ou regulamentares:
A cessação das penalidades de suspensão e embargo dependerá de decisão da autoridade ambiental após a
apresentação, por parte do autuado, de documentação que regularize a obra ou atividade.
No caso de áreas irregularmente desmatadas ou queimadas o agente autuante embargará quaisquer obras
ou atividades nelas localizadas ou desenvolvidas, excetuando as atividades de subsistência.
Não se aplicará a penalidade de embargo de obra, atividade ou de área, nos casos em que a infração se der
fora da área de preservação permanente ou reserva legal, salvo quando se tratar de desmatamento não
autorizado de mata nativa.
A sanção de demolição de obra poderá ser aplicada pela autoridade ambiental, após o contraditório e ampla
defesa (Essa é a regra!), quando:
Quando a obra ou construção realizada não atender às condicionantes da legislação ambiental e não
for passível de regularização.
A demolição poderá ser feita pela administração ou pelo infrator, em prazo assinalado, após o julgamento
do auto de infração, sem prejuízo do que dispõe o art. 112, do decreto 6.514/08, que dispõe sobre a
demolição no ato da fiscalização.
As despesas para a realização da demolição correrão às custas do infrator que será notificado para realizá-la
ou para reembolsar aos cofres públicos os gastos que tenham sido efetuados pela administração.
Não será aplicada a penalidade de demolição quando, mediante laudo técnico, for comprovado que o
desfazimento poderá trazer piores impactos ambientais que sua manutenção, caso em que a autoridade
ambiental, mediante decisão fundamentada, deverá, sem prejuízo das demais sanções cabíveis, impor as
medidas necessárias à cessação e mitigação do dano ambiental, observada a legislação em vigor.
Consoante disposto no art. 112, a demolição de obra, edificação ou construção não habitada e utilizada
diretamente para a infração ambiental dar-se-á EXCEPCIONALMENTE no ato da fiscalização nos casos em
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que se constatar que a ausência da demolição importa em iminente risco de agravamento do dano ambiental
ou de graves riscos à saúde.
Nesse caso excepcional, a demolição poderá ser feita pelo agente autuante, por quem este autorizar ou pelo
próprio infrator e deverá ser devidamente descrita e documentada, inclusive com fotografias.
Em qualquer caso, como já vimos, as despesas para a realização da demolição correrão às custas do infrator.
Essa demolição excepcional no ato da fiscalização não será realizada em edificações residenciais, isso porque
no ato da fiscalização não há direito ao contraditório e a ampla defesa, sendo a demolição uma medida
excepcional.
Jurisprudência:
AMBIENTAL. PARQUE NACIONAL DE FERNANDO DE NORONHA. ÁREA DE POSSE E DOMÍNIO PÚBLICOS.
IMÓVEL RESIDENCIAL. CONSTRUÇÃO. ILEGALIDADE. DEMOLIÇÃO. - A declaração que a proteção de
determinada área é relevante para proteção do meio ambiente à atividade de cunho administrativo, sendo
atribuição natural do Poder Executivo. Constitucionalidade dos Decretos nº s 92.755/86 e 96.693/88, que
criaram a Área de Proteção Ambiental e o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, e do Plano de
Manejo de Fernando de Noronha em face da Constituição de 1967, com alterações da Emenda Constitucional
n. 01/69.- A extinção do Território Federal de Fernando de Noronha, com a incorporação da respectiva área
ao Estado de Pernambuco (art. 15 do ADCT), não é incompatível com a existência da Área de Proteção
Ambiental Federal e do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Recepção dos decretos
presidenciais pela Constituição de 1988.- A Lei n. 11.304/95 do Estado de Pernambuco criou o Parque
Estadual Marinho de Fernando de Noronha, compreendido por toda a área do Arquipélago de Fernando de
Noronha (art. 97), que pertence ao patrimônio imobiliário do mesmo Distrito (art. 82).- O Parque Nacional
ou Estadual "tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância
ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de
atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo
ecológico" e suas áreas são de posse e domínio públicos (art. 11, caput e parágrafo 1º, da Lei Federal n.
9.985/00).- As áreas integrantes de Parque Nacional e/ou Estadual são non edificandi. A construção de
imóvel à revelia do Poder Público numa Unidade de Conservação Integral já seria suficiente para justificar
sua demolição, o que se mostra ainda mais adequado quando a obra foi concluída mesmo após a lavratura
de auto de infração e notificação de demolição pelo IBAMA. - Conflitos entre princípios constitucionais
devem ser resolvidos pela técnica da ponderação de interesses. O direito à moradia não deve ser prestigiado
em relação à proteção do meio ambiente se o imóvel destinado à residência foi construído em Parques
Nacional e Estadual mesmo depois da lavratura de auto de infração aplicador de multa e de notificação
de demolição pelo órgão ambiental competente . - Arguição de inconstitucionalidade (dos Decretos
92.755/86 e 96.693/88 e do Plano de Manejo de Fernando de Noronha) rejeitada. Apelação improvida.
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A autoridade ambiental fixará o período de vigência para cada sanção, observando os seguintes prazos:
Em qualquer caso, a extinção da sanção fica condicionada à regularização da conduta que deu origem ao
auto de infração.
O art. 140, do Decreto 6.514/08, traz um rol de atividades que são consideradas serviços de preservação,
melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.
Nesse sentido, tais atividades devem cumprir, no mínimo, um dos seguintes objetivos:
Recuperação:
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Saneamento básico;
Garantia da sobrevivência de espécies da flora nativa e da fauna silvestre mantidos pelo órgão ou
pela entidade federal emissora da multa; ou
Implantação, gestão, monitoramento e proteção de unidades de conservação.
Importante frisar que a conversão da multa se dará por meio de uma das seguintes modalidades, a ser
indicada em cada caso pela administração pública federal ambiental:
Os projetos de serviço a serem implementados deverão ser executados prioritariamente no Estado em que
ocorreu a infração.
6 - Prazos Prescricionais
Prescreve em cinco anos a ação da administração objetivando apurar a prática de infrações contra o meio
ambiente, contada da data da prática do ato, ou no caso de infração permanente ou continuada, do dia em
que esta tiver cessado.
Considera-se iniciada a ação de apuração de infração ambiental pela administração com a lavratura do auto
de infração.
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De acordo com a Súmula 467 do STJ, prescreve em cinco anos, contados do término do processo
administrativo, a pretensão da administração pública de promover a execução da multa por infração
ambiental.
Incide a prescrição no procedimento de apuração do auto de infração paralisado por mais de três anos,
pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento
da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação.
Quando o fato objeto da infração também constituir CRIME, a prescrição será pelo prazo previsto na lei
penal.
A prescrição da pretensão punitiva da administração não elide (não anula, não cessa) a
obrigação de reparar o dano ambiental. A obrigação de reparar o dano é IMprescritível.
O processo administrativo para apuração de infrações ambientais será orientado pelos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa,
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência, bem como pelos critérios mencionados no
parágrafo único do art. 2º da Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999.
O artigo 2º da Lei 9.784/99 dispõe sobre os mesmos princípios e ainda elenca os critérios que deverão ser
observados nos processos administrativos, quais sejam:
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Importante destacar que, de acordo com a Súmula Vinculante 21, é inconstitucional a exigência de depósito
ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
8 - Autuação
Constatada a ocorrência de infração administrativa ambiental será lavrado auto de infração, do qual deverá
ser dado ciência ao autuado, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa.
==14ab40==
Pessoalmente;
Por seu representante legal;
Por carta registrada com aviso de recebimento;
Por edital, se estiver o infrator autuado em lugar incerto, não sabido ou se não for localizado no
endereço.
A intimação pessoal ou por via postal com aviso de recebimento deverá ser substituída por intimação
eletrônica, quando houver concordância expressa do autuado e tecnologia disponível que confirme o seu
recebimento.
Caso o autuado se recuse a dar ciência do auto de infração, o agente autuante certificará o ocorrido na
presença de duas testemunhas e o entregará ao autuado.
O auto de infração deverá ser lavrado em impresso próprio, com a identificação do autuado, a descrição
clara e objetiva das infrações administrativas constatadas e a indicação dos respectivos dispositivos legais e
regulamentares infringidos, não devendo conter emendas ou rasuras que comprometam sua validade.
O erro no enquadramento legal da infração não implica vício insanável, podendo ser alterado pela
autoridade julgadora mediante decisão fundamentada que retifique o auto de infração.
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Constatada a infração ambiental no uso do seu poder de polícia, poderá ser adotada as seguintes medidas
administrativas ao agente autuante:
Apreensão;
Embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
Suspensão de venda ou fabricação de produto;
Suspensão parcial ou total de atividades;
Destruição ou inutilização dos produtos, subprodutos e instrumentos da infração; e
Demolição.
Essas medidas têm como objetivo prevenir a ocorrência de novas infrações, resguardar a recuperação
ambiental e garantir o resultado prático do processo administrativo.
A aplicação de tais medidas será lavrada em formulário próprio, sem emendas ou rasuras que comprometam
sua validade, e deverá conter, além da indicação dos respectivos dispositivos legais e regulamentares
infringidos, os motivos que ensejaram o agente autuante a assim proceder.
O embargo de obra ou atividade restringe-se aos locais onde efetivamente caracterizou-se a infração
ambiental, não alcançando as demais atividades realizadas em áreas não embargadas da propriedade ou
posse ou não correlacionadas com a infração.
A apreensão não será aplicada quando a atividade tenha sido caracterizada como de baixo impacto e
previamente autorizada, quando couber, nos termos da legislação em vigor.
Os veículos de qualquer natureza que forem apreendidos poderão ser utilizados pela administração
ambiental para fazer o deslocamento do material apreendido até local adequado ou para promover a
recomposição do dano ambiental.
Os bens apreendidos deverão ficar sob a guarda do órgão ou entidade responsável pela fiscalização, podendo
excepcionalmente, ser confiados a fiel depositário, até o julgamento do processo administrativo.
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Os bens confiados em depósito não poderão ser utilizados pelos depositários, salvo o uso lícito de veículos e
embarcações pelo próprio autuado.
A entidade fiscalizadora poderá celebrar convênios ou acordos com os órgãos e entidades públicas para
garantir, após a destinação final, o repasse de verbas de ressarcimento relativas aos custos do depósito.
Após a apreensão, a autoridade competente, levando-se em conta a natureza dos bens e animais
apreendidos e considerando o risco de perecimento, procederá da seguinte forma:
Os animais da fauna silvestre serão libertados em seu hábitat ou entregues a jardins zoológicos,
fundações, entidades de caráter cientifico, centros de triagem, criadouros regulares ou entidades
assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados, podendo ainda, respeitados
os regulamentos vigentes, serem entregues em guarda doméstica provisória.
Os animais domésticos ou exóticos poderão ser vendidos (após avaliados, poderão ser doados,
mediante decisão motivada da autoridade ambiental, sempre que sua guarda ou venda forem inviáveis
econômica ou operacionalmente.);
Os produtos perecíveis e as madeiras sob risco iminente de perecimento serão avaliados e doados.
Pessoal, observem que essas medidas são adotas após a apreensão para animais e produtos perecíveis, aqui
incluídas as madeiras sob risco iminente de perecimento.
Serão consideradas sob risco iminente de perecimento as madeiras que estejam acondicionadas a céu aberto
ou que não puderem ser guardadas ou depositadas em locais próprios, sob vigilância, ou ainda quando
inviável o transporte e guarda, atestados pelo agente autuante no documento de apreensão.
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Os produtos, inclusive madeiras, subprodutos e instrumentos utilizados na prática da infração poderão ser
destruídos ou inutilizados quando:
A medida for necessária para evitar o seu uso e aproveitamento indevidos nas situações em que o
transporte e a guarda forem inviáveis em face das circunstâncias; ou
Possam expor o meio ambiente a riscos significativos ou comprometer a segurança da população e
dos agentes públicos envolvidos na fiscalização.
O termo de destruição ou inutilização deverá ser instruído com elementos que identifiquem as condições
anteriores e posteriores à ação, bem como a avaliação dos bens destruídos.
O embargo de obra, atividade e suas respectivas áreas tem por objetivo impedir a continuidade do dano
ambiental, propiciar a regeneração do meio ambiente e dar viabilidade à recuperação da área degradada,
devendo restringir-se exclusivamente ao local onde verificou-se a prática do ilícito.
O descumprimento total ou parcial de embargo, sem prejuízo do disposto no art. 79, ensejará a aplicação
cumulativa das seguintes sanções:
O órgão ou entidade ambiental promoverá a divulgação dos dados do imóvel rural, da área ou local
embargado e do respectivo titular em lista oficial, resguardados os dados protegidos por legislação
específica, especificando o exato local da área embargada e informando que o auto de infração se encontra
julgado ou pendente de julgamento.
Nos casos em que o responsável pela infração administrativa ou o detentor do imóvel onde foi praticada a
infração for indeterminado, desconhecido ou de domicílio indefinido, será realizada notificação da lavratura
do termo de embargo mediante a publicação de seu extrato no Diário Oficial da União.
A pedido do interessado, o órgão ambiental autuante emitirá certidão em que conste a atividade, a obra e a
parte da área do imóvel que são objetos do embargo, conforme o caso.
De acordo com o artigo 79 do Decreto 6.514/08, descumprir embargo de obra ou atividade e suas respectivas
áreas, sujeita o infrator à multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).
A suspensão de venda ou fabricação de produto constitui medida que visa a evitar a colocação no mercado
de produtos e subprodutos oriundos de infração administrativa ao meio ambiente ou que tenha como
objetivo interromper o uso contínuo de matéria-prima e subprodutos de origem ilegal.
A suspensão parcial ou total de atividades constitui medida que visa a impedir a continuidade de processos
produtivos em desacordo com a legislação ambiental.
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9 - Defesa
O autuado poderá, no prazo de vinte dias, contado da data da ciência da autuação, apresentar defesa contra
o auto de infração, cuja fluência fica sobrestada até a data de realização da audiência de conciliação
ambiental.
1
Na hipótese de insucesso da audiência de conciliação ambiental, por não comparecimento do autuado ou
por ausência de interesse em conciliar, inicia-se a fluência do prazo para apresentação de defesa.
O desconto de trinta por cento de que tratam o § 2º, do art. 3º, e o art. 4º, da Lei nº 8.005, de 22 de março
de 1990, será aplicado sempre que o autuado optar por efetuar o pagamento da multa, permitido o
parcelamento.
Fora do prazo;
Por quem não seja legitimado; ou
Perante órgão ou entidade ambiental INcompetente.
Ao autuado caberá a prova dos fatos que tenha alegado, sem prejuízo do dever atribuído à autoridade
julgadora para instrução do processo.
A decisão da autoridade julgadora não se vincula às sanções aplicadas pelo agente autuante, ou ao valor da
multa, podendo, em decisão motivada, de ofício ou a requerimento do interessado, minorar, manter ou
majorar o seu valor, respeitados os limites estabelecidos na legislação ambiental vigente.
Julgado o auto de infração, o autuado será notificado por via postal com aviso de recebimento ou outro meio
válido que assegure a certeza de sua ciência para pagar a multa no prazo de cinco dias, a partir do
recebimento da notificação, ou para apresentar recurso.
Da decisão proferida pela autoridade julgadora caberá recurso no prazo de vinte dias. O recurso hierárquico
será dirigido à autoridade administrativa julgadora que proferiu a decisão na defesa, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
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Esse recurso interposto não terá efeito suspensivo. No entanto, na hipótese de justo receio de prejuízo de
difícil ou incerta reparação, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a
pedido do recorrente, conceder efeito suspensivo ao recurso. Além disso, quando se tratar de penalidade de
multa, o recurso terá efeito suspensivo quanto a esta penalidade.
A autoridade superior responsável pelo julgamento do recurso poderá confirmar, modificar, anular ou
revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida. Dessa decisão proferida pela autoridade superior caberá
recurso ao CONAMA, no prazo de vinte dias.
A autoridade superior responsável pelo julgamento do recurso poderá confirmar, modificar, anular ou
revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida.
Após o julgamento, o CONAMA restituirá os processos ao órgão ambiental de origem, para que efetue a
notificação do interessado, dando ciência da decisão proferida.
As multas estarão sujeitas à atualização monetária 4desde a lavratura do auto de infração até o seu efetivo
pagamento, sem prejuízo da aplicação de juros de mora e demais encargos conforme previsto em lei.
Fora do prazo;
Perante órgão ambiental INcompetente; ou
Por quem não seja legitimado.
Após decisão que confirme o auto de infração, os bens e animais apreendidos que ainda não tenham sido
objeto da destinação prevista no art. 107 (que dispõe sobre a destinação dos bens e animais apreendidos
considerando o risco de perecimento), não mais retornarão ao infrator, devendo ser destinados da seguinte
forma:
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Os bens apreendidos poderão ser doados pela autoridade competente para órgãos e entidades públicas de
caráter científico, cultural, educacional, hospitalar, penal, militar e social, bem como para outras entidades
sem fins lucrativos de caráter beneficente.
Os produtos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou
educacionais.
O termo de doação de bens apreendidos vedará a transferência a terceiros, a qualquer título, dos animais,
produtos, subprodutos, instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos e embarcações doados.
A autoridade ambiental poderá autorizar a transferência dos bens doados quando tal medida for considerada
a beneficiários.
mais adequada à execução dos fins institucionais dos
Quero ainda comentar alguns dispositivos que estão dispostos nos artigos 19 e 20 da Lei 9.605/98, sobre a
perícia do dano ambiental, a sentença penal condenatória e a prova emprestada.
A perícia de constatação do dano ambiental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado
para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível
poderá ser aproveitada no processo penal (Prova emprestada), instaurando-se o contraditório.
Em geral as questões de concursos afirmam que a prova do inquérito civil não poderá ser aproveitada no
processo penal. O que está ERRADO! Pois pode sim! Só que no processo penal deve-se instaurar o
contraditório.
A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.
Ainda cabe dizer que é crime contra a Administração Pública , de acordo com o art. 69-A da Lei 9.605/98,
elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento
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administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por
omissão.
A pena para esse crime ambiental é de reclusão de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa admitindo-se a
modalidade culposa com pena de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos. A pena é aumentada de 1/3 (um
terço) a 2/3 (dois terços), se houver dano significativo ao meio ambiente em decorrência do uso da
informação falsa, incompleta ou enganosa.
ATENÇÃO MÁXIMA!!!
b
Tivemos importantes alterações no decreto 6.514/08 promovidas pelo DECRETO Nº 9.179, DE 23 DE
OUTUBRO DE 2017 e DECRETO Nº 9.760, DE 11 DE ABRIL DE 2019.
A autoridade ambiental federal competente para a apuração da infração poderá converter a multa simples
em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente, observado o disposto
nº § 4º do art. 72 da Lei nº 9.605, de 1998.
São considerados serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente as ações,
as atividades e as obras incluídas em projetos com, no mínimo, um dos seguintes objetivos:
Recuperação:
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Saneamento básico;
Garantia da sobrevivência de espécies da flora nativa e da fauna silvestre mantidos pelo órgão ou
pela entidade federal emissora da multa; ou
Implantação, gestão, monitoramento e proteção de unidades de conservação.
O valor dos custos dos serviços de preservação, conservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio
ambiente será igual ou superior ao valor da multa convertida. Independentemente do valor da multa
aplicada, o autuado fica obrigado a reparar integralmente o dano que tenha causado.
Por ocasião do julgamento do auto de infração, a autoridade julgadora deverá, em decisão única, julgar o
auto de infração e o pedido de conversão da multa.
O termo de compromisso tem o objetivo de permitir que as pessoas físicas e jurídicas possam promover as
necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências impostas pelas autoridades
ambientais competentes.
Os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo
controle e fiscalização dos estabelecimentos e das atividades suscetíveis de degradarem a qualidade
ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de título executivo EXTRAjudicial, termo de compromisso
com pessoas físicas OU jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcionamento de
estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente
poluidores.
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A celebração do termo de compromisso não põe fim ao processo administrativo e o órgão ambiental
monitorará e avaliará, a qualquer tempo, o cumprimento das obrigações pactuadas.
A efetiva conversão da multa se concretizará somente após a conclusão do objeto, parte integrante do
projeto, a sua comprovação pelo executor e a aprovação pelo órgão federal emissor da multa.
Na esfera administrativa, a inscrição imediata do débito em dívida ativa para cobrança da multa
resultante do auto de infração em seu valor integral, acrescido dos consectários legais incidentes; e
Na esfera civil, a execução judicial imediata das obrigações pactuadas, tendo em vista seu caráter de
título executivo extrajudicial.
0
Os extratos dos termos de compromisso celebrados serão publicados no Diário Oficial da União.
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É importante mencionar que a conciliação ambiental ocorrerá em audiência única com vistas a encerrar o
processo administrativo de apuração da infração administrativa ambiental.
No entanto, o autuado poderá apresentar justificativa para o seu não comparecimento à audiência de
conciliação ambiental, acompanhada da respectiva prova, no prazo de dois dias, contado da data agendada
para a audiência, não cabendo recurso contra o indeferimento da justificativa.
Desde que haja concordância do autuado, a audiência de conciliação ambiental poderá ser realizada por
meio eletrônico, conforme as diretrizes e os critérios estabelecidos em portaria conjunta do Ministro de
Estado do Meio Ambiente e dos dirigentes máximos dos órgãos ou das entidades da administração pública
federal ambiental.
Tivemos no final de 2018 a edição da Lei 13.731/18, que dispõe sobre mecanismos de financiamento para a
arborização urbana e a recuperação de áreas degradadas.
Esta lei determina mecanismos de financiamento para a arborização urbana e para a recuperação de áreas
degradadas, a partir do direcionamento de recursos arrecadados da aplicação de multa por crime, infração
penal ou infração administrativa, no caso de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, assim como da
cobrança de taxas pela autorização de poda e de corte de árvores.
De acordo com o artigo 2º da referida norma, 1 décimo do valor das multas por crime, infração penal ou
infração administrativa decorrentes de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, arrecadadas pelos
órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA, será destinado à
arborização urbana e à recuperação de áreas degradadas.
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14 - Considerações Finais
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1 - (CESPE / UnB - Técnico Administrativo – IBAMA) Ao infrator que cometer simultaneamente duas ou
mais infrações administrativas será aplicada apenas a sanção mais gravosa.
2- (CESPE / UnB - Procurador - PGE) As sanções administrativas de cunho ambiental encontram-se previstas
em diferentes normas do SISNAMA, entre elas a Lei 9.605/1998. As sanções administrativas previstas
nessa lei não incluem a:
A) Advertência
B) Multa diária
C) Multa simples
D) Falência de empresa
3 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem ser administrativa, civil e penalmente
responsabilizadas por um único fato que configure crime, ilícito civil e administrativo ao mesmo tempo.
4 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Quando a pessoa jurídica for responsabilizada por crime nos termos da lei de crimes ambientais,
ficarão excluídas dessa responsabilidade as pessoas físicas que dirigem ou administram a pessoa jurídica.
5 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) A desconsideração da pessoa jurídica com a finalidade de atingir o patrimônio de pessoa física
responsável pelo ressarcimento de prejuízos causados ao meio ambiente pode ocorrer sempre que a
personalidade da pessoa jurídica estiver sendo um obstáculo ao ressarcimento do dano.
6 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Julgue os itens subsequentes acerca das infrações administrativas ambientais.
Os autos de infração ambiental serão lavrados por servidores de órgãos integrantes do SISNAMA que tenham
sido designados para as atividades de fiscalização, aos quais também cabe a instauração de processo
administrativo por infração ambiental. Podem, ainda, realizar as mesmas medidas os agentes das Capitanias
dos Portos, do Ministério da Marinha.
7 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Qualquer pessoa do povo pode expor queixa a autoridade responsável pela fiscalização
ambiental quando constatar a ocorrência de infração ambiental, e a autoridade, a partir do conhecimento
dos fatos, é obrigada a promover a apuração imediata da infração, sob pena de responsabilidade.
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8 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) O processo administrativo para apuração de infração ambiental se submete a prazos fixados em
lei. Julgue os itens a seguir, que tratam dos prazos de que o órgão ambiental dispõe para as diferentes
fases do processo administrativo.
A partir da data da ciência da autuação, o infrator tem 20 dias para oferecer defesa ou impugnação contra o
auto de infração.
9 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Com ou sem apresentação de defesa ou impugnação por parte do infrator, a autoridade
julgadora tem prazo de 30 dias para julgar o auto de infração, e tal prazo é contado a partir da data da
lavratura desse auto.
10 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização
Ambiental – IBAMA) Para o infrator recorrer de decisão condenatória a instância superior do SISNAMA, o
prazo é de 15 dias.
11 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização
Ambiental – IBAMA) O prazo para o pagamento de multa fixada é de 5 dias, contados da data do
recebimento da notificação.
12 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização
Ambiental – IBAMA) Quando o dano ambiental cometido configurar crime e ilícito civil, devem ser
realizadas duas perícias independentes: uma que produzirá prova dentro da ação penal instaurada contra
o criminoso e outra que será utilizada na ação cível, pois a perícia produzida no juízo cível não pode ser
utilizada no processo penal.
(A) a responsabilidade pela reparação dos danos causados ao meio ambiente depende de culpa comprovada.
(B) a reparação do dano ambiental pelo infrator acarreta a impossibilidade de aplicação de sanções criminais.
(C) os danos causados ao meio ambiente sujeitam o infrator à responsabilidade civil, criminal e
administrativa.
(D) o Ministério Público não tem legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por
danos causados ao meio ambiente.
(E) o pagamento das multas aplicadas pelo órgão ambiental desonera o infrator da responsabilidade criminal.
14 - (CESPE / UnB - Técnico Administrativo – IBAMA) O transporte de carvão vegetal sem prévia licença da
autoridade competente caracteriza, simultaneamente, crime ambiental e infração administrativa.
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17 – (CESPE / UnB – Analista – Direito – CPRM) Se a atividade de um empreendedor, seja pessoa física ou
jurídica, gerar prejuízo ao meio ambiente, estará ele sujeito a sanções de natureza penal e administrativa,
independentemente da obrigação de reparar o dano causado.
(A) sete dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da
ciência da autuação.
(B) noventa dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura,
apresentada ou não a defesa ou impugnação.
(C) vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do
Meio Ambiente, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de
autuação.
(D) trinta dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
(E) sessenta dias para entrar com recurso solicitando ressarcimento da multa.
19 - (FGV - IX EXAME DE ORDEM - OAB) A respeito da responsabilidade administrativa federal por danos
ambientais, regulamentada pelo decreto n. 6.514/08 e alterado pelo decreto 6.686/08, assinale a
afirmativa correta.
A) a demolição de obra só poderá ser aplicada em edificações não residenciais e sua execução deverá ocorrer
às custas do infrator.
B) a demolição de obra é medida excepcional e só poderá ser aplicada em situações de flagrante ilegalidade
e em edificações com menos de dez anos.
D) a demolição de obra ou construção com fins residenciais ou comerciais, em razão do princípio da defesa
do meio ambiente, dar-se-á nos casos em que a ausência da demolição importa em iminente risco de
agravamento do dano ambiental e às custas para sua realização correrão por conta do infrator.
20 – (FGV – XIX EXAME DE ORDEM – OAB) Pedro, em visita a determinado Município do interior do Estado
do Rio de Janeiro, decide pichar e deteriorar a fachada de uma Igreja local tombada, por seu valor histórico
e cultural, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico-Cultural – INEPAC, autarquia estadual.
Considerando o caso em tela, assinale a afirmativa correta.
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A) Pedro será responsabilizado apenas administrativamente, com pena de multa, uma vez que os bens
integrantes do patrimônio cultural brasileiro não se sujeitam, para fins de tutela, ao regime de
responsabilidade civil ambiental, que trata somente do meio ambiente natural.
B) Pedro será responsabilizado administrativa e penalmente, não podendo ser responsabilizado civilmente,
pois o dano, além de não poder ser considerado de natureza ambiental, não pode ser objeto de simultânea
recuperação e indenização.
C) Pedro, por ter causado danos ao meio ambiente cultural, poderá ser responsabilizado administrativa,
penal e civilmente, sendo admissível o manejo de ação civil pública pelo Ministério Público, demandando a
condenação em dinheiro e o cumprimento de obrigação de fazer.
D) Pedro, além de responder administrativa e penalmente, será solidariamente responsável com o INEPAC
pela recuperação e indenização do dano, sendo certo que ambos responderão de forma subjetiva, havendo
necessidade de inequívoca demonstração de dolo ou culpa por parte de Pedro e dos servidores públicos
responsáveis.
21 – (COSEAC – UFF) As pessoas jurídicas que praticarem condutas e atividades lesivas ao meio ambiente
poderão ter responsabilidade:
e) somente administrativa.
22 - (CESPE - Juiz Substituto - TJ-PR) O IBAMA pode, mediante portaria, vedar a prática de conduta nociva
ao meio ambiente e fixar pena de multa para infratores.
23 - (CESPE - Juiz Substituto - TJ-PR) O prazo de prescrição para a cobrança de multa administrativa por
infração ambiental é de cinco anos a partir da violação.
24 - (CESPE - Juiz Substituto - TJ-PR) É legal a exigência de depósito prévio da multa ambiental como
condição para o exercício da defesa administrativa.
25 – (Analista Ambiental – Pref. Floriano/PI – 2018) Considera-se infração administrativa ambiental toda
ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, exceto:
A) Advertência
B) Demolição de obra
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D) Intervenção em estabelecimento
c) Demolição de obra.
d) Restrição de liberdade.
27 – (Cespe – Perito Criminal – Polícia Federal – 2018) A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA) pode receber, a título de doação, madeiras apreendidas de exploração ilícita da região
amazônica.
28 – (Cespe – Juiz – TJ/BA – 2019) Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia
deixou vazar acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes.
Nessa situação hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa não responderá pelo
dano ambiental, por ser uma pessoa jurídica.
29 – (Analista Ambiental – Pref. Floriano/PI – 2018) Os valores arrecadados em pagamento de multas por
infração ambiental serão revertidos aos seguintes órgãos, exceto;
C) Fundo Naval
30 – (Cespe – Juiz – TJ/BA – 2019) Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia
deixou vazar acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes.
Nessa situação hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa responderá pelo
dano, porque a responsabilidade civil ambiental é objetiva e pautada na teoria do risco integral.
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1 - (CESPE / UnB - Técnico Administrativo – IBAMA) Ao infrator que cometer simultaneamente duas ou
mais infrações administrativas será aplicada apenas a sanção mais gravosa.
Comentários:
De acordo com o art. 72, § 1º da Lei 9.605/98, se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais
infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.
Gabarito: Errado.
2- (CESPE / UnB - Procurador - PGE) As sanções administrativas de cunho ambiental encontram-se previstas
em diferentes normas do SISNAMA, entre elas a Lei 9.605/1998. As sanções administrativas previstas
nessa lei não incluem a:
A) Advertência
B) Multa diária
C) Multa simples
D) Falência de empresa
Comentários:
Vamos revisar:
As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções (Art. 72 da Lei 9.605/98 e Art. 3º do
Decreto 6.514/08)
I - advertência;
II - multa simples (pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade
do meio ambiente.);
III - multa diária (será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tempo.);
IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos,
equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
V - destruição ou inutilização do produto;
VI - suspensão de venda e fabricação do produto;
VII - embargo de obra ou atividade;
VIII - demolição de obra;
IX - suspensão parcial ou total de atividades;
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X - restritiva de direitos.
Gabarito: Letra D.
3 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Tanto as pessoas físicas como as jurídicas podem ser administrativa, civil e penalmente
responsabilizadas por um único fato que configure crime, ilícito civil e administrativo ao mesmo tempo.
Comentários:
De acordo com o art. 225, § 3º da CF/88, as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
INdependentemente da obrigação de reparar os danos causados (esfera civil). É uma tríplice
responsabilização!
Gabarito: Certo.
4 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Quando a pessoa jurídica for responsabilizada por crime nos termos da lei de crimes ambientais,
ficarão excluídas dessa responsabilidade as pessoas físicas que dirigem ou administram a pessoa jurídica.
Comentários:
De acordo com o art. 2º da Lei de Crimes Ambientais. “Quem, de qualquer forma, concorre para a prática
dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem
como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o preposto
ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua
prática, quando podia agir para evitá-la”.
“As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta
Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de
seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes
do mesmo fato. ”
Gabarito: Errado.
5 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) A desconsideração da pessoa jurídica com a finalidade de atingir o patrimônio de pessoa física
responsável pelo ressarcimento de prejuízos causados ao meio ambiente pode ocorrer sempre que a
personalidade da pessoa jurídica estiver sendo um obstáculo ao ressarcimento do dano.
Comentários:
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De acordo com o art. 4º da Lei 9.605/98, poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua
personalidade for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente”.
Esse instrumento visa a impedir que infratores se protejam por trás de uma empresa.
Gabarito: Certo.
6 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Julgue os itens subsequentes acerca das infrações administrativas ambientais.
Os autos de infração ambiental serão lavrados por servidores de órgãos integrantes do SISNAMA que
tenham sido designados para as atividades de fiscalização, aos quais também cabe a instauração de
processo administrativo por infração ambiental. Podem, ainda, realizar as mesmas medidas os agentes
das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.
Comentários:
“São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo
os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - SISNAMA,
designados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério
da Marinha. ”
Gabarito: Certo.
7 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Qualquer pessoa do povo pode expor queixa a autoridade responsável pela fiscalização
ambiental quando constatar a ocorrência de infração ambiental, e a autoridade, a partir do conhecimento
dos fatos, é obrigada a promover a apuração imediata da infração, sob pena de responsabilidade.
Comentários:
§ 3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua
apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de co-responsabilidade. ”
Gabarito: Certo.
8 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) O processo administrativo para apuração de infração ambiental se submete a prazos fixados em
lei. Julgue os itens a seguir, que tratam dos prazos de que o órgão ambiental dispõe para as diferentes
fases do processo administrativo.
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A partir da data da ciência da autuação, o infrator tem 20 dias para oferecer defesa ou impugnação contra
o auto de infração.
Comentários:
De acordo com o art. 113 do Decreto 6.514/08, o autuado poderá, no prazo de vinte dias, contados da data
da ciência da autuação, oferecer defesa contra o auto de infração.
O autuado poderá, no prazo de vinte dias, contado da data da ciência da autuação, apresentar defesa contra
o auto de infração, cuja fluência fica sobrestada até a data de realização da audiência de conciliação
ambiental.
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados
da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha,
de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
Pessoal, cuidado com um detalhe! O prazo para defesa ou impugnação é contado da data da ciência da
autuação. Já o prazo para o julgamento do auto de infração é contado da data da sua lavratura. Na prova
eles podem inverter isso!
Para lembrar é só entender que o “infrator” só pode apresentar a sua defesa ou impugnar o auto a partir do
momento que ele tem ciência da autuação. Memorizando apenas esse detalhe não tem como confundir.
Gabarito: Certo.
9 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização Ambiental
– IBAMA) Com ou sem apresentação de defesa ou impugnação por parte do infrator, a autoridade
julgadora tem prazo de 30 dias para julgar o auto de infração, e tal prazo é contado a partir da data da
lavratura desse auto.
Comentários:
Consoante art.124, do Decreto 6.514/08, temos que oferecida ou não a defesa, a autoridade julgadora, no
prazo de trinta dias, julgará o auto de infração, decidindo sobre a aplicação das penalidades.
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PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados
da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha,
de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
Gabarito: Certo.
10 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização
Ambiental – IBAMA) Para o infrator recorrer de decisão condenatória a instância superior do SISNAMA, o
prazo é de 15 dias.
Comentários:
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados
da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha,
de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
Gabarito: Errado.
11 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização
Ambiental – IBAMA) O prazo para o pagamento de multa fixada é de 5 dias, contados da data do
recebimento da notificação.
Comentários:
De acordo com o art.126, do decreto 6.514/2008, julgado o auto de infração, o autuado será notificado por
via postal com aviso de recebimento ou outro meio válido que assegure a certeza de sua ciência para pagar
a multa no prazo de cinco dias, a partir do recebimento da notificação, ou para apresentar recurso”.
PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar:
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20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados
da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha,
de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
Gabarito: Certo.
12 - (CESPE /UnB – Analista Ambiental: Tema 1 – Subtema 1.2: Regulação, Controle e Fiscalização
Ambiental – IBAMA) Quando o dano ambiental cometido configurar crime e ilícito civil, devem ser
realizadas duas perícias independentes: uma que produzirá prova dentro da ação penal instaurada contra
o criminoso e outra que será utilizada na ação cível, pois a perícia produzida no juízo cível não pode ser
utilizada no processo penal.
Comentários:
Consoante parágrafo único do art. 19, da Lei de Crimes Ambientais, a perícia produzida no inquérito civil ou
no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, instaurando-se o contraditório. (Prova
emprestada).
Gabarito: Errado.
(A) a responsabilidade pela reparação dos danos causados ao meio ambiente depende de culpa
comprovada.
(B) a reparação do dano ambiental pelo infrator acarreta a impossibilidade de aplicação de sanções
criminais.
(C) os danos causados ao meio ambiente sujeitam o infrator à responsabilidade civil, criminal e
administrativa.
(D) o Ministério Público não tem legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por
danos causados ao meio ambiente.
(E) o pagamento das multas aplicadas pelo órgão ambiental desonera o infrator da responsabilidade
criminal.
Comentários:
"É o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados
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ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade." (Art. 14, § 1º da Lei 6.938/81)
B - ERRADO. São independentes. O infrator pode ser responsabilizado nas três esferas: administrativa, civil
e penal.
"As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados."
D - ERRADO. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de
responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. (Art. 14, parte final do § 1º da Lei
6.938/81)
E - ERRADO. De acordo com o art. 225, § 3º da CF/88, será estabelecido como forma de reparação do dano
ambiental três tipos de responsabilidade: civil, penal e administrativa, todas independentes e autônomas
entre si.
Gabarito: Letra C.
14 - (CESPE / UnB - Técnico Administrativo – IBAMA) O transporte de carvão vegetal sem prévia licença da
autoridade competente caracteriza, simultaneamente, crime ambiental e infração administrativa.
Comentários:
O transporte de carvão vegetal sem prévia licença da autoridade competente caracteriza, a um só tempo,
crime ambiental (art. 46 da Lei 9.605/98) e infração administrativa, de acordo com o art. 70, da Lei 9.605/98.
De acordo com o art. 46 da Lei 9.605/98, é crime ambiental receber ou adquirir, para fins comerciais ou
industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do
vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto
até final beneficiamento: Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depósito, transporta ou
guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem licença válida para todo o tempo
da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.
Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso,
gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.
Gabarito: Certo.
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Comentários:
De acordo com o art. 3º, da Lei 9.605/98, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade”.
Gabarito: Errado.
Comentários:
De acordo com o art. 3º, da Lei 9.605/98, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade”.
Gabarito: Certo.
17 – (CESPE / UnB – Analista – Direito – CPRM) Se a atividade de um empreendedor, seja pessoa física ou
jurídica, gerar prejuízo ao meio ambiente, estará ele sujeito a sanções de natureza penal e administrativa,
independentemente da obrigação de reparar o dano causado.
Comentários:
Questão tranquila, que está de acordo com o § 3º do art. 225, da CF/88, as condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.
Gabarito: Certo.
(A) sete dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data
da ciência da autuação.
(B) noventa dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação.
(C) vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional
do Meio Ambiente, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de
autuação.
(D) trinta dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
(E) sessenta dias para entrar com recurso solicitando ressarcimento da multa.
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Comentários:
Conforme dispõe o art. 71, da Lei 9.605/98, o processo administrativo para apuração de infração ambiental
deve observar os seguintes prazos máximos:
I - vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da
ciência da autuação;
II - trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura,
apresentada ou não a defesa ou impugnação;
III - vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do
Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o
tipo de autuação;
Gabarito: Letra C.
19 - (FGV - IX EXAME DE ORDEM - OAB) A respeito da responsabilidade administrativa federal por danos
ambientais, regulamentada pelo decreto n. 6.514/08 e alterado pelo decreto 6.686/08, assinale a
afirmativa correta.
A) a demolição de obra só poderá ser aplicada em edificações não residenciais e sua execução deverá
ocorrer às custas do infrator.
D) a demolição de obra ou construção com fins residenciais ou comerciais, em razão do princípio da defesa
do meio ambiente, dar-se-á nos casos em que a ausência da demolição importa em iminente risco de
agravamento do dano ambiental e às custas para sua realização correrão por conta do infrator.
Comentários:
De acordo com o art. 3º, do Decreto. 6.514/08, as infrações administrativas são punidas com as seguintes
sanções:
I - advertência;
II - multa simples;
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IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais produtos e subprodutos objeto
da infração, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;
X - restritiva de direitos.
O art. 19, do referido Decreto, dispõe sobre a sanção de demolição de obra, que poderá ser aplicada pela
autoridade ambiental, após o contraditório e ampla defesa, quando:
II - quando a obra ou construção realizada não atenda às condicionantes da legislação ambiental e não seja
passível de regularização.
A demolição poderá ser feita pela administração ou pelo infrator, em prazo assinalado, após o julgamento
do auto de infração. As despesas para a realização da demolição correrão às custas do infrator, que será
notificado para realizá-la ou para reembolsar aos cofres públicos os gastos que tenham sido efetuados pela
administração. Não será aplicada a penalidade de demolição quando, mediante laudo técnico, for
comprovado que o desfazimento poderá trazer piores impactos ambientais que sua manutenção, caso em
que a autoridade ambiental, mediante decisão fundamentada, deverá, sem prejuízo das demais sanções
cabíveis, impor as medidas necessárias à cessação e mitigação do dano ambiental, observada a legislação
em vigor.
Já o art. 112, do Decreto. 6.514/08, dispõe que a demolição de obra, edificação ou construção não habitada
e utilizada diretamente para a infração ambiental dar-se-á excepcionalmente no ato da fiscalização nos casos
em que se constatar que a ausência da demolição importa em iminente risco de agravamento do dano
ambiental ou de graves riscos à saúde. Neste caso, a demolição poderá ser feita pelo agente autuante, por
quem este autorizar ou pelo próprio infrator e deverá ser devidamente descrita e documentada, inclusive
com fotografias. As despesas para a realização da demolição correrão às custas do infrator.
Essa demolição, de que trata o artigo 112, não será realizada em edificações residenciais. Importante dizer
que o dispositivo acima (art. 112) trata da demolição no ato de fiscalização, sendo que o art. 19 contempla
a sanção administrativa de demolição de obra, e esta, só ocorre após o contraditório e ampla defesa,
podendo se estender inclusive às edificações residenciais.
Assim, observado o art. 19 (sanções), não há qualquer restrição para a demolição de obra, se esta ocorre
após o contraditório e ampla defesa, somente havendo essa restrição, nos termos do art. 112, caput, e § 3º
(medida liminar), para as edificações não residenciais, quando a demolição é determinada no próprio ato de
fiscalização.
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A alternativa apontada como correta pela Banca apresenta problemas em sua redação, pois não constou se
a demolição seria “no ato de fiscalização” ou “após contraditório e ampla defesa”.
Por fim, o art. 19, do Dec. 6514/08 não traz qualquer limitação de prazo "edificações com menos de 10 anos"
e também não restringe a demolição apenas aos casos de edificação dentro de Unidade de Conservação.
Gabarito: Letra A.
20 – (FGV – XIX EXAME DE ORDEM – OAB) Pedro, em visita a determinado Município do interior do Estado
do Rio de Janeiro, decide pichar e deteriorar a fachada de uma Igreja local tombada, por seu valor histórico
e cultural, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico-Cultural – INEPAC, autarquia estadual.
Considerando o caso em tela, assinale a afirmativa correta.
A) Pedro será responsabilizado apenas administrativamente, com pena de multa, uma vez que os bens
integrantes do patrimônio cultural brasileiro não se sujeitam, para fins de tutela, ao regime de
responsabilidade civil ambiental, que trata somente do meio ambiente natural.
C) Pedro, por ter causado danos ao meio ambiente cultural, poderá ser responsabilizado administrativa,
penal e civilmente, sendo admissível o manejo de ação civil pública pelo Ministério Público, demandando
a condenação em dinheiro e o cumprimento de obrigação de fazer.
D) Pedro, além de responder administrativa e penalmente, será solidariamente responsável com o INEPAC
pela recuperação e indenização do dano, sendo certo que ambos responderão de forma subjetiva,
havendo necessidade de inequívoca demonstração de dolo ou culpa por parte de Pedro e dos servidores
públicos responsáveis.
Comentários:
Pessoal, conforme estudamos, o meio ambiente é dividido didaticamente em natural, artificial, cultural e do
trabalho.
O conhecimento do artigo 225, da CF/88, era suficiente para acertar a questão, pois no §3º temos que as
condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
A conduta de Pedro configura-se crime ambiental e infração administrativa contra o Ordenamento Urbano
e o Patrimônio Cultural.
Conforme dispõe o artigo 65, da Lei 9.605/98, é crime pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou
monumento urbano. Além disso, Pedro pode ser responsabilizado na esfera civil (reparação dos danos
causados), e administrativa (pois a sua conduta também é enquadrada como infração administrativa,
consoante dispõe o art.75, do Decreto Federal 6514/08).
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Importante enfatizar que a responsabilidade civil por dano ambiental é OBJETIVA, ou seja, independente
da comprovação de culpa.
Assim, o causador de dano ambiental poderá ser responsabilizado em três esferas (tríplice
responsabilização). Temos, portanto, na ocorrência de uma conduta lesiva ao meio ambiente uma
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL e PENAL.
Gabarito: Letra C.
21 – (Banca: COSEAC – UFF) As pessoas jurídicas que praticarem condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente poderão ter responsabilidade:
e) somente administrativa.
Comentários:
De acordo com o art. 3º, da Lei 9.605/98, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Gabarito: Letra A.
22 - (CESPE - Juiz Substituto - TJ-PR) O IBAMA pode, mediante portaria, vedar a prática de conduta nociva
ao meio ambiente e fixar pena de multa para infratores.
Comentários:
É vedado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA impor
sanções administrativas sem expressa previsão legal, por violação do Princípio da Legalidade.
Consoante já decidido pelo STF no julgamento da ADI-MC 1823/DF, é vedado ao IBAMA instituir sanções
punitivas sem expressa autorização legal. Diante disso e, ainda, do princípio da tipicidade, tem-se que é
vedado à referida autarquia impor sanções por infrações ambientais previstas apenas nas Portarias.
Gabarito: Errado.
23 - (CESPE - Juiz Substituto - TJ-PR) O prazo de prescrição para a cobrança de multa administrativa por
infração ambiental é de cinco anos a partir da violação.
Comentários:
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Súmula 467 do STJ: Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo , a pretensão
da administração pública de promover a execução da multa por infração ambiental.
Gabarito: Errado.
24 - (CESPE - Juiz Substituto - TJ-PR) É legal a exigência de depósito prévio da multa ambiental como
condição para o exercício da defesa administrativa.
Comentários:
De acordo com a Súmula Vinculante 21, é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios
de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
Gabarito: Errado.
25 – (Analista Ambiental – Pref. Floriano/PI – 2018) Considera-se infração administrativa ambiental toda
ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio
ambiente. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, exceto:
A) Advertência
B) Demolição de obra
D) Intervenção em estabelecimento
Comentários
De acordo com o art. 72, da Lei 9.605/1998 (Lei de crimes ambientais), as infrações administrativas são
punidas com as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa simples;
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X – (VETADO)
XI - restritiva de direitos.
Perceba que não existe como sanção a intervenção em estabelecimento, de acordo com o art. 72, I ao XI, Lei
9.605/1998 (Lei de crimes ambientais).
Gabarito: Letra D.
c) Demolição de obra.
d) Restrição de liberdade.
Comentários:
De acordo com o art. 3º, do Decreto nº 6.514/2008, as infrações administrativas são punidas com as
seguintes sanções:
Advertência;
Multa simples;
Multa diária;
Apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais produtos e subprodutos
objeto da infração, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na
infração;
Destruição ou inutilização do produto;
Suspensão de venda e fabricação do produto;
Embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;
Demolição de obra;
Suspensão parcial ou total das atividades; e
Restritiva de direitos.
Portanto, a única alternativa que não corresponde ao que se pede é a letra “D”.
Gabarito: letra D.
27 – (Cespe – Perito Criminal – Polícia Federal – 2018) A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA) pode receber, a título de doação, madeiras apreendidas de exploração ilícita da região
amazônica.
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Comentários:
Consoante o art. 134, II, do Decreto nº 6.514/2008, após decisão que confirme o auto de infração, os bens e
animais apreendidos que ainda não tenham sido objeto da destinação, não mais retornarão ao infrator,
devendo ser destinados da seguinte forma: as madeiras poderão ser doadas a órgãos ou entidades públicas,
vendidas ou utilizadas pela administração quando houver necessidade, conforme decisão motivada da
autoridade competente.
Gabarito: Certo
28 – (Cespe – Juiz – TJ/BA – 2019) Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia
deixou vazar acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes.
Nessa situação hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa não responderá
pelo dano ambiental, por ser uma pessoa jurídica.
Comentários:
Consoante o art. 3º, da Lei 9.605/98, as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e
penalmente, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
Gabarito: Errado.
29 – (Analista Ambiental – Pref. Floriano/PI – 2018) Os valores arrecadados em pagamento de multas por
infração ambiental serão revertidos aos seguintes órgãos, exceto;
C) Fundo Naval
Comentários
De acordo com o disposto no art. 73, da Lei 9.605/98 (Lei de crimes ambientais), os valores arrecadados em
pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, Fundo
Naval, e aos fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão
arrecadador.
Gabarito: letra A.
30 – (Cespe – Juiz – TJ/BA – 2019) Por equívoco de um de seus empregados, uma empresa alimentícia
deixou vazar acidentalmente parte de seu insumo em um rio, o que causou a morte de 5 t de peixes.
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Nessa situação hipotética, relativamente à responsabilidade civil ambiental, a empresa responderá pelo
dano, porque a responsabilidade civil ambiental é objetiva e pautada na teoria do risco integral.
Comentários
Exatamente isso mesmo. Esse é o entendimento do STJ. RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO AMBIENTAL.
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC. DANOS DECORRENTES DE
VAZAMENTO DE AMÔNIA NO RIO SERGIPE. ACIDENTE AMBIENTAL OCORRIDO EM OUTUBRO DE 2008.
a) para demonstração da legitimidade para vindicar indenização por dano ambiental que resultou na redução
da pesca na área atingida, o registro de pescador profissional e a habilitação ao benefício do seguro-
desemprego, durante o período de defeso, somados a outros elementos de prova que permitam o
convencimento do magistrado acerca do exercício dessa atividade, são idôneos à sua comprovação;
b) a responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo
de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida
a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para
afastar a sua obrigação de indenizar;
c) é inadequado pretender conferir à reparação civil dos danos ambientais caráter punitivo imediato, pois a
punição é função que incumbe ao direito penal e administrativo;
d) em vista das circunstâncias específicas e homogeneidade dos efeitos do dano ambiental verificado no
ecossistema do rio Sergipe - afetando significativamente, por cerca de seis meses, o volume pescado e a
renda dos pescadores na região afetada -, sem que tenha sido dado amparo pela poluidora para mitigação
dos danos morais experimentados e demonstrados por aqueles que extraem o sustento da pesca
profissional, não se justifica, em sede de recurso especial, a revisão do quantum arbitrado, a título de
compensação por danos morais, em R$ 3.000,00 (três mil reais);
e) o dano material somente é indenizável mediante prova efetiva de sua ocorrência, não havendo falar em
indenização por lucros cessantes dissociada do dano efetivamente demonstrado nos autos; assim, se durante
o interregno em que foram experimentados os efeitos do dano ambiental houve o período de "defeso" -
incidindo a proibição sobre toda atividade de pesca do lesado -, não há cogitar em indenização por lucros
cessantes durante essa vedação; f) no caso concreto, os honorários advocatícios, fixados em 20% (vinte por
cento) do valor da condenação arbitrada para o acidente - em atenção às características específicas da
demanda e à ampla dilação probatória -, mostram-se adequados, não se justificando a revisão, em sede de
recurso especial.
(REsp 1354536/SE, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/03/2014, DJe
05/05/2014).
Gabarito: Certo.
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As sanções aplicadas pelo agente autuante estarão sujeitas à confirmação pela autoridade julgadora.
O art. 71 da Lei 9.605/98 apresenta alguns PRAZOS MÁXIMOS que o processo administrativo para apuração
de infração ambiental deve observar:
20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados
da data da ciência da autuação;
30 (trinta) dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua
lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;
20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha,
de acordo com o tipo de autuação;
5 (cinco) dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.
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