Você está na página 1de 9

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS

5° OFÍCIO GERAL
AO JUÍZO DA ____ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO
DE ALAGOAS

PAJ: 2020/036-02556

EDNA MARIA DOS SANTOS, brasileira, solteira, autônoma, inscrita no


CPF sob o nº 950.203.145-87, portadora do RG nº 45020228 SSP/AL, residente e
domiciliada na Rua Medina C da Silva, Nº 95, Lot. Ayres, Barra de São Miguel-AL,
CEP: 57180-000 Telefone(s): (82) 9 9825-2710, vem, à presença de Vossa Excelência,
por intermédio da DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO, com fulcro no art. 319 e
art. 300 ambos do CPC, Lei nº 13.982/2020 e Decreto Federal nº 10.316/2020 propor a
presente AÇÃO ORDINÁRIA c/c OBRIGAÇÃO DE FAZER PARA
OBTENÇÃO DO AUXÍLIO EMERGENCIAL (COVID-19) em face da CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL, pessoa jurídica de direito privado, sob a forma de
empresa pública, a ser citada na pessoa de seu representante legal devidamente
cadastrado no Creta, UNIÃO, pessoa jurídica de direito público, a ser citada na pessoa
de seu representante legal devidamente cadastrado no sistema Creta, e DATAPREV,
pessoa jurídica de direito privado, sob a forma de empresa pública, a ser citada na
pessoa de seu representante legal devidamente cadastrado no Creta, pelos fundamentos
de fato e de direito a seguir expostos.

1.DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Preliminarmente, requer-se a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita por


ser a parte autora hipossuficiente, na acepção jurídica do termo, não podendo arcar com
as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua
família, nos termos do artigo 98 do Código de Processo Civil.

2. DAS PRERROGATIVAS DA DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

Registre-se, por outro lado, que, nos termos do artigo 44, I, da Lei
Complementar nº 80/94 (Lei Orgânica da Defensoria Pública), os membros da
Defensoria Pública da União gozam das prerrogativas de intimação pessoal em todos os
processos e graus de jurisdição; e contagem em dobro dos prazos processuais, o que
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
espera sejam observadas por esse Juízo.

3. DOS FATOS

A autora, Sra. EDNA MARIA DOS SANTOS, 58 anos, analfabeta, vendedora de


coco verde, pessoa com alto grau de vulnerabilidade social, teve seus ganhos habituais
reduzidos drasticamente por conta do Covid-19.
Nesta direção, diante da pandemia da Covid-19 o Governo Federal como
forma de garantir o mínimo existencial aos mais vulneráveis, decretou a criação de um
Auxílio Emergencial no importe de R$ 600, 00 (seiscentos reais) – art.2º, § 3º, Lei
13.982/2020, bem como indicou que para os beneficiários do Programa Assistencial Bolsa
Família, em decorrência do estado pandêmico, a substituição pelo Auxílio Emergencial
seria a medida cabível temporariamente, cf. artigo 2º, § 2º da Lei 13.982/2020.
Segundo a Lei que regulamenta o Auxílio Emergencial, a autora faz jus ao
percebimento do benefício assistencial criado para garantir uma renda mínima aos
brasileiros em situação de vulnerabilidade social, especificamente: art.2º VI - que exerça
atividade na condição de: c) trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou
desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitente inativo, inscrito no
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 20 de
março de 2020, conforme preceitua a Lei 13.982/2020 (institui o auxílio emergencial).
Em que pese a assistida atenda aos critérios legais para a concessão do
benefício emergencial, especificamente, ser autônoma, lhe foi deferido o Auxílio
Emergencial de R$ 600,00 (seiscentos reais), sendo-lhe apenas pago a 1ª e a 2ª parcelas, e
sendo bloqueada a partir da 3º parcela do benefício referente ao mês de Julho e dos
demais meses, que totalizariam as cinco parcelas de direito da autora.
O fundamento do cancelamento das parcelas ulteriores fora à
justificativa: “Cidadão(ã) possui CPF em situação irregular ”, assim, autora buscou a
Receita Federal e regularizou o seu CPF, após foi à Caixa Econômica Federal ao
chegar lá refez todo o processo e o benefício continuou a ser rejeitado até o
cancelamento.
Diante dos fatos narrados, a assistida buscou esta Defensoria Pública da União
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
para auxiliá-la em sua demanda. Analisando os documentos e acessando o sistema GERID,
verificou-se que o direito da autora foi lesado, pois já cumpriu todos os requisitos exigidos
para concessão do Auxílio emergencial como para o auxílio emergencial extensão.
É mister mencionar que tanto o bloqueio da 3ª parcela do auxílio emergencial,
quanto a não concessão do auxílio extensão, foram efetivados sem justificativa plausível,
deixando a autora a mercê de prejuízos irreparáveis.
Diante do atual cenário pandêmico, o bloqueio das parcelas do Auxílio
Emergencial e a não concessão do auxílio emergencial extensão, por ingerência da
parte ré causou danos irreparáveis à autora, como exemplo, prejuízo à própria
subsistência. No presente caso, a assistida é a única responsável por sua manutenção,
situação que agrava ainda mais o quadro econômico social dela.
Com efeito, resta-se demonstrado o direito que a autora faz jus para
recebimento de 03 parcelas do AE principal (no valor de r$ 600,00), mais 04 parcelas
do auxílio extensão.
Ante o exposto, diante da situação de vulnerabilidade da autora, merece
censura judicial o bloqueio do Auxílio Emergencial e a concessão do Auxílio Extensão.

4. DO MÉRITO

4.1. Dos requisitos ao auxílio emergencial:

O Auxilio Emergencial – COVID19, é um serviço do governo federal -


Ministério da Cidadania, executado pela Caixa Econômica Federal. Também vem sendo
chamado de Benefício de R$ 600, Renda emergencial e Corona voucher.
Como mencionado alhures, o benefício assistencial eventual foi instituído pelo
Decreto Federal 10.316/2020, para garantir uma renda mínima aos brasileiros em situação
mais vulnerável durante a pandemia da Covid-19 (novo corona vírus).
Trata-se de uma bolsa no valor de R$ 600 a ser pago por três meses, para até
duas pessoas da mesma família.
Segundo o site do Governo Federal, o Auxílio Emergencial:

“é um benefício financeiro destinado a trabalhadores informais,


DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
Microempreendedores Individuais (MEI), autônomos e desempregados,
(...)1

Outrossim, estabeleceu-se critérios objetivos a serem observados pela Caixa


Econômica Federal para a análise daqueles que seriam beneficiados pelo auxilio
emergencial. Segundo o Art. 2º da Lei nº 13.982/2020 e Art. 3º do Decreto nº
10.316/2020, estes são os critérios:
[...] Art. 2º Durante o período de 3 (três) meses, a contar da publicação
desta Lei, será concedido auxílio emergencial no valor de R$ 600,00
(seiscentos reais) mensais ao trabalhador que cumpra
cumulativamente os seguintes requisitos:
I - seja maior de 18 (dezoito) anos de idade, salvo no caso de mães
adolescentes;
II - não tenha emprego formal ativo;
III - não seja titular de benefício previdenciário ou assistencial ou
beneficiário do seguro-desemprego ou de programa de
transferência de renda federal, ressalvado, nos termos dos §§ 1º e 2º,
o Bolsa Família;
III - cuja renda familiar mensal per capita seja de até 1/2 (meio)
salário-mínimo ou a renda familiar mensal total seja de até 3 (três)
salários mínimos;
IV - que, no ano de 2018, não tenha recebido rendimentos
tributáveis acima de R$ 28.559,70 (vinte e oito mil, quinhentos e
cinquenta e nove reais e setenta centavos); e
V - que exerça atividade na condição de:
a) microempreendedor individual (MEI);
b) contribuinte individual do Regime Geral de Previdência Social que
contribua na forma do caput ou do inciso I do § 2º do art. 21 da Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991; ou
c) trabalhador informal, seja empregado, autônomo ou
desempregado, de qualquer natureza, inclusive o intermitente inativo,
inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
(CadÚnico) até 20 de março de 2020, ou que, nos termos de
autodeclaração, cumpra o requisito do inciso IV.
[...] § 3º A mulher provedora de família monoparental receberá 2 (duas)
cotas do auxílio, mesmo que haja outro trabalhador elegível na família.

Pelo exposto constata-se que as pessoas que estão aptas a receberem o


benefício precisam ter mais de 18 anos, não ter emprego formal, pertencer a família com
renda mensal per capita de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal
total de até três salários mínimos (R$ 3.135), além de não ter tido rendimentos tributáveis,
em 2018, acima de R$ 28.559,70 (ou seja, que não precisou declarar Imposto de Renda em
1
Governo Federal: https://www.gov.br/pt-br/servicos/solicitar-auxilio-emergencial-de-r-600-
covid-19
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
2019).
Note-se que o parágrafo 2º, do Art. 5 do Decreto nº 10.316/2020, diz que não
basta a inscrição no CADUNICO, mas requer também o preenchimento dos critérios da
Lei nº13.982/2020:
§ 2º A inscrição no Cadastro Único ou preenchimento da autodeclaração
não garante ao trabalhador o direito ao auxílio emergencial até que sejam
verificados os critérios estabelecidos na Lei nº 13.982, de 2020.

Nesse mesmo sentido, é o Art. 6º do mesmo diploma legal:

Art. 6. (...) após a verificação do cumprimento dos critérios estabelecidos


na Lei nº 13.982, de 2020, os beneficiários serão incluídos na folha de
pagamento do auxílio emergencial.

Por fim, aponte-se o Art. 5º e 7º do Decreto 10.316/2020:

Acesso do trabalhador ao auxílio emergencial

[...] Art. 5º Para ter acesso ao auxílio emergencial, o trabalhador deverá:

I - estar inscrito no Cadastro Único até 20 de março de 2020; ou


II - preencher o formulário disponibilizado na plataforma digital, com
autodeclaração que contenha as informações necessárias.
[...] Art. 7º Para verificar a elegibilidade ao recebimento do auxílio
emergencial ao trabalhador de qualquer natureza, será avaliado o
atendimento aos requisitos previstos no art. 3º.
§ 1º É elegível para o recebimento do auxílio emergencial o trabalhador:
I - maior de dezoito anos;
II - inscrito no Cadastro Único, independentemente da atualização
do cadastro;
III - que não tenha renda individual identificada no CNIS, nem
seja beneficiário do seguro desemprego ou de programa de
transferência de renda, com exceção do Programa Bolsa Família;
[...] § 4º Para o recebimento do auxílio emergencial, a inscrição do
trabalhador no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF é obrigatória e a
situação do CPF deverá estar regular junto à Secretaria Especial da
Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia, exceto no caso
de trabalhadores incluídos em famílias beneficiárias do Programa Bolsa
Família.
§ 5º É ainda obrigatória a inscrição no CPF dos membros da família dos
demais trabalhadores não inscritos no Cadastro Único e não
beneficiários do Programa Bolsa Família.
§ 6º Serão considerados inelegíveis os trabalhadores com indicativo de
óbito no Sistema de Controle de Óbitos e no Sistema Nacional de
Informações de Registro Civil.
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
4.2. Do Preenchimento dos requisitos pela autora. Da ilegalidade no
bloqueio/suspensão do auxílio emergencial.

Após análise do normativo de regência, indubitável que a autora cumpre com


todos os requisitos legais dispostos no Art. 2º da Lei 13.982/2020. Explico.
A autora não possuiu vínculo empregatício, não é titular de benefício
previdenciário (CNIS em anexo), além de seu CPF está regular, é responsável pela sua
subsistência (documentos em anexo).
Evidenciado que o motivo para o bloqueio da 3ª parcela do benefício não
padece de legalidade e razoabilidade, estando devidamente justificado, o Poder Judiciário
deve socorrer a autora e conceder o benefício bloqueado pela Administração Pública, ou
melhor, por um sistema eletrônico desatualizado e falho.
Portanto, requer que seja expedida ordem mandamental em face da
DATAPREV, Caixa Econômica Federal e União, obrigando-as a conceder o benefício
emergencial em favor da autora em partes mensal referente à 3ª, 4ª e 5º parcelas do Auxílio
Emergencial, mais a concessão do Auxílio Extensão, tendo em vista o preenchimento
cumulativo de todos os requisitos impostos no Art. 2º da Lei 13.982/2020 e no Art. 3º do
Decreto Federal nº 10.316/2020.

5. Da Tutela de Urgência

Possível, no caso em tela, a concessão da tutela provisória de urgência,


conforme disposto no art. 300 do CPC para concessão liminar dos valores remanescentes
do Auxílio Emergencial, posto que já expirada a data da 3ª, 4ª e 5ª parcelas, conforme
cronograma do Governo Federal.2
Quanto aos requisitos, o FUMUS BONI IURIS pode ser verificado através
dos documentos anexados que comprovam que a parte autora faz jus ao Auxílio
Emergencial. Eis que cumpre com todos os elementos do Art. 2º da Lei 13.982/2020 e do
Art. 3º ao 7º do Decreto 10.316/2020.

Aduz o art. 6º do Decreto 10.316/2020, que:


2
https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/04/07/como-sera-feito-o-pagamento-do-auxilio-
emergencial-de-r-600.ghtml.
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
(...) “após a verificação do cumprimento dos critérios estabelecidos na
Lei nº 13.982, de 2020, os beneficiários serão incluídos na folha de
pagamento do auxílio emergencial”.

Ademais, comprovada a situação de extrema vulnerabilidade econômica, sendo


a família de baixa renda e enfrentando os efeitos econômicos decorrentes da pandemia do
COVID-19, o que comprova o estado de emergência da demandante.
Quanto à urgência, trata-se de verba de caráter alimentar, mostrando-se
presente, neste caso, o PERICULUM IN MORA. Deve-se notar que a autora necessita do
benefício eventual para garantir sua própria subsistência, desde a alimentação até a
manutenção de sua dignidade.
Inclusive, o Superior Tribunal de Justiça em 20.04.2020, afirmou que o atraso
de DIAS no recebimento do auxilio emergencial pode ser devastador ao indivíduo.
O relator ministro João Otávio de Noronha, presidente do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), sustou os efeitos da liminar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF1) que havia suspendido a exigência de regularização do CPF para o recebimento do
auxílio emergencial durante a pandemia do novo corona vírus (Covid-19). Segundo o
ministro, a referida análise geraria inevitável atraso na distribuição do Auxílio
Emergencial, caso suspendesse a exigência de regularização do CPF, segue trecho da sua
manifestação:

[...] Se, em circunstâncias normais, a possibilidade do atraso de 48 horas


nas operações referentes ao pagamento de auxílio à população representa
intercorrência administrável do ponto de vista da gestão pública, no atual
quadro de desaceleração abrupta das atividades comerciais e
laborais do setor privado, retardar, ainda que por alguns dias, o
recebimento do benefício emergencial acarretará consequências
desastrosas à economia nacional e, por conseguinte, à população"
[...]. (SLS nº 2692 / PA (2020/0089719-9) autuado em 17/04/2020, União
X TRF1ª Região - Número Único:0089719-
38.2020.3.00.0000,Relator(a):Min. Presidente do STJ)

Relativamente à irreversibilidade do provimento, o princípio da


proporcionalidade autoriza a antecipação do auxilio, já que a vida e a dignidade da autora
são bens que possuem maior grandeza e importância em relação aos valores a serem pagos
DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
pelos réus.
Note-se que a Doutrina majoritária considera que, podendo se converter em
perdas e danos, não é considerado irreversível. Sendo assim, não há de se falar em
irreversibilidade da decisão.
Assim, por todos estes motivos, encontram-se satisfeitos os requisitos previstos
no artigo 300 do CPC e faz-se urgente a concessão da tutela provisória de urgência,
por meio de ordem para que os réus efetuem o pagamento dos valores devidos à parte
autora, bem como a concessão do Auxílio Extensão, de forma imediata.

6. Dos pedidos:

Ante o exposto, requer:

a) A concessão de Assistência Judiciária Gratuita, haja vista


a autora ser pessoa pobre na acepção legal do termo, em
conformidade com o disposto no art. 98 e seguintes do Código
de Processo Civil.

b) A observância das prerrogativas da Defensoria Pública da


União;

c) LIMINARMENTE, a concessão da tutela antecipada,


nos termos do art. 300 do CPC, sem a oitiva da parte
contrária, determinando-se o pagamento imediato da 3ª; 4ª e 5ª
parcelas no valor de R$ 600,00 do Auxílio Emergencial que
faz jus a autora, bem como a inclusão da autora na folha de
pagamento do auxílio emergencial, para o recebimento das
próximas parcelas de acordo com o cronograma do Governo
Federal.

d) Requer ainda, liminarmente, a concessão do Auxílio


Extensão que faz jus a autora, bem como a devida inclusão na
folha de pagamento do benefício em espeque, para recebimento
das próximas parcelas de acordo com o cronograma do Governo
Federal.

e) A citação da Caixa Econômica Federal, da DATAPREV e


DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO EM ALAGOAS
5° OFÍCIO GERAL
da União por meio de seus procuradores, para, querendo,
contestarem os termos da presente demanda;

f) Seja, ao final, confirmada a antecipação da tutela,


sendo julgado procedente o pedido de pagamento das 3ª; 4ª e
5ª parcelas do auxílio emergencial e a concessão do auxílio
extensão em favor da autora, determinando-se o pagamento
de 9 parcelas mensais do auxílio emergencial (sendo 3
parcelas com base no art. 2º Lei n.º 13.982/2020; 2 parcelas com
base no art. 1º do Decreto do Decreto n.º 10.412/2020 e art. 9º-A
do Decreto n.º 10.316/2020; e mais 4 parcelas com base no art.
1° da medida provisória n° 1000/2000), ou mais parcelas, caso
o benefício seja prorrogado para além de 9 parcelas,
confirmando, em sede de cognição exauriente, eventual tutela de
urgência deferida, como medida de justiça;

g) a condenação dos réus nos honorários no percentual


de 20% sobre o valor da condenação, a serem revertidos para
o fundo gerido pela Defensoria Pública e destinados,
exclusivamente, ao aparelhamento da Defensoria Pública e à
capacitação profissional de seus membros e servidores (art. 4º,
XXI, LC 80/1990).

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito,


sobretudo a documental ora juntada.
Atribui-se à causa o valor de R$ 3.000,00 (Três mil reais) - referente a 3ª;
4ª e 5ª parcelas do auxílio emergencial no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), cumulada
com a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª parcelas com a extensão do auxílio emergencial, no valor de R$ 300,00
(Trezentos reais) -, com base nos artigos 291, 292 e 319, V, todos do NCPC.

Maceió/AL, 14 de janeiro de 2021.

DIEGO BRUNO MARTINS ALVES


Defensor Público Federal

Você também pode gostar