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Enfermagem na

Saúde da Criança e
do adolescente
Enfermagem em unidade de pediatria

Profª. Ms. Franciely Midori


• Unidade de Ensino: 3
• Competência da Unidade: Compreender sobre os aspectos relacionados à pediatria,
crescimento e desenvolvimento, e a assistência de enfermagem a criança enferma.
• Resumo: Aborda sobre os aspectos do crescimento e desenvolvimento infantil; da unidade
de pediatria, os principais distúrbios, e os cuidados de enfermagem; e sobre a atenção à
criança gravemente enferma.
• Palavras-chave: Pediatria; Puericultura; Criança enferma; Cuidados de enfermagem em
pediatria; Unidade de pediatria.
• Título da Teleaula: Enfermagem em unidade de pediatria
• Teleaula nº: 3
Contextualização

Comunicação com
Puericultura
a criança

Exame físico e Unidade de


avaliação pediatria e Unidade
nutricional na de Terapia Intensiva
criança Pediátrica

Fonte: Shutterstock. ID: 1641857584. Acesso em: 03/02/23


Enfermagem em
puericultura
Fases etárias do desenvolvimento infantil

Neonato Lactente Infante Pré–escolar Idade escolar


• De 0 a 28 dias • De 29 dias até • De 12 meses a • De 3 a 6 anos • De 7 a 11 anos
de vida 12 meses de 36 meses de de vida de vida
vida vida

Fonte: Shutterstock. ID: 1680424798. Acesso em: 04/02/23


Atenção à criança na atenção básica
Atividades:
 acompanhamento da saúde da criança;
 imunização;
 prevenção de acidentes na infância;
 prevenção e acompanhamento da criança em
situação de violência.

A equipe é multiprofissional e composta pelos seguintes


profissionais: enfermeiro; médico pediatra; psicólogo;
assistente social; odontologista, entre outros.

Fonte: Shutterstock ID: 2012133743. Acesso em: 04/02/23


Puericultura
Educação e prevenção
em saúde.
A palavra puericultura:
puer: criança
Acompanha a cultura: cuidado, criação.
evolução, as alterações
do crescimento e
desenvolvimento.

Permite avaliar,
acompanhar e detectar
distúrbios.

Fonte: Shutterstock. ID: 1463202677. Acesso em: 04/02/23


Consultas de puericultura

1ª semana
de vida 12º
9º mês
mês

18º e
1º mês 6º mês 24º
meses

A partir do
2º mês 4º mês 2º ano de
vida:
anuais
Reflexos primitivos do neonato e lactente

Tônico Cervical Marcha


Reflexos primitivos do neonato e lactente

Reflexo de Moro Preensão

Reflexo de Babinski
Desenvolvimento motor Motricidade fina
2/3 meses – movimenta a cabeça e gira em De 12 a 24 meses – realiza rabiscos não
direção ao objeto ou alguém intencionais, fazendo pressão no giz de cera
3/4 meses – sustentação completa da De 24 a 36 meses – realiza rabiscos de
cabeça forma intencional, com forma circular e
6/7 – consegue ficar sentado traço vertical

9/10 – tem capacidade de engatinhar De 3 a 4 anos – realiza desenhos disformes,


10/11 – consegue ficar em pé com apoio faz círculos abertos

11/13 – consegue ficar em pé sem apoio e De 4 a 5 anos – realiza desenhos lógicos e


dar os primeiros passos pinta com qualquer cor
18 meses – consegue subir escada
engatinhando e chutar bola
24 meses – consegue correr e subir escada De 5 a 6 anos – realiza desenhos mais
sem apoio completos, figura geométrica e pintura com
3 anos – consegue pular corda com dois pés mais realidade
4 anos – consegue saltar várias vezes no A partir de 6 anos – os desenhos ficam mais
mesmo lugar detalhados, consegue memorizar as figuras
5 anos – adquire equilíbrio na ponta dos das letras do alfabeto
pés, salta obstáculos
Você está no seu estágio na UBS da sua região e recebe
uma mãe com seu filho de 5 anos para avaliação de rotina
e imunização. Ao observar a criança você identifica que ela
está muito ansiosa e demonstra medo e agarra-se na mãe.
Ao verificar a carteirinha de vacina, você observa que
algumas estão atrasadas e você precisará administrar no
mínimo uma vacina.

Como você abordaria essa criança para ganhar a confiança


dela e realizar o procedimento?
O Realidade própria
“mundo”
aos olhos Enxergam o mundo de
da criança modo muito peculiar
Grande imaginação

Intensidade

Espontaneidade

Surpresa e encantamento
pelas descobertas
Fonte: Shutterstock. ID: 512812306. Acesso em: 05/02/23
Abordagem profissional com a criança

Evitar avanços rápidos


ou súbitos, sorrisos
Tempo para se Conversar com os pais
largos, contato visual
sentirem confortáveis antes
prolongado ou gestos
ameaçadores

Fornecer às crianças de
Objetos de transição, Assuma uma posição
mais idade a
como bonecas, que esteja ao nível dos
oportunidade de
bichinhos ou olhos da criança
conversar sem a
marionete
presença dos pais

Fonte: Shutterstock. ID: 761537521. Acesso em: 03/02/23


Abordagem profissional com a criança

Falar claramente
Determinar as
Falar de maneira com palavras
direções e sugestões
calma e confiante. simples e frases
de forma positiva
curtas.

Permitir que
Oferecer uma
expressem suas
escolha apenas
preocupações e
quando existir.
temores

Fonte: Shutterstock. ID: 492916324. Acesso em: 05/02/23


Comunicação e o desenvolvimento da criança

Lactente –comunicação não verbal e as vocalizações para


expressar suas necessidades e sentimentos

Infante e pré-escolar – As crianças com menos de 5 anos são


egocêntricas. Tudo é direto e concreto, são incapazes de
separar o fato da fantasia, interpretam as falas literalmente.

Escolar - Elas querem explicações e motivos para tudo. Para


realizar um procedimento mostre como irá realizá-lo.
Criança
Hospitalização
percebe a
 sofrimento, Experiências Enfermeiro 
internação Procedimentos
distância pregressas e amenizar seus
como punição invasivos e
social dos traumas físicos medos e
e culpa por dolorosos
irmãos e e emocionais ansiedades
suas
família.
travessuras

A criança e a hospitalização
Resolução da situação problema

 Nesta fase as experiências dos outros não interessam


para a criança (5 anos).
 Permita que ela toque e examine os materiais que serão
utilizados no procedimento de forma lúdica e natural.
 Se a criança tiver algum brinquedo especial “converse”
com ele.
 É necessário acessar o mundo da criança para conseguir
a confiança dela para realizar os procedimentos de
forma tranquila.

Fonte: Shutterstock. ID: 1679738956. Acesso em: 04/02/23


Exame físico e
avaliação nutricional
Histórico de Enfermagem
Coleta de dados
• Utiliza-se um instrumento estruturado no qual o profissional
direciona a entrevista e realiza questionamentos-chaves para
embasar o seu raciocínio clínico
• Informações gerais, motivo principal, doença atual e pregressa,
pré-natal, condições do nascimento, nutrição,
desenvolvimento, comportamento e imunização
Exame físico
• Tem como objetivo o levantamento das condições gerais da
criança, físicas e psicológicas, com o intuito de encontrar
informações significativas e que subsidiem a assistência de
enfermagem
• Inspeção estática e dinâmica; ausculta; palpação e percussão
Avaliação nutricional

Antropometria (peso e
estatura), neonatos incluem- IMC = Peso Kg/ Estatura2
se Perímetro Cefálico (PC) e avalia a presença de
nas crianças maiores pode-se sobrepeso, obesidade ou
incluir o índice de massa desnutrição
corpórea (IMC)
Exame físico

Fonte: Shutterstocl. ID:-379214611. Acesso em: 08/02/23


Exame físico
Crânio

Fonte: http://www.santaisabel.com.br/upl/pagina_adicional/Download_-_ENFERMAGEM_NA_SAUDE_DA_CRIANCA_E_DO_ADOLESCENTE-01-
09-2019_19-09-13.pdf . Acesso em: 03/02/23.
Exame físico
Tórax
ausculta respiratória

Fonte: http://www.santaisabel.com.br/upl/pagina_adicional/Download_-_ENFERMAGEM_NA_SAUDE_DA_CRIANCA_E_DO_ADOLESCENTE-01-
09-2019_19-09-13.pdf . Acesso em: 03/02/23
Exame físico
Tórax
ausculta cardíaca

Fonte: http://www.santaisabel.com.br/upl/pagina_adicional/Download_-_ENFERMAGEM_NA_SAUDE_DA_CRIANCA_E_DO_ADOLESCENTE-01-
09-2019_19-09-13.pdf . Acesso em: 05/02/23.
Exame físico
Abdome

1. Hipocôndrio direito
2. Epigástrio
3. Hipocôndrio direito
4. Flanco direito
5. Mesogástrio
6. Flanco direito
7. Fossa ilíaca direita
8. Hipogástrio
9. Fossa ilíaca esquerda

Fonte: http://www.santaisabel.com.br/upl/pagina_adicional/Download_-_ENFERMAGEM_NA_SAUDE_DA_CRIANCA_E_DO_ADOLESCENTE-01-09-2019_19-
09-13.pdf . Acesso em: 03/02/23
Você está fazendo o seu estágio supervisionado na Unidade Básica de
Saúde (UBS) e está acompanhando a consulta de um neonato de 25 dias de
vida. Durante o exame físico você observa que o neonato está letárgico,
com a resposta motora lenta; fontanelas anterior e posterior deprimidas;
ictérico e diurese concentrada e diminuída. Os sinais vitais estão normais,
porém, não está com o ganho ponderal suficiente, está perdendo peso
(perda de 15 g por dia).

Segundo a mãe, o neonato fica pouco tempo no seu peito, mas “mama
bem” e disse que seu leite era “fraco” e que queria dar um leite artificial. O
pediatra que está acompanhando o caso faz o diagnóstico de baixa ingesta
e solicita que você o ajude com as intervenções necessárias para atender às
necessidades deste caso. Você precisa levar em consideração o exame físico
do neonato e as impressões da mãe sobre a qualidade do seu leite.
 Amamentação
 Observar mamada
 Orientação sobre o aleitamento materno
 Realizar acompanhamento antropométrico semanalmente
 Se não houver melhora realizar nova investigação na consulta de enfermagem.

Associação da Implementar
Conhecimento
coleta de dados medidas para
técnico e
com o exame sanar problema
científico
físico diagnosticados
Aleitamento materno
Leite materno:
 fonte de nutrientes,
 hidratação,
 primeiras linhas de defesa imunológica
ao neonato.

O leite é dividido em duas partes, sendo o primeiro o início


da mamada chamado de Anterior (rico em água) e o
segundo leite chama-se Posterior (Rico em nutrientes) =
orientar esvaziar a mama para depois oferecer a outra.
Fonte: Shutterstock. ID: 1774623830. Acesso em: 03/02/23
Enfermagem na
unidade de pediatria
Sinais Vitais na criança
FR (mpm) FC (bpm) T° PA (mmHg)
Neonato 30-60 120-160 36,5-37,5 70x44
Até 3 meses 30-60 80-200 36,5-37,5 75x50
3 meses a 2 anos 30 80-200 36,5-37,5 90x65
2 a 12 anos 25x19 60-110 36,5-37,5 91-105x56-64
12 anos a idade 16-20 50-90 36,5-37,5 112-121x75-80
adulta
Distúrbios respiratórios

IVAS – Infecção das


IVAI - Infecção das
vias aéreas
vias aéreas inferiores
superiores
• Nasofaringite • Bronquite
• Faringite • Bronquiolite
• Amigdalite • Pneumonias
• Otite média (OM) • Asma
• Epiglotite aguda
• Laringite aguda
Distúrbio cardiovasculares
• Cardiopatias congênitas
Distúrbios gastrointestinais
• Desidratação
Constipação
Refluxo gastroesofágico (RGE)
Distúrbios geniturinários
• Infecção do Trato Urinário
Pielonefrite
Síndrome nefrótica
Insuficiência renal
Distúrbios neurológicos
• Traumatismo craniano
• Meningite
• Epilepsia e convulsão febril
• Encefalite
Distúrbios hematológicos
• Anemias

Distúrbios tegumentares

Distúrbios oncológicos
M. A., de 6 anos, é trazido pelos pais ao hospital com
confusão mental, taquicardia e taquipnéia; ao realizar a
glicemia capilar o mesmo apresenta 600 mg/dl e é
diagnosticado com cetoacidose diabética. Após
estabilização do quadro você observa que os pais e a
criança estão assustados com o diagnóstico de DM e
apresentam ansiedade, medo e muitas dúvidas.

Considerando o papel educativo do enfermeiro, como


você ajudaria esta família neste momento?
Resolução da situação problema
 Estabelecer um laço de confiança e sanar dúvidas.

 Explicar o que é o DM (linguagem acessível).

 Demonstrar como e quando aplicar a insulina (rodízio


de locais);

 Orientar sobre a dieta (junto com a equipe


multiprofissional);

 Orientar sobre os sinais e prevenção da hipoglicemia;

 Orientar sobre o acompanhamento médico regular.


Distúrbios endócrinos

Diabetes Mellitus
Hipotireoidismo/
(DM): hipoglicemia
hipertireoidismo
e hiperglicemia

• Risco de glicemia instável (relacionado à deficiência de


insulina)

• Risco de lesão de pele (relacionado à aplicação de


insulina)
Enfermagem na Unidade
de Terapia Intensiva
Pediátrica (UTIP)
UTIP Cuidados de crianças acima de 28 dias

Gravemente enfermas

Equipe multiprofissional

Procedimentos de alta complexidade

Fonte: Shutterstock ID: 168767123. Acesso em: 03/02/23


Cuidados Gerais em UTIP

• SSVV 1/1h ou 2/2h


• Higiene e conforto
• Cuidados com a pele
• Administração de Medicamentos
• Mudança de decúbito
• Aspiração de VAS/COT
• Cuidados com dispositivos

Fonte: Shutterstock. ID: 168767288. Acesso em: 03/02/23


Procedimentos Médicos
• Exame físico do Médico

• Cuidados ventilatórios

• Inserção de cateter venoso central

• Intubação Orotraqueal

• Prescrição de Medicamentos
Procedimentos de Enfermagem

• Sondagem Vesical
• Sondagem Enteral
• Coleta de gasometria arterial
• Supervisionar a equipe habilitada para atender às
demandas
• Atenção com os familiares
• Inserção de cateter venoso central de inserção periférica
• Exame Físico e avaliar alterações
• Disponibilização e preparo dos materiais para
procedimentos

Fonte: Shutterstock. ID: 126692045. Acesso em: 05/02/23


Você está acompanhando o plantão da enfermeira
Lívia na UTIPED e recebe uma criança proveniente do
pronto-socorro pediátrico com desconforto
respiratório, o médico plantonista realiza avaliação
inicial e comunica que será realizado intubação
orotraqueal, a enfermeira Lívia solicita que você a
ajude a realizar os cuidados pré-intubação. Sendo
assim, como você ajudaria a enfermeira Lívia neste
momento?
Assistência de enfermagem na entubação orotraqueal
Pré
• Disponibilizar e preparar os materiais do procedimento.
Testar o funcionamento do laringoscópio, rede de gazes
e sistema de vácuo e o ventilador mecânico. Verificar as
conexões e posicionar a criança.
Durante
• Observar possíveis intercorrências como queda de
saturação e bradicardia.
• Monitorar através do monitor multiparâmetro ou
oxímetro.

Pós
• Checar a fixação do tubo para que não seja deslocado
ou perdido;
• Realizar aspiração se necessário após ausculta pulmonar
e monitorar a saturação de oxigênio.
Fonte: Shutterstock ID: 542509621. Acesso em: 08/02/23
Recapitulando
Puericultura

Comunicação com a criança

Exame físico e avaliação nutricional na criança

Unidade de pediatria e Unidade de Terapia


Intensiva Pediátrica

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