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BrH: Ameaça Paranormal

V 1.0
13 01 2023

Conheça a iniciativa Brasil de Heróis:


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Introdução

No BrH, a Segurança Nacional é feita por diferentes departamentos:

Bombeiros lidam com problemas naturais.


Policiais lidam com crimes.
Militares lidam com ameças internacionais.
Defensores lidam com super ameaças.

De certa forma, defensores servem de apoio aos outros departamentos, ajudando especialmente
contra ameaças de patamar alto (grau super [6] ou maior). Um incêndio que desenvolva um
elemental poderoso pode requisitar um defensor. Um grupo de assaltantes que é apoiado por um
vilão pode fazer com que os policiais convoquem um defensor.

Contudo, existe uma área de segurança que é majoritariamente dos Defensores: a defesa
Paranormal.

O Paranormal é o ‘fora do normal’, e, dentro do BrH, esse termo é especialmente ligado às ameaças
geradas pelo Parafluxo (Primal e Neural). Apesar de, tecnicamente, Criptídeos e Elementais
também serem ‘paranormais’, o termo é mais utilizado para as ameaças ligadas ao neuralismo:
espectros e hecatombes.

Todos os outros departamentos podem lidar com isso, mas a ameaça paranormal tem características
únicas que a tornam muito mais errática e que necessita de usos de poderes bem mais específicos.
Por conta disso, e pela grande liberdade de atuação dos defensores, as ameaças paranormais
costumam ficar mais para eles.

Neste livreto será discutido os detalhes do que compõe a Ameaça Paranormal, como se organiza a
Defesa Paranormal no país, e um relato de eventos paranormais conhecidos.

O que é o Paranormal:

O DAPA – departamento de assuntos paranormais, órgão da segurança nacional que lida com esse
tipo de problema – define a ameaça paranormal como “ameaças oriundas do neurofluxo”. Essa é
uma definição extremamente ampla, e que é descrita em vários pormenores por outras instituições.
Isso porque existem pelo menos 3 grandes ameaças ligadas ao Paranormal: Apariçais, Hecatombes e
Paraterroristas.
Apariçais são os problemas mais comuns. São definidos como “manifestações físicas do
neurofluxo”, funcionando como “elementais psíquicos”. Assim como elementais nascem de
fenômenos climáticos naturais a partir do fluxo de energia primal, os apariçais nascem do fluxo de
energia neural humana. São o “medo vivo”, o “amor vivo”, o “ódio vivo” e por aí vai.

Hecatombes. Apesar do nome rebuscado, Hecatombes nada mais são do que “avatares sombrios”,
avatares que usam seus poderes e seu nume para cometerem crimes.

Paraterrorismo (ou Esoterrorismo). O crime de fomentar apariçais, seja os alimentando para que
fique mais fortes, seja os utilizando para ganhos escusos.

Primalismo vs Neuralismo

Existe muita discussão sobre uma possível conexão entre primalismo e neuralismo. Ambos fazer
parte do parafluxo, mas as teorias contemporâneas apontam que são eventos separados. Porém,
como não são perceptíveis e quantificáveis, é possível que um interfira no outro, ou até mesmo tudo
seja parte de um mesmo fluxo.

Não se sabe se o sofrimento de animais, ou mesmo as forças naturais e climáticas, pode interferir na
geração de efeitos paranormais. Acredita-se que isso seja gerado somente por humanos por conta da
arete. Porém, é uma área contestada dentro da ciência arética.

Até porque, a energia neural humana está intimamente interligada com o reino natural. Um
elemental de fogo surgido de um incêndio poderia nascer do medo humano de incêndios, não? Até
que ponto a energia psíquica terranquea não interfere também na energia primal?

Isso é ainda mais evidente em casos extremos como o Espectro do Covid. O vírus, apesar de
natural, gerou uma quantidade imensa de apariçais. Até onde esses apariçais também não foram
alimentados pela energia primal?

Igualmente, muitos criptídeos parecem demonstrar traços de apariçais, absorvendo o medo das
pessoas e ganhando mais poderes com isso.

Portanto, apesar de tradicionalmente se separar o parafluxo em 2 fontes de energia, é possível que


tanto o primal quanto o neural se influenciem mutuamente.

Conteúdos do livro:

1) Apariçais: um estudo detalhado. Aqui é discutido sobre o que é um Apariçal, quais tipos existem,
e suas características.

2) Hecatombes e Paraterrorismo. Onde se fala sobre o crime de Paraterrorismo, como vilões nutrem
e desenvolvem apariçais, e como funciona o Metaespaço paranormal.

3) Metaespaço Paranormal. Onde se discute sobre o metaespaço e reinos famosos paranormais.

4) Segurança Paranormal. Se fala sobre como é organizada a DAPA e a Ordem Paranormal


5) Bestiário Paranormal. Uma lista de ameaças paranormais divididas por tipos.

1) Apariçais: um estudo detalhado

Apariçais são a manifestação do neurofluxo, emoções e ideias encarnadas na realidade.

Costumam ter uma aparência “desenhada” sobre a realidade. Como se fossem feitos de pintura, ou
carvão, ou renderizados em computador. Eles se dividem em vários tipos. São o a ameaça mais
importante e constante do paranormal.

Geralmente, apariçais não são racionais. É possível que ajam de forma planejada e com intuição
animal, mas raramente possuem inteligência. Em situações excepcionais, os apariçais mais
poderosos são capazes de simular racionalidade de uma maneira robótica, seguindo protocolos
mentais instintivos. Isso só costuma ocorrer com os mais avançados e poderosos apariçais, os
espectros.

Não se sabe porque existem tantos mais espectros negativos. Ditado que fala: “O positivo deve ser
feito de pessoa para pessoa”. Acredita-se que as emoções positivas acabam sendo absorvidas pelo
próprio indivíduo, sendo algo aprazível. Enquanto as negativas são exteriorizadas.

Ainda há muito estudo sobre isso e não há consenso.

1.1 Graus de Apariçais

Apesar de não existir uma nomenclatura oficial aceita por todos, segue abaixo a lista mais
comumente falada. Por simplicidade, a maioria das forças de defesa utilizam a gradação tipológica,
e o nome em parênteses são os que as pessoas costumam chamar de vez em quanto.

Grau 0 (Memeçais). O nível mais fraco de Apariçais são aqueles nascidos de piadas e zoeiras
momentâneas, sendo um tipo relativamente novo, os Memeçais. De maneira simples, memeçais
nascem de tendências cômicas, e a zoeira coletiva de uma população se manifesta nesses “memes
vivos”. Na maioria das vezes são inofensivos, mas acabam causando problemas quando pessoas não
percebem que é “apenas um memeçal”, tomando medidas de combate contra a coisa.

Grau 1 (Gremlins, goblins). Equivalente ao patamar Proto de Aprendizes. São tão fortes quanto
crianças e adolescente ainda destreinados no uso de arquétipos. Nascem do sofrimento geral
humano e sua insatisfação com a vida. Costumam tomar a forma de pequenas manchas humanoides
obscuras, como com olhos e dentes cruéis. Muito frágeis, normalmente atuam em bandos surgindo
de fendas dimensionais para causar pequenos problemas.

Grau 2 (Hobgoblins ou Orcs). Equivalentes ao patamar Extra de Operativos. São apariçais tão fortes
quanto adultos treinados. Nascem de emoções fortes direcionadas a indivíduos, como paixão por
uma celebridade, um ódio nacional contra outro país. Costumam ter poderes relacionados com a
fonte emocional de seu nascimento, e procuram se alimentar do mesmo tipo de emoção, procurando
concentrações dessa emoção e atacando.

Grau 3 (Ogros). Equivalentes ao patamar Super de Arautos. Apariçais tão fortes quanto heróis
técnicos e forças de defesa comum. Nascem de emoções fortes normalmente ligadas a fenômenos
traumáticos e tragédias. Toda cidade costuma gerar pelo menos um ogro por mês, por conta da
acumulação de sofrimento.

Grau 4 (Trolls). Equivalentes ao patamar Hiper de Arcontes. Apariçais tão fortes quanto defensores
profissionais. Costumam estar ligados a espectros e emoções geradas por grandes fontes de
sofrimento. Difíceis de serem destruídos, acabam se tornando ‘lendas urbanas’, e problemas
recorrentes. Trolls costumam atacar a cada conjunto de meses.

Grau 5 (Espectros). Equivalentes ao patamar Mega ou maior de Exarcas. Muitas pessoas no


cotidiano, erroneamente, chamam todos os apariçais de espectros. Mas de fato esse termo só é
aplicado aos mais poderosos e perigosos dentre os apariçais. Espectros são a manifestação de
grandes emoções e sofrimentos, e costumam ter uma influência mais oculta e velada, gerando e
fortalecendo outros apariçais.

De maneira geral, os apariçais de grau 1 a 4 são chamados de Horda. Os Espectros, por sua vez, são
tratados à parte. Ambos os tipos serão explicados melhor em seus capítulos próprios.

1.2 Classificação Paranormal

Compreender os apariçais é compreender as emoções, medos e sofrimentos humanos. A todo


momento, cada terranqueo gera um fluxo constante de energia que se acumula com o de outras
pessoas. Essa energia deriva de todas as suas experiências e, o somatório de todo esse fluxo,
compõe o neurofluxo.

Apariçais são os ‘elementais’ da mente humana, nascidos desse coletivo energético. Por isso, é
importante compreender as principais fontes emocionais humanas e os tipos de apariçais gerados
por elas.

1.2.1 Espíritos e Mortos Vivos:

São os apariçais nascidos das emoções ligadas com a morte e a mortalidade humana. O medo da
morte e a experiência humana com a morte possui diversas facetas a depender da cultura. Porém,
alguns critérios se mostram mais ou menos comuns em vários locais do mundo.

Zumbis: Talvez o tipo mais comum de apariçal da morte, Zumbis geralmente se manifestam na
imagem de cadáveres ambulantes em estado de decomposição. A gigantesca maioria dos zumbis são
criaturas neuronais, feitos puramente de energia que toma a forma de um cadáver. Porém, alguns
zumbis de fato são corpos ‘reanimados’ pelo neuralismo. Estes, mais raros, costumam emular os
poderes do corpo reanimado, e costumam receber o nome de Ressurgidos.

Fantasmas e Assombrações: Outro tipo comum, especialmente no continente asiático, Fantasmas e


Assombrações tomam a forma de “corpos fantasmagóricos”, meio transparentes. São muito difíceis
de se confrontar, muitas vezes necessitando descobrir a âncora, isto é, a fonte de energia que está
gerando a manifestação na realidade.

Espíritos e vida após a morte: é muito importante salientar que, no BrH, não existe comprovação de
vida após a morte, da mesma forma que em nosso mundo. A existência de fenômenos paranormais
não indica a comprovação do sobrenatural, que seria, de fato, coisas além da realidade. Os
fantasmas, zumbis e outros desmortos são manifestações do neurofluxo. É possível que existam
fantasmas de verdade, vindo do espírito de alguém que tenha morrido. Mas isso nunca foi provado,
mesmo que muita gente jure cegamente que realmente viu um.

1.2.2 Fadas e o mundo místico

No início da humanidade, as fadas ocuparam o local do místico e desconhecido. A maioria dos


apariçais, portanto, acabava derivando dos medos dessas criaturas invisíveis. Inclusive eram tão
comuns que a nomenclatura moderna deriva exatamente desse lado mais místico (goblins, orcs,
ogros e trolls).

Hoje em dia não são tão comuns assim, apesar de que a prevalência do gênero de fantasia tem ainda
gerado bastante dessas criaturas místicas como apariçais no mundo.

Fadas, Alomorfos, e Criptídeos: Aí vem um questionamento. Qual a diferença entre, por exemplo,
uma ninfa fada apariçal, uma ninfa que é uma pessoa alomorfa? A resposta é que alomorfos são
pessoas, com corpos e arete, enquanto apariçais são apenas manifestações do neurofluxo, sem arete
e sem aura.

Talvez muitos dos povos lendários que hoje são alomorfos – elfos, gnomos, humanoides com traços
de animais – tenham sido pessoas que tiveram seu corpo modificado pelo neurofluxo e passado essa
mudança aos filhos. Ou, talvez, foram povos que já existiam, e o medo gerado contra eles tenha
criado as fadas apariçais.

O importante é perceber que a diferença é bastante clara. Alomorfos possuem aura e arete, então é
muito fácil identificar quando se está lidando com um apariçal. Mesmo assim, algumas pessoas
acabam confundindo, às vezes por ignorância.

1.2.3 Anjos e Demônios: Divino e Profano

Uma das fontes maiores de apariçais no passado mas que ainda persiste até hoje advém das religiões
e da fé. Anjos e Demônios figuram profundamente no coletivo da psique humana.

Anjos e agentes da ordem: Muitos dos apariçais com forma angelical não necessariamente irão fazer
o “bem”, mas podem simplesmente agir de acordo com uma ordem. Como a maioria dos apariçais
que existem nascem de emoções pesadas e negativas, anjos também costumam ser assim,
funcionando mais como “anjos da morte” ou “anjos da justiça”. Mesmo assim, de forma geral, anjos
apariçais são muito raros.

Demônios e agentes do mal: assim como anjos apariçais não vão necessariamente fazer o bem,
demônios não vão fazer o mal. Porém, em sua gigantesca maioria das vezes, apariçais demoníacos
acontecem em situações para espalhar medo e terror.

Prova de fé: da mesma maneira como fantasmas não comprovam a existência de vida após a morte,
anjos e demônios apariçais não comprovam a veracidade de uma religião, apesar de muitos
tentarem dizer que sim.

1.2.4 Alienígenas e o medo do desconhecido


O medo de alienígenas extraterrestres explodiu a partir dos anos 40, e é uma das mitologias
modernas mais conversadas. Dentre os vários tipos de aliens, os apariçais mais comuns são:

Reptilianos: formas avançadas de super dinossauros do passado, capazes de mudar a aparência e


vivendo ocultos entre nós.

Marcianos: pequenos, cabeçudos e verdes, os marcianos estão entre os aliens mais clássicos da
ficção e um dos primeiros a serem fontes de apariçais.

Grey: Os famosos aliens cinzas de Roswell, com poderes psíquicos e atravessando o espaço em
discos voadores.

Antediluvianos: a ideia de civilizações humanas avançadas que existiram antes do dilúvio bíblico e
que com sua tecnologia foram para o espaço ou outras dimensões.

Cthulhianos: Um grupo recente de alienígenas, os Cthulhianos nascem dos relatos do autor


Lovecraft sobre entidades alienígenas cujo mero vislumbre faria uma pessoa enlouquecer. Por conta
de sua cada vez mais crescente popularidade na internet, o aparecimento de Cthulhianos têm se
tornado mais e mais comum.

Aliens de verdade: assim como com fantasmas, a existência dos aliens apariçais não comprova a
existência de fato de aliens.

1.2.5 Papões e Carrascos: encarnações do sofrimento e a dor do dia a dia

De longe, o tipo cada vez mais comum de apariçais são aqueles nascidos do sofrimento cotidiano.
Chamados de Papões (quando direcionados a crianças), ou Carrascos (em linguagem mais adulta).
No passado, quando o sofrimento humano era direcionado a forças invisíveis, a ameaça de
Demônios, Fadas e Desmortos era mais comum. Hoje em dia, num mundo cada vez menos
fantasioso, e mais tecnocrático, os apariçais vêm tomando formas mais abstratas ou mais mundanas.

Criminoso sem face: A imagem hoje em dia comum da “pessoa com o rosto coberto por um pano
carregando armas” se tornou um dos apariçais mais comuns dentro do ambiente urbano.

Homem de preto: Um homem de terno, parecendo um agente especial, aparecendo para silenciar
indivíduos. São raros hoje em dia, e costumam estar ligados a espectros ou outros apariçais
poderosos, funcionando como comandantes.

Disformes: Hoje em dia o mais comum dos carrascos, disformes são os monstros modernos.
Podemos ver muito desses medos expressos nas creepypastas, como o Slenderman, Jack, Zalgo
entre tantos outros. Disformes se apresentam como humanoides mutilados, estranhos, e apresentam
poderes variados.

1.3 Hordas: Apariçais de graus 1 a 4

Após compreender a classificação de vários tipos de apariçais, vamos comentar sobre como
funcionam. Primeiro, falaremos das Hordas, os apariçais que compõe os graus de 1 a 4.
No geral, Hordas nascem do próprio parafluxo de forma constante. Os graus mais baixos são
gerados da pura cacofonia psíquica humana e de seus sofrimentos diários. Contudo, todos os
apariçais podem crescer e se desenvolver.

Quanto mais energia absorvem, e quanto mais tempo permanecem existindo, mais fortes vão
ficando, crescendo de grau de poder até alcançarem o grau 4. É possível surgir apariçais de graus
alto sem precisarem avançar desde os graus mais baixos. Contudo, é muito raro algum apariçal de
horda avançar para grau 5, isto é, tornar-se um espectro.

Normalmente, Espectros nascem a partir de grandes eventos traumáticos, ou simplesmente surgem


de sementes de espectro, energias negativas que vão acumulando até que brotam num espectro
completo. E espectros são capazes de gerar apariçais de vários graus sem necessitar de nutrição.

Apariçais Grau 1: Os mais fracos dos apariçais que causam ameaças. Normalmente são pequenos e
obscuros, mas sua forma e aparência vai depender de sua classificação e a origem das emoções que
os alimentam. Costumam se reunir em bandos e avançar pela noite, absorvendo energia das pessoas
enquanto dormem, ficando do lado de fora de janelas e paredes, às vezes conseguindo absorver
estando no topo de casas e prédios. Muitas empresas oferecem serviços de ‘limpeza’ de apariçais.
Por serem tão fracos, não é necessário um patamar de poder alto para se livrar deles.

Apariçais grau 2: Estes apariçais surgem a partir da fusão de diversos de Grau 1, após estes se
alimentarem de bastante sofrimento ou energia negativa. Perigosos, sendo ameaças mesmo para
adultos, costumam criar um covil dentro do metaespaço. Costumam causar problemas, vandalismo,
destruição de propriedade e ataques noturnos. Não tendem a causar danos severos, apenas
espancando ou aterrorizando os alvos. Após várias raides assim, podem avançar para próximo grau.

Apariçais grau 3: Apariçais de grande periculosidade. Nesse estágio costumam desenvolver poderes
variados, além da capacidade de absorver energia negativa de um quarteirão inteiro e interferir nas
pessoas. Neste grau, os apariçais por vezes chegam a causar danos permanentes em indivíduos, ou
até a morte. Somente grandes emoções negativas os alimentam para alcançar o próximo estágio.

Apariçais Grau 4: O nível máximo normal que um apariçal pode chegar. Nesse estágio, eles são
uma ameaça para defensores profissionais, até mesmo para times inteiros. Possuem seus próprios
covis no metaespaço, às vezes até reinos independentes alimentados pelo sofrimento de bairros de
uma cidade. São capazes de gerar apariçais de grau mais baixo para espionar e procurar novas
fontes de alimento. Gostam de arrastar presas para seus reinos de pesadelo onde as machuca
lentamente, não necessariamente as matando.

1.4 Espectros: Sementes do Sofrimento

1.4.1 Poderes de Espectros

Agora vamos falar do topo dos Apariçais, os espectros. Existe uma semelhança enorme entre
Espectros e Hecatombes. Enquanto estes últimos são humanos que canalizam o neurofluxo, os
espectros são a própria manifestação viva da energia neural. Assim, Espectros são Numes vivos, a
manifestação avatar que age independente.

Por conta disso, Espectros possuem todos os poderes de avatares, mas com alguns detalhes e
variações.
Domínio e Influência: Uma das principais formas de atuação do Espectro é sua Influência, a
capacidade de manipular as emoções e pensamentos de toda uma população. O nível de alcance da
influência do espectro varia com seu nível de poder, mas geralmente mesmo os menores dos
espectros afetam a cidade ou região em que nasceram. Essa influência é sutil, podendo se
manifestar com sonhos, pensamentos frequentes, irritações. Um espectro da Ansiedade pode fazer
com que as pessoas percam o sono, se atrasem para compromissos, ou não consigam focar em seus
trabalhos. Um Espectro da Parada Cardíaca pode influenciar no aumento de problemas de coração
na população, enfraquecendo o órgão das pessoas da cidade.

Investidura: Espectros, assim como Avatares e Hecatombes, podem conferir poderes a aliados.
Normalmente utilizam isso para criar uma quantidade imensa de apariçais de graus menores.
Porém, é possível que um espectro confira poderes a humanos. Muitos vilões gostam de selar e
utilizar espectros como fontes de poder – veja mais sobre isso na seção de Paraterrorismo.

Manifestação: Diferente de Avatares e Hecatombes, Espectros raramente possuem uma


manifestação “forte”. Isto é, eles não são grandes combatentes por si sós. Inclusive, a maioria dos
espectros não consegue se manifestar no plano material, só dentro do metaespaço, especialmente
em seu reino.

Reino: Todos os espectros possuem um reino, diferente de avatares que, apesar de ser comum, nem
sempre possuem um reino dimensional. Isso é particularmente importante, pois espectros raramente
se manifestam na realidade. De fato, um espectro só pode ser destruído caso derrotado em seu
Reino. Porém, fazer isso é absurdamente difícil. Não só os poderes e aliados do Espectro são
fortalecidos em seu reino, como o próprio espectro é capaz de manifestar dentro dele.

1.4.2 Graus de Espectro:

Apesar de serem o topo dos apariçais, existem ainda graus entre os espectros. Eles se dividem entre
espectros menores, maiores e supremos.

Espectros menores:

A maioria dos espectros que existem são assim. Espectros menores nascem de grandes eventos de
sofrimento dentro de uma região, ou então são manifestações pequenas de um espectro maior. Por
exemplo, uma cidade que tenha sido vítima de uma grande chacina pode gerar um espectro que
carrega a dor e sofrimento dessas pessoas. Outro exemplo comum de espectro menor são as diversas
facetas de um fenômeno geral. O espectro da Dor poderia se dividir em diversos tipos de dores. O
espectro da morte poderia se dividir entre morte cardíaca, morte por acidente, morte em combate
etc.

A caça a espectros menores costuma ser um dos trabalhos centrais da maioria dos defensores
paranormais, na tentativa de eliminá-los, ou, pelo menos, reduzir sua influência. Como regra geral,
o DAPA estima que exista pelo menos 1 espectro menor ativo para cada 1 milhão de pessoas. Uma
cidade como São Paulo poderia ter mais de 10 espectros menores ativos, fora diversos espectros
menores que estejam escondidos ou enfraquecidos, porém existindo.

Espectros maiores:

São os progenitores da maioria dos espectros menores. Os Maiores costumam nascer de grandes
ideologias que guiam a humanidade, algo que direciona o pensamento consciente de muitas
pessoas. Ou então nascem de aflições psíquicas que afetam a humanidade – como ansiedade,
manias e depressão.

Espectros Maiores são muito diferentes dos menores, pois eles não são ‘derrotáveis’. Eles não
possuem apenas uma manifestação, nem se encontram em um único reino dimensional, mas sim em
vários. Para destruir um espectro desse tipo é necessário mudar o neurofluxo, alterar todo o
paradigma de ideias e emoções da humanidade que alimenta este espectro. Na maioria, isso é
impossível.

É importante notar que os espectros maiores colecionam todas as emoções ligadas a determinado
paradigma, incluindo o sofrimento das pessoas que viveram e morreram nesses moldes de
pensamento.

Abaixo alguns exemplos importantes de espectros maiores.

Espectro da Depressão: Um dos mais poderosos espectros da modernidade, e também um dos mais
violentos e ativos. Capaz de invadir a mente de bilhões de humanos e influenciar para que tirem as
próprias vidas. A maior expressão de seu poder é com a ameaça de classe ultra, o Suicide Angel
(Anjo Suicídio). Isso ocorre normalmente quando uma pessoa sofre uma perda horrenda e acaba
tendo sua arete destruída pelo sofrimento, sendo possuída pelo Espectro da Depressão e levada a um
último ato de destruição absoluta, um suicídio que leva à morte de diversas outras pessoas. Suicide
Angel é um fenômeno cada vez mais comum, e mais temido.

Espectro da Pax Romana: Um espectro ancestral que não mais existe, era o espectro que
representava a dominação e a guerra dos Romanos. Em última instância, após séculos de batalhas, a
sede por sangue infectou os próprios governantes romanos, e foi um dos vários fatores que
contribuíram para a queda de Roma.

Espectro da Peste Bubônica: Um dos espectros de Pestilência mais poderosos que já existiu, o
Espectro Bubônico nasceu do medo, dor e mortes causados pela Peste na Europa. Hoje já se
encontra majoritariamente extinto por conta do avanço da medicina, mas seu medo é tão poderoso
que de vez em quando espectros menores surgem ligados ao espectro maior como um reflexo geral
do medo por doenças.

Espectro do Covid: Um dos mais novos espectros maiores, o Espectro do Covid representa não só a
pandemia do coronavírus, mas também o medo e sofrimento acumulados pela doença. Após 2022,
seu poder declinou bastante, mas a continuidade da doença por tempo indeterminado fará com que o
espectro persista por um bom tempo.

Espectro do Comunismo: Um espectro poderoso, atualmente alimentado mais para gerar resistência
às mudanças sistêmicas e políticas da humanidade. Apesar de pouquíssimos locais estarem sob o
regime comunista, esse é um espectro maior pelo medo global de que o comunismo avance como
modelo. Mesmo assim, é um dos espectros mais fracos dentre os maiores, sendo eclipsado pelos
outros espectros de paradigma.

Espectro do Nazismo:

Espectro da Religião: Apesar de cada uma das religiões maiores possuir um espectro particular
(Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, Hinduísmo etc.), e alguns desses espectros serem também
espectros maiores, todos estes espectros se filiam ao Espectro da Religião. Este é o espectro ligado
ao paradigma da fé, todo o medo e o sofrimento causado em nome e pela fé. Apesar da era científica
em que vivemos, o Espectro da Religião tem ficado cada vez mais forte. Ele atua gerando um
ímpeto fanático nos indivíduos e conferindo poderes por epifania e ruptura para potenciais alvos
que irão se sacrificar numa ‘guerra santa’.

Espectro do Capitalismo: Atualmente, o maior e mais poderoso espectro manifesto no mundo.


Grande parte de seu poder e capacidade destrutiva vêm da crise do sistema econômico global.
Quase o mundo inteiro se encontra dentro do sistema capitalista, gerando uma acumulação
inacreditável de sofrimento. Esse espectro atua principalmente incentivando ações de acumulação
de recursos e incremento do individualismo exacerbado. Sua presença é tão absoluta que as pessoas
nem percebem sua existência, o considerando já “parte da natureza humana”. Inclusive, muitos
postulam que é mais fácil a humanidade se autodestruir antes de destruir o espectro do capitalismo.

Espectro do Apocalipse Climático: Definitivamente, o mais poderoso espectro que existe, mas ainda
não manifesto. Seu poder se soma também por ser um reflexo dos Cataclismos – os Elementais
Maiores que ameaçam destruir a humanidade. Por conta da interferência humana no clima, o
planeta vem sofrendo mudanças terríveis que, se não forem revertidas, ocasionarão no fim da
humanidade. A maneira de reverter o quadro seria com redução da produção em escala global e
mudança nos parâmetros de consumo. Porém, isso vai contra o Espectro do Capitalismo. Desse
modo, temos dois Espectros Maiores agindo em conjunto.. A que tudo indica, a humanidade não irá
sobreviver. Mas quem sabe?

Espectros Supremos:

O nível mais alto, e potencialmente apenas teórico, é o dos Espectros Supremos. Enquanto os
Maiores são grandes pensamentos racionais das populações, ou os pensamentos e sofrimentos
irracionais de diversas pessoas, os Supremos são emoções e medos universais. Todas as pessoas, em
menor ou maior grau, sentem e sofrem com os espectros Supremos.

Eles representam emoções e medos inerentes à psique humana e, portanto, são impossíveis de
destruir, a menos que toda a humanidade seja destruída ou transformada. Espectros supremos
incluem os medos primais, como o medo da Morte e do Escuro. Também representam os desejos
básicos humanos, como a Socialização e Expressão.

Em teoria, é possível derrotar espectros supremos caso a humanidade deixe de ser humana. Afinal,
mudando a própria natureza humana se mudaria também o neurofluxo e a alimentação do espectro.
Assim, se a humanidade deixar de ser humanidade, os espectros supremos deixam de existir.

2) Hecatombes e Paraterrorismo: vilões e o paranormal

Vamos falar agora do elemento humano no paranormal: os Hecatombes e os Paraterroristas.

2.1 Hecatombes resumidamente

Não há muito o que falar de diferente sobre Hecatombes que não se aplique a Avatares. Eles são
pessoas que conseguem manifestar um Nume, a expressão de uma ideia ou emoção do neurofluxo.
Talvez a maior diferença entre Hecatombes dos avatares é sua convivência com apariçais e possível
contato com espectros.
Enquanto avatares normais, de maneira geral, por serem defensores e atuarem buscando melhorar a
sociedade, confrontam apariaçais, os Hecatombes costumam utilizá-los para seus próprios fins. Isso,
por vezes, acaba a conferir Hecatombes mais poder.

Deixando isso de lado, Hecatombes funcionam como avatares. E um detalhe curioso é que, caso
cutuquem demais espectros que opõem seu nume, podem ser atacados. Já existiu casos de
Hecatombes serem consumidos por Espectros.

2.2 Paraterrorismo

Paraterrorismo é, segundo a DAPA (departamento de assuntos paranormais), o crime de “fomentar,


nutrir, alimentar ou utilizar elementos paranormais, especialmente apariçais”. Assim,
resumidamente, o paraterrorismo é quando alguém ativamente tenta criar ou alimentar apariçais
para fins escusos. E isso é mais comum do que muitas pessoas pensam.

Diferente do que se pensa no senso comum, apariçais não são entidades geralmente agressivas. Eles
costumam agir conforme seus instintos básicos, e se alimentam da energia neural. Se você não for
agressivo contra um apariçal, mesmo os de grau mais alto, e ele não quiser se alimentar de sua
energia psíquica, é bem provável que ele simplesmente vá te ignorar.

Portanto, é possível “conviver” ao lado de apariçais sem grandes problemas, desde que você não se
incomode em ver as criaturas se alimentando do sofrimento humano. E é isso que muitos vilões
fazem. Enquanto Defensores ativamente confrontam apariçais que encontram, pois caso se recusem
a fazer isso estarão alimentando o problema para que se torne maior no futuro, vilões utilizam
apariçais para diversos fins.

Serviçais: Apariçais dão ótimos serviçais, especialmente se o vilão desenvolver poderes de controle
emocional e ser capaz de ‘direcionar’ as criaturas como monstros contra seu inimigo. Além disso,
por serem entidades de neurofluxo é relativamente simples ‘guardá-los’ em bolsões. É possível
encontrar um vilão solitário que, subitamente, abre um bolsão dimensional e despeja dele uma
legião de apariçais que ele domesticou. O vilão apenas deve tomar cuidado para maquiar e ocultar
suas emoções (normalmente usando poderes de camuflagem mental) para que os apariçais só
enxerguem os heróis como alvo.

Chaves dimensionais: Apariçais são ótimas indicações de fendas dimensionais. Assim, possuir
contato ou conhecimento de apariçais ativos é uma informação importante para um vilão,
permitindo que ele consiga ter rotas de fuga. Além disso, seguindo apariçais dentro do metaespaço é
mais seguro do que andar a esmo, sendo possível despistar perseguidores. Por fim, a presença de
apariçais mais fortes, de grau 3 ou mais alto, pode indicar a existência de reinos dimensionais.
Muitos vilões usam tais reinos de apariçais como covis. Desde que tomem as medidas de precaução
para não serem alvos dos apariçais, eles ganham covis permanentes e com guarda-costas.

Espectros e pactos: A relação com espectros é diferente da com apariçais normais. Vilões, mesmo os
mais ousados, andam com cuidado quando se dirigem a espectros. Via de regra, vilões evitam
fortemente conviver com espectros, não ousando criar covis em seus reinos. Nunca é possível se
camuflar completamente deles, então a qualquer momento eles podem interpretá-lo como alimento
ou intruso. Porém, Espectros são uma fonte importantíssima de recurso. É possível, apesar de
difícil, criar um contato com o Espectro e então gerar Pactos. O Espectro confere poderes, a partir
de Investidura, ao vilão, em troca de serviços. Alguns são sofrimento específico no alvo (perda da
visão de um olho, por exemplo), às vezes pode ser o sofrimento causado a outros. É desses pactos
com espectro que surgiram muitas das lendas de pactos com demônios.
Selamento de Espectros: Perigosíssimo, mas é possível selar espectros, os prendendo em um
determinado objeto ou lugar. O espectro aprisionado se torna uma fonte imensa de energia, por
vezes criando artefatos. Porém, se o selo falhar, é comum o espectro sair com imensa fúria e
quantidade de energia, normalmente destruindo quem o selou.

Criação de espectros através de campanhas de Desinformação e Terror: O último grande tipo de


paraterrorismo é a criação de espectros. A pessoa comum sempre imagina que os vilões que
cometem paraterrorismo para criar espectros fazem isso cometendo assassinatos em massa. Porém,
na prática, isso raramente acontece. A maneira mais fácil de se criar espectros, e hoje em dia mais
comum, é com as Campanhas de Desinformação e Terror. Pode até parecer mentira, mas isso
acontece principalmente com as diversas notícias falsas espalhadas pelas redes digitais.

Um espectro, para nascer, só precisa estar ligado a emoções e ideias fortes dentro do neurofluxo
humano. Então, se for possível criar um medo ou pensamento extremo sobre determinado assunto, é
possível nascer um espectro disso.

3) Metaespaço Paranormal

O Metaespaço é muito importante de ser estudado e compreendido quando se lida com o


paranormal. As dimensões paralelas servem de refúgio, criadouro e base para diversos apariçais,
hecatombes e vilões que cometem paraterrorismo. Portanto, faz parte do dia a dia de defensores
paranormais compreender e lidar com o metaespaço.

Apariçais e afinidade com o metaespaço: Um dos pontos mais importantes é compreender que
quase todos os apariçais tem uma ligação fácil com o metaespaço, muitos sendo capazes de abrir
fendas dimensionais para escapar para o Limiar. É importante agir rápido e impedi-los de escapar,
ou, caso escapem, tentar alcançá-los antes que desçam muito fundo dentro do metaespaço e
escapando entre as dimensões.

A inconstância do Paranormal: Uma das coisas mais perigosas com metaespaços paranormais é o
fato de que nele oscila bastante efeito primal e efeito caos, podendo enfraquecer os poderes dos
defensores, ou mesmo torná-los descontrolados. É sempre preciso ter muito cuidado.

Covis e ninhos: O mais simples e comum dos metaespaços são covis e ninhos temporários,
pequenos bolsões onde apariçais se reúnem. Alguns ficam encubando nesses covis, absorvendo
energia negativa para aumentarem seu poder.

Reinos de apariçais: Não é muito comum, mas apariçais de grau alto, 3 ou 4, podem ter Reinos que,
diferente de bolsões de ninho, são mais permanentes. Os Reinos apariçais costumam refletir as
emoções e sofrimentos representados pelo apariçal. Um que seja mais ligado à dor física e sangue
pode ser como um corredor de hospital com quartos sombrios. Esses reinos não são muito estáveis,
e caso o apariçal seja destruído, vai desaparecer em algumas horas.

Reinos Espectrais: Os reinos paranormais que servem de fonte para os espectros. Extremamente
perigosos pois são locais de poder onde o espectro pode se manifestar. Reinos espectrais costumam
ser grandes, pelo menos do tamanho de prédios, podendo ocupar áreas como um quarteirão. Um
espectro é capaz de modificar seu Reino, alterando o relevo e convocando aliados para lutar por si.
Reinos Pesadelo: O nível máximo dos reinos paranormais são os reinos de pesadelo. Eles são locais
no metaespaço que representam medos, e não são ligados a um espectro, mas sim a vários. Reinos
de pesadelo existem em diversos locais, com inúmeras versões, podendo ser visitado por várias
fendas e por diversas pessoas. Muitos atravessam nações, alcançando escala global.

Segue abaixo alguns reinos pesadelo famosos:

O Inferno de Dante: Um dos mais conhecidos e famosos reinos pesadelo foi o narrado por Dante em
sua Divina Comédia. Esse reino foi extremamente ativo e importante durante quase todo o período
medieval e renascentista. Porém, na modernidade ele enfraqueceu bastante, dando lugar a outros.

Mu, Sheol e Hades, os Reinos de Sombras: Um dos tipos de reinos pesadelo mais comuns são os de
sombra. Grandes extensões de escuridão. Geram uma sensação terrível de perseguição e solidão.

As Catacumbas do Mundo: Um reino pesadelo que representa o medo de cavernas, locais apertados
e soterramento. Uma extensão de túneis e catacumbas que descem infinitamente.

Ruínas Decadentes: O medo das cidades destruídas, as Ruínas Decadentes são uma extensão infinita
de construções destruídas, as ruínas de toda a civilização humana.

Backrooms: Um conjunto estranho de quartos que aparecem sucessivamente; a cada porta que se
abre, um novo conjunto de quartos surge. Estes quartos são variados, alguns não tão agressivos
quanto outros.

Setealém: O mais famoso reino pesadelo da América Latina, o Setealém é uma versão macabra do
nosso mundo, repleto de monstruosidades e apariçais ao estilo de Disformes. O Setealém é um local
terrível pois costuma puxar pessoas sem que elas percebam, em fendas sutis no mundo material.
Muitas pessoas vão parar no Setealém às vezes por consciência pesada, sentimento de culpa, ou
mesmo maldição de terceiros. O Setealém costuma ter dois estágios, um primeiro que é composto
por uma névoa obscura numa cidade tenebrosa e repleta de pessoas macabras e horrendas; o outro, a
versão infernal, é tomado por vermelho, sangue, e proliferação de apariçais poderosos.

4) Segurança Paranormal

Já falamos sobre a ameaça paranormal. Agora discutiremos sobre como atuam as forças de
segurança para lidar com essa ameaça.

DAPA e OPAD. O Departamento de Assuntos Paranormais (DAPA) é o órgão governamental que


lida com a ameaça desse tipo. A ele se une a OPAD – Ordem Paranormal de Defensores – que é
constituída por agências privadas. A OPAD está subordinada à DAPA, mas ambas possuem
independência de ação.

Casos Paranormais: Tudo começa com o relato de casos paranormais. Avistamentos de apariçais,
medições de energia psíquica etc. A partir de um evento ou caso Paranormal, tanto a DAPA quanto a
OPAD podem gerar um ofício de requisição de defensores. Daí, os defensores da área afetada
podem ir para a investigação da situação.

Investigação: Uma das partes cruciais do combate paranormal é a investigação. Fazer um


levantamento das testemunhas do evento paranormal, buscar rastros das aparições, fazer medições
do metaespaço etc.
Contenção: Após o momento inicial de investigação, a próxima etapa é contenção. Busca-se cercar
as áreas de efeito paranormal, e caçar apariçais que estejam causando problemas.

Exploração: Depois da contenção, vem a etapa de exploração, onde se tenta descobrir se existem
fontes paranormais no metaespaço próximo. O objetivo é tentar encontrar ninhos onde novos
apariçais vão surgir, ou então achar o covil de apariçais mais poderosos que tenham fugido da etapa
de contenção.

Extermínio: A última etapa, ligada ao confronto final contra apariçais de alto grau que estejam
escondidos em reinos. Estas ações costumam ser feitas apenas após permissão direta dos quarteis de
polícia, muitas vezes sendo auxiliadas com um batalhão policial, ou então com um grupo de
defensores. Invadir o reino de um apariçal é sempre uma ação perigosa.

Extermínio de espectros: A mais difícil de todas as empreitadas, o extermínio de espectros


raramente é feito assim que se encontra um. O procedimento padrão contra espectros é o
enfraquecimento deles fazendo diversas incursões contra bolsões próximos, atacando os apariçais
gerados pelo espectro, lentamente minando suas forças. Somente depois que o espectro for
enfraquecido é que se tenta invadir seu reino para eliminá-lo.

Reduzindo alcance de Reinos de Pesadelo: Os grandes reinos de pesadelo estão sempre avançando.
Alguns se tornam tão grandes e poderosos que são capazes de puxar pessoas para dentro de si, como
o Setealém. Um trabalho importante dos defensores paranormais é fazer incursões contra esses
reinos e destruir parte deles para impedir que avancem. Isso é feito normalmente destruindo um
apariçal importante que sustenta esse avanço, o “chefão” da área, por assim dizer.

Caçando Paraterroristas: Uma das ações mais delicadas dos defensores paranormais é a caça de
paraterroristas. Diferente dos apariçais que agem instintivamente, paraterroristas planejam
meticulosamente suas ações. A caça a paraterroristas pode ser muito mais trabalhosa, pois é
importante descobrir qual tipo de medo ou emoção eles estão buscando causar numa população para
criar determinados apariçais. É possível que um grupo de paraterroristas aja como um culto
religioso, fomentando o fanatismo e o medo. Outro pode agir como se fossem seminários de auto-
ajuda, criando uma sensação falsa de alívio emocional mas que, de fato, gera dependência e
insegurança que alimentam a criação de espectros.

5) Bestiário Paranormal

Para terminar, segue uma lista de entidades paranormais mais comuns, divididas por suas classes.

Desmortos

Zumbis
Potencial: Base/Extra (3/5)
Poderes: Força, Resistência, Imunidade: efeitos mentais.

Um dos mais fracos tipos de apariçais, zumbis surgem da manifestação do medo da morte e da
mortalidade. Infelizmente, a existência de um zumbi costuma indicar que logos vários surgirão.

Ressurgidos
Potencial: Proto/Hiper (4/7)
Poderes: Variados.

A versão mais ‘poderosa’ de Zumbis. Ressurgidos são cadáveres de pessoas que são ‘reanimados’
pelo neurofluxo. Muitas vezes essas pessoas canalizam poderes que tinham quando vivas. São
muito raros, e alguns podem ser extremamente poderosos.

Assombrações
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Morfolismo (Intangibilidade); Dreno de Energia; Aura de decadência: envelhecimento.

Poltergeists
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Telecinese; Rajada Mental; Morfolismo (intangibilidade); Controle Mental: Possessão.

Místicos

Goblins e Gremlins
Potencial: Base/Proto (3/5)
Poderes: Reflexos, Armas Naturais.

Um dos tipos mais fracos de apariçais, goblins e gremlins são pequenas criaturas com armas afiadas
e que buscam causar problemas por onde passam, se alimentando da confusão das pessoas.

Pixies
Potencial: Base/super (3/6)
Poderes: Arcanismo, Invisibilidade, Voo, Reflexos.

Pequenas criaturas voadoras e capazes de gerar uma infinidade de poderes diversos com o uso de
arcanismo. Pixies nascem do medo da magia e do sobrenatural.

Planares

Querubim
Potencial: Base/Proto (3/4)
Poderes: voo, reflexos, rajada elemental

Os pequenos ‘cupidos voadores’. Talvez os mais inofensivos de todos os apariçais. Quando surgem,
costumam apenas flutuar e se posicionar em locais sagrados.

Anjo
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: variado.

A versão mais poderosa dos querubins, Anjos são extremamente variados, também com inúmeros
poderes. Não são necessariamente ‘bondosos’, podendo causar problemas ao tentar efetuar aquilo
que acreditam por ‘justiça’.

Diabrete
Potencial: Base/Proto (3/4)
Poderes: voo, reflexos, rajada elemental

Os mais fracos dos ‘seres demoníacos’, diabretes são pequenas e voadoras ameaças.

Demônio
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Variado

Versão mais poderosa dos diabretes. Muito variados, procuram se alimentar do sofrimento que
causam, ou buscar incentivar pessoas a cometer atrocidades.

Aliens

Grey
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Telepatia, controle mental, rajada mental, levitação, cura.

Os clássicos aliens cinzentos com grandes poderes psíquicos.

Reptilianos
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Controle Metabólico, Cura, Transmutar, Transformação: alterar aparência, Físico
Melhorado.

Reptilianos são um tipo bizarro de apariçal que costuma se esconder na sociedade, tentando imitar
as pessoas. Porém, por conta de sua inteligência limitada, normalmente é descoberto e tenta, então,
causar estragos enquanto foge para o metaespaço.

Antediluvianos
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Super Invenção, Físico Melhorado.

Costumam parecer pessoas bonitas, mas que geram uma sensação de desconforto constante. Eles
não parecem reais, como uma miragem sempre óbvia e falsa.

Carrascos

Delgados/Slenderman
Potencial: Extra/Hiper (5/7)
Poderes: Plasticidade, Alongamento, Aura de Insanidade, Regeneração, Vicissitude, Teleporte.

Criaturas humanoides de aparência estéril, cinzenta, quase como se o corpo fosse uma massa
tentacular ou maleável. O mais famoso dos delgados é o Slenderman. São criaturas astuciosas e
muito perigosas.

Macabros
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Força, Resistência, Regeneração, Armas Naturais.
Figuras humanoides distorcidas e possuidoras de traços grotescos, normalmente com implantes de
armas ou utensílios no corpo. Mãos de serrote, cabeças de martelo etc.

Homens de Preto
Potencial: Extra/Super (5/6)
Poderes: Extrassensorial, Nêmesis (armamentos especiais), Físico Melhorado, Invocação: Clones.

Parecem pessoas que emitem uma constante aura de apreensão. Só costumam aparecer como
emissários ligados a espectros ou apariçais mais poderosos.

Criminosos sem Rosto


Potencial: Proto/Extra (4/5)
Poderes: Arsenal, Reflexos, Físico Melhorado.

A representação do medo do crime nas cidades. Possuem a forma de pessoas sem rosto e portanto
armas, mais preocupados em causar pânico do que necessariamente ferir.

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