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ESTEEL0709
ANÁLISE DE SISTEMAS DE POTÊNCIA I
Dados de entrada
1. Dados da rede elétrica, resistência e
reatância dos elementos,
2. Geração ativa e reativa nas barras do sistema,
3. Carga ativa e reativa nas barras do sistema.
Geração
São os valores da potência ativa (PG) e da potência reativa (QG) geradas
nas barras ou o valor da potência ativa (PG) e módulo da tensão gerada
(V), no caso de barras de tensão controlada.
Carga
São os valores de potência ativa (PL) e potência reativa (QL) consumidas
em cada barra do sistema onde a carga existir, consideradas constantes.
Restrições operativas
São, entre outros, os limites para o fluxo de potência nas linhas e
transformadores, o módulo das tensões nas barras, a capacidade de
geração das máquinas.
Dispositivos de controle
Ajudam a controlar algumas grandezas tais como:
Solução da rede
a) Calculam-se as tensões nas barras em módulo e ângulo;
b) Calculam-se os fluxos de potência ativa e potência reativa
nos elementos da rede.
Aplicações
a) Ferramenta para análise da adequação de uma topologia do sistema
para uma dada condição de geração e carga. Utilizado no planejamento,
operação e controle do sistema de potência;
b) Utilizado como parte integrante de outros estudos, tais como:
Curto-circuito: cálculo das tensões pré falta;
Estabilidade: calcula a condição inicial e também calcula a solução da rede
em cada passo de integração;
Modelo da rede
Para o estudo de fluxo de potência, supõe-se o sistema
equilibrado, logo só se usa a rede de seqüência positiva. Este
estudo é baseado em modelo nodal e matriz admitância de
barra, I=YBARRA x V.
Observação: em sistemas de distribuição usa-se a modelagem
trifásica para o cálculo do fluxo de potência, pois o sistema de
distribuição é essencialmente desequilibrado.
Método de Newton-Raphson
Tem como vantagem ser robusto, pois converge quase sempre e com
poucas iterações. Além disto a convergência independe da dimensão do
sistema. Usa a matriz YBARRA e a partir desta é montada a matriz jacobiana.
É atualmente o método mais utilizado.
Métodos desacoplados
Este método é uma particularização do método de Newton-Raphson em
que se deixa apenas a dependência entre a tensão e a potência reativa (V e
Q) e entre a potência ativa e o ângulo da tensão da barra (P e θ).
que é a injeção líquida de potência na barra k em função dos parâmetros da rede e das tensões
nas barras. Dr. Israel Gondres Torné. 15
Professor Adjunto. EST-UEA
Equações do fluxo de potência em variáveis reais
e na forma polar
Equações em
variáveis reais e na
forma polar.
Barra de carga ou PQ
Não existe qualquer controle de tensão nesta barra. A maioria das barras é
deste tipo, cerca de 95% do total de barras.
Dados de entrada: Pk, Qk.
Calculado nesta barra: Vk, θk.
Subsistema 1
Este subsistema contém as equações que devem ser resolvidas para se
encontrar a solução do fluxo de potência, ou seja, módulo e ângulo das
tensões nas barras.
Subsistema 2
As incógnitas aqui contidas são determinadas por substituição das variáveis
calculadas no subsistema 1.
(1)
(2)
O Método de Gauss-Seidel
Este método, da mesma forma que o método de Jacobi,
não é atualmente utilizado para solucionar um sistema
elétrico de potência por ser muito lento, porem é muito
didático. Encontra utilização na melhoria dos valores
arbitrados para início de um outro método mais
eficiente.
O método de Gauss-Seidel nem sempre converge, além de ser lento. Para que haja
convergência é importante que o conjunto de valores arbitrados esteja próximo da
solução.
Onde:
i corresponde a iteração
é a barra do sistema.
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Fluxo de Potência pelo Método de Gauss-Seidel
Melhoria do método de Gauss-Seidel
O fator de aceleração é α utilizado na tentativa de se chegar na solução do
sistema de equações com menos iterações.
Roda-se fluxo em carga pesada. Verifica-se a existência de barra com tensão abaixo da
recomendável. Determina-se para esta barra a injeção de reativo .
Roda-se novamente o programa de fluxo de potência, sendo que este reativo é um dado de
entrada, para se conhecer o novo perfil de tensão.