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Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas

Data : 04/07/2022

Aluno : Thássio Lima N° 34 Série : 3° I M

Professor : João Belmiro. Matéria : filosofia

INDEPENDÊNCIA DA BAHIA

A independência da água foi um movimento social e militar iniciado em 19 de fevereiro de


1822 e terminou em 2 de julho de 1823. Os habitantes estavam cansados de pagar
impostos a coroa portuguesa assim como de sustentar os seus luxos . Depois do dia 7 de
setembro de 1822 quando foi proclamado a independência do Brasil, alguns membros da
corte se recusaram a sair da Bahia. Foi então que ocorreu a revolta em prol da
emancipação do estado em relação aos portugueses. A cidade de Salvador era um
destaque na resistência contra a dominação das tropas portuguesas comandadas pelo
brigadeiro Machado de Mello, que no final do ano de 1822 invadiu a cidade. Os baianos
perderam a batalha e em seguida foram para o recôncavo baiano, lugar onde os moradores
também eram adeptos à independência. Os portugueses se aproveitaram da evacuação de
Salvador e pediram mais reforços para o exército para cercarem a cidade. Impediram
também a entrada de mantimentos, armamento e munições para os resistentes. Em
contrapartida, o imperador Dom Pedro I enviou mais soldados para ajudar os baianos a
expulsarem os portugueses da região. Ao se sentirem confiantes, decidiram atacar no dia 8
de novembro de 1822. Esta foi uma das batalhas mais violentas da independência que deu
vantagem ao comandante Madeira e aos portugueses fazendo com que os baianos
recuassem. Nos primeiros meses de 1823, a situação dos moradores de Salvador ia de mal
a pior. Não tendo o que comer, ficaram doentes e muitos morriam nas batalhas. Ao se
depararem com o caos que acontecia na cidade, Madeira de Mello permitiu a saída de
aproximadamente 10 mil pessoas. O recôncavo baiano era uma área com pessoas de alto
poder aquisitivo e de grandes fazendeiros de cana - de - açúcar que organizavam mais
tropas para lutar contra os portugueses. Eles se aliaram às câmaras municipais e instalaram
o governo provisório na Bahia fazendo desta região no interior um governo para retomar a
capital de Salvador. Os portugueses por meio de Madeira de Mello responderam ao governo
provisório com muita violência e organizaram um exército que atacaria no dia 19 de
fevereiro o forte de São Pedro e o convento da Lapa. A corajosa Joana Angélica, que era
uma religiosa do local, foi morta ao tentar impedir a invasão pelos colonos. O coronel
Joaquim Pires de Carvalho temendo que as tropas portuguesas invadissem o recôncavo,
reuniu o seu exército e nomeou o comandante francês Pedro Labatut, com o intuito de
intimar Madeira de Mello. Recebendo mais apoio por parte de Portugal, Madeira tencionava
encurralar as tropas de Labatut, através da ilha de Itaparica e Barra do Paraguaçu. Para
defender a região, uma mulher chamada Maria Quitéria de Jesus Medeiros vestiu o
uniforme da tropa " voluntários do príncipe " e lutou bravamente em defesa da Bahia em
diversas batalhas. Em maio de 1823, Pedro Labatut comete abuso
De autoridade com os integrantes do exército baiano. Os brasileiros não gostaram do
ocorrido e prenderam Labatut ordenando que ele fosse substituído pelo coronel Joaquim da
Lima e Silva. Enquanto as forças Pró independência se organizavam pelo interior da cidade
de Salvador, a corte portuguesa, por sua vez, enviou cerca de 750 soldados para a região
de Pirajá, onde independentes e metropolitanos abriram fogo uns contra os outros. Devido à
eficaz resistência e o apoio das tropas lideradas pelo britânico Thomas Cochrane, as tropas
fiéis a Portugal acabaram sendo derrotadas em 2 de julho de 1823.

Personagens importantes do 2 de julho

General Pedro Labatut ; Militar francês conhecido como " pirata do Caribe ", integrou o
exército de Napoleão e tinha vasta experiência militar nas guerras na América espanhola.
Foi contratado pelo governo de D. Pedro para chefiar as lutas contra a ocupação
portuguesa na Bahia. A chegada de Labatut mudou os rumos da guerra no solo baiano. O
general foi responsável pela organização do chamado Exército Pacificador, transformando
os grupos armados dispersos sob comando de civis em um exército disciplinado, forte e leal
ao Imperador D. Pedro. Além disso, trouxe consigo um ultimato para que o General Madeira
de Mello, juntamente com suas tropas, deixasse imediatamente a província da Bahia. Em
homenagem ao general, construiu-se um busto no bairro de Pirajá onde autoridades
depositam flores em sua honra anualmente no dia 2 de Julho.

Lorde Cochrane : (1775-1860 ), conde de Dundonald e marquês do Maranhão, ingressou


na Marinha Real britânica aos 18 anos. Recebeu a alcunha de " Lobo do Mar " dada por
Napoleão e " El Diablo " pelos espanhóis, hoje nomeia uma praça e uma rua na cidade de
Salvador. Mas poucos baianos conhecem a trajetória do aventureiro Britânico - tido por
alguns como corsário - que teve um papel marcante na independência do Brasil na Bahia,
principalmente interceptando navios lusitanos na Baía de Todos os Santos, além do efeito
psicológico que exerceu sobre os adversários portugueses por sua fama.

Maria Quitéria de Jesus : Nasceu na freguesia de São João de Itaporocas, " campos da
cachoeira " a 27 de Julho de 1798, filha de Gonçalo Álvares de Almeida e Quitéria Maria de
Jesus. Teria deixado a fazenda do pai ao escutar notícias dos acontecimentos de 25 de
junho de 1822, na vila de Cachoeira. Com roupa masculina, fornecida por um cunhado,
apresentou-se como soldado Medeiros ao Batalhão dos voluntários do príncipe, chamado
de " Dos Periquitos ", por causa da cor verde da farda. Por seus atos de bravura em
combate, o general Pedro Labatut conferiu-lhe as horas de 1° cadete. Maria Quitéria
também participou do desfile das tropas brasileiras em Salvador em 2 de julho de 1823,
sendo recebida festivamente no largo da Soledade, onde hoje há uma estátua em sua
homenagem.
Maria Felipa : Natural de Itaparica, a heroína negra foi uma liderança destacada nas lutas
pela independência. Na ilha de Itaparica liderou homens e mulheres, negros e índios na
queima de 42 embarcações portuguesas durante a batalha de 7 de janeiro de 1823.

João das Botas: Personagem não muito conhecido, João Francisco de Oliveira ou
simplesmente João das Botas, foi um segundo tenente da Armada Nacional e imperial.
Apesar de ter sido oficial da marinha portuguesa, aderiu à autoridade do príncipe regente D.
Pedro quando das lutas pela independência. Lutou contra seus compatriotas, liderando
populares em Cachoeira, Santo Amaro e São Francisco do Conde para armarem barcos e
combaterem os portugueses, contribuindo para a formação da marinha nacional. No mar da
Baía de Todos os Santos, comandou duas canhoneiras - D. Pedro I e Leopoldina -,
juntamente com uma pequena flotilha armada e artilhada para guarnecer melhor a entrada
do Canal do Funil, impedindo a invasão das tropas de Madeira de Mello à ilha de Itaparica e
ao povoado de Nazaré.

Joaquim Inácio de Siqueira Bulcão : Foi o primeiro senhor de engenho a se manifestar


contra o domínio de Madeira de Mello e conclamar outros senhores em São Francisco do
Conde a participarem da organização das tropas e armou homens para a formação do
Exército Patriótico no momento em que as lutas pela expulsão das tropas portuguesas
alcançavam o Recôncavo.

Índio Bartolomeu : Combatente de origem indígena, também conhecido como Jacaré,


chegou uma tropa de índios tapuias flecheiros oriundos de Massarandupió Soure e
Mirandela, no litoral norte do estado. Sua tropa de índios internou a companhia da Torre dos
Garcia D'Ávila, comandada pelo tenente Agostinho Moreira Sampaio, e juntos participaram
da Batalha de Pirajá, na madrugada de 8 de novembro de 1822, quando as tropas
portuguesas tentaram tomar a região de Pirajá, sendo derrotados.

Coronel Joaquim José de Lima e Silva : Esteve no comando geral do exército Pacificador
após prisão do General Pedro Labatut em 24 de maio de 1823 e adentrou vitorioso, junto
com as tropas brasileiras, nas ruas da cidade de Salvador em 2 de julho de 1823, hoje Lima
e Silva Nomeia a mais importante rua do bairro da liberdade, em Salvador.

Brigadeiro Inácio Luis Madeira de Melo : Comandante português da legião constitucional


lusitana, enviada para a Bahia logo após a revolução liberal do porto a pedido do
governador Conde da Palma e da junta provisória de governo da província da Bahia.
Madeira de Melo assumiu o governo das armas por imposição das cortes em Lisboa em
fevereiro de 1822. Tomou posse do cargo por meio bastião do poder português na Bahia,
sendo apoiado pelos comerciantes lusitanos. Lutou duramente contra o exército liberador
tentando impedir que a independência do Brasil se concretizasse na Bahia.
Conjuração baiana

A conjuração baiana foi uma revolta social que ocorreu na Bahia no final do século XVIII.
Também conhecida como revolta dos alfaiates, a conjuração baiana foi uma revolta social
de caráter popular que ocorreu na Bahia em 1798. Recebeu uma importante influência dos
ideais iluministas da revolução francesa, além de ser emancipacionista, defendeu
importantes mudanças sociais e políticas na sociedade. A revolta estava marcada, porém
um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o movimento para o
governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria. O governador baiano organizou
as forças militares para acabar com o movimento, antes que a revolta ocorresse. Vários
revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados
na praça da piedade em Salvador.

As causas principais

● Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais, entre
eles os alimentos. Além disso, muitas pessoas reclamavam da carência de
determinados alimentos.

● Forte insatisfação no domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal da independência


estava presente em vários setores da sociedade baiana.

Principais objetivos

● Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, fim do pacto colonial com


Portugal

● Defendiam a implantação da república

● Queriam liberdade comercial no mercado interno e também no comércio exterior

● Desejavam liberdade e igualdade entre as pessoas, portanto eram amplamente


favoráveis à abolição dos privilégios sociais e da escravidão
Batalha de cachoeira

Quando a câmara de vereadores de Cachoeira declarou sua lealdade a Dom Pedro I e se


rebelou contra os portugueses, Madeira de Melo enviou uma canhoneira, reagiu abrindo
fogo contra a cidade. A população e a milícia local se mobilizaram, para impedir a
canhoneira. O armamento usado pela população durante o conflito era fabricado de forma
improvisada. Apesar dos historiadores não saberem exatamente o que permitiu que os
portugueses fossem derrotados, moradores locais hoje teorizam que a maré baixa criou
muitos bancos de areia no Rio Paraguaçu. Isso pode ter dificultado os portugueses e levado
a derrota.

Batalha de Pirajá

A batalha de Pirajá ocorreu no contexto da guerra da independência do Brasil na então


província da Bahia em 8 de novembro de 1822. Constituiu-se em um embate decisivo entre
o exército Pacificador e as forças portuguesas, nomeadamente a legião constitucional, com
a vitória brasileira, consolidando a situação de derrota política e militar dos portugueses na
Bahia. Tais fatores iriam contribuir para a independência da Bahia, deflagrada a 2 de julho
de 1823 - considerada por muitos pesquisadores e comentaristas, como um marco para a
efetiva independência do Brasil. No comando das forças portuguesas na Bahia
encontrava-se Madeira de Melo enviado por Portugal para sufocar os rumores da
independência e a dissidência política - administrativa. O general francês Pedro Labatut foi
nomeado pelo príncipe regente D. Pedro, em 3 de julho de 1822, como o comandante do
exercito Pacificador que assumiria o comando.

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