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Quintal performance análise inicial

Início: sons que parecem ser de animais (bichos ou insetos – cigarras, grilos)

O performer se encontra sentado, com as penas cruzadas, num espaço com


plantas, folhas e matos. (Analisar o ângulo que está sendo filmado – A cena da
performance é filmada a início no Plano médio (sendo possível que a figura humana
esteja enquadrada por inteira, com um pouco de “ar” sob a cabeça e um pouco de “chão
é visível. O lado do ângulo é frontal com a altura de um ângulo normal). Tem uma folha
no seu colo. Parece vestir uma espécie de saia (tecido em volta de sua cintura), possui
folhas como adorno em seu peito e em sua cabeça (junto a um mato) e usa um colar
(importância de objetos e vestimentas teatro das origens).

Segura uma mascará, com as duas mãos, escondendo assim seu rosto.
*Uso de máscaras (texto teatro das origens)

É cortado repentinamente (movimento estancado?) para um gesto um pouco


lento de retirada da máscara, revelando a maquiagem do performer (*uso da maquiagem
teatro das origens e também abordar a maquiagem drag) (O enquadramento muda nessa
cena repentina, para o Plano Americano? Figura enquadrada do joelho para cima). Volta
com a cena, repentinamente, com a máscara ainda sendo utilizada para esconder o rosto.

E depois volta a seu enquadramento original. E depois retoma a aproximação de


um enquadramento mais perto (primeiro plano “close-up” a figura humana é
enquadrada do peito para cima.

Um leve movimento acontece, desloca-se para a direita de forma um pouco


lenta, dá uma leve (virada a esquerda). E toca a máscara, de forma lenta (um poco de
ternura sei lá). O enquadramento muda para o primeiríssimo plano “big clouse-up” e
intercala com cenas de maior afastamento, menor afastamento e um super close.

Os movimentos de câmera ajudam a criar mais uma dinâmica para a cena e para
a performance.

E de forma lenta, o rosto performance, vai se revelando conforme a máscara é


retirada, e com isso lentamente abre os olhos. A câmera afasta e retorna novamente

Água, faz um leve movimento entre as mãos de forma circular e torce seus
pulsos
Uma música começa a tocar e corta para uma cena de uma folha, o performar a
pega de forma lenta, flashs da cena. Esta está com um rasgo na ponta. E a mergulha
lentamente na água, a segura na ponta e dá banho na folha, com a água, continuamente.
Em seguida pega, uma agulha e linha. Banha mais a folha e começa a costurar a folha
num movimento, lento, atento, contínuo e preciso. Joga algumas gotas de água, e
continua o a costura. A câmera foca de forma lateral em seu rosto, o performer faz um
bico, parece assobiar, e a câmera volta a filmar a costura da folha. Banha novamente a
folho na água e dá retoques finais da costura.

A música muda, e a direção da câmera muda para a close-up na cara do


performer que segura a folha e coloca em frente a face e depois volta, fazendo um
movimento contínuo, é filmado de cima a perspectiva.

Sobre:

A performance QUINTAL aborda como o elementar Terra, metaforicamente


apresentado como o quintal (este nosso entorno atual) se conecta com os processos de
nascer, crescer, se reproduzir e morrer – e nascer de novo, após a morte pandêmica.
Distante da pressa e superficialidade de nossos tempos, a floresta se movimenta. A
partir do solo pobre, cresce exuberante e complexa. Autônoma que é, vive de si mesma
– retroalimenta-se. O faz, se conectando, nutrindo-se de seu quintal – daquilo que é
possível. Assim, morte e vida tornam-se um só. Está na floresta e nos seus povos, a
esperança deste mundo que, mais do que nunca, vive imprevisível e doloroso.

Quem é o artista?

Uýra Sodoma – Emerson Pontes, 29 anos, nasceu no Pará. É artivista indígena,


biólogo e arte educador. Se transforma e vive Uýra Sodoma: presença em carne de
bicho e planta. Por meio dela, realiza fotoperformances que denunciam violências aos
sistemas vivos e que anunciam histórias de encantaria e reterritorialização de vida na
paisagem cidade-floresta.

https://elastica.abril.com.br/especiais/uyra-sodoma-drag-amazonia-meio-
ambiente/
Citação

Máscaras: justificar o performar tem origem indígena então daria para fazer uma
ligação entre.

Segundo o Texto Teatro das Origens a utilização da máscara é uma constante


entre os indígenas espalhados por todas as Américas. Representa animais sagrados,
encantados, símbolos de clãs. Inúmeros rituais são marcados pela utilização de máscaras
para encenar mitos e lendas sobre as origens dos tempos quando seres falavam a mesma
língua.

A máscara enquanto estrutura plástica é apresentação materializada dos


costumes culturais, sendo a sua cerimônia, o ponto ápice da performance social dessa
comunidade, é um objetivo que serve à análise antropológica do comportamento
humano e a pesquisas teatrais que se interessam pelo corpo em transe cênico.
(MACEDO, 2019 p.22)

Maquiagem:

Questão indígena:

A pintura corporal e a arte plumária para os indígenas, não se resume a enfeites e


adornos. Para os indígenas que habitam no Brasil, alguma marca indenitária é feita
diretamente sobre o corpo. Sob a pele, desenhos geográficos feitos de urucum e tinta de
jenipapo. Tudo isto para deixar claro que existe a identidade de um povo, uma tribo,
uma tradição. - Texto Teatro das Origens

Maquiagem questão draeg:

O que é performance?

Uma definição predominante de arte da performance afirma que estas ações se


restringem às que têm presença do performer e são materializadas pelo uso de seu
corpo. (GOLDBERG, 2006; PIRES, 2005; CARLSON, 2009).

Falar talvez da performance ser ensaida com base na Fabião

Performar programas é fundamentalmente diferente de lançar-se em jogos


improvisacionais. O performer não improvisa uma idéia: ele cria um programa e
programa-se para realizá-lo (mesmo que seu programa seja pagar alguém para realizar
ações concebidas por ele ou convidar espectadores para ativarem suas proposições).

Programas criam corpos – naqueles que os performam e naqueles que são


afetados pela performance. Programas anunciam que “corpos” são sistemas relacionais
abertos, altamente suscetíveis e cambiantes. A bio-política dos programas performativos
visa gerar corpos que ultrapassam em muito os limites da pele do artista. Se o performer
investiga a potência dramatúrgica do corpo é para disseminar reflexão e experimentação
sobre a corporeidade do mundo, das relações, do pensamento. Refraseando: se o
performer evidencia corpo é para tornar evidente o corpo-mundo.

IMPORTANTE UMA VEZ QUE A PERFORMANCE DO QUINTAL,


PARECE ENSAIADA, MAS COISAS COTIDIANAS FOGEM A PREPARAÇÃO,
COMO A FORMA COM QUE A COSTURA É FEITA OU A ÁGUA É
DEPOSITADA NA FOLHA.

o programa é o enunciado da performance: um conjunto de ações previamente


estipuladas, claramente articuladas e conceitualmente polidas a ser realizado pelo
artista, pelo público ou por ambos sem ensaio prévio. Ou seja, a temporalidade do
programa é muito diferente daquela do espetáculo, do ensaio, da improvisação, da
coreografia.

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