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HISTÓRIA DO BRASIL

O PROCESSO DE FORMAÇÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA

REPÚBLICA DA ESPADA / DOS MARECHAIS (1889- 1894)


O PÓS-PROCLAMAÇÃO
❖ Golpe organizado por um grupo de militares liderado por Deodoro da Fonseca, que se
tornou presidente com o Marechal Floriano Peixoto como vice;
❖ A representatividade popular não foi alcançada e as elites provinciais passaram a exercer
forte influência;
❖ Paulistas, mineiros e gaúchos defendiam uma postura federalista e um perfil de
representatividade do cidadão (por meio de um presidente eleito por um congresso);

❖ Clima de rivalidade entre a Marinha, associada ao monarquismo e o Exército, enaltecido


pela Guerra do Paraguai e pela influência no atual governo republicano;
 Regime positivista (construção da mentalidade do soldado-cidadão, da maior participação
dos militares na sociedade);
❖ “Ordem e Progresso”, lema da bandeira e do positivismo
(Ordem: República forte, disciplinada pelos militares;
Progresso: desenvolvimento técnico e o crescimento
industrial);
❖ Deodoro e Floriano eram contrários ao liberalismo e
defendiam um poder executivo forte, quase uma ditadura
republicana;
 O caráter federalista (descentralização republicana) era uma
ameaça, por possibilitar uma futura fragmentação do país;
❖ A proclamação aproximou as políticas entre Brasil e EUA;
 Política diplomática brasileira migrou de Londres para
Washington;
❖ Disputa pela riqueza da borracha com os bolivianos; Amazonas, Pará, Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Piauí, Ceará,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe,
 Disputa pelo Acre, só resolvida em 1903 com a assinatura do Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal
Tratado de Petrópolis no governo de Rodrigues Alves;
 O Brasil pagou uma indenização de 2,5 milhões de libras
pelo reconhecimento do Acre pelos bolivianos.
REPÚBLICA DA ESPADA / DOS MARECHAIS (1889- 1894)

GOVERNO DEODORO DA FONSECA (1889-1891)


CONSTITUIÇÃO DE 1891

❖ 1ª Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891;


❖ Rui Barbosa, Ministro da Fazenda, foi o principal redator;
❖ Influência da Constituição norte-americana (República federativa
liberal);
❖ Estados da federação (antigas províncias) receberam certos direitos;
❖ Tripartição dos poderes, harmônicos e interdependentes;
❖ Bicameralismo (Câmara dos deputados e Senado federal);
 Senador com mandato de 9 anos e deputados com 3 anos, tendo sua
quantidade estipulada pela população do Estado;
❖ O corpo de ministros seria de acordo com a vontade do presidente;
❖ Validava a separação da Igreja e do Estado (Laicização do Estado);
❖ Liberdade religiosa e o direito à certidão de casamento;
❖ Concessão à naturalização aos imigrantes (atração de capitais
estrangeiros e a permanência de imigrantes diversos, principalmente
aqueles favorecidos pela liberdade religiosa).
-- O café era a base do crescimento industrial nacional, primeiro de tudo, porque proporcionava o pré-
requisito mais elementar de um sistema industrial, a economia monetária.

-A REFORMA FINANCEIRA DE RUI BARBOSA (CRISE DO ENCILHAMENTO)


❖ Estimulo à concessão de crédito e emissão de papel moeda;
❖ Intuito de incentivar o desenvolvimento econômico nacional;
❖ Problemas:
 Muito dinheiro no mercado sem um correspondente crescimento econômico;
 Os cafeicultores sentiam-se ameaçados pela política que beneficiava industriais e novos
investidores;
 Desvalorização da moeda e surgimento de empresas fantasmas;
 Crise econômica, inflação e falências múltiplas;
❖ Regime autoritarista, prezando pela redução da autonomia dos estados,
evitando uma possível fragmentação territorial;
❖ As divergências com as oposições partidárias ao governo, fez Deodoro
fechar o Congresso, contrariando a Constituição de 1891;
❖ 1ª Revolta da Armada em 1891: Marinha insatisfeita com sua condição
político e militar inferiorizada em relação ao exército e ao governo;
❖ Um clima de divergências entre opositores florianistas nas forças armadas
e o Governo geral, favoreceram a renúncia de Deodoro em 1891.
GOVERNO FLORIANO PEIXOTO
(MARECHAL DE FERRO)
(1891-1894)
❖ Não se identificava com o liberalismo e a descentralização;
❖ Governo forte com apoio da juventude militar e seu desejo de estabilização;
❖ Reabriu o congresso e tomou medidas que beneficiaram os cafeicultores,
com a ajuda do partido republicano paulista;
❖ Postura paternalista, com obras públicas que favoreciam a geração de
empregos ao povo;
❖ Tentou conciliar interesses, sem romper com o conservadorismo inicial;
❖ A 2ª Revolta da Armada (1893-94): manteve a mesma postura do governo de
Deodoro, pressionando Floriano a renunciar, deixando a presidência para o
Almirante Custódio de Melo;
❖ A revolta não teve êxito, justamente pelo apoio de grupos expressivos da
sociedade, fruto da política de conciliações.
A REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)

❖ Partido Republicano Rio-Grandense (Júlio de


Castilhos);
 Se baseava em ideias positivistas, compactuava com o
governo de Floriano e era amparado pelas novas elites;
❖ Partido Federalista do Rio Grande do Sul (Gaspar da
Silveira Martins);
 Almejavam um governo parlamentar, com autonomia
estatual e eram amparados pelas antigas elites do
império;
❖ O conflito civil entre Castilhistas (ou pica-paus) e Gumercindo Saraiva (centro): um
Gasparistas (maragatos) gerou instabilidade no dos líderes da Revolução Federalista
governo de Floriano, principalmente após a união
entre federalistas e os revoltosos da armada.
No dia 15 de novembro de 1894,
Prudente de Moraes assumiu a
presidência da república, e Floriano
saiu da vida pública por livre e
espontânea vontade.

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