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Texto Ronaldo Simões Coelho
Ilustrações Humberto Guimarães
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Manual do professor
O professor-mediador é uma figura fundamental no âm-
bito escolar porque multiplica as chances de letramento literá-
rio, amplia a capacidade de compreensão dos textos e compar-
tilha com seus alunos a paixão pelas leituras. A boa mediação
abre espaço para a autonomia dos estudantes, seu protagonis-
mo e sua compreensão de si, do outro e do mundo. Recursos de
apoio são bem-vindos quando se pautam na expansão de co-
nhecimentos, motivação interpessoal e elaboração de rotinas
pedagógicas adequadas às diversidades nacionais.
8 Sobre os autores
12 Gênero literário
16 Atividades propostas #1
19 Atividades propostas #2
21 Atividades propostas #3
27 Depois da leitura
29 Interlocuções
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Síntese da obra
Símbolo de traquinagem e esperteza,
acredita-se que o Saci seja o mais autêntico
mito brasileiro por representar as três cultu-
ras matrizes do Brasil: indígena, portuguesa
e africana. O Saci-pererê é uma daquelas fi-
guras que povoa a infância de todo menino e
menina que ouviu histórias do folclore brasi-
leiro e se divertiu a valer. Pois não é que neste
livro o irrequieto Saci vira amigo virtual de ou-
tra gorrinho vermelho? A própria!... Chapeu-
zinho. Mas a menina alegre e delicada que
passeava num bosque francês levando doces
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para a vovozinha está agora descobrindo coisas novas online.
Acessível e conectada a novas tecnologias, curiosa e pergun-
tadeira, Chapeuzinho procurou e quis trocar mensagens com o
Saci depois de se deparar com livros de Monteiro Lobato e escri-
turas do folclorista Câmara Cascudo. Será que vai rolar alguma
surpresa? Intertextual, a obra se vale de comunicações rápidas e
permutas ágeis, representadas pela troca de emails, para desen-
volver uma narrativa imaginativa, costurada em entrelaçamentos
e graduais proximidades entre os jovens – Saci e Chapeuzinho –,
que se correspondem com empatia, brincam com a linguagem,
criam laços de amizade, desejam um encontro real (para além
do virtual) e vibram diante de conhecimentos culturais.
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Sobre os autores
Ronaldo Simões Coelho é mineiro de São João del-Rei.
Imaginativo e experiente como médico psiquiatra, profissão que
exerce, é também autor premiado de literatura infantojuvenil,
tendo assinado, por exemplo, Macaquinho (1985) e Bichos, este
com ilustrações de Angela-Lago (2009). Desde que teve acesso
a livros, em casa e na Biblioteca Municipal que ficava perto do lo-
cal onde morava, Ronaldo Simões Coelho passeia sem parar... co-
meçou pelas aventuras de Tarzan, atravessou Júlio Verne, acom-
panhou Dom Quixote, encantou-se por Erico Veríssimo e nunca
mais largou Monteiro Lobato. Crescido, veio para Belo Horizonte,
casou, teve filhos e netos e, contando histórias, descobriu a apti-
dão para escrever, o que lhe dá muitas alegrias. Afinal, conhecer
gente pequena e criativa mundo afora é um elixir da vida longa.
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Humberto Guimarães também é mineiro, de Sabará.
Além de ilustrador e parceiro de Ronaldo Simões em alguns
trabalhos editoriais, também é artista plástico e professor de
Desenho da Escola Guignard, em Belo Horizonte (MG). Premia-
do e experiente na área artística, assina obras como Chuva e
Chuvisco, A laranja colorida, Doido varrido, dentre outras, e já
participou de várias exposições coletivas e individuais no Brasil.
Neste livro acentua cores quentes, enfoques visuais, inferências
intertextuais (clássicas), o efeito justaposto de quadrinhos e a
leitura múltipla. Um convite à apreciação lúdica!
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Adequação e desenvolvimento ▶ Proporciona a apreciação estética.
▶ Propõe conhecimentos por meio da intertextualidade.
de competências ▶ Promove identificação leitora.
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Gênero Literário:
Narrativo
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Como utilizar em sala de
aula o livro "DOIS CHAPÉUS
VERMELHINHOS"
ANTES DA LEITURA
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vermelho talvez tenha recebido influência europeia, se alcan-
çarmos a imagem do trasgo, ser encantado e vivo no imagi-
nário dos portugueses, de comportamento rebelde e astucio-
so, dotado de poderes sobrenaturais voltados à traquinagem
– quebra a louça ou vidros, arrasta móveis, espalha frutas, muda
os objetos de lugar etc.
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Atividades propostas #1
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▶ A partir de um tema ou assunto determinado pelos gru-
pos, propor a iniciação de contato.
captura e partilha de fotos
pessoais; apresentação de
▶ Desenvolver o trabalho em equipe, dinâmico e prático. desenhos em aplicativos
de edição ou amostragem;
▶ Iniciar momentos de partilha significativos ao entendi- iniciação de proximidade
mento de uso dos meios de comunicação. virtual; troca amical ou
― Trocar mensagens, fotos ou vídeos conforme o estilo troca intelectual; partilha
de interação próprio do meio escolhido para a partilha de de mensagens de texto e
experiências, ideias e sentimentos (ex. email, WhatsApp, imagens ora personalizadas
Facebook, Pinterest, Flickr, Instagram etc.). – como de saudação –, ora
― Produzir comunicações considerando sempre um integralmente copiadas e
propósito (inicial). disparadas pelo aplicativo
multiplataforma de voz,
▶ Valorizar a experiência comunicativa multimodal, ex- texto e imagens denominado
pressa em textos – saudações, comentários, conversações ar- WhatsApp, etc.
gumentativas etc. –, gravações de voz e compartilhamento de
imagens e vídeos.
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Emissores e receptores, na troca prática de mensagens,
devem exercer autonomia na escolha de uso de diferentes lin-
guagens e formas expressivas.
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Atividades propostas #2
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▶ Valorizar o posicionamento quanto à importância das
lendas para a identidade e cultura de um país.
▶ Sintetizar pensamentos, defesa de ideias, informações
diferentes.
▶ Estimular a sustentação oral de raciocínios e a formação de
consciência a respeito das situações-problema e argumentações.
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Atividades propostas #3
( a ) Dander
( b ) Glenda Sburelin
( c ) One Colored Lily (OCL)
( d ) Miki Yamamoto
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(b)
(a)
VERSÕES DE UM MESMO
CONTEÚDO DE BASE
(c)
APRENDENDO COM A SÉTIMA ARTE
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misteriosamente. Dentre os suspeitos, o lobo, a vovozinha e até ▶ REFLETIR: A adaptação sempre torna a história mais fácil de
a Chapeuzinho. Mas cada um contará sua versão para os fatos. ser compreendida pelo público-alvo?
Assim, a clássica história da menina e do lobo se transforma ― O adaptador seria alguém autorizado a operar sobre
numa animada trama investigativa e imaginativa. Os protago- uma obra ou objeto artístico e cultural para adequá-lo à
nistas são bem construídos, assim como os coadjuvantes. O re- fruição?
sultado é uma animação interessante, com desenvolvimento ― Em cada adaptação pode estar prevista uma expansão
original e desfecho lúdico. Classificação livre. de público-alvo? Ou mesmo uma alteração de público?
Adaptação pode ser também algo que indica um tempo
(passado, contemporâneo, mágico etc.)?
Mediar conhecimento. O que é versão, releitura ou recriação?
▶ A versão pode se servir de outras linguagens e medias (haja
▶ Dialogar sobre o tema, expandindo conhecimentos. vista os impressos, analógicos e digitais). Quando gera uma
▶ Comentar – pesquisar, constituir pontos de vista e defender transfiguração considerável do conteúdo original é chamada
ideias. Ouvir e aprender com os outros. de recriação ou releitura da obra, conforme um fenômeno de
▶ A tradução, por si só, já é um tipo de adaptação? Afinal, tecni- transducção midiática – passagem de uma narrativa literária
camente, tradução é toda transposição de uma língua estran- para, por exemplo, filmes, animações ou jogos.
geira para a língua local.
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APRENDENDO COM IMAGENS ENUNCIATIVAS (1)
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▶ Buscar correspondências entre os signos (presentes nas ima- textuais, imagéticas ou cinematográficas –, o que cria sentido
gens) através de varredura visual. (conjunto ou novo) e torna uma produção diferente da outra.
▶ Reconhecer e apontar características comuns nas produções ▶ ESTABELECER relações entre as partes textuais, mistas ou
(conto tradicional, releituras e adaptações). imagéticas: o todo.
▶ Reconhecer variações sutis entre as narrativas compartilhadas. ▶ COMUNICAR, conforme sua opinião, em quais obras – cuja
▶ Ouvir e aprender com os outros. fonte inspiradora é Chapeuzinho Vermelho – são perceptíveis
▶ Evidenciar ACONTECIMENTOS CENTRAIS perceptíveis e, caso adaptações inusitadas e/ou surpreendentes, que alteram os
haja, alguma importante NOVIDADE. sentidos em jogo, bem como o desfecho comum, tradicional.
▶ Manifestar ideias, opiniões e conclusões, considerando seu
ponto de vista
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Depois da leitura ▶ Livros-aplicativos disponibilizam versões pagas e outras
gratuitas, e não são como uma biblioteca virtual. São livros em
si, isto é, cada aplicativo funciona como um livro.
ONDE LITERATURA E TECNOLOGIA
SE ENCONTRAM ▶ A experiência de leitura pode ser diferente da experiên-
cia tradicional – com o livro impresso nas mãos.
Você já ouviu falar em livros-aplicativos e novas experiências ▶ Um livro-aplicativo conta com dispositivos interativos tais
literárias? Hoje em dia existe aplicativo de quase tudo, ou seja, como: recursos de áudio como narração, trilha e efeitos sonoros,
a tecnologia está preparada para atender gostos, preferências, ilustrações total ou parcialmente animadas, e muito mais.
demandas e para instigar a curiosidade intelectual do público
leitor de todas as idades. ▶ Em alguns livros-aplicativos é possível, inclusive, criar sua
versão para os fatos – o leitor pode, por exemplo, usar a função
Convite: Conhecer alguns livros-aplicativos e seu potencial. de gravação e depois escutar a si mesmo (re)contando a história.
Sugestão: Experimentar um canal, escolher uma obra – como
Nautilus, adaptação de Vinte mil léguas submarinas, de Júlio ▶ Comentar sua experiência sobre a leitura literária audio-
Verne, disponível na StoryMax: https://storymax.me/ visual e interativa.
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Interlocuções
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