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UNIRITTER

Curso de design: habilitação em design gráfico


Trabalho de Diplomação – TCC 2009/1

Redesenho de embalagem para os sucos naturais Petry

João Francisco Hack de Araújo Marques

Porto Alegre, 22 de junho de 2009.


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JOÃO FRANCISCO HACK DE ARAÚJO MARQUES

REDESENHO DE EMBALAGEM PARA OS SUCOS NATURAIS PETRY

Trabalho de Conclusão de Curso para a


obtenção do grau de Bacharel em Design
Gráfico, pelo Centro Universitário Uniritter.

Orientadores: Norberto Bozetti e Marcos


Brodi

PORTO ALEGRE – RS
2009
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Marques, João Francisco Hack de Araújo.


Redesenho de Embalagem para os sucos naturais Petry
Porto Alegre: Uniritter, 2009. 80 p.

Trabalho de Conclusão de Curso – Centro Universitário Uniritter,


2009.

1. Embalagem
2. Redesign
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Dedico este trabalho de conclusão a minha


namorada Barbara Russowsky, por
destinar seu tempo para me auxiliar neste
projeto.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família e a meus amigos, que me apoiaram e me ajudaram durante


o desenvolvimento deste projeto, acreditando em meu potencial criativo.
Gostaria também de agradecer em especial ao professor Norberto Bozetti, que
compreendeu que possuo uma intensa rotina de trabalho, e me orientou inclusive em finais
de semana.
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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo realizar o redesenho das embalagens dos
sucos Petry, considerando as ferramentas do design.
Primeiramente, este projeto analisa diversos aspectos do desenho gráfico,
desenho industrial e das embalagens em geral - estudando sua história, fabricação,
materiais, usos e tecnologia – para, com embasamento nos conhecimentos
adquiridos aliados ao conhecimento do produto em questão, e na criatividade e
design, criar uma nova solução de embalagem para os sucos naturais da marca
Petry.

Palavras chave: embalagem, redesign, sucos.


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ABSTRACT

This work aims to complete the redesign of the packaging of Petry juices, considering
the tools of design.
In the beginning, this project examines various aspects of graphic design, industrial
design and packaging in general - considering its history, manufacture, materials, practices
and technology – uniting knowledge acquired to knowledge of the product in question,
creativity and design, to create a new packaging solution for the natural juices of the Petry
brand.

Key words: packaging, redesign, juices.


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LISTA DE FIGURAS

Figura1: As etapas do processo criativo a ser utilizado no projeto


Figura 2: Nicolas Appert, que vedou alimentos em embalagens
Figura 3: Bryan Donkin
Figura 4: Embalagens Tetra Pak
Figura 5: Escravos carregam latões de leite no século XIX
Figura 6: Época da “sacaria” no porto de Santos
Figura 7: Embalagens de vidro, 2009.
Figura 8: Embalagens de metal, 2009.
Figura 9: Embalagens de madeira, 2009.
Figura 10: Embalagens de Papel e papelão, 2009.
Figura 11: Embalagens de plástico, 2009.
Figura 12: Processos de produção, 2008.
Figura 13: Sopro via Injeção
Figura14: Sopro via Extrusão
Figura 15: Moldagem por injeção
Figura 16: Processo de Extrusão
Figura 17: Produtos obtidos através do vacuumforming
Figura 18: Processo de Fundição
Figura 19: Easy Open - Tampa “abre-fácil”
Figura 20: Tampas diversas
Figura 21: Rótulo de papel e cola, rótulo sleeve “manga” e sleeve.
Figura 22: Simbologia da reciclagem
Figura 23: Coca-Cola lança os sucos Kapo no Brasil
Figura 24: Sucos Tetra Pak do mundo
Figura 25: Sucos em garrafas plásticas do mundo
Figura 26: Sucos em lata do mundo
Figura 27: Sucos em garrafas de vidro no mundo
Figura 28: Linha de sucos naturais Petry
Figura 29: Linha de sucos Petryco e Pety bon
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Figura 30: Painel Semântico


Figura 31: Mapa mental
Figura 32: Linha do tempo das embalagens
Figura 33: Linha do tempo de sucos (e embalagens de sucos)
Figura 34: Tabelas de Análise de Sucos de Laranja e Uva
Figura 35: Rótulo escorregadio
Figura 36: Data de fabricação e validade postas com carimbo
Figura 37: Gôndola de supermercado
Figura 38: Turbilhão de informações no rótulo
Figura 39: Análise de uso do produto
Figura 40: Estrutura dos sucos Petry
Figura 41: Estrutura dos sucos Laranja Caseira
Figura 42: Estrutura dos sucos Naturale
Figura 43: Estrutura dos sucos Ecocitrus
Figura 44: Análise gráfica do rótulo
Figura 45: Análise morfológica das embalagens Petry
Figura 46: Marca em alto relevo na garrafa
Figura 47: Análises “desenhisticas” gráficas e glíficas
Figura 48: Análise “desenhistica” glífica
Figura 49: Estudos glíficos – testes em 2d
Figura 50: Primeiros Testes 3D
Figura 51: Elaboração dos elementos gráficos do rótulo do suco de laranja
Figura 52: Proposta de rótulo do suco de laranja
Figura 53: “Renders” da embalagem de suco de laranja
Figura 54: Elaboração dos elementos gráficos do rótulo do suco de uva
Figura 55: Proposta de rótulo do suco de uva
Figura 56: “Renders” da embalagem de suco de uva
Figura 57: Elaboração dos elementos gráficos do rótulo do suco de maracujá
Figura 58: Proposta de rótulo do suco de maracujá
Figura 59: “Renders” da embalagem de suco de maracujá
Figura 60: Rótulo final do suco de laranja – com especificações
Figura 61: Rótulo final do suco de uva - – com especificações
10

Figura 62: Rótulo final do suco de maracujá – com especificações


Figura 63: Pack do suco de laranja
Figura 64: Tipos: Arial e Trebuchet
Figura 65: Padrão cromático das embalagens de suco de laranja
Figura 66: Padrão cromático das embalagens de suco de uva
Figura 67: Padrão cromático das embalagens de suco de maracujá
Figura 68: Construção glífica da embalagem – wireframe
Figura 69: Especificações glíficas da embalagem
Figura 70: “Renders” finais do suco de laranja
Figura 71: “Renders” finais do suco de laranja
Figura 72: “Renders” finais do suco de uva
Figura 73: “Renders” finais do suco de uva
Figura 74: “Renders” finais do suco de maracujá
Figura 75: “Renders” finais dos packs
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................13
1.1. Justificativa ..................................................................................................................13
1.2. Objetivos ......................................................................................................................13
1.2.1. Objetivo Principal ..............................................................................................13
1.2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................13
1.2.3. Objetivo Acadêmico...........................................................................................14
1.3. Motivação ....................................................................................................................14
1.4. Metodologia .................................................................................................................14
1.5. “Problematização” – Identificação................................................................................15
1.5.1. Taxonomia ........................................................................................................15
2. TEORIA DE FUNDAMENTO .......................................................................................16
2.1. O Desenho Industrial ...................................................................................................16
2.2. O Desenho Gráfico ......................................................................................................17
2.2.1. Tipografia ..........................................................................................................17
2.2.2. Cores.................................................................................................................19
2.3. A Embalagem .............................................................................................................20
2.3.1. A história da embalagem ..................................................................................20
2.3.1.1. A história da embalagem no Brasil ...................................................................22
2.3.2. Materiais para embalagens ..............................................................................24
2.3.3. Processo de fabricação das embalagens .........................................................28
2.3.3.1. Conformação – tipos de moldagens ................................................................29
2.3.4. Sistemas de fechamentos das embalagens .....................................................34
2.3.5. Rótulos ..............................................................................................................36
2.3.6. Legislação .........................................................................................................37
2.3.7. Sustentabilidade aplicada ao design embalagens ............................................37
3. TEORIA FOCO.............................................................................................................38
3.1. Design de Embalagens de Suco .................................................................................38
3.2. Os Sucos Petry.............................................................................................................44
4. TEORIA DE DADOS....................................................................................................46
12

4.1. Análise Denotativa .......................................................................................................46


4.2. Análise Conotativa .......................................................................................................51
4.3. Análise Diacrônica .......................................................................................................52
4.4. Análise Sincrônica .......................................................................................................54
4.5. Análise Funcional ........................................................................................................60
4.6. Análise de Uso do Produto ..........................................................................................62
4.7. Análise Estrutural ........................................................................................................63
4.7.1. Análise estrutural da embalagem ....................................................................63
4.7.2. Análise estrutural gráfica .................................................................................66
4.8. Análise Morfológica .....................................................................................................68
5. CONTRIBUIÇÃO .........................................................................................................69
5.1. Esquentação ................................................................................................................69
5.2. “Iluminação” ................................................................................................................72
5.3. Elaboração do Projeto .................................................................................................79
5.3.1. Aspectos gráficos ..............................................................................................79
5.3.1.1. Tipografia ..........................................................................................................83
5.3.1.2. Cores ................................................................................................................83
5.3.2. Aspectos glíficos ...............................................................................................84
5.3.3. Materiais e tecnologia .......................................................................................87
5.3.3.1. Materiais e tecnologia da embalagem ..............................................................87
5.3.3.2. Materiais e tecnologia do rótulo ........................................................................87
5.3.3.3. Materiais e tecnologia do fechamento ..............................................................88
5.4. Verificação ...................................................................................................................88
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................93
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................94
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa

Embalagens de sucos, principalmente aqueles que são 100% naturais - como é o


caso do produto em estudo – estão cada vez mais parecidas, por isso o design é uma
ferramenta essencial para uma embalagem se destacar das demais, seja por sua estética e
sua funcionalidade.
Segundo Mestriner (2002) as embalagens têm diversas funções, como de
armazenamento de um determinado produto, proteção, conservação, transporte, e
comunicação, entre outras. Entretanto, segundo o autor, as funções mais importantes da
embalagem em relação ao design são a exposição do produto, bem como o que a
embalagem comunica, para que esta própria sirva como incentivo de venda do produto. O
autor afirma que cabe ao designer fazer com que a embalagem chame a atenção,
transmita informações para que se possa compreender o produto, ressalte atributos
complementares do produto, alem de agregar valor ao mesmo.
Os sucos naturais Petry têm exatamente a mesma embalagem desde sua criação, em
1995. Apesar de cumprir seu papel nas questões de armazenamento e proteção do
produto, o design da embalagem prejudica o produto, já que as embalagens são confusas,
não tem uma unidade em comum (sabores diferentes tem rótulos bastante diferentes),com
exceção do rótulo são ecologicamente incorretas - já que nem a garrafa tampouco a tampa
contem as inscrições do tipo de plástico utilizado, utilizadas para facilitar o processo de
reciclagem - alem de serem muito genéricas, sendo facilmente confundidas com outras
marcas – algo muito prejudicial, já que marca Petry deve representar um produto de
extrema qualidade, o que não é percebido por sua embalagem.

1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Principal
Redesign das embalagens de sucos naturais da empresa Petry.

1.2.2. Objetivos Específicos


 Estudar o design de embalagens;
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 Estudar o design de embalagens de sucos - envolvendo questões de


sustentabilidade, legislação, cores, tipografia, forma e composição.

1.2.3. Objetivo Acadêmico


Este projeto deve demonstrar o domínio da teoria e prática do design - adquiridas e
aprimoradas ao longo dos oito semestres realizados do curso de design.

1.3. Motivação

A escolha deste tema esta relacionada ao fato de eu, como consumidor deste
produto, acredita que este é um produto de qualidade, mas que não dá atenção ao design -
e que quando se considerassem as ferramentas do design poderia fazer a empresa toda
crescer.

1.4. Metodologia

A metodologia utilizada para o projeto tem base nas sete etapas do processo criativo
de Gomes (2001) – a seguir a imagem explicativa – na definição do problema, técnicas
analíticas e de geração e avaliação de alternativas de Bonsiepe (1975), sendo também
utilizadas as técnicas de revisão de literatura com redação compilatória.

Figura 1: As etapas do processo criativo a ser utilizado no projeto


Fonte: Criatividade: Projeto>Desenho>Produto, 2001.
15

Segundo Bonsiepe, o método é um caminho racional para resolver um problema,


fornecendo maiores chances de sucesso para um determinado problema. O autor ainda
frisa que o designer tem de ajustar o processo projetual às possibildades locais,

implicando uma metodologia particular – o que pode misturar mais de um método


existente. Portanto, serão utilizados no decorrer no projeto, os aprofundamentos dos
métodos de Gui Bonsiepe (1983) e Redig, Frascara e Karl Heinz Bergmiller (1975), que
esmiúçam questões do desenho industrial, desenho gráfico, e embalagem,
respectivamente.
Contudo, para a compilação do projeto na monografia a seguir, segui o método de
Phillips e Pugh (1987), que organizam esta dissertação nas seguintes fases: Introdução,
Teoria de Fundamento, Teoria de Foco, Teoria de Dados, Contribuição e Considerações
Finais.

1.5. “Problematização” – Identificação

Para a organização do projeto, Bonsiepe (1983) criou o sistema demonstrado a


seguir:
O que: Redesign das embalagens de sucos naturais da empresa Petry;
Por que: Para a Petry agregar valor ao seu produto através das ferramentas do design,
fazendo com que a embalagem una aspectos estéticos à funcionalidade – e que o produto
se destaque dos demais.
Como: Através dos conhecimentos adquiridos durante o curso guiados pela metodologia
de Gomes (2001) – aliada ao método de Gui Bonsiepe (1983), Mike Baxter (1998) e Karl
Heinz Bergmiller (1975).

1.5.1. Taxonomia

Classificação:
 Reino: alimento;
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 Filo: Alimento líquido;


 Classe: Alimento líquido refrigerado;
 Ordem: Alimento Individual;
 Família: Alimento individual portátil;
 Espécie: suco de laranja.

2. TEORIA DE FUNDAMENTO
2.1. O Desenho Industrial

Segundo o INPI – Instituto Nacional da propriedade Industrial – (2009) considera-se


Desenho Industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o “anexo de linhas e
cores” que possa ser aplicado a um produto, resultando em algo com aparência nova e
original, podendo servir de tipo de fabricação industrial. Já o Registro de Desenho Industrial
é um título de propriedade temporária sobre um Desenho Industrial determinado pelo
Estado aos possuidores dos direitos sobre a criação.
Para Gomes Filho (2006) o desenho industrial projeta a elaboração,
desenvolvimento e processo de fabricação de produtos essencialmente de “configuração
física tridimensional”, incluindo o que o autor classifica como produtos de uso – tais como
utensílios domésticos, calçados, embalagens, etc. – maquinas e equipamentos –
ferramentas, acessórios e dispositivos com que os usuários possam manter uma interface
de utilização – produtos componentes de ambientes – como os que configuram postos de
trabalho e atividades inseridos em espaços arquitetônicos – e artigos do lar – como objetos
de cama, mesa e banho.
Um produto industrial, segundo o autor, deve ser classificado em um dos dois
conceitos fundamentais para sua compreensão: o produto simples, que é qualquer objeto
industrial fabricado configurado por poucas partes ou componentes – produtos
essencialmente simples, compostos de poucos componentes, que vão de embalagens de
cosméticos a cadeados - ou o produto sistêmico, que são produtos muito mais complexos
de serem projetados do ponto de vista industrial. Contudo, sendo simples ou complexo, é
essencial que o desenho industrial considere questões como a operacionalidade do
17

produto, sua ergonomia, e nos dias de hoje, cada vez mais, questões envolvendo
sustentabilidade.

2.2. O Desenho Gráfico

O Desenho Gráfico é uma forma de comunicar visualmente um conceito, mediante


técnicas formais, ligadas a referências da percepção visual. O desenho gráfico, cada vez
mais chamado de design gráfico, é tambem um meio de estruturar e dar forma à
comunicação impressa, resultando em aplicações de marcas, logotipos, símbolos,
embalagens, livros, jornais, revistas, posters, folhetos, catálogos, folders, placas e sistemas
de sinalização, camisetas, aberturas e vinhetas de cinema e televisão, web sites,
softwares, jogos, sistemas de identidade visual de empresas, produtos e eventos,
exposições, anúncios etc.
Este trabalho objetiva criar uma solução de design para uma determinada
embalagem de sucos, portanto, os aspectos mais relevantes do desenho gráfico para este
projeto, são tipografia e estudo de cores, que serão analisados a seguir.

2.2.1 Tipografia

Para Ferlauto e Jahn (2001) precisamos conhecer os tipos – hoje também conhecidos
como fontes – para perceber a funcionalidade e personalidade de suas formas. A tipografia
tem a função de transmitir mensagens em formato impresso, que possa ser entendido.
Fernandes (2003) revela que os tipos, quando juntos, são organizados por “famílias”,
sendo uma família tipológica o conjunto de todas as letras do alfabeto e algarismos
desenhados com parâmetros gráficos semelhantes.
Enquanto Fernandes (2003) e Ferlauto e Jahn (2001) atribuem a invenção dos tipos
móveis a Gutenberg, na Alemanha por volta de 1450, Ribeiro (2007) afirma que o mais
provável tenha sido que os chineses já utilizavam o processo desde 1041, ou seja, mais de
400 anos antes da descoberta de Gutenberg, que imprimiu aos seus tipos um design
gótico, de acordo com a estética da época. Conforme for, após o advento da tipografia
móvel pelos europeus, surgiram casas impressoras em todo o mundo, segundo Fernandes
18

(2003), que contribui afirmando que surgiram diversos designs de tipos – já que cada
tipógrafo e calígrafo criavam suas próprias tipologias.
As letras móveis, segundo Ribeiro (2007), inicialmente reproduziam textos com caracteres
de madeira unidos por barbante – técnica já realizada pelos chineses, como já afirmara -
mas passaram a ter maior precisão quando no processo foram incluídos tipos de metal.
Ferlauto e Jahn (2001), apesar de terem conhecimento dos avanços dos chineses quanto
aos tipos, explicam que Gutenberg os criou de fato, pois inventou o processo que consiste
em uma liga de chumbo e antimônio, que imprime tipos no papel.
Segundo Fernandes (2003), Tebedeu por volta de 1700 na França, classificou as
primeiras “famílias de tipos” de acordo com seu design. Ferlauto e Jahn (2001) contribuem
diferenciando as classificações quanto à tipologia sob o ponto de vista europeu clássico e
norte-americano.
Entre as tipologias, de acordo com a classificação européia clássica, são citados os
seguintes grupos: Humanistas – baseados nos primeiros tipos romanos, como os alfabetos
Italian Old Style e Verona, não são comuns atualmente; Old Style - antigo estilo que se
baseia em uma variação dos grupos de fontes Humanistas, tendo diversas variações
conforme o país onde foi empregado, sendo as mais famosas as fontes Garamond e
Goudy Old Style; Transicionais, que em meados do século XVIII passaram a substituit a
Old Style, com fontes como Baskerville e Bookman; Modernos – criados principalmente
pelo italiano Giambattista Bodoni, que criou entre outras fontes, conhecidas por sua
elegância, a que leva seu sobrenome; Slab serif – com serifas retas, como Menphis; Sem
serifa – criadas a partir do século XIX e muito usadas até hoje, como Arial e Helvética - e
Displays – criadas no ultimo século, inclassificáveis como com ou sem serifa, como
Bauhaus e Broadway.
Já de acordo com os norte-americanos, especialmente Allan Haley, as tipologias são
já existentes são agrupadas as novas, sendo todas re-classificadas em: Old Style – onde
há subdivisões entre Veneziano, Andino (de fontes como Garamond), Holandês e Revivals;
Transicionais; Moderno – com subdivisões entre Didone e Século XX; Clarendon – que
subdivide os estilos Século XIX,que carrega fontes como Bookman, e NeoClarendon; Slab
Serif; Glíficos; Sem Serifa – com a subdivisão entre Grotesque, Neo Grotesque,
Geométrico, Humanístico e Quadrada; Scrips e Gráficos.
19

Entretanto, Fernandes (2003) e Ribeiro (2007) propõem outra forma de diferenciação


entre as “famílias tipológicas”, muito mais simples. Estas são classificadas em grupos:
Grupo das Famílias Lapidárias ou Bastões – caracterizados pela ausência de serifa
representam uma leitura rápida e objetiva, sendo exemplos fontes como Arial e Helvética;
Grupo das Famílias Romanas Antigas ou Euzevires – típicas de jornais, fontes como Times
New Roman e Garamond, apresentam hastes e curvas com suaves contrastes entre si,
contendo serifas com desenhos triangulares; Grupo das Famílias Romanas Modernas ou
Bodonis – com serifas lineares e pesadas, comuns para realizar um impacto visual, como
Bodoni; Grupo das Famílias Cursivas ou Caligráficas- letras com aparência de manuscrita
livre, como Comic Sans - e Grupo das Famílias Fantasias – aquelas que não se
enquadram nas demais citadas, sendo variadas as fontes com boa ou ruim legibilidade por
exemplo.
Fernandes (2003) contribui elaborando sobre as classificações específicas, como
aquela que se refere à inclinação – podendo ser normais ou Itálicas, isto é, inclinadas para
um ângulo que não seja 90 graus – e à tonalidade – normais, em Negrito, mais fortes e
grossas, ou Lights, mais finas e leves.
Ribeiro (2007) conclui afirmando que a tipografia, deve ser cuidadosamente aplicada
a textos, explicando que cada texto deve formar uma unidade, mesmo que composto de
fontes diferentes. O título deve sempre chamar a atenção do leitor, havendo uma transição
entre as letras do título, do subtítulo e do texto em si. O autor também acredita que a
escrita impressa deve realizar uma interpretação do sentido expressivo do que está escrito,
por isso é importante a escolha do tamanho, comprimento da linha, espessura e estilo das
fontes adequadas a cada texto ou composição gráfica.

2.2.2 Cores

Segundo Farina (1999) as cores podem servir para transmitir determinadas


mensagens. Apesar de poder ter sentidos diferentes para diferentes culturas, as cores tem
tamanha força que ultrapassa barreiras de cultura, local e tempo, podendo ser
compreendida pelas mais diversas pessoas. Baer (1999) afirma que os designers usam
20

muito as cores para gerar efeitos visuais, para estes serem percebidos e relacionados a
diferentes estímulos.
Ribeiro (2007) afirma que, em termos de impressão no design editorial é importante
conhecer principalmente o sistema CMYK, sigla para designar as cores ciano, magenta,
amarelo – representado pelo “y”, de yellow, amarelo em inglês – e preto - representado
pelo “k” –um dos sistemas mais utilizados em diversos tipos de impressões, principalmente
as digitais e offset. Este processo faz com que a combinação destas quatro cores, através
da tinta destas, possa reproduzir uma gama de outras milhões de cores. Já o sistema
conhecido como RGB, sigla para vermelho – representado pela letra “r”, de red – verde –
representado pela letra “g”, de green – e azul – representado pela letra “b”, de blue – é o
sistema de projeções de luz - como monitores e televisores – em que as cores
representadas pela sigla RBG, juntas, sao combinadas de uma forma que conseguem
reproduzir outras diversas.
Alem destes dois sistemas, existe tambem o sistema Pantone, que tem uma tinta
para cada cor – ao invés de realizar misturas – imprimindo uma cor mais precisa.

2.3. A Embalagem
2.3.1 A história da embalagem

Segundo a ABRE - Associação Brasileira de Embalagens – (2009) as primeiras


embalagens surgiram há mais de 10.000 anos quando o homem procurou uma forma de
transportar e proteger seus objetos. No século I já se utilizavam recipientes de vidro, mas
grandes mudanças nas embalagens começaram a ocorrer no final do século XVIII em
diante. Em 1795, na França, Napoleão Bonaparte ofereceu um prêmio para quem
encontrasse uma forma de conservar alimentos por longos períodos permitindo transportá-
los a longas distâncias, e quem recebeu este prêmio foi Nicolas Appert, que descobriu que
o aquecimento de alimentos em recipientes fechados poderia interromper o processo de
fermentação, iniciando a comercialização de alimentos conservados em garrafas.
21

Figura 2: Nicolas Appert, que vedou alimentos em embalagens


Fonte: Encyclopedia Britannica Online. Disponível em: <
http://www.britannica.com/EBchecked/topic/30573/Nicolas-Appert>. Data de acesso: 15 de maio de 2009.

Em 1810, na Inglaterra, O britânico Peter Durand teve a idéia de substituir o vidro pelo
estanho para conservar alimentos – pois tal como o vidro, o estanho podia ser selado
hermeticamente, não é quebrável e é muito mais fácil de manusear. Os também britânicos
Bryan Donkin (imagem abaixo) e John Hall usaram sua patente, criando a primeira fábrica
de latas do mundo. Em 1813 já enviavam latas de alimentos para o exército britânico – e
estas se disseminaram pelo mundo, sendo um tipo de embalagem utilizada até os dias de
hoje.

Figura 3: Bryan Donkin - que juntamente com John Hall criaram a primeira fábrica de latas do mundo
Fonte: Encyclopedia Britannica Online. Disponível em: <
http://www.britannica.com/EBchecked/topic/169150/Bryan-Donkin>. Data de acesso: 15 de maio de 2009.

O século XX foi determinante para a disseminação de diversos tipos de embalagens,


primeiro com a disseminação de latas de aço, estanho e posteriormente, de alumínio, e
depois com o surgimento do plástico como matéria-prima- fato contribuído ao belga Leo
Baekeland, que criou a baquelite, o primeiro polímero sintético, podendo ser considerado o
primeiro plástico - permitindo realizar uma infinidade de novos formatos e tamanhos de
embalagens. O pós guerra contribuiu muito para a disseminação das embalagens, pois
entrava uma era de supermercados e serviços self service – ou seja, a embalagem se
22

tornou importante também para conter as informações de determinado produto, pois não
haveria mais alguém dando explicações a respeito do mesmo.
Um fato importante na historia da embalagem foi o surgimento da empresa Tetra Pak,
em 1951, que revolucionou a embalagem, primeiro com a “Tetra Classic”, uma embalagem
feita usando um sistema de cartolina forrada em plástico, usado para guardar e transportar
leite, e depois, nos anos 60, com a embalagem conhecida até hoje por “Longa Vida”, que
uniu ultra-pasteurização com embalagem asséptica, permitindo a proteção do leite sem
necessidade de conservantes e refrigeração.

Figura 4: Embalagens Tetra Pak (Tetra Classic e “Longa Vida”)


Fonte: Tetra Pak, 1951 e 1961

As embalagens, inicialmente denunciavam seu conteúdo principalmente pelo seu


formato, o que, de certa forma é utilizado ate hoje – pelo formato ainda conseguimos
identificar uma garrafa de vinho a uma de refrigerante, por exemplo – mas logo houve a
necessidade de identificar os produtos através da linguagem visual atribuindo a esta os
recursos gráficos disponíveis em cada época.
Nos dias atuais, a criação e desenvolvimento de embalagens é uma tarefa cada vez
mais complexa, tendo não somente que identificar e proteger um produto, mas também
torná-lo atraente sendo funcional – e considerando questões ambientais como a
sustentabilidade – algo totalmente fora de cogitação há cinqüenta anos, já que a partir
deste século XXI que tomamos contato com questões como o aquecimento global.

2.3.1.1 A história da embalagem no Brasil

Segundo Cavalcanti e Chagas (2006) até metade do século XIX as embalagens eram
escassas, até porque ainda estava em vigor um decreto imperial que impedia que a
23

fabricação nacional. As primeiras embalagens que se tem conhecimento no Brasil foram


caixotes de açúcar e latões de leite, estes a seguir retratados em pintura de Debret.

Figura 5: Escravos carregam latões de leite no século XIX


Fonte: A pintura é pertencente ao livro “Historia da Embalagem no Brasil” (2006) e o esboço do latão é de
minha autoria (2009).

As primeiras fábricas que produziram embalagens em escala industrial foram as de


sacaria, que produziam principalmente sacos de juta para o transporte e armazenamento,
principalmente de café.

Figura 6: Época da “sacaria” no porto de Santos


Fonte: “Historia da Embalagem no Brasil”, 2006

Segundo a ABRE - Associação Brasileira de Embalagens – (2009) até o final da


Segunda Guerra Mundial, em 1945, no Brasil existiam pouquíssimos produtos que
dispunham de embalagens, sendo estes alguns poucos alimentos, como o leite em garrafa,
e alguns produtos industrializados como cigarros, cachaça e perfumes - sendo os demais
produtos pesados e embrulhados em algum tipo de papel.
24

Após a guerra houve um processo de industrialização, demonstrado ate mesmo


através da proliferação de supermercados, o que impulsionou a demanda por embalagens
que permitissem o transporte dos locais onde os produtos eram fabricados, ou colhidos,
para os grandes centros consumidores, mantendo-se estáveis por longos períodos de
estocagem – que puderam ser desempenhadas cada vez mais após a implantação da
Companhia Siderúrgica Nacional, no início dos anos 40, foi possível fornecer às indústrias
de produtos químicos, tintas, cervejas, refrigerantes e alimentos as embalagens metálicas.
A partir da década de 60 a produção de embalagens plásticas começou a crescer
ferozmente. Na mesma década, as grandes companhias de embalagem fundaram a
Associação Brasileira de Embalagem, com o objetivo de promover o desenvolvimento do
setor no Brasil.
A partir do final dos anos 80 começaram a surgir as primeiras garrafas PET no Brasil -
que logo substituíram definitivamente as garrafas de vidro de refrigerantes e outros
diversos produtos. Segundo a ABRE (2009), desde a década de 70 até os dias de hoje, a
indústria nacional de embalagens vem tentando acompanhar as tendências e a tecnologia
mundiais. A partir do começo dos anos 2000, o Brasil começa a reciclagem em larga
escala de garrafas de poliéster e PEAD, tentando se adequar na preocupação com o meio
ambiente.

2.3.2 Materiais para embalagens

Ao se estudar as embalagens, conhecer a matéria prima com que são feitas é


essencial, pois estas podem fazer com que varie consideravelmente custos, finalidade de
uso e tecnologia de cada embalagem. Segundo Mestriner (2006) as matérias-primas mais
comuns são as seguintes:
 Vidro: um dos mais antigos materiais usados para a fabricação de embalagens, ainda
é utilizado, pois protege o sabor de certos alimentos, alem de serem embalagens laváveis,
reutilizáveis e 100% recicláveis. Embalagens de vidro, que costumam vir no formato de
garrafas, frascos, potes, ampolas e copos, costumam armazenar medicamentos,
cosméticos, alimentos e bebidas, preservando-lhes o sabor e protegendo-os contra a
25

transmissão de gases, também podendo conter produtos químicos, impedindo a liberação


de gases tóxicos;

Figura 7: Embalagens de vidro, 2009.


Fonte: Embalagem Marca. Disponível em
<http://www.embalagemmarca.com.br/embmarca/menu/edicoes_anteriores/2005/novembro/reportagem_de_c
apa_embalagens_de_vidro?eZSESSIDembmarca=ec7efc79ebe68a5c1767499014418c96>. Acesso em 20
de junho de 2009.

 Metal: Tradicionais, as embalagens de metal preservam alimentos durante um tempo


razoável, aumentando seu tempo de venda, e podendo resistir à pressão mecânica.
Costumam armazenar de bebidas a conservas. São recicláveis;

Figura 8: Embalagens de metal, 2009.


Fonte: Newsroom. Disponível em:
<http://www.qinetiq.com/home/newsroom/news_releases_homepage/2006/4th_quarter/Crown_teams_up_with
_QinetiQ_to_resolve_challenges_of_RFID_on_metal_packaging.html>. Data de acesso: 16 de junho de 2009.

 Madeira: caixas, engradados ou barris de madeira costumam armazenar produtos,


como bebidas, equipamentos e maquinas;
26

Figura 9: Embalagens de madeira, 2009.


Fonte:Brandit. Disponível em:
<http://www.brandit.pt/images/stories/produtos/embalagens/madeira/vinhos/ejemplos%20personalizaciones%
20botellas.jpg>. Data de acesso: 16 de junho de 2009.

 Papel e papelão: podendo ser moldadas em vários formatos, são relativamente leves
e ocupam pouco espaço de armazenamento. Papéis encerados são comumente usados
para embalar alimentos. Caixas de cartão se tornam resistentes à água através de
camadas de polietileno. O sucesso destas embalagens tem atraído cada vez mais
segmentos dentro do setor alimentício, como por exemplo, o de leites, sucos e iogurtes
para beber. O papel e o papelão são matérias-primas 100% biodegradáveis e recicláveis;

Figura 10: Embalagens de Papel e papelão, 2009.


Fonte: Great Little Box. Disponível em: <http://www.greatlittlebox.com/products/protective-packaging/>. Data
de acesso: 16 de junho de 2009.
27

 Plásticos: introduzidos nas embalagens no pós-guerra, englobam, entre outros,


filmes, sacos, tubos, engradados e frascos. As embalagens de plástico são leves e podem
ser moldadas em diversos formatos.
Os principais plásticos usados são o Polipropileno (PP) - muito utilizado para moldar
tampas, pequenos frascos, rótulos para garrafas de refrigerante, potes de margarina, etc –
o Poliestireno (PS) – usado na forma transparente ou composto para produção de
utensílios de mesa, ou forma de espuma, usado para xícaras de bebidas quentes e outros
recipientes isolantes para comida e caixas para ovos– o Policloreto de Vinila (PVC) -
usado para fabricar frascos rígidos e maleáveis, blister e filmes, e outras embalagens para
as quais existe a necessidade de barreiras, alem da fabricação de bens duráveis, sendo
usadas também em cosméticos, produtos de limpeza e da indústria automobilística, área
médica e alimentícia, etc. - Polietileno tereftalado (PET) - utilizado principalmente para a
produção de frascos de refrigerantes e águas minerais, e o Polietileno de alta densidade
(PEAD), usado em frascos de laticínios, água mineral e sucos de frutas. Pigmentado, é
usado, em frascos de maior volume, para detergentes de roupa, branqueadores, óleo de
motor, etc.

Figura 11: Embalagens de plástico, 2009.


Fonte: Polyesp. Disponível em: <http://www.polyesp.com.br/imagens/product.jpg/>. Data de acesso: 16 de
junho de 2009.
28

 Materiais mistos: Tetra Pak é o nome patenteado de embalagens compostas por


seis camadas de materiais, na seguinte ordem: a camada externa, de polietileno, um
plástico derivado do petróleo, no qual se imprimem a marca e informações gerais sobre o
produto; papel cartão; papelão; polietileno de baixa densidade; alumínio; e uma última
camada também de polietileno. O sucesso deste tipo de embalagem se deve ao aumento
da durabilidade do produto embalado sem necessidade de refrigeração.

2.3.3 Processo de fabricação das embalagens

Segundo Negrão e Camargo (2008) cada projeto deve ter um processo de fabricação,
considerando a matéria-prima utilizada, o design, os prazos, o volume de produção, entre
outras especificações. Os autores afirmam que o processo de fabricação é classificado em
quatro grupos: a conformação – que é o processo pela qual a matéria-prima é submetida
para modificar sua forma e pode ser feito através de diversos processos, os quais serão
explicados a seguir, como fundição, laminação, repuxo, injeção, rotomoldagem,
calandragem, extrusão, forjamento, vacuumforming, sopro e compressão - melhoria – que
é o aprimoramento da matéria, através de pinturas, impressões, etc. – separação – parte
do processo que envolve cortes e usinagem - e união – os “acabamentos”, que incluem
soldagem, adesivagem, etc. Existem diversos processos para a manufatura da
embalagem, contudo, alguns deles só funcionam em determinadas matérias primas, como
mostra o quadro a seguir.
29

Figura 12: Processos de produção, 2008.


Fonte: Design de Embalagem

2.3.3.1 Conformação – tipos de moldagens

Como foi observado acima, alguns tipos de moldagem só funcionam aliados a


determinadas matérias-primas. Os metais, em estado líquido podem ser submetidos ao
processo de fundição, em estado plástico, podem ser submetidas aos processos de
forjamento, extrusão e calandragem, e em estado sólido, podem sofrer calandragem,
conformação, forja, repuxo, trefilação e sinterização.
As cerâmicas e os vidros, quando líquidos podem ser alteradas através da fundição,
laminação e repuxo, quando em estado plástico, por extrusão, prensagem, e sopro, e
quando sólidos, por compressão (pó).
Já a madeira só pode ser alterada no estado solido, através da prensagem, e os
polímeros, podem ser moldados através dos seguintes processos: quando líquidos, através
30

da injeção, rotomoldagem, calandragem, extrusão, transferência e pultrusão, quando


plásticos, através do vacuumforming, e sólidos, através da compressão.
Os processos mais utilizados, segundo Negrão e Camargo (2008) e Lima (2006) , são
explicados a seguir:
 Sopro – via injeção e extrusão: em geral utilizado na obtenção de peças ocas
através da insuflação de ar no interior do molde, de forma a permitir a expansão da
matéria-prima, até a obtenção da forma desejada. A moldagem por sopro pode ser
separada em dois tipos: moldagem por sopro via injeção (e injeção com estiramento) e
moldagem por sopro via extrusão, A diferença entre os processos está relacionada com a
maneira de se produzir a pré-forma – o parison.
No sopro via injeção, o primeiro passo é a produção de uma peça injetada via
moldagem por injeção, depois há o fechamento do molde sobre a peça oca, para a
introdução de ar comprimido para expandir a peça oca até a forma final, e depois há o
resfriamento e extração da peça soprada – como mostra a figura a seguir.

Figura 13: Sopro via Injeção


Fonte: Laboratorio de Engenharia de Polimeros e Compositos da UFMG. Disponível em:
<http://www.demet.ufmg.br/docentes/rodrigo/>. Data de acesso: 16 de junho de 2009.
31

Já na moldagem por sopro via extrusão, a pré forma – o parison- é produzida via
extrusão, o qual é posteriormente inflado dentro de um molde. O processo pode ser
contínuo, onde a pré-forma dentro do molde se move para longe da “extrusora” e uma nova
pré-forma é instalada em um novo molde.

Figura14: Sopro via Extrusão


Fonte: Laboratorio de Engenharia de Polimeros e Compositos da UFMG. Disponível em:
<http://www.demet.ufmg.br/docentes/rodrigo/>. Data de acesso: 16 de junho de 2009.

 Injeção: nesta técnica de moldagem, a matéria-prima é injetada a alta pressão em um


molde. O molde é mantido a uma temperatura pré-fixada enquanto a matéria-prima esfria.
Em seguida, as metades são abertas e o artigo final é expulso. Para partes pequenas,
muitos moldes são montados em uma máquina, e a matéria-prima fundida é injetada
simultaneamente em todos eles. Os
artigos obtidos já podem ser rígidos ou flexíveis, compactos ou expandidos, inclusive ocos.
O processo de co-injeção permite produzir artigos como almas rígidas (metálicas ou
poliméricas) colocando-os no molde antes da injeção final
32

Figura 15: Moldagem por injeção


Fonte: Processamento termomecânico de plásticos – Universidade Rio Verde. Disponível
em:<www.engmec.fesurv.br/Aula6_pl%E1sticos_process_reciclagem.ppt>. Data de acesso: 16 de junho de
2009.

 Extrusão: A extrusão é um processo de produção de componentes mecânicos de


forma semi-contínua onde o material é forçado através de uma matriz adquirindo assim a
forma pré determinada pelo projetista da peça.
Os materiais mais utilizados no processo de extrusão podem ser o cobre, chumbo,
aço, magnésio, aluminio e polímeros em geral. Este processo costuma obter tanto produtos
flexíveis, como sacolas, como produtos rígidos como, canos de PVC.

Figura 16: Processo de Extrusão


Fonte: Processamento termomecânico de plásticos – Universidade Rio Verde. Disponível em:
<www.engmec.fesurv.br/Aula6_pl%E1sticos_process_reciclagem.ppt>. Data de acesso: 16 de junho de 2009.
33

 Rotomoldagem: Neste processo a matéria-prima fluída e sob rotação modela os


produtos. Geralmente a rotação do molde é bi-axial, ou seja, em dois eixos simultâneos, e
o molde pode ser aquecido ou não, durante o processo.
Os únicos materiais que podem ser utilizados neste processo são os plásticos. A
rotomoldagem é muito utilizada nas resinas elastoméricas (emborrachado) para produzir
cabeças de bonecas, grandes containeres e peças rígidas de alta complexidade na
extração do molde.
 Termoformagem: é realizada a partir do aquecimento de uma chapa de resina
termoplástica, que é introduzida no molde fixado em uma prensa, que molda o produto.
Este processo é utilizado na produção de vasilhames descartáveis, como copos, pratos,
etc. A termoformagem compreende demais processos, entre eles o vacuumforming, que é
a termoformagem a vácuo, obtendo produtos como blisters - embalagens transparentes
conjugadas com papel ou cartão- brinquedos, expositores, peças automotivas,
componentes para indústria moveleira e de utensílios, tais como divisores de gavetas,
racks, porta-CDs, bandejas odontológicas e cirúrgicas, gabinetes para banheiro, lixeiras,
entre outros diversos produtos, normalmente em materiais como PVC, poliestireno e
polipropileno.

Figura 17: Produtos obtidos através do vacuumforming


Fonte: Dongjin Chemical Co.Ltd Disponivel em:
<http://pochun.ecplaza.net/hbuilder.do?cmd=catalogView&MemberID=dongjin&CatalogID=213>. Data de
acesso: 16 de junho de 2009.
34

 Calandragem: é um processo utilizado para a confecção de filmes planos, chapas e


laminados. A matéria-prima conformada sob pressão na passagem pela calandra -
composta de rolos polidos – o processo pode ser comparado a laminação de metais,
obtendo materiais com bom acabamento e espessura constante.
 Fundição: é um dos processos mais antigos. Quase sempre para baixa produção, é
muito utilizado para produção de protótipos. Consiste em despejar a resina líquida
adicionada a outras substâncias enrijecedoras dentro de um molde.

Figura 18: Processo de Fundição


Fonte: Laboratório de Engenharia de Polimeros e Compositos da UFMG. Disponível em:
<http://www.demet.ufmg.br/docentes/rodrigo/>. Data de acesso: 16 de junho de 2009.

2.3.4. Sistemas de fechamentos das embalagens

Muitos problemas ocorridos com relação à conservação de produtos são devido ao


desempenho insatisfatório do sistema de fechamento. Esses problemas sucedem tanto em
relação ao material e sistema da tampa, quanto às características de vedação do gargalo.
Negrão e Camargo (2008) afirmam que atualmente existe uma ampla variedade de
tampas disponíveis, cada uma delas compatível com um tipo de terminação, geralmente
padronizadas. Para qualquer sistema de fechamento destinado a alimentos e bebidas, são
recomendadas principalmente: que estes sejam eficientes, seguros - impossibilitando
qualquer vazamento do conteúdo e ou que substâncias externas penetrem na embalagem
– que estes apresentem inércia em relação a possíveis interações indesejáveis com o
35

conteúdo, e que sejam práticos e convenientes - permitindo fácil abertura e fechamento


posterior.
É importante ressaltar que cada tipo de embalagem – seja no formato, material e uso
– tem fechamentos mais apropriados. O sistema easy-open, ou “abre fácil”, facilitou a
abertura de latas - pois tem uma espécie de “anel” para ser puxado, não havendo a
necessidade de um abridor de latas.

Figura 19: Easy Open - Tampa abre-fácil


Fonte: Wikimedia. Disponivel em:<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Can>. Data de acesso: 16 de junho
de 2009.

Contudo, esse exemplo é facilitador para esta função, mas inadequado na abertura e
fechamento de um suco natural, já que este estaria mais adequado armazenado em um
cilindro de vidro ou plástico, ou mesmo em uma caixinha Tetra Pak, mas que possa ser
aberto e fechado continuamente. A seguir são mostrados alguns outros sistemas,
escolhidos por serem mais pertinentes relacionados a este projeto – que almeja produzir
uma embalagem para sucos.
36

Figura 20: Tampas diversas – aplicáveis a garrafas de plástico ou vidro, 2008.


Fonte: Design de Embalagem.

2.3.5. Rótulos

Mestriner (2006) afirma que os rótulos são fundamentais para identificação,


diferenciação e comunicação de uma embalagem. A riqueza visual que se pode obter
através dos rótulos é enorme, mas alem de envolver questões gráficas como tipografia,
editoração, composição, e cores, os rótulos muito devem as tecnologias disponíveis, que
assim como as tecnologias das embalagens, crescem freneticamente.
Apesar dos rótulos com papel e cola continuarem em uso em diversos produtos
comuns , cada vez mais os rótulos tipo manga ou rótulo sleeve – rótulo tubular que “veste”
a embalagem, sem uso de cola – e os sleeves – um rótulo encolhível que adere a
superfície da embalagem, contornando-a como uma pele.
37

Figura 21: Rótulo de papel e cola, rótulo sleeve “manga” e sleeve.


Fonte: sites diversos.

2.3.6. Legislação

Qualquer rótulo nutricional, para ser comercializado no país, segundo a Anvisa –


Agência Nacional de Vigilância Sanitária – (2001) deve conter as informações básicas do
nome do produto, lista de ingredientes que compõe o produto, quantidade em gramas ou
mililitros que o produto apresenta, prazo de validade do produto, e identificação da origem
do produto. Alem disto, os rótulos também devem conter as informações nutricionais, que
consistem em Valor Calórico, Carboidratos, Proteínas, Gorduras Totais, Gorduras
Saturadas, Colesterol, Fibra Alimentar, Cálcio, Ferro e Sódio, alem do Percentual de Valor
Diário, que são as quantidades dos nutrientes que a população brasileira deve consumir
para ter uma alimentação saudável.

2.3.7. Sustentabilidade aplicada ao design de embalagens

Segundo Kazanian (2005) o desenvolvimento sustentável é aquele que atende às


necessidades do presente sem afetar a possibilidade de as gerações futuras atenderem às
suas próprias necessidades, ou seja, é o equilíbrio na convivência entre o homem e o meio
ambiente. Atualmente, com temores como o aquecimento global, o mundo esta voltado,
38

cada vez mais, para questões de sustentabilidade, portanto, as embalagens devem se


adaptar a esta realidade.
Para se encaixar a este conceito de sustentabilidade, uma embalagem deve ser
ecologicamente correta, economicamente viável, socialmente justa, e culturalmente aceita.
Assim, fatores comoconhecimento em reciclagem são fundamentais para considerar
qualquer projeto de embalagem.
A simbologia dos polímeros, que é utilizada para a facilitação do processo de
reciclagem, é colocada a seguir.

Figura 22: Simbologia da reciclagem:


1. Poli (tereftalato de etileno). Utilizado em garrafas de refrigerantes, frascos de detergentes, etc.
2. Polietileno de alta densidade. Utilizado em engradados de bebidas, baldes, etc.
3. PVC - Poli (cloreto de vinila). Utilizado em tubos de conexões
4. Polietileno de baixa densidade. Utilizado para conservação de alimentos, sacos de lixo, etc.
5. Polipropileno. É a mais jovem entre as matérias plásticas e conseguiu, em poucos anos, um
desenvolvimento produtivo e uma variedade de aplicações como em potes de margarina, seringas
descartáveis, etc.
6. Poliestileno. Utilizado na fabricação de copos descartáveis, embalagens de alimentos, etc.
7. Polímero não indicado
Fonte: Haverá a idade das coisas leves, 2005.

3. TEORIA DE FOCO
3.1. Design de Embalagens de Sucos

Segundo a ABIR – Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas


não Alcoólicas – (2009) a produção de sucos prontos embalados teve um impulso nos EUA
a partir da década de 30, com o enlatamento de suco natural preservado em solução de
dissulfito de potássio.
Já no Brasil foi só a partir da década de 60, quando fenômenos climáticos geraram
uma grande demanda por sucos de laranja nos EUA, o que o Brasil supriu se tornando um
dos lideres em produção de sucos - fato que permanece ate os dias de hoje, já que o país
é responsável por aproximadamente 80% do suco de laranja concentrado congelado
39

exportado no mundo. Segundo a ABRE – Associação Brasileira de Embalagens - (2009)


desde a década de 70, ate os dias de hoje a indústria nacional de embalagens vem
acompanhando as tendências e a tecnologia mundiais, inclusive no mercado de sucos.
O periódico Nutrinews (2008) afirma que o consumo de sucos é muito amplo e
oferece várias formas que se modificam de acordo com o ambiente, custos, tipo de público,
processos, equipamentos e receitas – sendo um mercado que apresenta um enorme
potencial a ser explorado. No entanto, alem de algumas regiões, como o Rio Grande do
Sul, serem bastante conservadoras em relação a algumas novidades, até mesmo a Coca
Cola (2008) afirma que alguns mercados específicos de sucos ainda não são muito bem
explorados, como o infantil – mercado que a empresa já esta tentando atender, ao lançar
os sucos Kapo.

Figura 23: Coca-Cola lança os sucos Kapo no Brasil


Fonte: Empório São Paulo. Disponível em: <emporiosaopaulo.com.br>.Data de acesso: 23 de abril de 2009.

Apesar de o Brasil estar tentando acompanhar as tendências mundiais nas questões


de embalagens, fatos como o conservadorismo dos consumidores ainda faz com que este
processo seja mais lento. No entanto, em alguns outros lugares do mundo, muitos sucos
tem se destacado justamente por suas embalagens ousadas e inovadoras – feitas de
plástico, vidro ou nas embalagem Tetra Pak - que se destacam das demais no ponto de
venda, como pode ser observado nas imagens a seguir.
40

Figura 24: Sucos Tetra Pak do mundo


Fonte: Sites diversos – compilação do autor, 2009.
41

Figura 25: Sucos em garrafas plásticas do mundo


Fonte: Sites diversos – compilação do autor, 2009
42

Figura 26: Sucos em lata do mundo


Fonte: Sites diversos – compilação do autor, 2009
43

Figura 27: Sucos em garrafas de vidro no mundo


Fonte: Sites diversos – compilação do autor, 2009
44

3.2 Os Sucos Petry

A Petry Comércio de Alimentos Ltda foi fundada em 1972 em Ivoti – no interior do Rio
Grande do Sul - por Arno Otto Petry e alguns sócios, que atuavam no comércio atacadista
de frutas cítricas, batata e cebola.
A partir de 1995, a empresa iniciou sua indústria de sucos naturais, produzidos sem
adição de água, açúcar ou aditivos, e elaborado a partir de frutas selecionadas e
higienizadas. No inicio só eram fabricados sucos de laranja - sendo os sabores uva e
maracujá, somados a linha três anos depois. As embalagens, contudo, continuam as
mesmas desde 1995.
Em 2001 a empresa lançou a “Petryco”, que produz sucos artificiais, contendo
vitamina C e com um prazo de validade maior do que os sucos naturais. Atualmente todas
as atividades da empresa estão em andamento, estando a matriz em Ivoti, voltada
principalmente para a produção e comercialização de sucos - que alem dos sucos naturais
e da “Petryco”, também produz água de coco com a marca Petry e possui uma terceira
marca, a “Pety bon”, que produz uma mistura de sucos naturais integrais com um
concentrado de laranja, água e açúcar.
A Petry possui uma frota de logística própria composta de veículos frigoríficos e
automóveis de apoio, além de serviços terceirizados integrados. Conta com representantes
em Porto Alegre, na Serra Gaúcha, na Região Central, no Litoral e no Sul do Estado do Rio
Grande do Sul e ainda no estado de Santa Catarina.
Os produtos podem ser encontrados em todas as grandes redes de supermercados,
mercados de bairros, padarias, cantinas de escolas e universidades, hospitais, hotéis, lojas
de auto-serviço, restaurantes, bares, pizzarias, etc. no Estado do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina.
A seguir serão demonstradas imagens de todas as linhas da Petry, contudo, este
projeto deve-se focar nos produtos mais vendidos e conhecidos da empresa: a linha de
sucos naturais da Petry. Deve-se conceber uma nova proposta de embalagens para os
sucos naturais da empresa nos sabores laranja, uva e maracujá.
45

Figura 28: Linha de sucos naturais Petry (de laranja, uva e maracujá)
Fonte: Petry Comércio de Alimentos Ltda
46

Figura 29: Linha de sucos artificiais Petryco (de laranja, uva e pêssego) e Linha de sucos naturais
pasteurizados Pety bon (de laranja)
Fonte: Petry Comércio de Alimentos Ltda

4. TEORIA DE DADOS - COLETA E ANÁLISE DE DADOS

4.1. Análise Denotativa

O dicionário Michaelis (2009) tem as seguintes definições para os termos:

Embalagem:
sf (fr emballage) 1 Ato ou efeito de embalar; acondicionamento,
enfardamento. 2 Proteção externa da mercadoria, para a sua
apresentação no mercado, consistindo em sacos de tecido,
papel ou matéria plástica; em folhas de papel, de celofane ou
estanho; em caixas de papelão etc.; acondicionamento. 3
Astronáut Conjunto de partes, peças e subconjuntos de um
foguete, levando-se em consideração o ambiente, anulação de
calor, manutenção, manuseio. 4 Astronáut Conjunto ordenado
47

de aparelhamento no míssil. 5 Astronáut Preparo para


embarque.
Tampa:
sf (gót tappa) 1 Peça móvel com que se tapa ou cobre uma
caixa, um vaso ou qualquer recipiente; tapador, tapadouro,
tapadura. 2 Prensa de penteeiros em que se apertam os pentes
para lhes aperfeiçoar os bicos. 3 gír Cabeça. 4 gír Chapéu. T.
do juízo, pop: o crânio. T. acústica, Inform: cobertura que
diminui o ruído de uma impressora barulhenta. T. de rosca:
tampa de plástico, usada em garrafas (geralmente de
refrigerante), que se abre ao ser girada com as mãos.

Rosca:
(ô) sf (voc pré-românico) 1 Sulco espiralado na parte interna
das porcas ou na parte externa dos parafusos. 2 Espiral dos
saca-rolhas, das verrumas etc. 3 Espiral da coisa que se
enrosca ou se move tortuosamente; tortuosidade, volta. 4 Pão,
geralmente doce, feito em forma de cilindro retorcido. 5 Bolo de
farinha que se assemelha a uma argola retorcida. 6 Cada uma
das voltas da serpente quando se enrola. 7 Certo jogo popular.
8 gír Mulher apetecível. 9 pop Denominação dada às lagartas
de mariposas que se enrolam ao serem tocadas. 10 Verme da
terra que ataca as raízes de certas plantas. s m+f 1 Pessoa
manhosa. 2 Coisa ordinária. R.-de-mula, Bot: V saca-rolhas.
Fechar a rosca: em uma série de objetos dispostos em círculo,
engatar o último no primeiro

Rótulo:
sm (lat rotulu) 1 Pequeno impresso de formato variável,
geralmente em cores, quase sempre ornamentado com filetes,
gravuras etc., e que serve para colar em frascos, garrafas,
latas, caixas etc., para indicar o seu conteúdo. 2 Dístico,
etiqueta, legenda, marca, letreiro. 3 Ralo ou grade em portas,
janelas, confessionários, rodas de convento etc. 4 ant Rolo de
pergaminho usado pelos copistas para nele escrever. 5 Tip
Retângulo de pele, em geral de cor diferente da lombada, onde
se cola, e que traz o título do livro. 6 Os dizeres da lombada de
um livro. 7 Inform V nome do volume

Selo:
(ê) sm (lat sigillu) 1 A impressão de um sinete ou carimbo em
um material plástico, como argila, cera, lacre etc. 2 Carimbo de
uma autoridade, com as armas ou a divisa do Estado, posto em
documentos, para autenticá-los ou validá-los. 3 Marca, tal como
emblema, símbolo, palavra, monograma etc. usada para
identificar ou substituir a assinatura de um indivíduo ou de uma
organização ou autenticar os escritos emitidos por esse
indivíduo ou organização. 4 Face de um objeto (anel etc.), com
marca em relevo para reproduzir em material plástico. 5 Esse
objeto. 6 Qualquer coisa que autentica, confirma, ratifica. 7
Pequeno pedaço de papel adesivo, geralmente retangular,
emitido pelo governo, para franquia postal: Selo do correio, selo
postal; idem, para ser colado em objetos sujeitos a imposto de
consumo: Selo de consumo; idem, para ser colado em certos
documentos sujeitos a determinadas taxas oficiais; estampilha.
8 Marca impressa pelo Estado no papel que se emprega em
certidões, escrituras, requerimentos etc. 9 Tudo o que se fecha
48

hermeticamente ou serve para selar. 10 Ordem selada por


alguma autoridade. 11 Fecho inviolável de chumbo, que
consiste em uma bola desse material com um orifício em que
entram as extremidades do fio, cordão ou arame com que se
atam fardos, pacotes, malas etc. e que se aperta com um
alicate que geralmente imprime no chumbo alguma marca. 12
fig Qualquer coisa que mantém algo fechado ou em segredo.
13 Cunho, distintivo, marca, sinal. 14 Marca de fábrica, em
certas obras. sm pl Tiras de papel ou de pano, cujas
extremidades se fixam em fechaduras, gavetas, portas etc. por
meio de lacre, sobre que se imprimiu o selo oficial, para que
não se abram sem autorização da justiça. Pl: selos (ê). 15 Mús
Subdivisão de uma gravadora de discos, que geralmente
engloba artistas com um certo estilo de trabalho. Colecionador
de selos: filatelista. Legislação do s.: conjunto das leis sobre
impostos e taxas que se pagam mediante a aplicação de selos
adesivos ou por verba. S. adicional, Dir: selo acrescentado à
importância do selo anteriormente exigido. S.-de-salomão:
planta liliácea medicinal (Polygonatum officinalis). S. de verba:
V selo por verba. S. fiscal: selo de imposto; estampilha. S. por
verba: selo pago na própria estação arrecadadora, contra
comprovante do recolhimento, em vez do sistema usado de
pagamento pela aplicação de estampilhas. S. postal
comemorativo: o de emissões especiais que assinalam fatos
importantes ou a comemoração de feitos dignos de serem
lembrados.

Lacre:
sm (de laca) 1 Substância resinosa misturada com outra
corante e que se usa para garantir a inviolabilidade do fecho
em cartas, garrafas, pacotes etc. 2 Reg (Minas Gerais) Nome
vulgar do jaspe vermelho. 3 Bot O mesmo que caopiá. L.-
branco: a) árvore melastomácea (Miconia minutiflora); b) árvore
flacurtiácea (Banara guianensis). L.-vermelho: planta
gutiferácea (Vismia brasiliensis), cujas folhas têm propriedades
anti-reumáticas.

Suco:
sm (lat succu) 1 A substância líquida do tecido animal e
vegetal, na qual residem os elementos mais nutritivos e
substanciais; seiva, sumo. 2 A substância líquida extraída das
frutas, como artigo de comércio, para bebidas refrigerantes
etc.: Suco de uva, suco de caju. 3 A substância líquida extraída
dos vegetais, como artigo de comércio: Suco de cana, suco de
tomate. 4 Os líquidos absorvidos da terra pelas raízes dos
vegetais e que se transformam em seiva ou a constituem. 5
Anat Os líquidos que enchem certas cavidades no corpo dos
animais. 6 Farm Líquido que se extrai do parênquima das
plantas, por meio de espremedura; sumo. 7 pop Gordura. 8
Quintessência. 9 A melhor coisa; coisa bem feita, bemposta,
bonita; papa-fina. 10 O que há de aproveitável ou de útil em
qualquer escrito. 11 O que há de mais substancial e essencial
em uma doutrina. S. celular, Biol: substância aquosa existente
nos espaços intercelulares dos tecidos. S. gástrico: líquido
ácido segregado pela membrana mucosa do estômago e que,
na quimificação, age como dissolvente. S. intestinal: líquido
segregado pelas glândulas mucosas do intestino. S.
49

pancreático: líquido segregado pelo pâncreas. S. extrativos:


princípios extraídos dos vegetais. S. próprios: designativo
genérico de todos os sucos vegetais que diferem da seiva
propriamente dita. É o suco!: expressão popular que designa a
excelência de uma coisa.

Laranja:
sf (ár nâranja, do persa nâranj) 1 Fruto da laranjeira, de forma
globosa ou subglobosa característica, de cor ora tendente para
o vermelho, ora para o amarelo, de polpa distribuída em
gomos, contendo suco adocicado e refrescante dentro de
células fusiformes, com ou sem sementes, conforme as
variedades. 2 Nome vulgar da própria laranjeira (Citrus
sinensis), seguido dos qualificativos das inúmeras variedades,
como: laranja-da-baía, laranja-campista, laranja-doce, laranja-
lima, laranja-pêra, laranja-seleta etc. 3 gír Mama de mulher. 4
Pessoa ingênua ou insignificante. adj Alaranjado. L.-amarga: o
mesmo que laranja-da-terra. L.-aperu: laranjeira silvestre do
Paraná. L.-azeda: o mesmo que laranja-da-terra. L.-cravo:
tangerina. L.-da-baía: variedade brasileira da laranjeira obtida
por enxerto, e cujo fruto apresenta no cimo um segundo
verticilo saliente de carpelos menores. L.-da-terra: árvore da
família das Rutáceas (Citrus aurantium), de porte de até 10 m
de altura e frutos de casca áspera, com polpa suculenta muito
ácida, que se prestam para doces em massa ou compotas;
também chamada laranja-amarga e laranja-azeda. L.-toranja: o
mesmo que toranja. Ficar a pão e laranja: ficar na miséria,
passar fome.

Uva:
sf (lat uva) 1 O fruto da videira. 2 Cada um dos bagos que
formam um cacho. 3 Designação genérica dos frutos das
videiras. 4 Cacho de uva. 5 pop Mulher bonita e moça. U.-
crespa: planta saxifragácea; groselheira-grossa. U.-de-cão: V
dulcamara. U.-de-cão-menor: planta crassulácea (Sedum acre).
U.-de-facho: planta rosácea (Hirtella hebeclada). U.-de-galo: o
mesmo que coração-de-galo. U.-de-gentio: o mesmo que
abutua, acepção 2. U.-de-mato-grosso: planta menispermácea
(Disciphania glaziovii). U.-de-urso: o mesmo que uva-ursina.
U.-do-diabo: planta vitácea (Cissus striata). U.-do-mato: planta
borraginácea (Cordia argentea). U.-do-monte: o mesmo que
arando. U.-espim: planta berberidácea (Berberis vulgaris);
bérbere. U.-japonesa: árvore ramnácea (Hovenia dulcis); caju-
japonês. U. tinta: a de cor mais ou menos vermelha. U.-ursina:
planta ericácea (Acrostaphylos uva ursina).

Maracujá:
sm (tupi morukuiá) 1 Bot Nome comum a várias trepadeiras
sublenhosas, sul-americanas, do gênero Passiflora, mais
comumente classificadas com o nome de Passiflora edulis;
também chamadas maracujazeiro e flor-da-paixão. Têm caule
quase quadrangular, folhas oblongas, lustrosas na face
superior e pálidas, na inferior, belas flores axilares, solitárias,
de sépalas verdes por fora e avermelhadas por dentro, pétalas
mais longas que as sépalas, brancas por fora e com franjas
roxas por dentro. 2 Fruto dessas plantas, oblongo, piriforme,
que é uma baga amarela polposa, suculenta, ligeiramente
ácida e perfumada; é comestível, porém mais empregado para
50

refrescos. As principais subespécies têm as seguintes


denominações: M.-açu (Passiflora quandrangularis): uma das
mais cultivadas; também chamada maracujá-mamão,
granadilha e grenadilha. M.-branco: o mesmo que
maracujazinho. M.-de-cacho (Passiflora ovatis): planta
espontânea em todo o Brasil. M.-de-cortiça (Passiflora
suberosa): o mesmo que maracujazinho. M.-de-estalo: o
mesmo que maracujá-fedorento. M.-de-pedra (Passiflora
serrata): espécie espontânea em regiões secas. M.-fedorento
(Passiflora foetida): planta assim denominada por suas flores
exalarem cheiro desagradável; também chamada maracujá-de-
estalo. M.-grande (Passiflora alata): variedade cultivada por
seus frutos graúdos. M. mamão: o mesmo que maracujá-açu.
M.-melão (Passiflora macrocarpa): uma variedade de maracujá-
açu, de fruto redondo. M.-mirim: o mesmo que maracujá-
suspiro. M.-periquito: o mesmo que castanha-mineira. M.-
peroba: o mesmo que maracujá, acepção 1. M.-pintado
(Passiflora mucronata): planta espontânea em todo o Brasil. M.
poranga (Passiflora coccinea): espécie que tem fruto verde-
amarelado, muito ácido, não comestível. M.-suspiro (Passiflora
rubra): espécie cujo fruto é uma baga oval com muitas
sementes, cobertas com arilo polposo; também chamada
maracujá-mirim. M.-vermelho (Passiflora incarnata):
espontâneo em todo o Brasil. M.-de-gaveta: pessoa de rosto
muito enrugado.

Natural:
adj m+f (lat naturale) 1 Que pertence ou se refere à natureza. 2
Produzido pela natureza, ou de acordo com suas leis. 3 Que
segue a ordem regular das coisas. 4 Não contrafeito, não
estudado; desafetado. 5 Espontâneo. 6 Conforme à índole
humana; inato, ingênito. 7 Fácil, sem constrangimento. 8
Conforme à razão ou ao uso. 9 Que se oferece
espontaneamente ao espírito. 10 Derivado da natureza (em
oposição a habitual). 11 Instintivo. 12 Acomodado, apropriado,
consoante. 13 Provável, presumível, verossímil. 14 Originário,
oriundo. 15 Não falsificado. 16 Próprio. 17 de origem terrena;
humano. 18 Em que não há trabalho do homem. 19 Diz-se do
filho que não provém do matrimônio. 20 Heráld Diz-se da figura
que representa objeto da natureza. 21 Diz-se das ciências que
tratam da natureza e das suas produções. 22 Mús Diz-se do
tom que não é modificado por acidente. 23 Diz-se do homem
primitivo, não civilizado. 24 Gram Diz-se da ordem direta. sm 1
Indígena. 2 Pessoa nascida em: O natural da Bahia. 3 Súdito
de um governo (em oposição a estrangeiro). 4 A realidade, o
original. 5 O simples, o singelo, o que é conforme à natureza. 6
Qualidade do que é fácil e sem constrangimento. 7 Índole,
caráter. 8 Sorte, destino. 9 Naturalidade.
51

4.2. Análise Conotativa

Os sucos naturais Petry são produtos para serem servidos em qualquer tipo de
ambiente, para pessoas de todas as idades que apreciam saborear sucos naturais e se
preocupam com sua saúde.

Figura 30: Painel Semântico


Fonte: O autor, 2009.

Suco Família Café da manhã

Domingo Laranja Fazenda

Campo Praia Diversão

Tranqüilidade Sol Natureza

Saúde Sede Cor

Uva Maracujá Reciclável

Resistente Saudável Natural

Frutas Para a família Crianças

Figura 31: Mapa mental


Fonte: O autor, 2009.
52

4.3. Análise Diacrônica

A análise diacrônica é coleção de material histórico para demostrar a evolução e as


alterações sofridas por um determinado produto no transcurso do tempo. Os sucos naturais
Petry têm exatamente a mesma embalagem desde sua criação, em 1995, e como já fora
explicado na justificativa deste projeto, estas embalagens representam um problema de
design, já que tem diversos problemas, tais como confusão, falta de identidade, entre
outras.
Se as embalagens dos sucos Petry não têm uma análise diacrônica, então, foram
desenvolvidas para elaborar este projeto duas linhas do tempo: uma delas demonstra as
evoluções da embalagem em geral, e a outra, de sucos e suas embalagens especificas.

Figura 32: Linha do tempo das embalagens


1795: O francês Nicolas Appert descobriu que o aquecimento de alimentos em recipientes fechados poderia
interromper o processo de fermentação, iniciando a comercialização de alimentos conservados em garrafa
1810: O britânico Peter Durand teve a idéia de substituir o vidro pelo estanho para conservar alimentos – pois
tal como o vidro, o estanh podia ser selado hermeticamente, não é quebrável e é muito mais fácil de
manusear. Bryan Donkin (foto) e John Hall usaram sua patente, criando a primeira fábrica de latas do mundo
Em 1819 já enviavam latas de alimentos para o exército britânico – e estas se disseminaram pelo mundo.
Ainda no século XIX: Uma das primeiras embalagens industriais produzidas no Brasil foram sacos de juta,
que acondicionavam café - como mostra a imagem, no porto de Santos. As embalagens, ainda que
escassas,já estavam presentes no cotidiano das pessoas em grande parte do século XIX. A imagem mostra
escravos transportando leite em latões, prática comum na época.
53

1899: A Coca-Cola, que havia surgido há 13 anos em forma de xarope, foi engarrafada e passou a ser o
primeiro produto transportado para fora dos EUA, onde foi criado.
1909: A casa mostrada na imagem era um alambique artesanal, a primeira sede daquela que foi,
provavelmente a marca de cachaça mais antiga do país, a Tatuzinho. Na mesma época, o belga Leo
Baekeland criou a baquelite, o primeiro polímero sintético, podendo ser considerado o primeiro plástico.
1951: Foi fundada na Suécia a empresa Tetra Pak, que surgiu revolucionando com uma embalagem feita
usando um sistema de cartolina forrada em plástico, usado para guardar e transportar leite
1959: Após a 2a guerra a sociedade de consumo de massa se expandiu mundo afora, e assim as
embalagens se disseminaram pelos inúmeros supermercados, que começaram a aparecer. Na imagem, a
doceria Pão de Açúcar inaugura seu primeiro supermercado, em São Paulo.
1961: Unindo ultrapasteurização e a embalagem asséptica, a Tetra Pak criou as primeiras embalagens
“Longa Vida”,que protegem o leite sem necessidade de conservantes e refrigeração.
1967: As grandes companhias de embalagem fundaram a Associação Brasileira de Embalagem, com o
objetivo de promover o desenvolvimento do setor no Brasil.
1988: Começaram a surgir as primeiras garrafas PET no Brasil - que logo substituíram definitivamente as
garrafas de vidro de refrigerantes e outros diversos produtos.
Século XXI: A crescente preocupação com o meio ambiente envolvendo questões de sustentabilidade torna-
se assunto de grande importância na produção de embalagens. Começa a reciclagem em larga escala de
garrafas de poliéster e PEAD.
Fonte: O autor, 2009.

Figura 33: Linha do tempo de sucos (e embalagens de sucos)


1959: Inaugurada a primeira fábrica de suco concentrado no Brasil, a Companhia Mineira de Bebidas.
54

1961: Citrosuco Paulista envia para os EUA as primeiras 1.000 toneladas de suco concentrado.
1962: Uma geada destrói mais de 13 milhões de árvores adultas nos EUA, acelerando o desenvolvimento da
indústria de processamento de laranja e fazendo com que o Brasil se firmasse como o maior exportador de
sucos concentrados de laranja.
1972: Em Ivoti, no RS, surge a marca Petry, comércio atacadista de frutas cítricas, batata e cebola.
1980: O Brasil se torna também o maior produtor mundial de laranjas. 1995; A Petry começa a produzir o
suco de laranja natural, seu maior triunfo.
A partir de 1997: diversas marcas de sucos entram no mercado nacional.
1998: A Petry lança seu suco natural em dois novos sabores: uva e maracujá.
2001: É lançada a Petryco, linha de sucos artificiais da Petry.
2003: Uma tese de doutorado realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de SãoPaulo comprova
que o suco de uva tem o mesmo efeito vasodilatador do vinho, - ou seja, que evita possíveis problemas no
coração, também retardando o envelhecimento - com a vantagem de não produzir os efeitos colaterais do
álcool.
2004: Seguindo a “onda” de sucos naturais, novas marcas se instalam. A Cooperativa dos Citricultores
Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus) lança seu suco orgânico de laranja.
Fonte: O autor, 2009.

4.4. Análise Sincrônica

A Análise Sincrônica tem como objetivo o reconhecimento do universo do produto em


estudo – ou seja, o “universo” dos sucos. A tabela a seguir demonstra uma comparação de
sucos vendidos na região de Grande Porto Alegre, como foi constatado nos principais
supermercados da capital, Zaffari, Nacional e Big, alem de postos de conveniência e mini
mercados.
Este projeto estuda as embalagens dos sucos 100% naturais Petry, mas tendo em
vista que existem poucas marcas de sucos 100% naturais disponíveis no mercado – fato
compreensível em função da vida útil bastante curta de produtos sem conservantes-
escolhi analisar alem de sucos 100% naturais, algumas outras marcas – contendo
conservantes e açucares - dos sucos mais conhecidos e consumidos no estado - segundo
a gerência destes estabelecimentos consultados.
Os sucos nos sabores laranja e uva foram analisados em embalagens de 1 litro – as
mais consumidas - contudo, a maioria das marcas analisadas – com exceção dos sucos
55

Naturale e Aliança - assim como a Petry, tem embalagens menores, que variam de 250 a
450 ml de acordo com a marca.
É válido destacar que o sabor maracujá só existe nas versões de embalagem de
300ml ou galão de 5 litros, sendo o produto menos consumido da linha – dificilmente é
encontrado nos principais supermercados da capital. Portanto, se não existem sucos de
maracujá da Petry de 1 litro, estes foram comparados a sucos de maracujá de 250 a 450
ml, disponíveis no mercado.
56
57
58
59

Figura 34: Tabelas de Análise de Sucos de Laranja e Uva


Fonte: O autor, 2009.

Ao se realizar uma síntese geral dos produtos analisados, pode-se afirmar que:
 Cada marca utiliza uma cor diferenciada das demais para se destacar, dando ênfase
à cor da fruta predominante no produto (sucos de laranja têm elementos da mesma cor,
sucos de uva têm elementos roxos, e assim em diante). A cor da fruta pode aparecer em
detalhes da embalagem ou ter predominância sobre toda a embalagem, dependendo do
caso. Aqueles que são embalados em garrafas costumam ser transparentes – sempre
mostrando a cor do conteúdo;
 A maioria das embalagens tem elementos gráficos – podendo ser fotos ou desenhos
vetorizados - representando a fruta utilizada no produto (sucos de laranja têm imagens de
laranjas, sucos de maracujá têm imagens da fruta e assim em diante). Imagens de folhas e
galhos de árvore também são muito utilizadas, principalmente para reforçar a idéia de o
suco ser um produto provindo da natureza;
 Caixas Tetra Pak são predominantes, mas a maioria dos sucos naturais são
armazenados em garrafas cilíndricas, de vidro ou plástico, como o polietileno de alta
densidade, o caso da Petry;
 A maioria das embalagens são cilíndricas ou retangulares verticalmente, sendo as
garrafas sempre afuniladas superiormente;
 A maioria das embalagens Tetra Pak tem sistema de abertura e fechamento acoplado
– podendo algumas não possuir esta abertura, tendo a necessidade de cortar a
embalagem para utilizar o produto. A maioria das garrafas tem fechamento com tampa de
polipropileno (PP), tipo rosca, com lacre;
 A maioria das embalagens Tetra Pak tem sistema de abertura e fechamento
acoplado, principalmente do tipo FlexiCap– podendo algumas não possuírem esta
abertura, tendo a necessidade de cortar a embalagem para utilizar o produto. A maioria das
garrafas tem fechamento com tampa de polipropileno (PP), tipo rosca, com lacre.
60

4.5. Análise Funcional

As embalagens são fáceis de usar e protegem o produto adequadamente, o


conservando de forma apropriada para ser consumido em momentos diferentes no prazo
de validade. Os sucos, entretanto, apresentam alguns problemas funcionais. Estes são:
 Superfície da embalagem e rótulo lisos e escorregadios – como se pode
perceber nas imagens abaixo:

Figura 35: Rótulo escorregadio


Fonte: O autor, 2009.

 Ao ser retirada da geladeira, a garrafa possui gotículas de água que fazem com que a
embalagem se torne ainda mais escorregadia;
 Não há a identificação dos plásticos que compõe a embalagem – exceto do rótulo -
sendo este ecologicamente incorreto, porque dificulta ao máximo o processo de
reciclagem;
 Datas de fabricação e validade aplicadas com carimbo, como mostra a imagem
abaixo – com o manuseio este carimbo pode se desgastar e ter difícil identificação;
61

Figura 36: Data de fabricação e validade postas com carimbo


Fonte: O autor, 2009.

 Embalagem com identidade visual muito comum, facilitando a confusão com outras
marcas – o que pode ser confirmado pela imagem abaixo:

Figura 37: Na gôndola do supermercado, Sucos Naturale à esquerda e Petry à direita: muito fácil
confundir Fonte: O autor, 2009.
62

 Pelo rótulo ter muitas informações mal organizadas, informações que beneficiam o
sabor do produto, como a que ele deve ser agitado antes do consumo, não são percebidas
– como as imagens a seguir demonstram:

Figura 38: Turbilhão de informações no rótulo


Fonte: O autor, 2009

4.6. Análise de Uso do Produto

Figura 39: Análise de uso do produto


Fonte: O autor, 2009.
63

4.7. Análise Estrutural


4.7.1. Análise estrutural da embalagem

 Feitas de plástico polietileno de alta densidade (PEAD) – que dá um aspecto fosco;


 Rótulo de plástico polietileno de baixa densidade (PEBD) - que tem mais brilho. O
rótulo é do tipo “manga” - a qual não precisa ser aplicado cola e é aplicado manualmente
na linha de produção da Petry – e por ser facilmente destacável da embalagem sem deixar
resíduos, ao contrario dos rótulos que utilizam cola, é mais facilmente colocado para a
reciclagem;
 A marca Petry consta em alto relevo na garrafa, na parte superior;
As imagens abaixo mostram a estrutura das embalagens dos sucos naturais Petry de
1 litro, 450ml e 300 ml, respectivamente.
64

Figura 40: Estrutura dos sucos Petry


Fonte: O Autor, 2009.

Para obter um profundo conhecimento dos aspectos estruturais não somente dos
sucos em estudo, mas do universo dos sucos em geral na região, realizei o estudo
65

estrutural de outras três embalagens, cada uma de diferente material, a fim de analisar as
possibilidades para as embalagens de sucos.

Figura 41: Estrutura dos sucos Laranja Caseira – 1 litro


Fonte: O Autor, 2009.

Figura 42: Estrutura dos sucos Naturale – 1 litro


Fonte: O Autor, 2009.
66

Figura 43: Estrutura dos sucos Ecocitrus – 1 litro


Fonte: O Autor, 2009.

4.7.2. Análise estrutural gráfica

Os itens demonstrados aqui são especificamente quanto à estrutura gráfica do rótulo


da embalagem do suco de laranja, que tem fundo de cor laranja amarelado. A disposição é
linear – as informações são distribuídas principalmente em colunas verticais e diagonais.
Quanto à hierarquia e disposição das informações do rótulo, pode-se afirmar:
 O logo da marca ocupa a posição central, ocupando grande espaço na frente do
rótulo – apresentando as mesmas cores deste rótulo;
 Em segundo plano, logo abaixo do logo, os dizeres “suco de laranja integral”
aparecem em caixa alta, com serifa;
 Ainda na parte central na frente do rótulo, mas abaixo dos dizeres principais,
aparecem imagens da fruta inteira e cortada pela metade – acompanhada de folhas
verdes;
 Ainda na “frente”, as seguintes informações disputam a atenção do consumidor, já
que cada uma esta disposta de forma diferente nos espaços que não tem imagens –
formando um rótulo confuso e lotado de informações: “conteúdo 1 litro”, “100% natural sem
67

conservantes ou aditivos, não fermentado, não alcoólico”, “não contem glúten”,


“pasteurizado” e “sem adição de água e açúcar”;
 Na parte posterior do rótulo, colunas de textos dividem uma explicação do produto e
informações sobre a empresa que desenvolve o produto. Uma outra coluna, que tem certo
destaque por ter um fundo branco, mostra as informações nutricionais. O código de barras
aparece no canto direito inferior, enquanto que no canto esquerdo informações
extremamente válidas para o uso do produto, como “agite antes de beber”, “conserve em
geladeira de 0º a 7ºC” E “após aberto, consumir em até 2 dias” passam despercebidas por
estarem confusas, misturadas a outras informações, e em local de vista desprivilegiado;
 Elementos mal distribuídos, que causam confusão visual. Centralização do logo;
 Cor predominante é o laranja – com variações do amarelado até um tom avermelhado
– presente no fundo, que tem uma cor semelhante ao próprio conteúdo da embalagem e
nas imagens. Variações de verde contrastam com a cor principal;
 Garrafa com transparência permite a visualização do produto;
 Informações adicionais e código de barras na parte posterior do rótulo – o que
também já foi demonstrado visualmente.
 O principal identificador do produto é a marca, em destaque central, acompanhadas
por imagens da fruta e a própria cor do produto e da embalagem

Figura 44: Análise gráfica do rótulo


Fonte: O autor, 2009.
68

4.8. Análise Morfológica

Figura 45: Análise morfológica das embalagens Petry


Fonte: O autor, 2009.

 Embalagem em forma de garrafa cilíndrica afunilada na parte superior;


 O diâmetro da garrafa tem duas saliências nas extremidades do rótulo, que fazem
com que este fique posicionado na parte central da garrafa, como foi projetado para
ocorrer;
 As garrafas são produzidas pelo sistema de extrusão a sopro, que deixa um filete em
sua circunferência;
 A garrafa contém a marca em relevo na parte superior – o que pode ser observado na
imagem a seguir;
69

Figura 46: Marca em alto relevo na garrafa


Fonte: O autor, 2009.

5. CONTRIBUIÇÃO
5.1. Esquentação

Gomes (2004) determina que a etapa do projeto denominada “Esquentação” objetiva


combinar os elementos ou funções previamente identificados, para que estes sejam bem
entendidos, e a partir daí iniciar o processo criativo através da junção de idéias, incluindo
rascunhos, bosquejos e esboços.
Ainda na fase da “Esquentação”, Gomes (2004) reforça a importância do estudo dos
elementos gráficos que irão compor o projeto. O autor sugere alguns procedimentos para o
conhecimento amplo das formas, como a translação, união, reflexão e dilatação dos
elementos. Após o estudo das formas, considerando os princípios geométricos do
desenho, aliado aos princípios filosóficos do desenho parte-se para o aprimoramento do
mesmo.
70
71

Figura 47: Análises “desenhisticas” gráficas e glíficas


Fonte: O autor, 2009.

Figura 48: Análise “desenhistica” glífica


Fonte: O autor, 2009.
72

5.2. “Iluminação”

A etapa denominada por Gomes (2004) de “Iluminação” trabalha com a visualização e o


aprimoramento das idéias compiladas - selecionando a idéia que melhor preenche os
requisitos necessários para o projeto.

Figura 49: Estudos glíficos – testes em 2d


Fonte: O autor, 2009.

Figura 50: Primeiros Testes 3D – embalagens Tetra Pak e garrafas PET arredondadas
Fonte: O autor, 2009.
73

Figura 51: Elaboração dos elementos gráficos do rótulo do suco de laranja


Fonte: O autor, 2009
74

Figura 52: Proposta de rótulo do suco de laranja


Fonte: O autor, 2009.

Figura 53: “Renders” da embalagem de suco de laranja


Fonte: O autor, 2009.
75

Figura 54: Elaboração dos elementos gráficos do rótulo do suco de uva


Fonte: O autor, 2009
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Figura 55: Proposta de rótulo do suco de uva


Fonte: O autor, 2009.

Figura 56:“Renders” da embalagem de suco de uva


Fonte: O autor, 2009.
77

Figura 57: Elaboração dos elementos gráficos do rótulo do suco de maracujá


Fonte: O autor, 2009.
78

Figura 58: Proposta de rótulo do suco de maracujá


Fonte: O autor, 2009.

Figura 59: “Renders” da embalagem de suco de maracujá


Fonte: O autor, 2009.
79

5.3. Elaboração do Projeto


5.3.1. Aspectos gráficos

Na perspectiva gráfica, primeiramente, estudei as formas e cores das três frutas em


questão: laranja, uva e maracujá. Através de um programa vetorial, as representei da forma
mais realista possível, criando um dinamismo entre os elementos, com a intenção de
passar uma sensação de movimento da fruta caindo e entrando em contato com o liquido.
Como elemento ilustrativo de força, foram criadas folhas, na intenção de destacar os
grafismos e elementos do rótulo e também formar uma unidade padrão para os diferentes
sabores, aplicando de maneira que os mesmos sobre postos ao suco não percam leitura e
tão pouco a sua representação gráfica.
As folhas atuam de forma conceitual, a cor verde remete a natureza, pelo fato do suco
ser 100% natural, a folha passa a idéia do natural, da extração da natureza, além de fazer
parte do fruto antes de ser colhido.
Foram feitos grafismos atrás de todos os elementos, em forma ondulada, transmitindo a
idéia de liquido. No entanto, a sua principal função foi isolar as ilustrações, a qual tem um
mesmo tom de cor do produto, para que não gerasse uma confusão visual.
A marca do produto é centralizada, ajudando a identificar o produto, e as informações
sobre o produto e reciclagem do rótulo, da embalagem e tampa, ficam no verso. As
informações foram colocadas de forma que sejam de fácil leitura, e algumas informações
desnecessárias que existiam no antigo rótulo foram descartadas, evitando confusão visual
e fazendo com que as informações realmente importantes se destaquem.
Outra mudança drástica em relação à antiga embalagem foi a concentração de todas
as informações de reciclagem colocadas no rótulo – facilitando o processo de reciclagem e
contribuindo para com que este seja um produto ecologicamente correto.
80

Figura 60: Rótulo final do suco de laranja – com especificações


Fonte: O autor, 2009.

Figura 61: Rótulo final do suco de uva - – com especificações


Fonte: O autor, 2009.
81

Figura 62: Rótulo final do suco de maracujá – com especificações


Fonte: O autor, 2009.

Também projetei packs, embalagens promocionais, com quatro garrafas – uma forma
também de divulgar a embalagem e alavancar vendas.
82

Figura 63: Pack do suco de laranja


Fonte: O autor, 2009.
83

5.3.1.1. Tipografia

Os tipos escolhidos para o rótulo são Trebuchet MS e Arial, ambas de fácil leitura,
com o intuito das informações serem claras, objetivas e facilmente entendidas.

Figura 64: Tipos: Arial e Trebuchet


Fonte: O autor, 2009.

5.3.1.2. Cores

Cada um dos três diferentes sabores de sucos tem suas particularidades quanto às
cores. Cada embalagem prioriza os tons de cores da fruta em questão, e assim sendo, as
embalagens do suco de laranja priorizam os tons de laranja, os de suco de maracujá têm
variações do amarelo, e as de suco de uva priorizam tons de roxo.
Formando uma unidade em comum, todas as embalagens contrastam com tons de
verde, que faz parte do logo da marca e nas embalagens é reforçado com imagens de
folhas, remetendo a idéia de natureza, de estes serem sucos naturais.

Figura 65: Padrão cromático das embalagens de suco de laranja


Fonte: O autor, 2009
84

Figura 66: Padrão cromático das embalagens de suco de uva


Fonte: O autor, 2009

Figura 67: Padrão cromático das embalagens de suco de maracujá


Fonte: O autor, 2009

5.3.2. Aspectos glíficos

A embalagem se consiste em uma garrafa cilíndrica, constituída por um sistema e


dois sub-sistemas: o sistema seria o corpo da embalagem, e os sub-sistemas o lacre e
tampa.
A tampa, de formato mais largo e elevado que a tampa da antiga embalagem dos
sucos Petry, faz parte de um sistema de encaixe, em que a tampa de uma garrafa, se
encaixa perfeitamente na base de outra garrafa idêntica. O fato da tampa ter este formato
está relacionado à boa funcionalidade deste sistema de encaixe. Para este sistema
funcionar com perfeição, a tampa possui esferas por toda a sua circunferência, que
auxiliam em um encaixe mais preciso.
85

A parte superior da garrafa tem um formato arredondado, que se integra com o


gargalo, intencionando uma boa ergonomia. Na parte central, a garrafa possui uma espécie
de nervura, que equilibra a parte inferior e superior da embalagem.
Na parte inferior da embalagem, as laterais são retas, para facilitar a junção destas no
ponto de venda. Deve-se considerar que este formato foi desenvolvido em função de um
aspecto gráfico, para que a junção de cada dupla de garrafas forme uma figura só, com a
adesão dos dois rótulos.
A base da garrafa tem um orifício, do mesmo tamanho da tampa, para o encaixe
perfeito do sistema previamente detalhado.
86

Figura 68: Construção glífica da embalagem – wireframe


Fonte: O autor, 2009.

Figura 69: Especificações glíficas da embalagem


Fonte: O autor, 2009.
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5.3.3. Materiais e tecnologia


5.3.3.1. Materiais e tecnologia da embalagem

Após considerar os materiais e tecnologias disponíveis e adequados para o


armazenamento de sucos, foi pré-determinado que a embalagem produzida deve ser uma
garrafa cilíndrica PET – o vidro foi logo descartado por não ser um material seguro para
crianças manusearem, por ser quebrável, alem de ser mais pesado – ou então uma
embalagem Tetra Pak.
Em seguida, após uma analise criteriosa, decidiu-se pela PET pelos seguintes
motivos:
 Nas embalagens Tetra Pak há o desperdício de matérias-primas nobres como o alumínio e
o papel cartão;
 A PET permite maior variação de possibilidades quanto a tecnologias de rótulos;
 A PET permite maior liberdade de criação no formato, já que esta se adapta a infinitos
formatos, aceitando melhoras na ergonomia – ao contrário da Tetra Pak, que tem alguns
formatos padronizados;
 A concorrência de sucos em garrafas PET é muito menor, já que a maioria dos sucos
existentes no mercado são embalados com Tetra Pak;
 A PET permite a visualização do produto interno, aspecto muito importante para
muitos usuários do produto;
 A PET, por permitir muito mais formatos, também tem muito mais possibilidades de se
destacar no ponto de venda.

5.3.3.2. Materiais e tecnologia de rótulo

A garrafa deve ser toda envolta pela tecnologia sleeve, sem colas e deixando de ser
escorregadia, como o rótulo antigo era. Alem da melhora funcional, o aspecto do sleeve é
bastante atraente visualmente, por seu aspecto limpo e moderno.
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5.3.3.3. Materiais e tecnologia do fechamento

O fechamento da embalagem se dá A tampa, de polipropileno (PP), tipo rosca, deve


conter um lacre que protege a violação da embalagem. Esta tampa, além de proteger o
produto com eficiência, permite a abertura e fechamento deste diversas vezes

5.4. Verificação

Através de testes, perceberam-se alguns detalhes que não se adequavam a


embalagem e foram modificados. Os primeiros testes em 3D, por exemplo, evidenciaram
que a garrafa arredondada demais não permitia a intenção de destacar o produto no ponto
de venda, fazendo com que duas embalagens juntas formassem uma figura. Por isso, a
partir da verificação a garrafa foi levemente modificada, fazendo com que as laterais
ficassem menos arredondadas.
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Figura 70: “Renders” finais do suco de laranja


Fonte: O autor, 2009.
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Figura 71: “Renders” finais do suco de laranja


Fonte: O autor, 2009.

Figura 72: “Renders” finais do suco de uva


Fonte: O autor, 2009.
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Figura 73: “Renders” finais do suco de uva


Fonte: O autor, 2009.
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Figura 74: “Renders” finais do suco de maracujá


Fonte: O autor, 2009.
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Figura 75: “Renders” finais dos packs


Fonte: O autor, 2009.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste projeto, pude compreender a importância de unir o método com a


prática. Foi bastante enriquecedor também realizar, em meu projeto final, um trabalho que
compreende estudo glífico e gráfico, sintetizando diversos conhecimentos adquiridos em
um só trabalho, que assim pode ser considerado realmente completo.
94

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BAXTER, Mike. Projeto do produto: guia prático para o desenvolvimento. São Paulo:
Editora Edgard Blucher, 1998.

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Tecnologia do MIC e Instituto de Desenho Industrial do MAM do Rio de Janeiro, 1975.

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CNPq/Coordenação Editorial, 1986.

CAVALCANTI, Pedro. CHAGAS, Carmo. História da Embalagem no Brasil. São Paulo:


Grifo Projetos Históricos e Editoriais, 2006.

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FERNANDES, Amaury. Fundamentos de produção gráfica para quem não é produtor


gráfico. Rio de Janeiro: Rubio, 2003.

GOMES, Luis. Criatividade: projeto>desenho>produto. Santa Maria: Schds, 2001.

GOMES FILHO, João. Design do Objeto – Bases Conceituais. São Paulo: Escrituras
Editora, 2006.
____________Ergonomia do Objeto – Sistema Técnico de leitura Ergonomica. São
Paulo: Escrituras Editora, 2003.

KAZANIAN, Thierry. Haverá a idade das coisas leves – design e desenvolvimento


sustentável. São Paulo: Editora Senac, 2005.

LIMA, Marco Antonio Magalhães. Introdução aos Materiais e Processos para


Designers. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna, 2006.

MUNARI, Bruno. Das coisas nascem as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

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2006.
________________Design de embalagem – curso avançado. São Paulo: Prentice Hall,
2002.

NEGRÃO, Celso. CAMARGO, Eleida. Design de embalagem. São Paulo: Novatec Editora,
2008.

PHILLIPS, Estelle M. PUGH, Derek. How to Get a PhD. EUA: Open University Press,
1987.
95

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Referências da Internet:

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em 22 abril de 2009.

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Disponível em: < www.abir.org.br>. Acesso em 4 de maio de 2009.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Rotulagem Nutricional Obrigatóri


Manual de Orientação aos Consumidores - Educação para o Consumo Saudável.
Brasília: 2001. Disponível em: <
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/rotulos/manual_rotulagem.pdf>. Acesso em 19 de junho
de 2009.

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