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PORTO ALEGRE – RS
2009
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1. Embalagem
2. Redesign
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo realizar o redesenho das embalagens dos
sucos Petry, considerando as ferramentas do design.
Primeiramente, este projeto analisa diversos aspectos do desenho gráfico,
desenho industrial e das embalagens em geral - estudando sua história, fabricação,
materiais, usos e tecnologia – para, com embasamento nos conhecimentos
adquiridos aliados ao conhecimento do produto em questão, e na criatividade e
design, criar uma nova solução de embalagem para os sucos naturais da marca
Petry.
ABSTRACT
This work aims to complete the redesign of the packaging of Petry juices, considering
the tools of design.
In the beginning, this project examines various aspects of graphic design, industrial
design and packaging in general - considering its history, manufacture, materials, practices
and technology – uniting knowledge acquired to knowledge of the product in question,
creativity and design, to create a new packaging solution for the natural juices of the Petry
brand.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................13
1.1. Justificativa ..................................................................................................................13
1.2. Objetivos ......................................................................................................................13
1.2.1. Objetivo Principal ..............................................................................................13
1.2.2. Objetivos Específicos ........................................................................................13
1.2.3. Objetivo Acadêmico...........................................................................................14
1.3. Motivação ....................................................................................................................14
1.4. Metodologia .................................................................................................................14
1.5. “Problematização” – Identificação................................................................................15
1.5.1. Taxonomia ........................................................................................................15
2. TEORIA DE FUNDAMENTO .......................................................................................16
2.1. O Desenho Industrial ...................................................................................................16
2.2. O Desenho Gráfico ......................................................................................................17
2.2.1. Tipografia ..........................................................................................................17
2.2.2. Cores.................................................................................................................19
2.3. A Embalagem .............................................................................................................20
2.3.1. A história da embalagem ..................................................................................20
2.3.1.1. A história da embalagem no Brasil ...................................................................22
2.3.2. Materiais para embalagens ..............................................................................24
2.3.3. Processo de fabricação das embalagens .........................................................28
2.3.3.1. Conformação – tipos de moldagens ................................................................29
2.3.4. Sistemas de fechamentos das embalagens .....................................................34
2.3.5. Rótulos ..............................................................................................................36
2.3.6. Legislação .........................................................................................................37
2.3.7. Sustentabilidade aplicada ao design embalagens ............................................37
3. TEORIA FOCO.............................................................................................................38
3.1. Design de Embalagens de Suco .................................................................................38
3.2. Os Sucos Petry.............................................................................................................44
4. TEORIA DE DADOS....................................................................................................46
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Justificativa
1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Principal
Redesign das embalagens de sucos naturais da empresa Petry.
1.3. Motivação
A escolha deste tema esta relacionada ao fato de eu, como consumidor deste
produto, acredita que este é um produto de qualidade, mas que não dá atenção ao design -
e que quando se considerassem as ferramentas do design poderia fazer a empresa toda
crescer.
1.4. Metodologia
A metodologia utilizada para o projeto tem base nas sete etapas do processo criativo
de Gomes (2001) – a seguir a imagem explicativa – na definição do problema, técnicas
analíticas e de geração e avaliação de alternativas de Bonsiepe (1975), sendo também
utilizadas as técnicas de revisão de literatura com redação compilatória.
1.5.1. Taxonomia
Classificação:
Reino: alimento;
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2. TEORIA DE FUNDAMENTO
2.1. O Desenho Industrial
produto, sua ergonomia, e nos dias de hoje, cada vez mais, questões envolvendo
sustentabilidade.
2.2.1 Tipografia
Para Ferlauto e Jahn (2001) precisamos conhecer os tipos – hoje também conhecidos
como fontes – para perceber a funcionalidade e personalidade de suas formas. A tipografia
tem a função de transmitir mensagens em formato impresso, que possa ser entendido.
Fernandes (2003) revela que os tipos, quando juntos, são organizados por “famílias”,
sendo uma família tipológica o conjunto de todas as letras do alfabeto e algarismos
desenhados com parâmetros gráficos semelhantes.
Enquanto Fernandes (2003) e Ferlauto e Jahn (2001) atribuem a invenção dos tipos
móveis a Gutenberg, na Alemanha por volta de 1450, Ribeiro (2007) afirma que o mais
provável tenha sido que os chineses já utilizavam o processo desde 1041, ou seja, mais de
400 anos antes da descoberta de Gutenberg, que imprimiu aos seus tipos um design
gótico, de acordo com a estética da época. Conforme for, após o advento da tipografia
móvel pelos europeus, surgiram casas impressoras em todo o mundo, segundo Fernandes
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(2003), que contribui afirmando que surgiram diversos designs de tipos – já que cada
tipógrafo e calígrafo criavam suas próprias tipologias.
As letras móveis, segundo Ribeiro (2007), inicialmente reproduziam textos com caracteres
de madeira unidos por barbante – técnica já realizada pelos chineses, como já afirmara -
mas passaram a ter maior precisão quando no processo foram incluídos tipos de metal.
Ferlauto e Jahn (2001), apesar de terem conhecimento dos avanços dos chineses quanto
aos tipos, explicam que Gutenberg os criou de fato, pois inventou o processo que consiste
em uma liga de chumbo e antimônio, que imprime tipos no papel.
Segundo Fernandes (2003), Tebedeu por volta de 1700 na França, classificou as
primeiras “famílias de tipos” de acordo com seu design. Ferlauto e Jahn (2001) contribuem
diferenciando as classificações quanto à tipologia sob o ponto de vista europeu clássico e
norte-americano.
Entre as tipologias, de acordo com a classificação européia clássica, são citados os
seguintes grupos: Humanistas – baseados nos primeiros tipos romanos, como os alfabetos
Italian Old Style e Verona, não são comuns atualmente; Old Style - antigo estilo que se
baseia em uma variação dos grupos de fontes Humanistas, tendo diversas variações
conforme o país onde foi empregado, sendo as mais famosas as fontes Garamond e
Goudy Old Style; Transicionais, que em meados do século XVIII passaram a substituit a
Old Style, com fontes como Baskerville e Bookman; Modernos – criados principalmente
pelo italiano Giambattista Bodoni, que criou entre outras fontes, conhecidas por sua
elegância, a que leva seu sobrenome; Slab serif – com serifas retas, como Menphis; Sem
serifa – criadas a partir do século XIX e muito usadas até hoje, como Arial e Helvética - e
Displays – criadas no ultimo século, inclassificáveis como com ou sem serifa, como
Bauhaus e Broadway.
Já de acordo com os norte-americanos, especialmente Allan Haley, as tipologias são
já existentes são agrupadas as novas, sendo todas re-classificadas em: Old Style – onde
há subdivisões entre Veneziano, Andino (de fontes como Garamond), Holandês e Revivals;
Transicionais; Moderno – com subdivisões entre Didone e Século XX; Clarendon – que
subdivide os estilos Século XIX,que carrega fontes como Bookman, e NeoClarendon; Slab
Serif; Glíficos; Sem Serifa – com a subdivisão entre Grotesque, Neo Grotesque,
Geométrico, Humanístico e Quadrada; Scrips e Gráficos.
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2.2.2 Cores
muito as cores para gerar efeitos visuais, para estes serem percebidos e relacionados a
diferentes estímulos.
Ribeiro (2007) afirma que, em termos de impressão no design editorial é importante
conhecer principalmente o sistema CMYK, sigla para designar as cores ciano, magenta,
amarelo – representado pelo “y”, de yellow, amarelo em inglês – e preto - representado
pelo “k” –um dos sistemas mais utilizados em diversos tipos de impressões, principalmente
as digitais e offset. Este processo faz com que a combinação destas quatro cores, através
da tinta destas, possa reproduzir uma gama de outras milhões de cores. Já o sistema
conhecido como RGB, sigla para vermelho – representado pela letra “r”, de red – verde –
representado pela letra “g”, de green – e azul – representado pela letra “b”, de blue – é o
sistema de projeções de luz - como monitores e televisores – em que as cores
representadas pela sigla RBG, juntas, sao combinadas de uma forma que conseguem
reproduzir outras diversas.
Alem destes dois sistemas, existe tambem o sistema Pantone, que tem uma tinta
para cada cor – ao invés de realizar misturas – imprimindo uma cor mais precisa.
2.3. A Embalagem
2.3.1 A história da embalagem
Em 1810, na Inglaterra, O britânico Peter Durand teve a idéia de substituir o vidro pelo
estanho para conservar alimentos – pois tal como o vidro, o estanho podia ser selado
hermeticamente, não é quebrável e é muito mais fácil de manusear. Os também britânicos
Bryan Donkin (imagem abaixo) e John Hall usaram sua patente, criando a primeira fábrica
de latas do mundo. Em 1813 já enviavam latas de alimentos para o exército britânico – e
estas se disseminaram pelo mundo, sendo um tipo de embalagem utilizada até os dias de
hoje.
Figura 3: Bryan Donkin - que juntamente com John Hall criaram a primeira fábrica de latas do mundo
Fonte: Encyclopedia Britannica Online. Disponível em: <
http://www.britannica.com/EBchecked/topic/169150/Bryan-Donkin>. Data de acesso: 15 de maio de 2009.
tornou importante também para conter as informações de determinado produto, pois não
haveria mais alguém dando explicações a respeito do mesmo.
Um fato importante na historia da embalagem foi o surgimento da empresa Tetra Pak,
em 1951, que revolucionou a embalagem, primeiro com a “Tetra Classic”, uma embalagem
feita usando um sistema de cartolina forrada em plástico, usado para guardar e transportar
leite, e depois, nos anos 60, com a embalagem conhecida até hoje por “Longa Vida”, que
uniu ultra-pasteurização com embalagem asséptica, permitindo a proteção do leite sem
necessidade de conservantes e refrigeração.
Segundo Cavalcanti e Chagas (2006) até metade do século XIX as embalagens eram
escassas, até porque ainda estava em vigor um decreto imperial que impedia que a
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Papel e papelão: podendo ser moldadas em vários formatos, são relativamente leves
e ocupam pouco espaço de armazenamento. Papéis encerados são comumente usados
para embalar alimentos. Caixas de cartão se tornam resistentes à água através de
camadas de polietileno. O sucesso destas embalagens tem atraído cada vez mais
segmentos dentro do setor alimentício, como por exemplo, o de leites, sucos e iogurtes
para beber. O papel e o papelão são matérias-primas 100% biodegradáveis e recicláveis;
Segundo Negrão e Camargo (2008) cada projeto deve ter um processo de fabricação,
considerando a matéria-prima utilizada, o design, os prazos, o volume de produção, entre
outras especificações. Os autores afirmam que o processo de fabricação é classificado em
quatro grupos: a conformação – que é o processo pela qual a matéria-prima é submetida
para modificar sua forma e pode ser feito através de diversos processos, os quais serão
explicados a seguir, como fundição, laminação, repuxo, injeção, rotomoldagem,
calandragem, extrusão, forjamento, vacuumforming, sopro e compressão - melhoria – que
é o aprimoramento da matéria, através de pinturas, impressões, etc. – separação – parte
do processo que envolve cortes e usinagem - e união – os “acabamentos”, que incluem
soldagem, adesivagem, etc. Existem diversos processos para a manufatura da
embalagem, contudo, alguns deles só funcionam em determinadas matérias primas, como
mostra o quadro a seguir.
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Já na moldagem por sopro via extrusão, a pré forma – o parison- é produzida via
extrusão, o qual é posteriormente inflado dentro de um molde. O processo pode ser
contínuo, onde a pré-forma dentro do molde se move para longe da “extrusora” e uma nova
pré-forma é instalada em um novo molde.
Contudo, esse exemplo é facilitador para esta função, mas inadequado na abertura e
fechamento de um suco natural, já que este estaria mais adequado armazenado em um
cilindro de vidro ou plástico, ou mesmo em uma caixinha Tetra Pak, mas que possa ser
aberto e fechado continuamente. A seguir são mostrados alguns outros sistemas,
escolhidos por serem mais pertinentes relacionados a este projeto – que almeja produzir
uma embalagem para sucos.
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2.3.5. Rótulos
2.3.6. Legislação
3. TEORIA DE FOCO
3.1. Design de Embalagens de Sucos
A Petry Comércio de Alimentos Ltda foi fundada em 1972 em Ivoti – no interior do Rio
Grande do Sul - por Arno Otto Petry e alguns sócios, que atuavam no comércio atacadista
de frutas cítricas, batata e cebola.
A partir de 1995, a empresa iniciou sua indústria de sucos naturais, produzidos sem
adição de água, açúcar ou aditivos, e elaborado a partir de frutas selecionadas e
higienizadas. No inicio só eram fabricados sucos de laranja - sendo os sabores uva e
maracujá, somados a linha três anos depois. As embalagens, contudo, continuam as
mesmas desde 1995.
Em 2001 a empresa lançou a “Petryco”, que produz sucos artificiais, contendo
vitamina C e com um prazo de validade maior do que os sucos naturais. Atualmente todas
as atividades da empresa estão em andamento, estando a matriz em Ivoti, voltada
principalmente para a produção e comercialização de sucos - que alem dos sucos naturais
e da “Petryco”, também produz água de coco com a marca Petry e possui uma terceira
marca, a “Pety bon”, que produz uma mistura de sucos naturais integrais com um
concentrado de laranja, água e açúcar.
A Petry possui uma frota de logística própria composta de veículos frigoríficos e
automóveis de apoio, além de serviços terceirizados integrados. Conta com representantes
em Porto Alegre, na Serra Gaúcha, na Região Central, no Litoral e no Sul do Estado do Rio
Grande do Sul e ainda no estado de Santa Catarina.
Os produtos podem ser encontrados em todas as grandes redes de supermercados,
mercados de bairros, padarias, cantinas de escolas e universidades, hospitais, hotéis, lojas
de auto-serviço, restaurantes, bares, pizzarias, etc. no Estado do Rio Grande do Sul e
Santa Catarina.
A seguir serão demonstradas imagens de todas as linhas da Petry, contudo, este
projeto deve-se focar nos produtos mais vendidos e conhecidos da empresa: a linha de
sucos naturais da Petry. Deve-se conceber uma nova proposta de embalagens para os
sucos naturais da empresa nos sabores laranja, uva e maracujá.
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Figura 28: Linha de sucos naturais Petry (de laranja, uva e maracujá)
Fonte: Petry Comércio de Alimentos Ltda
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Figura 29: Linha de sucos artificiais Petryco (de laranja, uva e pêssego) e Linha de sucos naturais
pasteurizados Pety bon (de laranja)
Fonte: Petry Comércio de Alimentos Ltda
Embalagem:
sf (fr emballage) 1 Ato ou efeito de embalar; acondicionamento,
enfardamento. 2 Proteção externa da mercadoria, para a sua
apresentação no mercado, consistindo em sacos de tecido,
papel ou matéria plástica; em folhas de papel, de celofane ou
estanho; em caixas de papelão etc.; acondicionamento. 3
Astronáut Conjunto de partes, peças e subconjuntos de um
foguete, levando-se em consideração o ambiente, anulação de
calor, manutenção, manuseio. 4 Astronáut Conjunto ordenado
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Rosca:
(ô) sf (voc pré-românico) 1 Sulco espiralado na parte interna
das porcas ou na parte externa dos parafusos. 2 Espiral dos
saca-rolhas, das verrumas etc. 3 Espiral da coisa que se
enrosca ou se move tortuosamente; tortuosidade, volta. 4 Pão,
geralmente doce, feito em forma de cilindro retorcido. 5 Bolo de
farinha que se assemelha a uma argola retorcida. 6 Cada uma
das voltas da serpente quando se enrola. 7 Certo jogo popular.
8 gír Mulher apetecível. 9 pop Denominação dada às lagartas
de mariposas que se enrolam ao serem tocadas. 10 Verme da
terra que ataca as raízes de certas plantas. s m+f 1 Pessoa
manhosa. 2 Coisa ordinária. R.-de-mula, Bot: V saca-rolhas.
Fechar a rosca: em uma série de objetos dispostos em círculo,
engatar o último no primeiro
Rótulo:
sm (lat rotulu) 1 Pequeno impresso de formato variável,
geralmente em cores, quase sempre ornamentado com filetes,
gravuras etc., e que serve para colar em frascos, garrafas,
latas, caixas etc., para indicar o seu conteúdo. 2 Dístico,
etiqueta, legenda, marca, letreiro. 3 Ralo ou grade em portas,
janelas, confessionários, rodas de convento etc. 4 ant Rolo de
pergaminho usado pelos copistas para nele escrever. 5 Tip
Retângulo de pele, em geral de cor diferente da lombada, onde
se cola, e que traz o título do livro. 6 Os dizeres da lombada de
um livro. 7 Inform V nome do volume
Selo:
(ê) sm (lat sigillu) 1 A impressão de um sinete ou carimbo em
um material plástico, como argila, cera, lacre etc. 2 Carimbo de
uma autoridade, com as armas ou a divisa do Estado, posto em
documentos, para autenticá-los ou validá-los. 3 Marca, tal como
emblema, símbolo, palavra, monograma etc. usada para
identificar ou substituir a assinatura de um indivíduo ou de uma
organização ou autenticar os escritos emitidos por esse
indivíduo ou organização. 4 Face de um objeto (anel etc.), com
marca em relevo para reproduzir em material plástico. 5 Esse
objeto. 6 Qualquer coisa que autentica, confirma, ratifica. 7
Pequeno pedaço de papel adesivo, geralmente retangular,
emitido pelo governo, para franquia postal: Selo do correio, selo
postal; idem, para ser colado em objetos sujeitos a imposto de
consumo: Selo de consumo; idem, para ser colado em certos
documentos sujeitos a determinadas taxas oficiais; estampilha.
8 Marca impressa pelo Estado no papel que se emprega em
certidões, escrituras, requerimentos etc. 9 Tudo o que se fecha
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Lacre:
sm (de laca) 1 Substância resinosa misturada com outra
corante e que se usa para garantir a inviolabilidade do fecho
em cartas, garrafas, pacotes etc. 2 Reg (Minas Gerais) Nome
vulgar do jaspe vermelho. 3 Bot O mesmo que caopiá. L.-
branco: a) árvore melastomácea (Miconia minutiflora); b) árvore
flacurtiácea (Banara guianensis). L.-vermelho: planta
gutiferácea (Vismia brasiliensis), cujas folhas têm propriedades
anti-reumáticas.
Suco:
sm (lat succu) 1 A substância líquida do tecido animal e
vegetal, na qual residem os elementos mais nutritivos e
substanciais; seiva, sumo. 2 A substância líquida extraída das
frutas, como artigo de comércio, para bebidas refrigerantes
etc.: Suco de uva, suco de caju. 3 A substância líquida extraída
dos vegetais, como artigo de comércio: Suco de cana, suco de
tomate. 4 Os líquidos absorvidos da terra pelas raízes dos
vegetais e que se transformam em seiva ou a constituem. 5
Anat Os líquidos que enchem certas cavidades no corpo dos
animais. 6 Farm Líquido que se extrai do parênquima das
plantas, por meio de espremedura; sumo. 7 pop Gordura. 8
Quintessência. 9 A melhor coisa; coisa bem feita, bemposta,
bonita; papa-fina. 10 O que há de aproveitável ou de útil em
qualquer escrito. 11 O que há de mais substancial e essencial
em uma doutrina. S. celular, Biol: substância aquosa existente
nos espaços intercelulares dos tecidos. S. gástrico: líquido
ácido segregado pela membrana mucosa do estômago e que,
na quimificação, age como dissolvente. S. intestinal: líquido
segregado pelas glândulas mucosas do intestino. S.
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Laranja:
sf (ár nâranja, do persa nâranj) 1 Fruto da laranjeira, de forma
globosa ou subglobosa característica, de cor ora tendente para
o vermelho, ora para o amarelo, de polpa distribuída em
gomos, contendo suco adocicado e refrescante dentro de
células fusiformes, com ou sem sementes, conforme as
variedades. 2 Nome vulgar da própria laranjeira (Citrus
sinensis), seguido dos qualificativos das inúmeras variedades,
como: laranja-da-baía, laranja-campista, laranja-doce, laranja-
lima, laranja-pêra, laranja-seleta etc. 3 gír Mama de mulher. 4
Pessoa ingênua ou insignificante. adj Alaranjado. L.-amarga: o
mesmo que laranja-da-terra. L.-aperu: laranjeira silvestre do
Paraná. L.-azeda: o mesmo que laranja-da-terra. L.-cravo:
tangerina. L.-da-baía: variedade brasileira da laranjeira obtida
por enxerto, e cujo fruto apresenta no cimo um segundo
verticilo saliente de carpelos menores. L.-da-terra: árvore da
família das Rutáceas (Citrus aurantium), de porte de até 10 m
de altura e frutos de casca áspera, com polpa suculenta muito
ácida, que se prestam para doces em massa ou compotas;
também chamada laranja-amarga e laranja-azeda. L.-toranja: o
mesmo que toranja. Ficar a pão e laranja: ficar na miséria,
passar fome.
Uva:
sf (lat uva) 1 O fruto da videira. 2 Cada um dos bagos que
formam um cacho. 3 Designação genérica dos frutos das
videiras. 4 Cacho de uva. 5 pop Mulher bonita e moça. U.-
crespa: planta saxifragácea; groselheira-grossa. U.-de-cão: V
dulcamara. U.-de-cão-menor: planta crassulácea (Sedum acre).
U.-de-facho: planta rosácea (Hirtella hebeclada). U.-de-galo: o
mesmo que coração-de-galo. U.-de-gentio: o mesmo que
abutua, acepção 2. U.-de-mato-grosso: planta menispermácea
(Disciphania glaziovii). U.-de-urso: o mesmo que uva-ursina.
U.-do-diabo: planta vitácea (Cissus striata). U.-do-mato: planta
borraginácea (Cordia argentea). U.-do-monte: o mesmo que
arando. U.-espim: planta berberidácea (Berberis vulgaris);
bérbere. U.-japonesa: árvore ramnácea (Hovenia dulcis); caju-
japonês. U. tinta: a de cor mais ou menos vermelha. U.-ursina:
planta ericácea (Acrostaphylos uva ursina).
Maracujá:
sm (tupi morukuiá) 1 Bot Nome comum a várias trepadeiras
sublenhosas, sul-americanas, do gênero Passiflora, mais
comumente classificadas com o nome de Passiflora edulis;
também chamadas maracujazeiro e flor-da-paixão. Têm caule
quase quadrangular, folhas oblongas, lustrosas na face
superior e pálidas, na inferior, belas flores axilares, solitárias,
de sépalas verdes por fora e avermelhadas por dentro, pétalas
mais longas que as sépalas, brancas por fora e com franjas
roxas por dentro. 2 Fruto dessas plantas, oblongo, piriforme,
que é uma baga amarela polposa, suculenta, ligeiramente
ácida e perfumada; é comestível, porém mais empregado para
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Natural:
adj m+f (lat naturale) 1 Que pertence ou se refere à natureza. 2
Produzido pela natureza, ou de acordo com suas leis. 3 Que
segue a ordem regular das coisas. 4 Não contrafeito, não
estudado; desafetado. 5 Espontâneo. 6 Conforme à índole
humana; inato, ingênito. 7 Fácil, sem constrangimento. 8
Conforme à razão ou ao uso. 9 Que se oferece
espontaneamente ao espírito. 10 Derivado da natureza (em
oposição a habitual). 11 Instintivo. 12 Acomodado, apropriado,
consoante. 13 Provável, presumível, verossímil. 14 Originário,
oriundo. 15 Não falsificado. 16 Próprio. 17 de origem terrena;
humano. 18 Em que não há trabalho do homem. 19 Diz-se do
filho que não provém do matrimônio. 20 Heráld Diz-se da figura
que representa objeto da natureza. 21 Diz-se das ciências que
tratam da natureza e das suas produções. 22 Mús Diz-se do
tom que não é modificado por acidente. 23 Diz-se do homem
primitivo, não civilizado. 24 Gram Diz-se da ordem direta. sm 1
Indígena. 2 Pessoa nascida em: O natural da Bahia. 3 Súdito
de um governo (em oposição a estrangeiro). 4 A realidade, o
original. 5 O simples, o singelo, o que é conforme à natureza. 6
Qualidade do que é fácil e sem constrangimento. 7 Índole,
caráter. 8 Sorte, destino. 9 Naturalidade.
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Os sucos naturais Petry são produtos para serem servidos em qualquer tipo de
ambiente, para pessoas de todas as idades que apreciam saborear sucos naturais e se
preocupam com sua saúde.
1899: A Coca-Cola, que havia surgido há 13 anos em forma de xarope, foi engarrafada e passou a ser o
primeiro produto transportado para fora dos EUA, onde foi criado.
1909: A casa mostrada na imagem era um alambique artesanal, a primeira sede daquela que foi,
provavelmente a marca de cachaça mais antiga do país, a Tatuzinho. Na mesma época, o belga Leo
Baekeland criou a baquelite, o primeiro polímero sintético, podendo ser considerado o primeiro plástico.
1951: Foi fundada na Suécia a empresa Tetra Pak, que surgiu revolucionando com uma embalagem feita
usando um sistema de cartolina forrada em plástico, usado para guardar e transportar leite
1959: Após a 2a guerra a sociedade de consumo de massa se expandiu mundo afora, e assim as
embalagens se disseminaram pelos inúmeros supermercados, que começaram a aparecer. Na imagem, a
doceria Pão de Açúcar inaugura seu primeiro supermercado, em São Paulo.
1961: Unindo ultrapasteurização e a embalagem asséptica, a Tetra Pak criou as primeiras embalagens
“Longa Vida”,que protegem o leite sem necessidade de conservantes e refrigeração.
1967: As grandes companhias de embalagem fundaram a Associação Brasileira de Embalagem, com o
objetivo de promover o desenvolvimento do setor no Brasil.
1988: Começaram a surgir as primeiras garrafas PET no Brasil - que logo substituíram definitivamente as
garrafas de vidro de refrigerantes e outros diversos produtos.
Século XXI: A crescente preocupação com o meio ambiente envolvendo questões de sustentabilidade torna-
se assunto de grande importância na produção de embalagens. Começa a reciclagem em larga escala de
garrafas de poliéster e PEAD.
Fonte: O autor, 2009.
1961: Citrosuco Paulista envia para os EUA as primeiras 1.000 toneladas de suco concentrado.
1962: Uma geada destrói mais de 13 milhões de árvores adultas nos EUA, acelerando o desenvolvimento da
indústria de processamento de laranja e fazendo com que o Brasil se firmasse como o maior exportador de
sucos concentrados de laranja.
1972: Em Ivoti, no RS, surge a marca Petry, comércio atacadista de frutas cítricas, batata e cebola.
1980: O Brasil se torna também o maior produtor mundial de laranjas. 1995; A Petry começa a produzir o
suco de laranja natural, seu maior triunfo.
A partir de 1997: diversas marcas de sucos entram no mercado nacional.
1998: A Petry lança seu suco natural em dois novos sabores: uva e maracujá.
2001: É lançada a Petryco, linha de sucos artificiais da Petry.
2003: Uma tese de doutorado realizada na Faculdade de Medicina da Universidade de SãoPaulo comprova
que o suco de uva tem o mesmo efeito vasodilatador do vinho, - ou seja, que evita possíveis problemas no
coração, também retardando o envelhecimento - com a vantagem de não produzir os efeitos colaterais do
álcool.
2004: Seguindo a “onda” de sucos naturais, novas marcas se instalam. A Cooperativa dos Citricultores
Ecológicos do Vale do Caí (Ecocitrus) lança seu suco orgânico de laranja.
Fonte: O autor, 2009.
Naturale e Aliança - assim como a Petry, tem embalagens menores, que variam de 250 a
450 ml de acordo com a marca.
É válido destacar que o sabor maracujá só existe nas versões de embalagem de
300ml ou galão de 5 litros, sendo o produto menos consumido da linha – dificilmente é
encontrado nos principais supermercados da capital. Portanto, se não existem sucos de
maracujá da Petry de 1 litro, estes foram comparados a sucos de maracujá de 250 a 450
ml, disponíveis no mercado.
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Ao se realizar uma síntese geral dos produtos analisados, pode-se afirmar que:
Cada marca utiliza uma cor diferenciada das demais para se destacar, dando ênfase
à cor da fruta predominante no produto (sucos de laranja têm elementos da mesma cor,
sucos de uva têm elementos roxos, e assim em diante). A cor da fruta pode aparecer em
detalhes da embalagem ou ter predominância sobre toda a embalagem, dependendo do
caso. Aqueles que são embalados em garrafas costumam ser transparentes – sempre
mostrando a cor do conteúdo;
A maioria das embalagens tem elementos gráficos – podendo ser fotos ou desenhos
vetorizados - representando a fruta utilizada no produto (sucos de laranja têm imagens de
laranjas, sucos de maracujá têm imagens da fruta e assim em diante). Imagens de folhas e
galhos de árvore também são muito utilizadas, principalmente para reforçar a idéia de o
suco ser um produto provindo da natureza;
Caixas Tetra Pak são predominantes, mas a maioria dos sucos naturais são
armazenados em garrafas cilíndricas, de vidro ou plástico, como o polietileno de alta
densidade, o caso da Petry;
A maioria das embalagens são cilíndricas ou retangulares verticalmente, sendo as
garrafas sempre afuniladas superiormente;
A maioria das embalagens Tetra Pak tem sistema de abertura e fechamento acoplado
– podendo algumas não possuir esta abertura, tendo a necessidade de cortar a
embalagem para utilizar o produto. A maioria das garrafas tem fechamento com tampa de
polipropileno (PP), tipo rosca, com lacre;
A maioria das embalagens Tetra Pak tem sistema de abertura e fechamento
acoplado, principalmente do tipo FlexiCap– podendo algumas não possuírem esta
abertura, tendo a necessidade de cortar a embalagem para utilizar o produto. A maioria das
garrafas tem fechamento com tampa de polipropileno (PP), tipo rosca, com lacre.
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Ao ser retirada da geladeira, a garrafa possui gotículas de água que fazem com que a
embalagem se torne ainda mais escorregadia;
Não há a identificação dos plásticos que compõe a embalagem – exceto do rótulo -
sendo este ecologicamente incorreto, porque dificulta ao máximo o processo de
reciclagem;
Datas de fabricação e validade aplicadas com carimbo, como mostra a imagem
abaixo – com o manuseio este carimbo pode se desgastar e ter difícil identificação;
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Embalagem com identidade visual muito comum, facilitando a confusão com outras
marcas – o que pode ser confirmado pela imagem abaixo:
Figura 37: Na gôndola do supermercado, Sucos Naturale à esquerda e Petry à direita: muito fácil
confundir Fonte: O autor, 2009.
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Pelo rótulo ter muitas informações mal organizadas, informações que beneficiam o
sabor do produto, como a que ele deve ser agitado antes do consumo, não são percebidas
– como as imagens a seguir demonstram:
Para obter um profundo conhecimento dos aspectos estruturais não somente dos
sucos em estudo, mas do universo dos sucos em geral na região, realizei o estudo
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estrutural de outras três embalagens, cada uma de diferente material, a fim de analisar as
possibilidades para as embalagens de sucos.
5. CONTRIBUIÇÃO
5.1. Esquentação
5.2. “Iluminação”
Figura 50: Primeiros Testes 3D – embalagens Tetra Pak e garrafas PET arredondadas
Fonte: O autor, 2009.
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Também projetei packs, embalagens promocionais, com quatro garrafas – uma forma
também de divulgar a embalagem e alavancar vendas.
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5.3.1.1. Tipografia
Os tipos escolhidos para o rótulo são Trebuchet MS e Arial, ambas de fácil leitura,
com o intuito das informações serem claras, objetivas e facilmente entendidas.
5.3.1.2. Cores
Cada um dos três diferentes sabores de sucos tem suas particularidades quanto às
cores. Cada embalagem prioriza os tons de cores da fruta em questão, e assim sendo, as
embalagens do suco de laranja priorizam os tons de laranja, os de suco de maracujá têm
variações do amarelo, e as de suco de uva priorizam tons de roxo.
Formando uma unidade em comum, todas as embalagens contrastam com tons de
verde, que faz parte do logo da marca e nas embalagens é reforçado com imagens de
folhas, remetendo a idéia de natureza, de estes serem sucos naturais.
A garrafa deve ser toda envolta pela tecnologia sleeve, sem colas e deixando de ser
escorregadia, como o rótulo antigo era. Alem da melhora funcional, o aspecto do sleeve é
bastante atraente visualmente, por seu aspecto limpo e moderno.
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5.4. Verificação
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. São Paulo: SENAC São Paulo, 1999.
BAXTER, Mike. Projeto do produto: guia prático para o desenvolvimento. São Paulo:
Editora Edgard Blucher, 1998.
FERLAUTO, Claudio; JAHN, Heloisa. O livro da gráfica. São Paulo: Rosari, 2001.
GOMES FILHO, João. Design do Objeto – Bases Conceituais. São Paulo: Escrituras
Editora, 2006.
____________Ergonomia do Objeto – Sistema Técnico de leitura Ergonomica. São
Paulo: Escrituras Editora, 2003.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
MESTRINER, Fabio. Design de embalagem – curso básico. São Paulo: Prentice Hall,
2006.
________________Design de embalagem – curso avançado. São Paulo: Prentice Hall,
2002.
NEGRÃO, Celso. CAMARGO, Eleida. Design de embalagem. São Paulo: Novatec Editora,
2008.
PHILLIPS, Estelle M. PUGH, Derek. How to Get a PhD. EUA: Open University Press,
1987.
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Referências da Internet: