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FICHA TÉCNICA
Esta edição foi elaborada por uma equipa de consultores da IBG liderada pelo seu Managing Partner – Alfredo Azevedo
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Gestão da Inovação
um caminho singular
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Nota Prévia
A emissão e distribuição desta brochura não mais pretende ser do que um guia para
contextualizar e clarificar os princípios e conceitos inerentes a uma Gestão da
Inovação, fornecendo informação para uma atitude de mudança, em que o foco
seja a Inovação.
Este trabalho permite igualmente identificar e interpretar os requisitos da norma
portuguesa NP 4457 - Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e
Inovação (IDI) constituindo pois um parco contributo dos profissionais da
IBeroGestão no sentido de tentar clarificar conceitos, âmbitos e exigências que nela
se expressam.
Pretende-se ainda, no desenvolvimento deste guia, introduzir alguns exemplos,
esquemas ou sinopses que permitam um melhor entendimento dos conceitos
inerentes à Inovação, expressando algumas pistas para a sua correta gestão.
Naturalmente que a IBG já pensa, numa fase seguinte ao trabalho agora
apresentado, potenciar os contributos da análise que a partir de agora se farão com
naturalidade e que, desde já, a equipa liderada pelo seu responsável Alfredo
Azevedo, agradece.
Para terminar, gostaríamos de enunciar a disponibilidade da IBG e dos seus
consultores para toda e qualquer ação de análise da presente norma.
Certos erros, omissões e oportunidades de melhoria serão detetadas e consideradas
na fase posterior ao lançamento e distribuição; assim, solicitamos o favor dos
contributos dos leitores para que sejamos capazes de rapidamente executar a
necessária atualização.
Aproveitamos também para agradecer publicamente às entidades e empresas
presentes nesta publicação, pela qualidade da informação disponibilizada nas
respetivas páginas web e noutras publicações nos media e ainda, relevar os seus
envolvimentos e êxitos nos respetivos projetos de IDI. Muito Obrigado!
Alfredo Azevedo
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Índice de capítulos
1. Introdução 7
2. Inovação 9
3. Família das Normas de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação 11
3.1 Modelo de Interações em Cadeia .................................................................................................... 12
3.2 Norma NP 4457:2007 ..................................................................................................................... 15
4. Implementação de um Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação 16
4.1 Requisitos do Sistema de Gestão da IDI (NP 4457:2007) .................................................................. 18
Instruções de Utilização 56
Guia de Autoavaliação 58
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Índice de figuras
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1. Introdução
Processos
Conhecimento Produtos
. Científico,
Científico Riqueza e Valor Desenvolvimento
. Tecnológico, Inovação para as Económico e
. Organização e Funcionamento,
Funcionamento Marketing Sociedades Social
. Mercado Organização
Investigação Desenvolvimento
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diferenciação em relação à concorrência, deve ser entendida como um processo
estratégico, estando alinhada com os seus restantes elementos de gestão.
Esta consciencialização para os riscos da inovação não deve ser um fator inibidor da
mesma, devendo o risco ser entendido como a possibilidade de insucesso incluída no
próprio processo de inovação. Não inovar constitui um risco provavelmente ainda
maior, podendo conduzir a:
1
Empresa também pode significar entidade, organismo, instituto, autarquia, universidade, hospital, etc.
2
Produto pode também significar serviço
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2. Inovação
3 Ver Glossário
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A inovação compreende algumas atividades que vão para além da Investigação e
Desenvolvimento (I&D), como por exemplo as últimas fases de pré-produção,
"A Inovação é a produção, a produção, distribuição ou atividades de suporte como a formação.
assimilação e a exploração bem-
sucedida da novidade" Livro Verde De acordo com este manual, a difusão é o meio pelo qual as inovações se
sobre a Inovação, Comissão
Europeia, 1996 disseminam a partir da primeira introdução para diferentes consumidores, países,
regiões, sectores, mercados e empresas. Considera-se assim a difusão como uma
etapa fundamental para levar a inovação a ter impacte económico e social.
A ligação entre a inovação e a mudança económica é de interesse fulcral. Por meio
da inovação, novos conhecimentos são criados e difundidos, expandindo o potencial
económico para o desenvolvimento de novos produtos e de novos métodos
produtivos. Estas melhorias dependem de várias formas de conhecimento, para além
do conhecimento tecnológico, que são usadas para desenvolver inovações de
produto, processo, marketing e organizacionais.
No Manual de Oslo é feita uma clara distinção entre os vários tipos de inovação:
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3. Família das Normas de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e
Inovação
4
Ver Glossário
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3.1 Modelo de Interações em Cadeia
5
Ver Glossário
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cooperação tecnológica, a criatividade interna, a capacidade de Organização, a
gestão do conhecimento, a análise dos clientes, a análise interna e externa ou a
gestão da propriedade intelectual (interfaces de competências) permitem o
surgimento de ideias para satisfazer novas necessidades do mercado, para melhorar
produtos ou processos, para melhorar a Organização ou para melhor comercializar os
produtos que chegam aos clientes/consumidores. Estas interfaces são essenciais
para suportar a capacidade empresarial necessária ao desenvolvimento dos projetos
de inovação e gerir a sua ligação ao conhecimento existente ou à produção de novos
conhecimentos, contribuindo deste modo para uma gestão mais eficaz da inovação.
Estas interfaces, consoante a dimensão, o grau de intensidade tecnológica, a
concentração do mercado, o grau de maturidade ou outras características das
empresas e dos seus sectores, podem assumir a forma de departamento de
inovação, estar concentradas num gestor da inovação ou ser partilhadas com
outras organizações especializadas. As três interfaces não têm necessariamente que
existir em simultâneo, nem constituir entidades disjuntas.
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atores do sistema com quem as competências nucleares da empresa dialogam,
interagem e aprendem (através das interfaces) e que lhes fornecem um nexo de
relações essenciais para as suas atividades de inovação.
Por fim, e dado que não há inovação no vazio, as empresas deverão estabelecer uma
ligação com as suas envolventes externas, isto é, com os conhecimentos externos
resultantes da Macroenvolvente (Sistema de educação e formação, sistema
científico e tecnológico, infraestrutura informacional, reguladores, financiadores,
sistemas sectoriais) e da Microenvolvente (fornecedores, consultores, parceiros,
distribuidores, clientes, concorrentes).
Macro-envolventes
Sistema de Educação Sistema Científico Infra estrutura Sistemas
e Formação e Tecnológico Reguladores Financiadores Sectoriais
Informacional
Interfaces
Conhecimentos Vigilância Cooperação Previsão
Investigação Científica científicos e
e Tecnológica
tecnológicos
Inovação
Mercados Conhecimento do
Identificação
Clientes mercado existente Desenho Desenho Redesenho de Produto
de Mercado Comercialização
Exigências Necessidades e Básico detalhado Demonstração de Processo
Potencial
valores preferências de Marketing
Expectativas
Organizacional
Investigação Conhecimentos
sobre métodos e Organizacionais e Interfaces
organização existentes
Gestão do Conhecimento Criatividade interna Capacidades de Organização
Micro-envolventes
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3.2 Norma NP 4457:2007
Auditorias
Análise de resultados Melhoria Contínua
internas
• Portfolio de projetos
• Gestão de ideias Gestão das interfaces e da Gestão das ideias e Planeamento de projetos de
produção do conhecimento avaliação de oportunidades IDI
• Criatividade
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4. Implementação de um Sistema de Gestão da Investigação,
Desenvolvimento e Inovação
Na figura seguinte são visíveis as várias fases de uma possível metodologia para a
implementação de um Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e
Inovação - SGIDI:
3. Estruturação
1. Estabelecimento do processo IDI 4. Revisão e 5. Implementação
2. Análise da 6. Monitorização e
da equipa de da Entidade e Elaboração da do Sistema de
situação Melhoria Contínua
trabalho requisitos documentação Gestão de IDI
complementares
- Definição da Equipa de - Diagnóstico inicial onde - Identificação e definição - Definição e elaboração - Formação; - Acompanhamento dos
Trabalho e atribuição se identificam: de interfaces/ seleção de de políticas, processos e - Acompanhamento dos processos e seus
de responsabilidades; . Pontos fortes; ferramentas/ metodologias; projetos IDI; indicadores;
- Identificação de . Pontos fracos; metodologias de - Criação de repositórios e - Verificação do grau de - Análise de Não
Objetivos. . Oportunidades; trabalho; mecanismos de gestão implementação das Conformidades
. Ameaças - Gestão das ideias e da informação. atividades. detetadas;
no processo de avaliação de - Verificação da eficácia da
inovação da empresa oportunidades; implementação das
- Análise da estrutura, - Constituição do Portfolio Ações Corretivas,
sistema de informação, de projetos IDI; Preventivas e de
Políticas e Estratégias. - Planeamento e Gestão de Melhoria.
projetos IDI.
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Após a definição da equipa de trabalho e de objetivos e atribuição de
responsabilidades, Fase 1, deve realizar-se uma Análise da Situação, Fase 2, onde
é feito um diagnóstico do perfil inovador da empresa de forma a detetar a
situação da mesma em relação à Inovação. Nesta fase é necessário adaptar os
indicadores propostos no Manual de Oslo e Manual de Frascati ao cenário e
tecido empresarial, assim como incluir novos indicadores considerados pela empresa.
De seguida, estão descritos alguns indicadores e respetivo perfil de inovação
resultante dos mesmos,
Desta forma, e uma vez obtidos os dados dos indicadores propostos, é possível ter
uma ideia do carácter inovador da Organização. A figura seguinte representa um
exemplo de um perfil inovador com boas entradas no processo de inovação, mas
com carências na gestão do mesmo:
Aumento da Facturação
100%
80%
Competências do Pessoal Recursos Económicos IDI
60%
40%
20%
Desenvolvimento ou
Incorporação Tecnológica 0%
melhoria
Protecção Inovação
Outra ferramenta que pode constituir uma mais-valia para a determinação do perfil
inovador é o Innovation Scoring, que será explorado em maior detalhe aquando da
definição de formas de avaliação de resultados.
Como forma de prosseguir com o processo de implementação de um sistema de
gestão de IDI, Fases 3, 4, 5 e 6, podem e devem ser utilizados os requisitos da
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norma NP 4457:2007, introduzidos no capítulo anterior, e que serão alvo de uma
exposição mais detalhada de seguida. De notar que uma das fases essenciais
corresponde à Fase 3, na qual são discutidas, analisadas e decididas as respostas a
dar aos vários requisitos, e cuja aplicação prática se estende nas três fases
seguintes.
Saliente-se, ainda, que, ao implementar um sistema de gestão da IDI, para além das
especificidades decorrentes das próprias atividades de IDI, um conjunto significativo
de requisitos contemplados na norma de referência é semelhante às já existentes
noutros modelos de gestão. Tal facto deverá assim constituir um incentivo para que
muitas empresas vejam nestes sistemas e processos uma oportunidade de melhoria
para aumentarem a sua competitividade e entrarem decididamente na Economia
do Conhecimento.
Planeamento da
Responsabilidades Investigação, Implementação e
Generalidades da Gestão Desenvolvimento e Operação
Inovação
Secção 4.1 Secção 4.2 Secção 4.3 Secção 4.4
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Política de Investigação, Desenvolvimento e Inovação
O desenvolvimento de níveis de excelência científica, com o objetivo de disponibilizarmos soluções terapêuticas para a melhoria da qualidade de vida do
ser humano, é um dos valores fundamentais da cultura de Bial.
Estamos empenhados, através da gestão do Conhecimento e da Inovação, em desenvolver de forma sistemática e sustentada, soluções terapêuticas internacionalmente
competitivas, que mereçam a aceitação da comunidade científica, das entidades reguladoras e do mercado e que consequentemente, aportem valor para a Companhia e para
os seus acionistas, colaboradores, classe médica, consumidores e outros parceiros de negócio.
A realização deste compromisso deverá ser assegurada, em todas as áreas da Companhia, através dos seguintes princípios:
- Organizar e administrar o Sistema de Gestão da IDI, proporcionando que dos seus grupos de trabalho resultem ideias inovadoras, transformáveis em projetos
suscetíveis de gerarem valor para o mercado.
- Assegurar um adequado planeamento, execução e controlo dos projetos e uma criteriosa disponibilização de recursos observando o estrito cumprimento dos
requisitos regulamentares, técnicos e normativos aplicáveis à nossa atividade.
- Incentivar a motivação, criatividade e qualificação dos colaboradores de forma a promover continuamente uma cultura de rigor e um ambiente gerador de
conhecimento científico e tecnológico.
- Melhorar continuamente a eficácia do Sistema de Gestão de IDI, rentabilizando os recursos disponíveis e assegurando a avaliação e a promoção dos resultados.
http://www.bial.pt
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4.1.3 Secção 4.3 Planeamento da Investigação, Desenvolvimento e
Inovação
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Cláusula 4.3.2: Gestão das Ideias e Avaliação de Oportunidades6
As organizações devem estabelecer procedimentos para a captação, análise,
avaliação e pré-seleção de ideias, com vista a avaliar quais as que se podem
constituir como oportunidades de inovação. Neste âmbito devem considerar a
informação recolhida no processo de gestão de interfaces e os resultados da
identificação de problemas e da avaliação de oportunidades. A avaliação e seleção de
ideias implica o estabelecimento de critérios para condução destas atividades. Estes
critérios devem ser consistentes com a Política de IDI na medida em que sejam
relevantes, tendo em consideração a avaliação do mercado potencial, os critérios de
viabilidade técnico-económica, requisitos legais, sociais, tecnológicos, financeiros e
fatores de risco.
Dada a complexidade do processo de Criatividade, no qual tentamos agir sobre
os bloqueios mentais do subconsciente, é possível recorrer a algumas Ferramentas
de Inovação ou Técnicas de Criatividade8 para se obterem melhores resultados,
nomeadamente: Brainstorming, Listagem de atributos, Questionamento de
suposições, SCAMPER, Mapa Mental, outros pontos de vista, Positivo, Negativo e
Interessante, 9 Janelas, etc.
Por outro lado para uma boa gestão das ideias há que ter em consideração que:
Reconhecimento de
Desenvolvimento Soluções Exploração
Oportunidades
6
Ver Glossário
8
Ver Glossário
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Figura 10 - Etapas de um Processo de Geração de Ideias
Abrir-se aos colaboradores é a melhor forma de progredir. A inovação nasce da criatividade e da geração de ideias, um princípio seguido à risca pela Sonae Sierra.
Acreditam que as pessoas estão na base do sucesso e fazem disso o seu motor de desenvolvimento. É assim em empresas como a Sonae Sierra que não só acredita, como
apoia, estimula, incentiva o seu quadro de pessoal a ir mais além, promovendo a criatividade e a inovação que fazem a diferença nos seus resultados. Através de ferramentas
tão simples como um banco de ideias é possível “mexer” com uma série de conceitos como inovação, gestão de talentos, rentabilidade, gestão de recursos, produtividade,
motivação. Ferramentas que ajudam a organização a dar mais um passo em frente.
É seguindo esta lógica que a Sonae Sierra deu recentemente aos seus mais de 1.000 colaboradores da Europa e do Brasil, um programa de formação que batizou de CLICK
(Creative, Learning and Innovation Continuous Knowledge) e cujo objetivo primordial é estimular a vontade de inovar, seja a que nível for, desde a forma como se
comunica até a sugestões que podem alterar procedimentos dentro da organização. Distribuídos por cerca de 50 sessões ao longo dos últimos quatro meses, cada um dos
1146 colaboradores da empresa recebeu, durante um dia, uma série de técnicas e ferramentas que permitem estimular e deixar fluir a criatividade.
Carlos Jesus, “Head of Innovation” da Sonae Sierra, explica a base da ideia: “O conceito do Click baseia-se em alguns pontos muito fortes. Acreditamos que tal
como na evolução das espécies, em que quem melhor sobrevive é quem melhor se adapta, também as empresas precisam adaptar-se, cada vez melhor aos
mercados. Isso significa gerar algumas mudanças, mas como as empresas não mudam, são as pessoas que o devem fazer, sendo elas não só o ativo
principal das organizações mas também o centro do seu sucesso”.
Durante a ação do Click, os colaboradores foram distribuídos em grupos de 20 ou pouco mais, e colocados perante uma sucessão de desafios, alguns reais, outros abstratos,
mas sempre com uma finalidade comum: evoluir como pessoa e em grupo através da inovação. “Para sermos eficientes, temos de ser criativos. Queremos criar uma
diferenciação nos nossos processos, nos serviços, nos produtos, de forma a adicionar valor à empresa. Esta é a génese de todo o programa de inovação”,
reforça Carlos Jesus, um dos 40 formadores internos da Sonae Sierra. Cada um deles passou também por um processo formativo para poder realizar as ações e é agora uma
espécie de embaixador da inovação dentro das suas funções ou do seu departamento.
Expresso / 18 de Fevereiro de 2010
Invenção, desenho
Desenho Alterações e Comercialização
básico ou conceção Testes e
detalhado ou reformulações do Produção ou
do produto ou demonstrações
protótipo projeto implementação
serviço
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demonstrações, constituem etapas especificamente alinhadas para verificação e para
a validação do produto/serviço ao longo do processo de IDI.
A NP EN ISO 9001 na cláusula 7.3 – Conceção e Desenvolvimento, apresenta
requisitos específicos relativos à revisão, verificação e validação de atividades de
conceção e desenvolvimento, que se encontram sintetizadas no diagrama seguinte:
Revisão
Fases da concepção
Verificação
Validação
a descrição do projeto;
a identificação da equipa, recursos necessários e prazos estimados para
a realização do projeto;
a identificação das atividades de verificação e validação;
a forma de controlo das alterações;
a identificação dos resultados esperados;
as disposições relativas à proteção da propriedade intelectual.
a identificação de objetivos;
a identificação das entradas do projeto;
a identificação das saídas ou dos resultados esperados do projeto;
a definição do âmbito, do ciclo de vida e atividades do projeto;
a duração e a calendarização das atividades do projeto;
a identificação dos recursos necessários: materiais e humanos, incluindo
a identificação das competências relevantes;
a estrutura organizacional;
a orçamentação do projeto;
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a identificação e análise dos riscos;
a gestão de mudanças, imprevistos e riscos identificados;
o controlo de qualidade do projeto;
a identificação das atividades de controlo, de verificação e de validação;
a gestão e o controlo de subcontratações e parcerias;
a proteção e a exploração dos resultados.
São várias as etapas para o lançamento de um produto e estas começam muito antes da conceção do produto em si. A Procter & Gamble (P&G) por exemplo, aproveita a
condição de ser uma das maiores máquinas de inovação do mundo, com 27 mil patentes registadas, para impulsionar a sua produção de lançamentos. Foi o caso do
lançamento de uma nova pasta de dentes (Oral-B Pró-Saúde) no mercado brasileiro que reuniu 25 dessas patentes, invenções como uma substância que elimina as bactérias
da boca a outra que reduz as manchas nos dentes. O período de estudos para a execução de um projeto desta envergadura é longo. Apenas em Investigação, o produto
consumiu 12 anos e foi alvo de mais de 30 estudos científicos.
Entre Março de 2006 e Fevereiro de 2009 a P&G brasileira realizou 15 diferentes pesquisas de mercado, ouvindo 5200 consumidores. Nas pesquisas foram testados desde os
hábitos e formas de escovar os dentes até à preferência por sabores – entre a gama de produtos da empresa há variedade como anis, canela, laranja, limão e até maracujá e
açaí, sabores que os brasileiros estranharam. A embalagem também foi submetida à aprovação dos consumidores, sendo avaliada em testes sofisticados, como o eye tracking
– tecnologia utilizada pelos designers capaz de registar o movimento dos olhos dos consumidores pelo produto, detetando assim os pontos mais chamativos, como a reação às
cores, tamanho de letras e ilustrações. Até à decisão pelo modelo final foram testadas 44 embalagens diferentes.
De seguida expressam-se as oito fases para o lançamento de um produto, nas quais se destaca o exemplo da P&G no lançamento do dentífrico no mercado brasileiro.
1 2 3 4 5 6 7 8
1. Avaliação Estratégica – análise do potencial de um novo produto com base em dados de mercado e de comportamento de consumo, e em análises financeiras. Na
P&G foram lançados 1100 inquéritos a consumidores entre Março de 2006 e Junho de 2007;
2. Definição do produto – desenvolvimento de um produto que corresponda às necessidades identificadas e iniciam-se os primeiros testes. Na P&G o produto foi testado
com 238 consumidores em Julho de 2007:
3. Criação do conceito – define-se a forma como o produto será apresentado, o seu posicionamento e preço. Na P&G foram efetuadas pesquisas com 404 consumidores
e dentistas entre Novembro e Dezembro de 2007;
4. Teste do produto – são testadas amostras completas com embalagem e distribuídas a consumidores. Na P&G 48 consumidores avaliaram o produto em Janeiro de
2008;
5. Estratégia de vendas e marketing – avaliação de anúncios de televisão pelos consumidores e definição do modelo de vendas. Na P&G foram exibidos 4 anúncios a
1200 consumidores entre Março e Julho de 2008;
6. Produção – define-se a produção, o ritmo de lançamento e a logística de distribuição. Na P&G foi definida uma estratégia de importação do produto em Setembro de
2008;
7. Lançamento – o produto chega ao mercado com campanhas de promoção e divulgação. Na P&G o dentífrico foi apresentado a dentistas em Janeiro de 2009 e o seu
lançamento ocorreu em Abril do mesmo ano;
8. Acompanhamento – nos seis meses após o lançamento, realiza um rigoroso programa de acompanhamento de vendas. É a fase para eventuais correções e mudanças.
Na P&G após o lançamento são realizadas avaliações mensais das vendas.
Daniel Hesseil Telch/Exame Agosto de 2009/Editora Abril
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identificação e análise de problemas e oportunidades;
criatividade e gestão de ideias;
avaliação, seleção e gestão e coordenação de projetos;
gestão do conhecimento e da propriedade intelectual.
Planeamento Estratégico; Plano Business Plan CA; Direções Documental e reunião da Direções e Departamentos Anual
de Atividades, Objetivos Globais empresa
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Âmbito Documento Origem Processo de Comunicação Destino/ Frequência
associado Emissão Receção periodicidade
Planeamento de Projetos de IDI Ordens de Serviço, Grupo IDI Base de dados Grupo IDI; On time
Plano de projetos; Sistema Informático SGI;
Plano de atividades;
Relações com Entidades Procedimento Gestão Grupo IDI Base de Dados: registo Grupo IDI; SGI; Entidades Trimestral
Externas (gestão do das Interfaces; informático externas (universidades,
conhecimento, vigilância e Instruções de institutos de
previsão tecnológica) Trabalho investigação,...)
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Processo Código Estado Descrição Revisão Elaboração Data elaboração Aprovação Data aprovação
Registo de Informação,
Gestão e Estratégia RG 01 Utilização Insatisfação, Reclamação, NC, 00 AL 21-12-2010 AA 23-12-2010
AC, AP, Sugestões de Melhoria
Gestão e Estratégia RG 02 Utilização Ata de Reunião 01 AL 20-12-2010 AA 21-12-2010
Comercial, Marketing e
RG 03 Utilização Controlo da Conceção 00 JA 15-12-2010 AA 20-12-2010
Desenvolvimento
Fornecimento de Ficha de Registo da
RG 04 Utilização 03 AL 30-12-2010 AA 04-01-2011
Serviço Intervenção
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Cláusula 4.5.1: Análise de Resultados
A NP 4457 determina ainda que as organizações devem estabelecer procedimentos
Resultados do processo para documentar e avaliar de modo regular os resultados de IDI. A avaliação dos
de Inovação
resultados deve considerar, conforme apropriado, a componente financeira, as
vantagens competitivas para a Organização e os benefícios gerais alcançados.
Os procedimentos devem assegurar o planeamento e a realização das atividades de
avaliação e os respetivos registos, isto é, a avaliação dos resultados do processo de
inovação e a identificação e o registo de desvios nos resultados esperados. Nos
resultados do processo de inovação devem ser considerados igualmente os
resultados da gestão das interfaces e da produção de conhecimento, da gestão
de ideias, da avaliação de oportunidades e dos projetos concluídos e em
curso. Quando apropriado, devem considerar o planeamento das disposições
relativas à avaliação dos resultados após comercialização ou implementação. Nestas
devem ser consideradas, entre outras, as não conformidades e reclamações, a
avaliação da perceção das partes interessadas e a avaliação do impacte da inovação.
A Organização deve assegurar que o conhecimento adquirido na avaliação das
atividades de IDI é considerado em futuras atividades de IDI. Caso a Organização
necessite de recorrer a equipamentos de monitorização e medição (EMM) no
processo de avaliação de resultados, deve assegurar-se que os mesmos produzem
resultados válidos. Tal implica que a Organização deve determinar o erro e a
incerteza dos EMM de forma a avaliar a sua aptidão para a monitorização do
processo. A ISO 9001 detalha os requisitos relacionados com os EMM na cláusula
7.6.
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Processos Indicador Métrica Resp. Objetivo
100%
Transferência de Conhecimento e Projetos de Transferência
Executado vs. planeado (%)
Cooperação Tecnológica Tecnológica
100%
Competência, Formação e
Formação profissional N° de Horas de Formação por Colaborador RH >35
Sensibilização
Gestão de Fornecedores Avaliação de Fornecedores Fornecedores com classificação A (%) CMP 100%
Auditorias Internas Plano de Auditorias Executado vs. planeado (%) SIQI 100%
Há evidencia da comunicação da política, mas só aos colaboradores da área de IDI (01-09-13), quando no
4.2.1.
plano de comunicação figura que os destinatários devem ser tudo o grupo.
A revisão pela gestão do ano 2011 não contempla todos os pontos requeridos pela norma NP 4457, nem
os referidos na página xx do Manual, nomeadamente a análise exaustiva dos indicadores de gestão da IDI,
4.2.3.
nem as necessidades de recursos para o Sistema de Gestão da IDi. Por outra parte, só se atingiram 2
objectivos dos 11 definidos para o ano 2010 sem que se definiram acções ao respeito.
4.3.1. Não há evidencias de ter-se realizado uma análise interna e externa para o período 2010.
Não ha evidencias do controlo do projecto S90 mais além do 2010-07-26 nas reuniões de PM. Detectam-se
registos do controlo do projecto yy, nas tarefas já concluídas figuram como não executadas (primeiras
4.5.1. tarefas do projecto S90 nas actas de Junho em diante). No PM 2010-05-09 não figura informação
relativamente ao projecto W3. Também no caso do yy, não há registos da celebração de reuniões do
Steering.
Não há evidência do registo de controlo mensal dos indicadores de actividade de IDI salvo para o caso dos
4.5.1. indicadores de “captação de ideias” e o de “ideias que passam à fase de implementação”, contrariando o
estabelecido no pto. 8.3.2. Resultados e Melhorias do Manual.
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Cláusula 4.5.3: Melhoria
Como elementos para a melhoria contínua da eficácia do Sistema de Gestão da IDI,
a Organização deve utilizar diversos instrumentos, nos quais devem estar incluídos a
Política de IDI, a revisão pela Gestão, a avaliação de resultados de IDI, dos
resultados das auditorias e da comunicação interna e externa e a realização
do exercício de Autoavaliação. Este último será explorado mais detalhadamente na
secção final deste capítulo.
Para se poder levar a cabo a implementação de melhorias, é necessário que estas
ações sejam estabelecidas e planeadas adequadamente, de forma a permitir a sua
correta realização e sejam comunicadas a todas as pessoas envolvidas.
A melhoria contínua deve ser um processo cíclico e sistemático de
retroalimentação, para que os dados de saída do processo sejam incorporados como
entradas num novo ciclo de melhoria.
Existem muitos ciclos de melhoria contínua, mas o mais utilizado é o ciclo PDCA
(Plan, Do, Check, Act), que corresponde às seguintes fases:
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As 7 ferramentas clássicas
Diagrama de afinidades
Diagrama de Relações
Diagrama de Pareto
Diagrama de árvore
Diagrama de Gantt
Análise de Valor
Diagrama PERT
Benchmarking
Brainstorming
Estratificação
Histograma
AMFEP
QFD
P Planear ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
D Fazer ■ ■
C Verificar ■ ■ ■ ■ ■
A Atuar ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■ ■
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Gestão, UNE 66177:2005. Esta norma baseia e justifica o processo de integração
dos sistemas utilizando o ciclo PDCA, adaptando-o para responder às necessidades
de um processo de integração de sistemas de gestão. Qualquer processo de
integração deverá ser cuidadosamente planeado, implementado, avaliado ao nível da
eficácia e, finalmente, seguido e melhorado de forma contínua.
Act
Seguimento e Plan
melhoria do Plano de
sistema integração
Integrado
Check
Do
Avaliação da
Implementação
eficácia do
do plano de
plano de
integração
integração
Implementação conjunta
NP EN ISO 9001:2008 NP 4457:2007
SGI (Q+IDI)
-Definição do SGI, documentando-o, implementando-o, mantendo-o e melhorando-o;
4.1-Sistemas de Gestão da -Integração nos processos, provenientes da qualidade, da gestão IDI;
4.1 – Generalidades
Qualidade -Definição do âmbito Integrado (âmbito do SGI) e da forma como serão respondidos os
requisitos normativos associados.
-Estender do controlo documental do SGQ para incluir a IDI (revisão dos procedimentos,
4.4.4 - Documentação
registos, manuais, políticas e âmbito do sistema integrado);
4.2-Documentação 4.4.5 – Controlo dos documentos e
-Disponibilização de toda a documentação necessária garantindo a sua legibilidade,
registos
identificação e rastreabilidade.
4.3.1 – Gestão das interfaces e da -Utilização da focalização no cliente opara garantia do envolvimento do mesmo no processo
5.2-Focalização no cliente
produção de conhecimento de gestão de interfaces e conhecimento.
4.2.1 – Política de investigação, -Elaboração de uma política integrada, incluindo as políticas de Q e IDI, e garantindo a sua
5.3-Política da qualidade
desenvolvimento e inovação documentação, manutenção, comunicação e revisão.
32 | 67
Implementação conjunta
NP EN ISO 9001:2008 NP 4457:2007
SGI (Q+IDI)
-Extensão da Revisão pela gestão ao sistema integrado incluindo entradas e saídas no âmbito
5.6-Revisão pela gestão 4.2.3 – Revisão pela gestão das normas referidas e efetuando o registo do seu planeamento, execução, entradas e
resultados (saídas).
6.1-Provisão de recursos ---- -Estender a provisão de recursos tendo em conta as atividades de IDI. (ver seguintes).
-Estender das práticas relacionadas com a gestão de recursos humanos da qualidade para
inclusão da IDI (manutenção dos registos de competências, experiências, escolaridade,
4.4.2 – Competência, formação e
6.2-Recursos humanos procedimentos de admissão e registo das formações);
sensibilização
-Garantia da capacidade dos colaboradores afetos a atividades de Inovação, garantindo a sua
formação nesse sentido.
6.3-Infraestruturas -----
7.3-Concepção e 4.3.3 – Planeamento de projetos de -O planeamento dos projetos de IDI pode estar associado ao processo de conceção e
desenvolvimento IDI desenvolvimento, aplicando-lhe as mesmas fases.
4.3.1 – Gestão das interfaces e da -Utilização da cláusula compras para garantia do envolvimento do dos fornecedores e/ ou
7.4-Compras
produção de conhecimento parceiros no processo de gestão de interfaces e conhecimento.
7.5-Produção e fornecimento do
-----
serviço
7.6-Controlo do equipamento de
-----
monitorização e de medição
1.Definição do
4.3 A Autoavaliação do SGIDI
objectivo
Como forma de acompanhar um sistema de gestão da IDI já implementado ou para,
como já referido, fazer uma avaliação do perfil inovador, as empresas devem apostar
na realização de autoavaliações. Estas permitem aferir se o sistema é funcional,
2.Análise dos
requisitos normativos eficaz e eficiente, sendo essenciais para a preparação de auditorias segundo a norma
NP 4457, para a determinação de aspetos de melhoria e para a avaliação de
resultados associados ao sistema de gestão da IDI. Trata-se de um bom exercício
3.Constituição da
equipa de análise
33 | 67
interno e que dever ser executado por um conjunto de responsáveis da organização,
contemplando e envolvendo as diversas funções e para o qual se apresenta de
seguida um modelo de atuação.
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5. Boas Práticas de Gestão da IDI e Tendências
35 | 67
A cultura de Inovação
A cultura de inovação indica que uma organização está, pelo menos, disposta a abraçar muitas das ferramentas e técnicas que a inovação requer, mas além disso é capaz de
suportar os resultados potenciais. Para cada sucesso da inovação, há muitas tentativas e várias falhas.
Toda inovação é potencialmente canibalizar um produto ou serviço existente, e as forças de inovação representam constante mudança - e não apenas a produtos e serviços,
mas com experiências e modelos de negócios. Isto significa que uma cultura de inovação é ágil, em constante adaptação e aprendizagem, aberta à experimentação e a muitos
pontos de vista. A cultura de inovação tolera e aprende com fracasso, incorporando as melhores partes do fracasso em novos esforços. A cultura de inovação entende que
a inovação é um processo contínuo e consistente, em vez de um esforço ocasional. A cultura de inovação procura pontos de vista internos e externos e perspetivas
que são diferentes do que a equipa "quer" ouvir, e trabalha em estreita colaboração com clientes, parceiros e até mesmo com o interesse de entender as necessidades futuras.
A cultura de inovação tem tanto de investimento na compreensão do futuro como na entrega de valor no presente. A cultura de inovação constante gera ideias, mas também
tem a capacidade para comercializar as melhores ideias e navios de produtos de valor. Uma cultura de inovação não é apenas uma máquina de ideias, é uma máquina de
comercialização.
Jeffrey Phillips; What is a Culture of Innovation Anyway? (Innovation Excellence 13/08/2011)
Empresas que implementam TMG Automotive, Coca-cola, IKEA, PT Inovação, Somague, Euroresinas,
PT Inovação, Efacec Energia, 3M
estas práticas: IBM Petrobrás
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Gestão das Interfaces e do Conhecimento
-Incorporar as expectativas dos stakeholders para o desenvolvimento de produtos através da análise
de satisfação e das necessidades dos mesmos, participação em feiras e outros colóquios de aferição
de informação, recurso a formas de estabelecimento de padrões dos consumidores, por exemplo
Interface
online ou outras formas de aferição das necessidades e comportamentos do mercado (design
Mercado
empático e estudos antropológicos);
-Acompanhamento de tendências do mercado, dos colaboradores e ex-colaboradores, criando uma
rede de comunicação mais alargada, recorrendo, por exemplo, a redes sociais.
Captação e processamento de informação:
-Através de ferramentas de pesquisa como internet, bases de dados de patentes, artigos científicos,
dados de clientes, parceiros e concorrentes, relatórios de mercado, participação em feiras e
Vigilância congressos, participação em associações e comités científicos e técnicos internacionais, contacto com
tecnológica entidades de ensino, universidades, feedback de auditorias, informação institucional, redes sociais, …
-Foco nas áreas de interesse;
-Disseminação de informação recolhida para garantir um bom processamento da informação (ver
Interface Tecnológica
gestão do conhecimento).
-Desencadear processos interativos de Inovação, envolvendo os clientes (vendas mais próximas do
cliente), os fornecedores, e centros de partilha da informação ao longo da cadeia de valor como por
Cooperação
exemplo serviços partilhados;
tecnológica
-Matrizes de gestão de parcerias;
-Criação de consórcios.
-Ferramentas para desenvolvimento de tecnologias com potencial interesse económico no
médio longo prazo:
-Roadmap Tecnológico para ajudar na estruturação e definição de metas para o futuro tecnológico
Previsão
da empresa (estabelece uma relação entre as necessidades futuras de mercado, a tecnologia atual
tecnológica
da empresa, a tendência da tecnologia no mundo, programas de pesquisa e desenvolvimento);
-Basear a previsão tecnológica na análise de competências chave, ortodoxias, customer insights e
descontinuidades e oportunidades.
-Utilizar equipa pluridisciplinares provenientes de várias áreas da organização para proceder a
Interface atividades de Inovação, promovendo um ambiente de colaboração, ajustando a dimensão para
Organizacional otimizar a gestão de equipas e projetos, promoção da mobilidade de colaboradores, projetos
transversais e partilha de informação e conhecimento.
-Gerir o conhecimento criado através de sistemas de gestão, portais de conhecimento e outras
ferramentas intranet que sirvam como repositórios de informação e bases de dados (informação,
experiencias, lições aprendidas e documentação associada), espaços de trabalho sugestivos e que
promovam a interação transversal entre os colaboradores: Bases de conhecimento;
-Avaliação das falhas de conhecimento estratégico associado à base de conhecimento que possa já
Gestão do existir;
conhecimento -Busca de novo conhecimento estrategicamente importante através de publicações temáticas,
colóquios, seminários e conferências e atualização das bases de conhecimento;
-Aposta em ações de formação para a implementação de boas práticas nos colaboradores e para
estimular a capacidade de mudança;
-Criação de núcleos de conhecimento que sintetizem e procurem a informação e a disponham e
partilhem com outros núcleos em empresas com áreas de intervenção muito variadas.
Empresas que implementam
Renova, Brisa, Nestlé, IBM, Coca-cola, Nokia Siemens, Opway, Imperial, H tecnic, SAG, Exatronic, Efacec, Mota-Engil
estas práticas:
37 | 67
Figura 29 – De Onde Vêm as Ideias? (Extraído de: Where good Ideas Come From; Steve Johnson)
Gestão organizacional:
-Construção de equipas próprias para o projeto que permitam otimizar os resultados obtidos:
-Pluridisciplinaridade e envolvimento de outras partes da cadeia de valor: clientes, fornecedores, parceiros;
-Inclusão simultânea de pessoas com diferentes perfis face ao projeto como por exemplo pessoas crentes e
desafiadoras;
-Definição de líderes de acordo com as competências necessárias.
Planeamento, monitorização e controlo dos projetos de IDI:
-Diagramas de processos, responsáveis, envolvidos, indicadores de desempenho, definição de recursos
necessários;
-Análise de riscos do projeto relativamente a: alinhamento com plano estratégico, tecnologia e disponibilidade,
mercado potencial, concorrência, financeiro, impactos;
-Formalização de processos internos de gestão dos projetos e definição de regras claras para estudos de
viabilidade, orçamentação, prazos, reavaliação dos projetos;
-Controlo e avaliação dos projetos e do seu desenvolvimento tendo em conta as regras e critérios formalizados e a
definição de indicadores de desempenho dos projetos.
Fecho:
-Documentar o conhecimento gerado;
-Atualizar interfaces;
-Gestão de aprendizagem;
-Comunicação de resultados.
Empresas que implementam
Nokia Siemens, CGC genetics, Ana, Lego, Euroresinas
estas práticas:
Em vez de um organograma sob o qual trabalha, imagine um "mapa de competências", que detalhava os interesses e habilidades únicas de cada pessoa na empresa e
mostrava onde eles se cruzavam.
Imagine também que todos os funcionários da empresa foram habilitados para chegar e trabalhar em novas ideias.
Qualquer um que tivesse uma ideia poderia olhar para o gráfico de Interesse/ habilidades e montar uma equipa funcional e transversal para a implementação da ideia. A
equipa iria designar o coordenador do projeto, que serviria como o tomador da decisão final sobre o projeto. Essencialmente, toda a empresa iria correr como uma rede de
empreendedores.
Chris Dolan; The Innovative Company of the Future (Innovation Excellence 04/11/2010)
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Gestão da Aprendizagem Proteção dos resultados
-Registo de patentes;
-Tirar partido das experiências fazendo de acordo com as
mesmas atualizações dos indicadores e processos -Direitos de propriedade industrial;
-Análise de erros, reclamações, inovações malsucedidas, tentando passar uma imagem forte e coerente que
projetos falhados e divulgação da informação apreendida; ligue a marca à empresa;
-Propriedade intelectual.
Se está pensar- ou dizer - uma ou mais destas justificações, não só está reter a publicação de benefícios críticos e essenciais para a melhoria contínua do novo processo de
negócio de desenvolvimento de produto, como a sustentabilidade do mesmo.
Uma abordagem de ciclo fechado para avaliação comercial de um novo produto e experiência real no mercado é uma parte essencial para melhorar a
precisão das previsões, num processo maduro de gestão da Inovação.
Bill Poston; Your Implementation is Complete. Now, Where is the ROI? (Innovation Excellence 26/08/2011)
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Financeiros e operacionais Mercado Sociedade
40 | 67
6. A Inovação em Portugal
Recursos humanos;
Sistemas de investigação abertos e atrativos;
Recursos financeiros e infraestruturas;
Investimento das empresas;
Parcerias e empresas;
Patentes;
Empresas inovadoras;
Efeitos económicos.
Face ao ano de 2009, a progressão foi de apenas uma posição, mas se analisarmos
um ciclo de cinco anos, apercebemo-nos que Portugal subiu sete posições (em
2006, estava classificado em 22.º lugar) e fica agora a liderar o grupo dos
"Inovadores Moderados".
Nos rankings que medem o crescimento de indicadores, Portugal é o país que mais
cresceu em termos de despesas efetuadas em I&D em percentagem do PIB
(estando agora já muito próximo da média europeia), é também o país em que mais
jovens com idades entre os 20 e os 24 anos têm o ensino secundário completo e
está em primeiro lugar no crescimento de empresas inovadoras que colaboram
com outras empresas (em percentagem do total de PME). Está também em segundo
lugar no ranking dos países que mais aumentaram a despesa pública em
investigação e dos que mais patentes efetuaram em áreas que "constituem um
desafio para as sociedades".
Se a análise for feita em termos desagregados por cada uma das oito áreas
analisadas, revela-se a boa posição do país nas áreas de autoavaliação (em que as
empresas declaram os seus métodos e resultados) e uma posição mais frágil nas
variáveis que medem desempenhos económicos.
A rubrica em que Portugal mostra um melhor resultado - e está mesmo em terceiro
lugar face os países da Europa a 27 - é no item "Inovadores", isto é, dos países
com empresas que declaram ter introduzido produtos ou processos inovadoras no
mercado, conseguindo com eles uma maior eficiência na utilização de recursos ou na
diminuição dos custos de produção. Nas restantes rubricas analisadas, está próximo
da média na dimensão de sistemas de investigação abertos e atrativos (13.º lugar) e
na existência de parcerias entre empresas (15.ª posição), e tem um assinalável 12.º
lugar em termos de recursos financeiros e infraestruturas. Mas o investimento das
empresas e os recursos humanos ainda estão longe da média, respetivamente, em
18.º lugar e 21.ª posição. Relativamente a indicadores como o emprego em sectores
que exigem elevada qualificação, o volume das exportações de bens de média e alta
tecnologia ou a venda de bens resultantes de inovações, estes apresentam ainda
desempenhos e evoluções abaixo da média europeia.
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Assim, acordo com o Summary Innovation Index8 - indicador de desempenho global
dos níveis de inovação dos vários países Europeus - Portugal apresenta em 2010 um
valor de 0,436 face aos 0,516 da UE27 e apresenta a taxa de crescimento maior da
EU, conforme visível na tabela seguinte.
- o European Innovation
Scoreboard 2010 (www.proinno- Figura 33 - Evolução do Summary Innovation Index entre 2006 e 2010
europe.eu/metrics) e
- o Barómetro de Inovação
(www.barometro.cotec.pt) - uma Para superar os principais desafios, é necessário uma política de inovação
plataforma que disponibiliza comprometida e sistémica que exige, nomeadamente, a promoção de
informações acerca da Inovação em
Portugal, através da divulgação de ligações/parcerias e a colaboração entre os principais atores do Sistema Nacional
indicadores e estatísticas de de Inovação, o reforço de competências dos recursos humanos, a promoção das
Investigação, Desenvolvimento e
capacidades internas das empresas e um aumento significativo na produtividade da
Inovação (IDI), que permitem
desenvolver análises e Administração Pública.
apresentações agregadas, da
apresentação de dados sobre a
Tal como a forma como se pensa sobre a inovação tem mudado, também a forma de
inovação empresarial, governar tem que mudar. E neste contexto “fala-se no Governo da Inovação”9.
nomeadamente as práticas de
gestão de inovação, e da criação de Em Portugal este é baseado em dois Ministérios chave, o Ministério da Economia
um painel de “líderes” dos vários e do Emprego (MEE) e o Ministério da Educação e Ciência (MEC) que são
quadrantes da sociedade
responsáveis pelos principais programas operacionais de inovação e compartilham a
Portuguesa que, a cada 6 meses,
emitirão as suas opiniões sobre responsabilidade pela Agência de Inovação (Adi), que se tornou o principal órgão
questões de inovação. responsável pela execução da empresa orientada para as políticas de inovação. A
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) é o organismo público
português com a missão de coordenar as políticas para a sociedade da informação e
mobilizá-la através da promoção de atividades de divulgação, qualificação e
investigação. Por sua vez, o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias
Empresas e à Inovação (IAPMEI) é o principal instrumento das políticas
8 O SII é calculado utilizando valores reescalonados dos dados do indicador, no qual o valor mais elevado no grupo de países da UE27 é definido como 1 e
com o menor valor dentro do grupo como 0. Para os casos em que o valor do indicador está acima do máximo ou abaixo do mínimo, este é definido igual a
1 ou 0 respetivamente. O SII é então calculado com o valor médio de todos os valores obtidos e é, por definição, entre 0 e 1 para os países da União
Europeia.
9 Consultar Glossário
42 | 67
económicas direcionadas para as micro, pequenas e médias empresas dos sectores
industrial, comercial, de serviços e construção, cabendo-lhe agenciar condições
favoráveis para o reforço do espírito e da competitividade empresarial.
O principal desenvolvimento da política de inovação foi alcançado com o lançamento
do Plano Tecnológico que é encarado como um plano de ação destinado a
implementar um conjunto coerente de políticas para estimular a criação, difusão,
absorção e uso do conhecimento como alavanca para transformar numa economia
dinâmica, capaz de responder aos desafios suscitados pela concorrência global.
Neste contexto, o Governo assume o Plano Tecnológico como uma prioridade para as
políticas públicas. O Plano Tecnológico, como uma estratégia para promover o
desenvolvimento e reforçar a competitividade do país, baseia-se em três eixos:
A Via Verde, desenvolvida pela Brisa em 1991, foi um sucesso imediato junto dos
automobilistas e um dos primeiros sistemas de controlo de tráfego da Europa. Mas a
grande conquista da Brisa aconteceu em 1995, altura em que este sistema, ainda
experimental e limitado, foi substituído por um circuito ativo aplicado a toda a rede
concessionária que permitiu identificar e taxar os automobilistas independentemente
do seu local de partida e de chegada. Com esse passo, a Brisa "ficará na história
como a primeira empresa do mundo a aplicar um sistema de teleportagem
dinâmica universal a todo um país".
43 | 67
A Frulact – Ingredientes para a Indústria de Lacticínios, S.A. (www.frulact.pt) é um
grupo empresarial que atua no sector das agroindústrias frutícolas. A sua atividade
principal é a da indústria de preparados de fruta com destino à utilização das
indústrias dos lacticínios, da pastelaria industrial, dos gelados e das bebidas.
A Alert mereceu o Prémio PME Inovação COTEC-BPI em 2007 por ter desenvolvido
uma solução informática inovadora que permite eliminar papéis nos hospitais.
A ALERT Life Sciences Computing, S.A. é uma empresa de software clínico fundada
em 1999 como MNI – Médicos na Internet. Com um volume de negócios de 12,5
milhões de euros em 2006, aposta na informatização de hospitais, centros de saúde
e clínicas médicas, tendo por lema “Paper-free Healthcare. Anyware”
A Silvex põe a Europa a consumir gelo “made in Portugal”. Esta PME portuguesa
coloca por ano quatro a cinco novos produtos no mercado. Alguns dos seus
lançamentos, - os sacos para fazer palitos de gelo (permitindo gelar todas as garrafas
no Verão), os sacos de gelo picado (muito utilizado nas caipirinhas) e os sacos de
gelo em pedras grandes (orientados para os consumidores de whisky) foram mesmo
distinguidos como Produto do Ano pelos consumidores com o Grande Prémio de
Marketing e Inovação 2008 na gama sacos de gelo.
“ O que fazemos cá é tão bom ou melhor do que o que se faz na Europa. Somos
competitivos e temos produtos de qualidade!” É desta forma que o diretor de
marketing, Hernâni Magalhães, assume sem complexos que o mercado português
começa a ser pequeno, apesar de decisivo para testar a introdução de novos
produtos. Quanto ao preço, este não é decisivo, a capacidade de inovação é, talvez,
mais importante. “ A cultura da empresa passa por integrar os “195
colaboradores” no processo criativo. “Uma boa ideia pode surgir no café, na
fábrica – na cabeça de um afinador de máquinas – ou numa simples viagem de um
colaborador ao estrangeiro”. Depois, o segredo passar por não deixar a ideia morrer:
consultar os técnicos e a parte fabril para ver a viabilidade da produção e dar
“feedback” a quem iniciou o processo”. Passarem 39 anos desde que a Silvex
avançou com a sua inovação: uma máquina de etiquetar. Depois surgiu, em 1972, a
película aderente e mais tarde o alumínio. Agora, a PME de Benavente entra na “era
do gelo”.
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O MULTIBANCO, o serviço de referência da SIBS é um caso de sucesso
internacional. É a marca da rede integrada de Caixas Automáticos e de Terminais
de Pagamento que disponibiliza mais de 60 serviços, desde o levantamento de
dinheiro a pagamentos de serviços, carregamentos de telemóvel, transferências,
consultas, compras, entre outras. Para ter acesso a estes serviços basta possuir um
cartão bancário, com vertente MB, de um banco que opere em Portugal, seja
aderente do sistema e partilhe a infraestrutura da rede.
Em 2008, no ano em que a SIBS celebrou 25 anos, o MULTIBANCO renovou a sua
imagem apresentando-se mais moderno e atual, de forma a refletir os sucessos,
inovação e tecnologia na qual está assente. Em qualquer sítio e a qualquer hora, o
MULTIBANCO faz com que a vida das pessoas ganhe movimento, liberdade, tempo
e qualidade efetiva. O MULTIBANCO “Movimenta a Vida”!
O elevado know-how da SIBS no mercado dos pagamentos eletrónicos e
reconhecimento internacional das suas capacidades levou à participação em
consultas e concursos públicos, lado a lado com empresas internacionais de
renome. Estas iniciativas têm permitido à SIBS uma crescente prestação de serviços
no mercado internacional, como por exemplo a gestão de uma rede de ATM na
Polónia. Adicionalmente, a SIBS tem contribuído ativamente para o
desenvolvimento de diversas iniciativas, através da colaboração com entidades
internacionais que acentuam o prestígio e o reconhecimento das capacidades da
SIBS num contexto internacional.
45 | 67
É uma das empresas pioneiras na área das fibras sintéticas assim como no
tingimento da Poliamida.
A FITOR cria e desenvolve misturas inovadoras de fibras texturizadas e investe no
desenvolvimento de soluções personalizadas nas mais diversas áreas do ramo têxtil,
nomeadamente: meias, artigos de desporto, vestuário, artigos de decoração,
tecelagem estreita, rendas, seamless, etc.
Alguns destes desenvolvimentos incluem acabamentos como: antibacterianos, anti-
UV, neutralizador de odor, retardante de chama, hidrofilidade, alta resistência à
lavagem, proteção da água salgada, fluorescentes, fibras com aromas (aloé vera,
lavanda, limão, ginseng, etc.) sensação de frescura e calor, cuidados de saúde, etc.
http://www.fitor.pt
Lojas Virtuais:
Continente Online Drive
O Continente Online Drive é um serviço inovador que agora chega a Portugal e que
oferece a todos os clientes mais uma forma fácil e convivente de receber as suas
compras online. O processo de compra é exatamente o mesmo da atual mas em
vez de receber em casa o cliente pode levantar os seus produtos a sua encomenda
numa loja, diretamente no seu carro. É um serviço conveniente, simples e rápido -
em 5 minutos o cliente recebe as suas compras.
http://www.hipersuper.pt/2011/04/07/continente-online-lanca-drive/
ClubeFashion
Criada em 2006, o ClubeFashion foi uma das primeiras empresas a apostar em
Portugal na venda direta via internet e está a conquistar grande adesão. Funciona
como um clube fechado cujos membros beneficiam de campanhas curtas (uma
semana) de artigos atuais de quase 500 marcas.
(…)
O Próximo projeto do CubeFashion (…) é o Brandsbrise.com. Trata-se de um
modelo inovador de comércio eletrónico a nível mundial (apenas existe no japão).
Tal como acontece num centro comercial físico, o visitante é convidado a percorrer
um espaço virtual em três dimensões, onde estão as marcas aderentes a expor os
seus produtos.
Expresso, 3 de Setembro 2011
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Jornal de Notícias, 14 de Fevereiro de 2011
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7. Considerações Finais
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as organizações do conhecimento relevante. Pode ainda sustentar, desde a captação
ou geração inicial de uma ideia, todo o processo inovador da Organização.
Consequentemente serão reduzidos os riscos inerentes à inovação e aumentada a
sua probabilidade de sucesso e extensão do respetivo impacte.
49 | 67
8. Glossário
10 A sua empresa faz uma boa gestão da Inovação? Faça o teste em http://www.innovationgovernance.net
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seja gerada a partir de uma novidade científica ou agente criador (indivíduo, equipa ou
Organização).
Investigação de suposições - processo de interrogar a validade de regras, procedimentos,
situações, informações ou comportamentos assumidos como verdadeiros e incontestáveis.
Listagem de atributos - é uma técnica que parte de uma dada
entidade/objeto/sistema/projeto, identifica e caracteriza os seus diversos atributos
(característica ou propriedades) e os variados valores que estes atributos podem assumir e por
fim combina esses atributos para encontrar novas formas para a entidade/objeto, sistema ou
projeto.
Manual de Camberra - foi preparado em cooperação entre a OCDE, a DGXII/Eurostat, a
UNESCO e a OIT. Partindo das melhores práticas e das classificações internacionais, este
manual fornece linhas de orientação para as métricas a aplicar nos recursos humanos afetos à
ciência e tecnologia em termos de qualificações (níveis e campos de estudo) e da ocupação.
Manual Frascati - Propõe um padrão de referência para avaliação da pesquisa e
desenvolvimento experimental. Atualmente as estatísticas de Investigação e Desenvolvimento
são resultado das avaliações sistemáticas baseadas neste Manual e fazem parte do sistema
estatístico dos países membros da OCDE.
Mapa Mental (Mind Map) - é um diagrama usado para representar palavras, ideias, tarefas
ou outros itens ligados a um conceito central e dispostos radialmente em volta deste conceito.
É um diagrama que representa conexões entre porções de informação sobre um tema ou
tarefa. Os elementos são arranjados em grupos, ramificações ou áreas intuitivamente de acordo
com a importância dos conceitos.
Modelo Interativo - surge após o modelo linear, tendo sido proposto por Kline & Rosenberg e
tornando-se o modelo de referência. Procurou enfatizar os efeitos de interface e feedback entre
as diversas fases do modelo linear e as diversas interações entre Ciência, Tecnologia &
Inovação em todos os momentos. O processo de inovação passou assim a ser entendido como
sendo interativo e multidirecional, sendo a empresa o centro da inovação.
Modelo Linear do Processo de Inovação - surgiu no rescaldo da 2a guerra mundial e
dominou o pensamento sobre inovação em Ciência e Tecnologia por cerca de três décadas.
Segundo este modelo, o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias
são vistos como uma sequência de atividades consecutivas temporalmente, com início nas
etapas de pesquisa
Manual Oslo - é uma publicação desenvolvida conjuntamente pelo Eurostat e a OCDE. Define
as linhas de orientação para a recolha e interpretação dos dados relativos à inovação de
maneira internacionalmente comparável. Neste manual, embora se considere que a inovação
possa ocorrer em qualquer sector da economia, incluindo serviços governamentais como a
saúde e educação, o seu âmbito e consequentemente as suas diretrizes são essencialmente
voltadas para as inovações de "empresas comerciais". Este último conceito abarca a indústria
de transformação, as indústrias primárias e o sector de serviços.
Novos Clientes - observação e análise de potenciais clientes e de novos mercados de
utilizadores.
OCDE - é um fórum no qual os governos de 30 democracias trabalham juntos para endereçar
os desafios económicos, sociais e ambientais da globalização. A OCDE dissemina amplamente
os resultados dos levantamentos estatísticos e pesquisas da Organização sobre questões
económicas, sociais e ambientais, assim como convenções, diretrizes e padrões acordados pelos
membros.
OIT - A Organização Internacional do Trabalho é a agência especializada da ONU que procura a
promoção da justiça social e de direitos humanos e de trabalho.
Outros pontos de vista - técnica criativa que consiste em analisar uma situação adotando a
perspetiva de outra pessoa totalmente diferente de nós. Visões diferentes poderão revelar a
conexões e ideias até então despercebidas, dado que por força do hábito, tendemos a estreitar
o nosso raciocínio e adotar soluções dentro daquilo que conhecemos. Muitas situações
requerem o abandono dos caminhos que sempre percorremos e que tentemos trilhos até então
ignorados.
Positivo, Negativo e Interessante - é uma ferramenta que tem como objetivo explorar uma
ideia pela análise dos seus pontos fortes, fracos e interessantes (que merecem reflexão) de
forma a explorar melhor todos os seus aspetos, antes de se proceder a um julgamento.
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Previsão Tecnológica - atividades de prospetiva incidindo sobre o desenvolvimento de
tecnologias com potencial interesse económico.
Propriedade intelectual - gestão das possibilidades oferecidas pelos regimes de propriedade
intelectual para proteção, exploração e disseminação dos resultados obtidos no processo de
inovação. Inclui as invenções, desenhos e modelos, marcas, nomes e insígnias de
estabelecimento, logótipos, denominações de origem, indicações geográficas e a repressão da
concorrência desleal.
SCAMPER - é um conjunto de sete operadores (Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar,
Procurar outros usos, Eliminar e Reagrupar) que possibilitam a exploração de diferentes formas
de transformar um objeto, sistema ou processo (ver conceito de Mapa Mental).
Transferência de Conhecimento - processo de transmissão para terceiros de informação
científica, tecnológica, organizacional ou de marketing, bem como dos meios e dos direitos de
exploração correspondentes, passando pelo desenvolvimento do produto, produção e,
eventualmente, passando à sua comercialização.
UNESCO - é a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (United
Nations Educational, Scientifíc and Cultural Organization). O seu principal objetivo é o de
contribuir para a paz, desenvolvimento humano e segurança no mundo, promovendo o
pluralismo, reconhecendo e conservando a diversidade, promovendo a autonomia e a
participação na sociedade do conhecimento.
Vigilância Tecnológica - recolha sistemática, estruturada e organizada de informação
relativamente à tecnologia existente no mercado, de tecnológicas emergentes e às tendências
ou avanços tecnológicos;
9 Janelas - é uma ferramenta visual que permite analisar a situação sob diferentes
perspetivas, especialmente em refletir sobre o problema a resolver em termos de TEMPO e
ESPAÇO. Permite refletir sobre uma dada melhoria do projeto de um produto, ou na solução de
um problema, focando-nos no problema sob nove diferentes perspetivas, combinando os
enfoques temporais (passado, presente e futuro) com os espaciais (subsistema, sistema e
macro sistema). Esta técnica abre novos e amplos caminhos para sua criatividade e pode ser
usada nas diversas etapas do processo de análise e solução de problemas: definição do
problema, colheita de dados, análise das causas, geração de ideias, seleção e avaliação de
soluções.
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9. Referências
APQ (2007) Associação Portuguesa para a Qualidade, Revista Qualidade – ANO XXXVI Nº 1
Primavera;
APQ (2007) Associação Portuguesa para a Qualidade, Revista Qualidade – ANO XXXVI Nº 4
Inverno;
Baptista, Paulo (1999), A Inovação nos Produtos, Processos e Organizações, Sociedade
Portuguesa de Inovação, Porto;
Caraça, Ferreira, Mendonça (2006), “Modelo de interações em cadeia, Um modelo de inovação
para a economia do conhecimento”, Relatório COTEC;
COETICOR (2004), Colexio Oficial de Enseñeiros Técnicos Industriais de A Coruña, Guía de
Sistemas de Gestión y Mejores Prácticas de I+D+i;
Comissão Europeia (1996), Livro Verde sobre a Inovação, Gabinete de Publicações oficiais
das Comunidades Europeias, Luxemburgo;
COTEC Portugal (2007), Manual de Apoio ao Preenchimento do Sistema de Innovation Scoring,
COTEC Portugal;
COTEC Portugal (2008), Manual de Identificação e Classificação de Atividades de IDI, COTEC
Portugal;
COTEC Portugal (2009), Q&A sobre a Implementação de Sistemas de Gestão de IDI de acordo
com os requisitos da Norma Portuguesa 4457:2007, COTEC Portugal;
Drucker, Peter (1985), Inovação e Gestão, Editorial Presença, Lisboa;
OECD (2002) The Measurement of Scientific and Technological Activities; Proposed Standard
Practice for Surveys on Research and Experimental Development - Frascati Manual;
OECD (2005) Oslo Manual, Guidelines for collecting and interpreting Innovation Data, 3rd
Edition;
NP 4456:2007 – Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) Terminologia e
definições das atividades de IDI, Instituto Português da Qualidade, Lisboa;
NP 4457:2007 – Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) Requisitos do
sistema de gestão da IDI, Instituto Português da Qualidade, Lisboa;
NP 4458:2007 – Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) Requisitos de um
projeto de IDI, Instituto Português da Qualidade, Lisboa;
NP 4461:2007 – Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) Requisitos de um
projeto de IDI, Instituto Português da Qualidade, Lisboa;
NP EN ISO 9001:2008 – Requisitos para o Sistema de Gestão da Qualidade;
Publicação ISO 9001:2008 Guia Interpretativo e Listas de Comprovações -
IBeroGestão, 5ª Edição Maio 2010;
53 | 67
9.2 Fontes e Bibliografia Eletrónica
Alert : www.alert.pt
Barómetro Inovação: www.barometro.cotec.pt
BIAL : www.bial.com
Criatividade e Inovação: http://criatividadeaplicada.com
COTEC: www.cotecportugal.pt
Eurostat: http://epp.eurostat.ec.europa.eu/
Fundación Neuronilla para la Creatividad e Innovación: www.neuronilla.com
FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia: http://www.fct.mctes.pt/pt/empresas/
Innovation Excellence: http://www.Innovationexcellence.com
Innovation Governance http://www.innovationgovernance.net
Innovating Regions in Europe: http://ec.europa.eu/enterprise/ire/Innovating-
regions/www.innovating-regions.org/index-2.html
Innovation Trendchart: http://www.proinno-europe.eu/trendchart
Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação: www.iapmei.pt
GPEARI - Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais
(ex-OCES - Observatório da Ciência e do Ensino Superior): http://www.gpeari.mctes.pt/
National Science Foundation - The Division of Science Resources Statistics:
http://www.nsf.gov/sbe/srs/
OECD - Org. for Economic Co-operation and Development: http://www.oecd.org/
OSIC - Observatório da Sociedade da Informação e Conhecimento (UMIC):
http://www.umic.pt/index.php?option=com_content&task=section&id=16&Itemid=161
Plano Tecnológico Portugal a Inovar: http://www.planotecnologico.pt
Europe Innova - Partnership for better innovation support: www.europe-innova.org/index.jsp
Frulact: www.frulact.pt
PRO INNO Europe: www.proinno-europe.eu
Renova: www.renova.pt
SIBS: www.sibs.pt
Silvex: www.silvex.pt
TrendWatching.com: www.trendwatching.com
Via verde www.viaverde.pt
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Anexo: Guia de Autoavaliação do SGIDI
Instruções de Utilização
Check List de Autoavaliação
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Instruções de Utilização
Folha de Rosto
5
6
Legenda:
1 Identificação da Empresa
Apresentação da Pontuação por grupo de auto-avaliação, permitindo verificar o estado do sistema nos vários
7
pontos
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Folha de Requisitos/Constatações
1 2 3 4 5
Legenda:
1 Tópicos de avaliação (questões)
Identificação da aplicabilidade do Tópico de avaliação respectivo. Se um tópico é considerado como não aplicável
2
deve fazer-se a respectiva justificação
3 Descrição das constatações verificadas garantindo resposta adequada aos respectivos tópicos de avaliação
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Guia de Autoavaliação
4.1 - Generalidades
10
8
6
4.5 - Avaliação de 4.2 -
4
resultados e Responsabilidades
melhoria 2 da gestão
Pontuação média
0
Ideal
4.3 - Planeamento
4.4 -
da investigação
Implementação e
desenvolvimento e
operação
investigação
Índice de Compliance:
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Check List de Autoavaliação
Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
4.1 - Generalidades 0
Comunicação
-Comunicação Horizontal: 0
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Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
-Comunicação Vertical: 0
Análise Interna
Analise Externa
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Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
62 | 67
Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
-Gestão de conhecimento?
Como é captado, desenvolvido e consolidado o conhecimento da 0
empresa, nas áreas e âmbitos que definiu como sendo alvos?
-Criatividade interna?
0
-Como é estimulada de forma sistematizada e sistemática?
-Gestão de ideias?
-Este é considerado como um processo geral que se pretende 0
sistematizado?
-Outras (quais?) 0
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Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
Propriedade Intelectual
4.4.3 Comunicação
4.4.4 Documentação
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Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
-Manual do SGIDI? 0
4.5.3 Melhoria
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Classificação
Requisitos do sistema de Gestão da IDI Aplicável Constatação Ponto de melhoria
Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5
Sistema de avaliação
Pontuação
Pontuação
Ideal Objetivos
média
4.1 - Generalidades 0 10
Índice de compliance 0
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67 | 67